26 de setembro de 2010

VIZINHOS EM ALTA VELOCIDADE

 
TGV à porta de casa é um dado adquirido na Puebla de Sanabria. Será em 2014 e obras estão já adjudicadas

Os sanabreses têm, de facto, motivos para sorrir. Depois de alguns cortes milionários no plano de investimentos do “Ministerio de Fomento en Castilla y León”, o seu delegado do Governo, Miguel Alejo, garantiu não existirem dúvidas quanto ao seguimento da futura estação do AVE projectada para a Sanabria. Uma infra-estrutura que fará de elo de ligação entre a Galiza e que tem já local escolhido. Será em Otero, um pequeno povo situado a 4 quilómetros da Sanabria, num espaço onde funciona, actualmente, uma quinta de criação de ovelhas. Contudo, e apesar de adjudicada, as obras atrasaram-se e o AVE não chegará à Sanabria antes de 2014. No entanto, em apenas dois anos, o AVE conectará a cidade de Zamora a Madrid.
“O projecto da Estação do AVE na Puebla está a correr muito bem. Não formou parte das restrições impostas pela crise e trabalhámos muito na sombra com o Governo de Espanha e graças à sua receptividade, mantêm-se as obras do AVE”, afirmou o Alcalde da Puebla de Sanabria José Blanco
Questionado sobre o andamento das obras Galiza – Zamora, o responsável declara que, até ao limite de Orense, já está tudo adjudicado. “Em 2014, contamos já ter tudo pronto, inclusive a estação do AVE na Puebla”, anunciou José Blanco.

Quinta de ovelhas, em Otero, dará lugar à Estação do AVE da Puebla de Sanabria

Na opinião do Alcalde, falta uma auto-estrada que ligue León a Bragança para que com o AVE, e o aeródromo de Bragança, “se faça um núcleo de inter-comunicações importante”. “Se formos capazes de concretizar estas comunicações, daremos um grande passo em frente. Mesmo com a Europa. Aquilo a que nós chamamos uma rede trans-europeia”, afiançou.
“Para além do desenvolvimento local, vai-nos conectar com todo o norte de Portugal, com o aeródromo de Bragança e só nos falta, mesmo, a estrada que está mal e temos que continuar a lutar para que nos façam uma nova. Uma vez que o AVE esteja funcionando, necessitamos de uma nova estrada, pois de Bragança ao AVE e a Madrid seria hora e meia. E Barcelona 6 horas. Isso supõe um avanço nas comunicações importante”, defende José Blanco.
De primordial importância, nas palavras do Alcalde, seria a ligação rodoviária Puebla – Bragança. “A ver se cobrimos, primeiro, o troço entre a Sanabria e Bragança, que é o que mais impulso necessita”, reafirma.


Espanha reforça liderança ibérica na aposta contínua em trazer as vias-férreas para o séc. XXI

Em Portugal, a REFER encerra troços ferroviários, elimina ligações, retira comboios de madrugada, no caso, de Bragança, preferindo votar populações inteiras ao abandono. O Nordeste Transmontano foi dos distritos seriamente afectados pelos cortes orçamentais da REFER.
Precisamente o contrário, acontece no país de “nuestros hermanos”. Apesar da certeza do AVE (TGV), a empresa espanhola Renfe decidiu modernizar os comboios que ligam a Puebla de Sanabria a Valladolid. O modelo anterior atingia uma velocidade de 120 quilómetros/hora, enquanto que, actualmente, os comboios alcançam os 160 Km/h. Este incremento na velocidade reflecte-se numa redução de 12 ou 14 minutos, consoante o sentido da viagem. A substituição dos chamados “Regionais” não se traduz, apenas, no tempo. Mas, também, ao nível do conforto, fiabilidade e num aumento dos lugares, passando de 56 a 123 disponíveis. Houve, ainda, a preocupação por parte da Renfe em adaptar o transporte para pessoas com mobilidade reduzida.


ANDREIA TELES



TOP MODEL: BELEZA & SABER

FACTOS

Nomeada: Andreia Teles
Ocupação: Estudante e terapeuta ayurvédica; manequim
Nascimento: 18-01-1982
Origem: V.N. de Gaia
Signo: Capricórnio
Nacionalidade: Portuguesa
Estado Civil: Solteira
Idiomas: Inglês e francês
Desportos: Yoga
Hobbies: Ler, yoga, caminhadas em serras
Cor de Olhos: verdes
Cor do Cabelo: loiro
Altura: 1,78
Peso: 56kg


MEDIDAS

Confecção: M
Camisa: M
Busto: 85
Anca: 90
Cintura: 65
Sapatos: 40


PREFERÊNCIAS

Livro: Um dos muitos preferidos “Um curso em milagres”
Filme: A vida é bela; Era uma vez na América…
Actor: Kevin spacey; Robert de Niro
Actriz: Kate Winslet
Música: Adoro todos os géneros. Gosto muito da “clair de lune” pk é intemporal
Estilista: Nuno Baltazar; Jonh Galliano, entre outros.
Modelo masculino: Rodrigo Santoro
Modelo feminino: Gisele bundchen
Pintor: Miguel Ângelo
Cor: Arco-íris
Marca veículo: Alfa-Romeo; Jaguar
Maior defeito: Teimosa
Maior virtude: Amiga
Comida predilecta: Caril (toda a comida indiana)
Uma citação: “Para alguém ganhar, ninguém tem que perder”
Rádio preferida: Os meus CDs


ENTREVISTA

1 @ Para além de modelo e de teres sido apresentadora do programa na TVI “Sempre a somar”, integras ou participas em mais algum projecto?

R: O programa foi uma excelente experiência, aprendi muito com ela Mas é passado! Neste momento, estou envolvida num projecto pessoal, que está a dar os primeiros passos. Trata-se de trazer os castings de anúncios de TV para o norte do país, já que, actualmente, só existem em Lisboa! E, também, dou aulas de passerelle para algumas escolas de manequins!
2 @ É essa a tua maior prioridade? A curto prazo…

R: Sim! A empresa de casting no Norte, colocando, dessa forma, mais pessoas a fazer anúncios.

3 @ Já entraste em muitos lares de famílias portuguesas através da pequena caixa mágica que é a televisão. O que é achas da representação?

R: Tive recentemente uma participação especial na série da TVI “Ele é ela” e foi engraçado. A área da representação atrai-me bastante. E há alguns anos atrás fiz uma figuração especial para o filme português “Alta-fidelidade”. Tenho muito respeito por quem sabe, de facto, representar e, sobretudo, por quem mantém vivo o teatro. A interpretação em TV é diferente, não que seja melhor ou pior, mas a alma que se emprega não é a mesma.

4 @ Gostarias de realizar em televisão um projecto mais aliciante ou interpretar um papel mais complexo? E se tivesses de escolher entre a representação e a moda, qual seria a tua opção?

R: Adoraria interpretar e construir uma personagem cómica. Agora, se tivesse de escolher, seria a representação. Na moda, já evolui e saboreei de tudo…

5 @ Em Portugal ou no estrangeiro, qual o desfile mais importante em que já participaste? Em que países ou cidades e para que marcas?

R: Em Portugal, Moda Lisboa e Portugal Fashion! Honestamente, não sou capaz de precisar para que marcas já trabalhei, foram tantas… Mas, sempre que fui para fora, ou foi com clientes portugueses ou com clientes estrangeiros que vieram escolher manequins portuguesas. Madrid, Marrocos e Ibiza foram alguns desses locais.

6 @ Quem gostarias genuinamente de conhecer? Ao ponto de ser um privilégio para Ti.

R: Dalai Lama! Palavras para quê? Aprenderia muito com ele, sem dúvida. E, se ainda fosse viva, Pina Baucsh. Gostaria de alguns conselhos dela enquanto mulher emancipada e lutadora.

7 @ O que é que te tira o sono à noite?

R: Ou uma grande alegria ou uma grande decepção.

8 @ Que música é que fazes questão que te acompanhe, seja em casa ou no carro? E à noite, para sair?

R: Em casa e no carro, desde clássica, a reggae, rock, fado, bossa nova e por aí fora… Na noite, gosto de música electrónica.

9 @ O que é que consideras ser inaceitável num ser humano?

R: Ingratidão, cobardia e injustiça. Egocentrismo, na verdade.


10 @ Se pudesses realizar uma viagem de sonho, que destino desconhecido escolherias?

R: Birmânia, Gorongoza em Moçambique, interior da Índia e Tibete. Pelo seu lado ainda muito ligado a mãe Terra e por serem culturas tão diferentes, tão distintas da nossa.

11 @ Num documentário sobre a vida selvagem, que animal interpretarias?

R: Os elefantes porque vivem em família e para a família; e é admirável ser-se tão forte e nunca recorrer à violência, a não ser quando atacados. É lamentável sermos os responsáveis pelo que se passa com os animais que estão a desaparecer da face da terra e somos tão poucos a ter essa consciência.

12 @ Se o Planeta Terra se extinguisse em 24 horas, o que é que farias em tão pouco tempo?

R: Faria o que faço todos os dias. Eu sei que o meu tempo é precioso, sempre.

13 @ Pede três desejos ao génio da lâmpada, que ele concede…

R: Primeiro, que um equilíbrio natural se desse no planeta terra, fosse na fome, na mentalidade humana, nos rios que secaram, nos icebergs que desapareceram, um ecossistema perfeito. Segundo, abundância material e espiritual para todos. Terceiro e último, que a ganância fosse um sentimento apagado dos corações dos homens, que ninguém soubesse sequer que sentimento era esse.


GOSTO: Dos amigos, de rir com os amigos, da praia, do sol, de namorar, da família, das gargalhadas das crianças, das marchas populares, dos manjericos, ver a minha cadela a correr feita doida na praia, do calor do fogo, do barulho da madeira a estalar na lareira, de sushi, do magusto, de cozinhar, de beber um bom vinho, de preferência, bem acompanhada, de ler um livro, de ver um bom filme, de um abraço sentido, de massagens e viajar!

NÃO GOSTO: De injustiças e violência…. E todas as formas de falta de amor, sejam contra humanos, animais ou o Planeta.

TEORIA DA CONSPIRAÇÃO

Empresário bragançano aponta a concorrência entre empresas marroquinas de transporte e as rivalidades derivadas da disputa de clientes como as causas mais prováveis do acidente que vitimou nove portugueses

“Parece que o condutor já estava a prever que algo fosse acontecer, pois ia a rezar na viagem. Pelo que se constou, aquilo pode ter sido provocado pela concorrência, por o dono ganhar mais passeios que outras empresas de transporte”, conta Marco Gonçalves. Este brigantino, numa excursão de quatro dias com um amigo, também ele de Bragança, embarcou no Paquete Funchal, em Lisboa, num cruzeiro que zarpou rumo a Gibraltar, Málaga e Ceuta. Na altura, falou-se em óleo, chuva, nevoeiro e excesso de velocidade como causas prováveis do acidente em Marrocos que vitimou nove portugueses, entre os quais, um adolescente, e fez mais de 20 feridos graves. Mas, Marco relembra o soturno episódio e lança novos dados sobre os eventos recentes, que poderão ajudar na depuração dos motivos por detrás do trágico acidente.
“Dois minutos após o autocarro cair, apareceram, logo, vinte e tal marroquinos que assaltaram os mortos e os feridos. Dinheiro, documentos, máquinas de filmar, fotográficas, telemóveis... Levaram tudo!”, assegura o jovem empresário. “Uma senhora disse-me que pareciam formigas a entrar no autocarro. Pensaram que os marroquinos estariam ali para os ajudar, mas o que eles fizeram foi agarrar em tudo aquilo que puderam e fugir”, recorda Marco, o relato de uma testemunha envolvida no acidente. “Parece que estavam avisados e preparados, que tinha sido tudo combinado, que sabiam onde e quando o autocarro iria cair, não estariam era a contar que o acidente causasse mortos… Mas, não deixaram de os roubar. É complicado!”, suspira.
O autocarro, de matrícula espanhola, transportava 44 portugueses, todos turistas do paquete Funchal, um guia marroquino e era conduzido pelo dono da empresa de transportes, que, segundo vários locais, tinha "muita experiência".
“Durante o percurso, o motorista teve várias discussões com condutores de outras viaturas e houve, até, um autocarro que não fazia parte do grupo e que chegou a tentar empurrar o autocarro dos portugueses para fora da estrada”, afiança Marco Gonçalves.
“As várias versões que eu ouvi, levam-me a crer que toda a situação pode ter sido um atentado bem conseguido. Um autocarro que se despista numa auto-estrada com centenas de metros de descampado e encontra óleo, precisamente, naquele local, onde existe uma ravina, é, no mínimo, estranho”, acrescenta.

“Chegaram a cobrir pessoas que, apesar de feridas, ainda estavam vivas. Apenas, tinham desmaiado!”

Os passageiros do Paquete Funchal iam conhecer a Riviera marroquina quando um dos cinco autocarros, o primeiro, aquele que seguia na frente, se despistou. A emergência médica não funcionou e duras críticas foram tecidas à assistência prestada por Marrocos. Não havia ambulâncias e as pessoas, incluindo os feridos, foram transportadas de volta para o paquete nos autocarros. Aliás, quem prestou os primeiros socorros às vítimas foram os ocupantes do segundo autocarro, que seguia atrás do acidentado. Entretanto, os ocupantes do segundo ficaram no local do sinistro para o seu autocarro poder trazer os feridos do acidente.
“No regresso, ao paquete, do segundo autocarro, os feridos foram assaltados pelos próprios polícias na fronteira. Chegaram a roubar passaportes e, inclusive, crianças. Mas os turistas dos cinco autocarros já tinham ficado sem os passaportes quando iam para lá”, garante o afortunado jovem, que não acordou a tempo de concretizar a excursão. “Nós adormecemos e fomos até Ceuta tomar o pequeno-almoço, mas a pé. Daí não termos ido a esse passeio”, afirma.
Nas palavras de Marco, houve pessoas que ficaram sem quaisquer cuidados médicos durante quase duas horas, feridas e bastante mal tratadas. “Teve que vir um táxi ao paquete buscar documentação para as pessoas poderem regressar a Ceuta, quase 60 bilhetes de identidade, pois os passaportes haviam sido roubados”, sustenta.
Revoltado com toda a situação, sobretudo, com a atitude “desumana” demonstrada pelos nativos em questão, desabafa: “Eu não quero falar mal dos marroquinos, mas eles são gente à parte. No regresso, estavam pessoas a precisar de assistência e eles só queriam ver a documentação para os deixar passar. Havia muitas a sangrar, a gritar, e eles só queriam ver a documentação. Não foram humanos!”

25 de setembro de 2010

INAUGURADO LAR DO LOMBO

Segurança Social não garante a concretização dos acordos de cooperação com o Estado, sobretudo, a curto-prazo. Situação que preocupa o autarca macedense e o provedor da Santa Casa.

Foi inaugurado, no passado dia 12 de Setembro, um Lar da Terceira Idade na aldeia do Lombo no concelho de Macedo de Cavaleiros. O edifício, concretizado pela Santa Casa da Misericórdia para o acolhimento de idosos, dispõe de 31 quartos, sendo 23 duplos, 7 individuais e um de casal, 5 salas de estar, uma sala de actividades lúdicas e recreativas, consultório médico, barbearia/cabeleireiro e duas unidades de banho acompanhado.
Adjudicada no final de 2008, a obra teve um custo que ascendeu a 2.300.000 euros, tendo sido financiada em 2 milhões de euros pela Fundação Félix Chomé do Luxemburgo.
Esta nova infra-estrutura vem reforçar os equipamentos sociais de apoio à terceira idade num concelho com elevado número de idosos, muitos sem qualquer retaguarda familiar. Vem servir 95 pessoas nas valências de lar de idosos e serviço de apoio domiciliário. No entanto, o lar, já em funcionamento, não tem, ainda, acordos de cooperação com a Segurança Social. “É muito importante que haja esses acordos a curto prazo para permitir que as famílias de menos recursos possam ter aqui os seus idosos, para que possam aqui ser acolhidos aqueles que mais precisam”, afiançou o presidente da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros, Beraldino Pinto. “É o objectivo da Misericórdia e uma grande necessidade do município. Essa é, agora, a nossa ambição e o nosso desejo é que esses acordos se concretizem rapidamente”, acrescentou o autarca.


Sobre a disponibilidade da Segurança Social providenciar esses acordos a “curto prazo”, a sua directora, Teresa Barreira, respondeu: “disposta está, não podemos é garantir que venham a acontecer naquele que, provavelmente, seria o tempo expectável para a instituição. Este é um equipamento construído com verbas próprias, da Fundação, não é uma resposta prioritária em termos de celebração de novos acordos. Vamos ter que saber esperar”. Quanto a estimativas, a responsável garantiu: “seguramente, que não acontecerá este ano. A celebração de novos acordos é programada com muito tempo de antecedência, sempre no ano anterior. Portanto, para este ano, será impossível”. Teresa Barreira não promete, no entanto, que esses acordos sejam sequer concretizados. Promete, sim, avaliar as possibilidades de poderem acontecer. “Pelo menos, para alguns utentes”, referiu.

Fundação Félix Chomé do Luxemburgo doa 2 milhões de euros para construção de Lar da 3ª Idade no Lombo

Presente na inauguração, esteve o embaixador do Luxemburgo em Portugal, Alain de Muyser. Segundo o próprio, o Lombo foi a aldeia escolhida porque muita da emigração vem desta parte de Trás-os-Montes. “Existem tantas ligações entre os dois países, são tantos os portugueses daqui no Luxemburgo, que nos sentimos na obrigação de ajudar”, afirmou. Um forma de retribuir o trabalho que os portugueses têm desenvolvido no Luxemburgo. Não gostando da palavra retribuir, o embaixador prefere, antes, falar numa ligação humana.
Alain de Muyser confessou-se surpreendido quando a Fundação privada Félix Chomé lhe falou neste projecto. “Foi uma surpresa, mas é normal que assim seja, dado haver tantos residentes portugueses no Luxemburgo, fazer alguma coisa em Portugal”, revelou.


A importância da Fundação Félix Chomé na concretização do equipamento foi, também, sublinhada por Beraldino Pinto. “A Fundação foi essencial, já que, de uma forma extraordinária, apoiou financeiramente a construção desta obra. Este investimento é, assim, entendido como um pouco de retorno do contributo que os portugueses deram para o desenvolvimento do Luxemburgo”, declarou o edil macedense. Por esse motivo é que os ex-emigrantes do Luxemburgo e os seus familiares directos têm prioridade garantida de admissão no Lar.
O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Macedo de Cavaleiros, Alfredo Castanheira Pinto, responsável pela instituição sem fins lucrativos, avançou que esta nova infra-estrutura traz consigo a capacidade de resolver o problema a 55 idosos. “Mesmo assim, são precisas mais vagas e mais lares”, salvaguardou.

MÚSICA A BOMBAR

 
Desfile e actuações de doze Grupos Culturais em Ala proporcionaram cor, música e movimento à aldeia nortenha dos bombos

No passado dia 12 de Setembro, a aldeia de Ala foi palco do Encontro de Grupos Culturais de Macedo de Cavaleiros. Organizado pela Associação Cultural, Recreativa e Desportiva de Ala, pelo terceiro ano consecutivo, com o apoio da Junta de Freguesia local e da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros, este encontro conseguiu reunir 12 grupos culturais. Destes, seis são do concelho: Grupo de Bombos de Ala, Banda de Latos de Bagueixe, Fanfarra de Vale da Porca, Rancho da Casa do Povo de Macedo de Cavaleiros, Grupo Toca a Bombar e a AJAM. Aos grupos concelhios juntaram-se seis grupos convidados: Grupos de Bombos Família Peixoto (Vizela), Sta. Maria de Gémeos (Guimarães), São Salvador de Meixomil, S. Mamede de Seroa, “Botabaixo” (Vilarinho dos Freires – Régua) e o Grupo Zés Pereiras (Gandra – Paredes).
Com o objectivo de promover um intercâmbio de experiências, tradições e culturas, o convívio iniciou-se às 14h com um desfile pela localidade, seguido pelas actuações, no centro do povo, dos doze animados grupos presentes.
“Isto, a princípio, foi para comemorar o aniversário do Grupo, depois, começou-se a pensar reunir aqui os grupos do concelho. E, também, como nós, este ano, fomos convidados a ir a outros encontros, então, nessa altura, esses mesmos grupos quiseram vir conhecer Ala. A ideia fundamental é para os grupos do concelho e retribuir, claro, o convite dos grupos de fora”, afirmou João Luís Salsas, presidente, há um ano, da Associação Cultural, Recreativa e Desportiva de Ala. Associação que engloba, desde há 5 anos, o Grupo de Bombos.


Também o presidente da Junta de Freguesia de Ala, Luís Romieiro Rodrigues, se mostrou bastante satisfeito por todo o decorrer da iniciativa. “É sempre um dia diferente, que projecta o nome de Ala noutros lados. Felizmente, nós temos na freguesia três associações, e todas elas funcionam. E cabe-nos a nós participar, ajudá-los naquilo que podemos, não sendo muito, mas eles sabem que, do lado da junta, têm sempre o apoio necessário, logístico e algum dinheiro quando podemos; e temos criado sinergias engraçadas que, no fim, dão nisto”, declarou o autarca.
O apoio da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros, também, se reflectiu na logística e em algum financiamento. “O nosso apoio é logístico, em termos de recursos humanos e através da disponibilização de transporte, e financeiro. Em troca, os Grupos vão-nos concedendo algumas actuações pelo concelho”, referiu a vereadora da cultura, Sílvia Garcia.
Um encontro que se tem revelado uma aposta ganha a cada ano que passa e que, de acordo com os seus principais intervenientes, será para continuar.




João Luís Salsas (ACRD Ala), Sílvia Garcia (CMMC) e Luís Romieiro Rodrigues (JF Ala)

22 de setembro de 2010

JAZZ DESPERTA AQUÉM-DOURO

“O Douro Jazz nas Escolas” é a novidade absoluta do 7º Festival Internacional Douro Jazz, para além do mago da guitarra, o norte-americano Al Di Meola

Num evento já consagrado pela crítica, o 7º Festival Internacional Douro Jazz terá lugar entre 17 de Setembro e 16 de Outubro. Em época de vindimas, haverá 65 espectáculos interpretados por 80 músicos de cinco países nas localidades de Bragança, Chaves, Pesqueira, Lamego e Vila Real.
A maior novidade, impulsionada por um enquadramento pedagógico, prende-se com a rubrica Douro Jazz nas Escolas. Esta iniciativa que levará a música jazz, no seu prisma mais festivo, o género dixieland, a determinados estabelecimentos de ensino da região, designadamente de Vila Real e Lamego, ficará, nesta edição, afastada das restantes cidades.
O nome grande do cartaz de 2010 é considerado como um dos guitarristas contemporâneos mais célebre e influente da história do Jazz. Perito em fusão, de influência latina, Al di Meola apresenta o seu projecto “World Sinfonia”, num concerto de luxo que encerrará o festival a 16 de Outubro em Vila Real. Se o terminar ficará, certamente, na memória, a abertura do festival, também, não cairá no esquecimento. O primeiro concerto será da responsabilidade do grupo SK Radicals, liderado pelo talento inglês do multi-instrumentista Sean Khan da cena nu-jazz/funk/soul europeia.
Esta edição, em particular, será dedicada à guitarra com Peter Bernstein, Tato de Moraes e Chris Allard, num ano em que se comemora o centésimo aniversário do nascimento de Django Reinhardt (Bélgica, 1910 - 1953), um dos pioneiros do jazz na Europa e, também, um dos primeiros músicos brancos do estilo que reinará no Douro Jazz.
Com um orçamento a rondar os 65 mil euros, o cartaz dedica, ainda, parte, a algumas vozes femininas: Jogo de Damas, Suzie`s Velvet e, com características peculiares, a banda emergente The Soaked Lamb”.

65 espectáculos e 80 músicos de 5 países são apenas alguns dos números que caracterizam o 7º Festival Internacional Douro Jazz

À semelhança do ano transacto, a Douro Jazz marching band, a banda residente do festival, evocará os tradicionais desfiles de dixieland com diversas arruadas nos centros históricos.
Outra iniciativa decorrente do festival trata d`“O Douro nos caminhos da literatura”, com sete exposições bibliográficas a decorrerem de 1 a 16 de Outubro. Serão mostras itinerantes que pretendem narrar a vida e obra de sete escritores do Douro que dedicaram a Trás-os-montes e Alto-Douro uma parte significativa da sua produção literária. Entre eles, Guerra Junqueiro, Miguel Torga e Aquilino Ribeiro. Na programação complementar, destaque, ainda, a 1 de Outubro, Dia Mundial da Música, para o lançamento do Vinho Douro Jazz, colheita 2009, e aos sábados, para a Feira de Objectos Culturais durienses que servirá para dar a oportunidade de conhecer ou adquirir diversas produções da região. Ambas as iniciativas, acontecerão no Teatro de Vila Real.Em Bragança, haverá quatro concertos e o preço do bilhete geral é de 15 euros. Já em Vila Real, são 21 concertos pela módica quantia de 30 euros.

Al Di Meola será ouro sobre azul a 16 de Outubro em Vila Real, no último concerto do festival português de Jazz mais internacional

FORMAR PROFESSORES

IV Mostra de Ciência, Ensino, Tecnologia e Inovação trará a Bragança, pela primeira vez, trabalhos de todo o país

O Centro de Ciência Viva de Bragança (CCVB) divulgou, na passada terça-feira, o programa de actividades para o ano lectivo de 2010/2011. A grande novidade prende-se com a formação de professores. “Há esse investimento em tentar que os professores, aqueles que, efectivamente, trabalham com a ciência e com os alunos, possam eles próprios, também, usufruir deste equipamento que, directamente, ligado à ciência os vai ajudar na sua actividade diária e ao nível da formação”, adiantou o presidente da direcção do CCVB, Hernâni Dias.
Sob o lema “Ciência para todos”, o plano de actividades visa conquistar, prioritariamente, o público das escolas, mas também o público em geral. Assim, muitas iniciativas do ano transacto mantêm-se e outras serão acrescidas como os concursos escolares, a Mostra de Ciência, as actividades para as escolas e as Noites no Ciência Viva. Quanto à Mostra, esta 4ª edição trará a Bragança, pela primeira vez, trabalhos desenvolvidos noutras cidades e expostos nos CCV de todo o país.
Relativamente à participação das escolas nas iniciativas desenvolvidas pelo CCVB, o responsável garantiu: “Temos tido uma boa adesão por parte das escolas e isso deve-se, evidentemente, ao trabalho dos professores. Mas nós temos, também, uma boa quota parte de responsabilidade, uma vez que os nossos professores fazem esse mesmo trabalho, vão junto das escolas e cativam os alunos para que eles possam vir aqui”.
No final, Hernâni Dias avançou com um projecto já elaborado que irá ampliar a área disponível na Casa da Seda. “O projecto, já em fase de adjudicação, consiste no alargamento do auditório para que haja mais espaço e, em cima, para que os colaboradores possam estar numa situação bastante mais confortável e com outras condições de trabalho”, revelou.



 

18 de setembro de 2010

SOPHIA LOREN

LA DIVA BELLISSIMA

FACTOS

Nomeada: Sofia Villani Scicolone
Nome artístico: Sophia Loren
Origem: Itália
Data de nascimento: 20 de Setembro de 1934
Ofício: Actriz (Mais de 90 filmes, 48 prémios, 21 nomeações )
Local: Hotel AquaPura (Douro)
Ocasião: Douro Film Harvest


ENTREVISTA

1 @ Esta é a sua primeira vez em Portugal. Quais são as suas impressões acerca do nosso país?

R: Estou muito feliz por estar aqui. Portugal é um país que eu sempre quis conhecer, sobretudo, as suas gentes. Estou surpreendida com estas paisagens maravilhosas (do Douro). Cheguei a uma altura da vida em que tenho pouco tempo... Por causa da família, do trabalho, mas consegui estar aqui hoje.

2 @ A Sophia sempre soube manter a privacidade da sua família. Ao contrário de outras divas, actualmente, que vêm com as suas histórias e os seus escândalos para os media. Como é que vê essas diferenças de atitude?

R: Eu não posso falar pelos outros, mas, na minha vida, sempre tive na família a coisa mais importante que há. Claro que, hoje, aquilo que se vê muitas vezes é que a família é posta de lado pela carreira, pela fama... Eu sempre coloquei a família em primeiro lugar. E só depois, o que é que eu vou fazer amanhã? Depois de casada, a família aumentou e, agora, já sou avó.

3 @ Como é que lida com o seu papel de avó?

R: Sempre lidei bem com os papéis que a vida me dá. Uma mulher tem é de casar com alguém que ame verdadeiramente e ter filhos que adore. Para conseguir um abraço do meu neto, Vitorio, tenho sempre que lhe oferecer um chocolate.

4 @ Conhece o realizador Manoel de Oliveira?

R: Sim, claro! Tenho grande estima por Ele.

Teatro Ribeiro Conceição, em Lamego. "Uma obra de arte", dizem...


5 @ Como é que vê a possibilidade de rodar aqui um filme? Entre estas paisagens do Douro, as vinhas, o rio...

R: O difícil é encontrar boas histórias. Quem sabe? Talvez, um dia, Manoel de Oliveira consiga encontrar uma boa história para eu vir filmar aqui no Douro.

6 @ De todas as personagens que já interpretou, pela qual gostaria de ser recordada?

R: Eu tive o privilégio de fazer tantas histórias belas que não há uma que eu destaque... Tenho, pelo menos, dez filmes pelos quais gostava de ser recordada. Também tive a sorte de ter sempre pessoas e grandes profissionais que me ajudaram imenso. Mas se tivesse de escolher, “Duas Mulheres” (1962, Vittorio De Sica, que lhe valeu um Óscar inédito em Hollywood, por ser o primeiro conquistado por uma actriz de língua não inglesa); “Matrimónio à Italiana” (1964, De Sicca) e “Um Dia Inesquecível” (1977, Ettore Scola).


7 @ O que é que recorda do Marcello Mastroianni? Já que contracenou com ele 14 vezes no ecrã...

R: Marcello foi um grande amigo. Foi uma amizade que começou, desde logo, com o primeiro filme. E o público reconheceu, imediatamente, que este casal cinematográfico funcionava. Daí termos feito 14 filmes em 20 anos. Tenho muita pena que ele já não esteja entre nós.

8 @ É considerada como sendo uma das mais belas mulheres do mundo. Qual é a importância da beleza na sua vida?

R: A beleza, não faz mal! Mas, mais importante é ter algo cá dentro... Ser bela, só por fora, não adianta. Há que ter substância... Quando se faz um filme, é preciso dar tudo por tudo para agradar ao nosso público. Isso sim, é o mais importante.

9 @ Desdobrou-se ao longo da sua carreira entre a América e o seu país de origem, Itália. Onde é que prefere trabalhar?

R: Prefiro trabalhar no meu país do que na América, mesmo sendo reconhecida em Hollywood. É sempre mais difícil para uma actriz trabalhar no estrangeiro, estar longe de casa, da família e dos amigos. Os meus melhores trabalhos, fi-los sempre em Itália. E sempre preferi trabalhar no meu país. Também, por isso, os meus melhores filmes foram feitos em Itália, perto das minhas raízes.

Sophia Loren no auge de uma carreira de sucesso que está longe de terminar

10 @ Sente ter passado ao largo de algo devido ao sucesso mediático por si alcançado, desde tão jovem idade?

R: Não se pode ter tudo na vida! E nem sempre é fácil. Umas vezes, está-se por cima, outras não... Eu fico contente por tudo aquilo que a vida me deu e dá, mesmo quando isso era pouco... Aprendi a respeitar o pouco que tive.... A saber apreciá-lo...

11 @ Depreenderei, então, pelas suas palavra, que não se arrepende de nada?

R: Não! Isso seria um pecado mortal...

12 @ O que lhe reservará o futuro?

R: O cinema é a minha vida. Mas quem sabe? Como eu digo sempre, enfrentar todos os aspectos da minha vida de uma forma positiva...



 


 






Sophia Loren! Uma Senhora, uma inspiração de Mulher...


 

REAL TODO-O-TERRENO

Equipas brigantinas bem posicionadas na mais internacional de todas as competições de trial extremo

A região de Murça foi o palco agreste da oitava edição consecutiva da mítica prova Rainforest Challenge de 3 a 12 de Setembro. Com um prémio de 6 mil euros, nas três primeiras posições ficaram as equipas Cayro, Ttm e Ekolan, respectivamente. De salientar, a forte presença de duas equipas brigantinas, que, apesar dos escassos apoios económicos, não desiludiram ninguém. Em 5º lugar, ficou a dupla Tiago Azevedo e Bruno Cameirão, e, em 11º, Adolfo Rodrigues e Bruno Fernandes. No total, participaram 30 equipas, 10 nacionais e 20 estrangeiras.
A novidade maior consistiu na introdução de uma espécie de “aquecimento” com a realização de um prólogo em Vimioso. Embora, em Murça, esta tenha mantido os mesmos dias de competição, se acrescentarmos o prólogo (3 dias), contabilizam-se nove dias de pura emoção para os amantes do todo-o-terreno. O prolongamento da prova traduziu-se, obrigatoriamente, num acréscimo elevado, não só da competitividade, como também da exigência física e mecânica da prova para níveis nunca antes experimentados em Portugal.



A prova mais dura, as mais belas paisagens, a mais internacional de todas as competições de 4X4 terminou em Murça

Organizada pela Sin Limite Off Road Rainforest Espain, a competição murcense de resistência e aventura em viaturas todo-o-terreno contou, como, de resto, é habitual, com a presença de importantes equipas oriundas de vários países, entre os quais, Espanha, França, Itália, Reino Unido, Alemanha, Polónia e Malta.
Esta prova de jipes todo-o-terreno, considerada a mais importante de Trial Extremo da Europa, graças à beleza da paisagem, espectacularidade e dureza dos terrenos, tem crescido ano após ano. Com origem na Malásia e consagrado internacionalmente, o Rainforest Murça 2010 comemorou, este ano, o seu 12º aniversário na Península Ibérica.




TESTEMUNHOS

Fernando Aceitón, Madrid, Espanha

“Este é o meu 7º Rainforest. Há pouco companheirismo, mas muito “gatilho”. Muito acelerador e pouca técnica. As zonas são muito bonitas!”

Hélder Rocha, Penafiel, Portugal

“Participo desde 2006. A prova deste ano está cinco estrelas! Dura! E as especiais estão muito bem pensadas. Algumas equipas não sabem o que é o espírito do Rainforest. Vêm cá só pelo prémio.”

Morgan Bozon, Lyon, França

“Esta é a minha primeira vez e, se puder, continuarei a vir sempre! Os percursos são lindos e muito bons! São difíceis, mas não muito...”

Bruno Fernandes, Bragança, Portugal

“Esta é a primeira que participo e a prova está a ser muito dura. Não para os jipes, mas mais para os concorrentes, sobretudo, para os co-pilotos. Aqui não interessa ganhar, mas chegar ao fim. Só isso, já é uma vitória!”


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