25 de fevereiro de 2011

PINGUINS AJUDAM HAITI

Entrega de material escolar recolhido em campanha da concentração motard espanhola voou com destino à América Central Insular

Terminou a 9 de Fevereiro, um mês depois do grande acontecimento internacional Pingüinos 2011, a Campanha Humanitária de recolha de material escolar. Na celebração do 30º aniversário daquela que é uma das maiores concentrações de Inverno da Europa, o Club Turismoto, entidade organizadora, promoveu este acto de solidariedade para com as crianças haitianas. Motards e cidadãos de Valladolid conseguiram reunir seis paletes que voaram, estes dias, para o país mais pobre e “miserável” das Caraíbas, fustigado por um terramoto de magnitude 7,3 na escala de Ritcher, em Janeiro do ano passado, que vitimou dezenas de milhares de pessoas. Mais um belicoso cenário político e a catástrofe agrava-se em todas as frentes. A tentar contrariá-la, está a Organização Não Governamental (ONG) “Mensajeros de la Paz”, que se encontra a construir escolas e a equipá-las num terreno hostil onde todas as necessidades imperam.
A cerimónia de entrega do material angariado aconteceu no Centro Comercial Vallsur de Valladolid, que também colaborou com esta campanha. Nos seus discursos, o padre Ângelo, dos Mensageiros da Paz, a directora do Centro, Noemí Pascual, e os membros da direcção do Club Turismoto, nomeadamente o seu presidente, Mariano Parellada Salinas, agradeceram a todos os motards a demonstração de apoio na concretização da recolha do material escolar.

A paixão nasce em criança e reúne, depois, milhares de homens e mulheres

24 de fevereiro de 2011

O "REY" COMANDA

Directamente de Gaia para as Hip Hop Sessions brigantinas by MK veio o liricismo em puro flow

Os homens não se medem aos palmos. E “Sua Alteza o Vagabundo” dignou-se a comprovar o facto. Foi a mostra do álbum de hip hop interpretado em Bragança por Rey na quinta-feira passada. O Klaustrus serviu de décor para uma actuação bem conseguida do rapper gaiense. Com músicas do seu último trabalho e alguns improvisos certos no momento exacto, Rey sanou as hostes numa imaculada noite brigantina. Ele tombou paredes e subiu as rotações ao red line com rimas explosiva, mas nada de mais para um veterano da cena underground duriense.
“Este é o meu primeiro álbum. Eu sempre estive activo e fui gravando compilações, mixtapes, colectâneas, para além dos meus projectos individuais, mas nunca me quis aventurar em algo que pudesse transformar a minha música num produto comercial”, assinou Rey, para quem o seu público, o bairro e a sua arte, assumem uma importância tão vital como o ar que se respira.
“Eu sempre fiz música e escrevi as minhas letras porque é qualquer coisa que preciso para mim próprio, a nível espiritual e como pessoa, por isso nunca me quis envolver nisto como um negócio”, advogou o artista da outra margem. “Eu tenho níveis de consciência muito altos que me ditam os ideais que regem a minha vida”, assumiu aquele que, por uma noite, em Bragança, foi rei intuitivo da cidade que o acolheu.


Para além de terem actuado em conjunto, os “Fado Vadio”, dupla constituída por MK e Krane, apresentaram, também, as previews das suas mixtapes a solo. “AVC – Ataque Verbal Colectivo” e “ De dentro de mim”, respectivamente, espalharam ritmo e poesia em doses extra-familiares de introspecção.
“A minha mixtape AVC estará concluída dentro de um mês, mês e meio. Faltam-me só algumas participações, pois, como o próprio nome indica, Ataque Verbal Colectivo, é só faixas com participações, excepto uma a solo”, revelou MK, o artista que pensa e organiza estes eventos enraizados na cultura ocidental do século XXI.
Depois do álbum “Capítulo Obsceno”, em 2007, cujas mil cópias esgotaram rapidamente, o jovem brigantino continua inundado de projectos e espera lançar outro trabalho, agora, em grupo, dentro do prazo máximo de dois anos.
Na noite, houve, ainda, espaço para Incomum, que também aproveitou para lançar umas rimas em mais uma hip hop session “à moda antiga”.


ESTA NOITE, NO PLANO B, REY APRESENTA:
"SUA ALTEZA O VAGABUNDO"


CULTURA SOBRE A MESA

Graça Morais brindou a todos com a sua arte, explicada na primeira pessoa, através da exposição “Metamorfoses”

No sábado passado, o final de tarde assemelhou-se a uma tertúlia artística. A única diferença é que houve um prémio. O Centro de Arte Contemporânea Graça Morais foi palco para a artista com o mesmo nome. A pintora serviu de inspiração a perto de 100 pessoas que compareceram para a ouvir “entender” a sua colecção. Os privilegiados puderam partilhar do seu tempo raro, da sua constrangedora simplicidade e beber do seu conhecimento. Tratou-se de, como lhe decidiram chamar, uma “visita guiada por Graça Morais à exposição “Metamorfoses”, extremamente concorrida, que se prolongou por mais de duas horas.
“Eu já ando há muito tempo com vontade de ter tempo para as pessoas que vêm às inaugurações. Então, resolvi anunciar que fazia esta visita e mesmo com tanta gente, deu, para no fim, ouvir o que as pessoas tinham para me dizer”, revelou a pintora. As aprumadas conversas, em debate de ideias, aconteceram na cafetaria do Centro de Arte. O lugar de convívio serviu arte e cultura em bandeja.
“Este espaço tem sido muito visitado, mas eu gosto de saber até que ponto as pessoas precisam, se questionam e a importância que este espaço tem para elas. É importante para mim como artista, aperceber-me e, sobretudo, estar disponível, além da pintura, na minha pessoa, para conversar com elas”, esclareceu Graça Morais, que promete continuar a cumprir este género de iniciativas. “De vez em quando farei estas visitas, pois são altamente compensadoras, no sentido que há uma entrega, um encontro um bocado tímido, mas, ao mesmo tempo, muito natural e verdadeiro”, confessou.


No terminar da “conversa informal”, através de um sorteio, foi oferecida uma serigrafia de e pela própria Graça Morais a um afortunado elemento do público. Uma obra, também ela “metamorfoseada”. A autora da colecção explica o porquê do nome “Metamorfoses”: “é muito representativo desta exposição e é um nome com grande significado no meu trabalho porque, ao longo destes anos todos, apercebi-me de que, parte dele, é uma representação da realidade, mas, sobretudo, trata-se de transformações”.
Para quem a mãe, de 86 anos, e a filha, são as grandes mulheres da sua vida, Graça Morais usa a forma artística da alma feminina transfigurada, irreconhecível, pelo menos, em aparência, como objecto de culto a tema dos seus quadros. “Marcante na minha vida, a minha mãe é o modelo em muitas das minhas pinturas. Um modelo que eu transcendo”, partilhou.



COM PORTAGENS

Sócrates garantiu em Bragança que a Auto-Estrada Transmontana será portajada, mas com isenções

Numa visita às obras das concessões rodoviárias de Trás-os-Montes, o Primeiro-Ministro, José Sócrates, anunciou que, afinal, haverá portagens na Auto-Estrada (AE) Transmontana. “Terá portagens, sim. Mas essas portagens terão excepções, terão isenções para aqueles que aqui residem. É um apoio à região e às pessoas que aqui vivem e aqui trabalham, por forma a que essas pessoas, possam ser compensadas daquilo que é uma certa desvantagem de há muito tempo, rerem indicadores sócio-económicos que estão abaixo da média nacional”, mencionou José Sócrates.
O Primeiro-Ministro garantiu ainda que o seu Governo não queria assumir portagens no interior, remetendo “a culpa” para o PSD. A opinião do Governo sempre foi que no interior deveríamos ter auto-estradas sem portagens, mas a verdade é que o PSD nunca concordou com isso e acabámos por chegar a um compromisso. Compromisso esse que me parece equilibrado e que está hoje expresso nas SCUT`s do Grande Porto”, declarou em Bragança.
Quem não se mostrou surpreendido pelas declarações de Sócrates, foi o edil brigantino. “Esta auto-estrada foi lançada em regime de SCUT com portagem na variante Bragança – Vila Real, sendo que, na altura, relativamente a essa matéria, sempre foi nosso entendimento que os cidadãos da região deviam ter acesso gratuito, numa atitude de diferenciação positiva, enquanto o rendimento médio da população transmontana não atingisse a média nacional ”, disse Jorge Nunes.


“Se o efeito de descriminação positiva à região for feito por essa via e for garantido, diria que a palavra do senhor Primeiro-Ministro continuaria a ser mantida relativamente àquilo que foi a versão inicial, se assim não for, haveria uma alteração de princípio, o que eu não acredito”, concluiu o autarca.
A acompanhar a visita presidida por José Sócrates, veio o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, António Mendonça, e o seu secretário de Estado, que explicou o método portageiro e a respectiva isenção regional. “No dia 15 de Abril, irão ser introduzidas portagens na A24 e todo o território transmontano estará isento na sua acessibilidade com 10 utilizações mensais para cada carro originário da região em toda a extensão da auto-estrada e em todas as outras utilizações excedentes haverá, ainda, um desconto adicional de 15 por cento”, assegurou Paulo Campos. Para tal, será necessário efectuar um processo de habilitação, possível através da Internet, em que se demonstre que o veículo pertence ao Nordeste Transmontano.
Entretanto, o CDU aprovou por unanimidade uma moção contra as portagens nas SCUT`s, nomeadamente, na A24 e na A4, manifestando, assim, a sua inconcordância com aquilo a que o partido designa de “profunda injustiça”.


Tempo em minutos, investimentos em milhões

De Bragança a Vila Real serão poupados aproximadamente, 36 minutos em tempo de viagem. Enquanto que, até ao Porto, o percurso será reduzido em 44 minutos.
O Governo promete com estas três concessões: Túnel do Marão, AE Transmontana e Douro Interior, a criação de 29 mil postos de trabalho num investimento de 1779 milhões de euros, para benefícios calculados em 3250 milhões de euros. O que, de acordo com o Governo, representa um saldo positivo de 1471 milhões de euros.
Segundo o Governo, as concessões em curso, quer do Túnel do Marão, quer da AE Transmontana, estarão concluídas em 2012. “Os prazos vão-se cumprir. Esta auto-estrada é absolutamente essencial para Trás-os-Montes. Era a auto-estrada que faltava construir. Era pôr Bragança no mapa nas auto-estradas”, garantiu o executivo.



19 de fevereiro de 2011

SEM TELEFONE

Durante um mês, várias aldeias do distrito de Bragança estiveram sem telefone entre as 18:15 e a manhã do dia seguinte

Freixeda, Rossas, Moredo, Salsas e outras tantas aldeias daquela zona, estiveram sem telefone ao longo de um mês. O problema afectou os habitantes com ligação à Portugal Telecom (PT) que não conseguiam receber chamadas. Apesar de existirem, também, casos, poucos, de pessoas que não conseguiam efectuar ligação. Um grave constrangimento, nomeadamente, para as aldeias, verificado a partir das 18 horas e que perdurava até à manhã seguinte.
“É muito chato porque as pessoas pagam por um serviço a que não têm direito. E também porque as pessoas são de idade, vivem isoladas e podem precisar de contactar os familiares ou serem contactados. É uma preocupação porque podem até precisar de ajuda”, referiu Filipe Caldas, presidente da Junta de Freguesia de Salsas (JFS).
A PT confirmou o problema na semana passada, mencionando que estaria a ser tratado pelos técnicos. No final da mesma semana, já estaria resolvido. No entanto, as pessoas terão de pagar a totalidade de um serviço do qual não usufruíram. “Há cerca de um mês que várias pessoas da aldeia não têm ligação da PT (Portugal Telecom). É a partir das 18,18:30, até ao outro dia de manhã. Não sei! Já liguei várias para a PT e disseram-me que iam resolver o problema, que era algo que tinha a ver com os fios”, afirmou o autarca, antes da situação ser resolvida.


Filipe Caldas fala, ainda, na questão do isolamento e em como pode ser pernicioso morar numa aldeia. “No meio rural, temos sempre o problema de sermos olhados como cidadãos de segunda. A cobertura das várias redes é muito fraca e há zonas em que não há sequer sinal. É um problema grave porque mesmo tendo telemóvel, as pessoas não têm sinal. Por isso mesmo é que pagam o fixo, por não terem cobertura de rede de telemóvel”, declarou.
Na freguesia de Salsas, mais concretamente nas proximidades da aldeia de Moredo, existe uma antena receptora da rede TMN. Mas, ao que o Jornal Nordeste apurou, o sinal é fraco ou quase inexistente. “É caricato! Como é que temos um posto receptor e nós não temos grande cobertura de rede”, garantiu, acrescentando, também, que os sinais da Optimus e da Vodafone são igualmente ténues. “Eu moro no cimo da aldeia e tenho que vir muitas vezes à rua para telefonar só para ter um bocado de sinal”, assegurou.

 

"OBRAS ESCOLHIDAS" A DEDO

Graça Morais, ausente, e Rui Sanches em exposição com escultura, pintura e desenho representativos das curvílineas femininas e formas geométricas, respectivamente

Decorreu, no Centro de Arte Contemporânea Graça Morais (CACGM), a inauguração de duas exposições. Rui Sanches e Graça Morais são os artistas de quem se fala, com “Obras escolhidas” e “Metamorfoses – Pintura e desenho”, respectivamente. E enquanto que o primeiro esteve presente, explicando em género de introdução parte da sua obra, a congénere transmontana não pôde comparecer.
Nascido em Lisboa no ano de 1954, Rui Sanches apresentou em Bragança uma exposição realizada de acordo com uma criteriosa selecção de desenhos e esculturas. Trata-se de uma ilustração, em jeito de sinopse, dos períodos mais representativos do percurso do artista, iniciado em 1984. “Para a construção da sua gramática escultórica, Sanches socorre-se de materiais triviais, transformados industrialmente, como contraplacados de madeira, fragmentos de canalizações, vidros, espelhos ou mesmo a luz. Marcantes no seu início de carreira, a hegemonia das formas geometrizadas foram preteridas, a partir da década de 90, por curvilíneas capazes de evocar configurações orgânicas”, refere, no folheto informativo, o comissariado Jorge da Costa. Tal “evolução” convida a uma pluralidade de leituras e transporta os visitantes a distintos pontos de vista oriundos das cerca de 30 peças expostas.
Na sua selecção, o artista teve em conta pormenores como a escala das obras, a harmonia e de que forma estas iriam interagir com o CACGM. “Escolhi as obras por dois critérios. O primeiro, dar uma panorâmica global do meu trabalho e o segundo, peças que se adequassem a este espaço específico onde elas iam ser mostradas”, explicou Rui Sanches.


Numa retrospectiva de significado da sua mostra, o pintor/escultor manifesta: “as minhas obras são fruto de um trabalho contínuo. Quando faço uma peça, ela não aparece isolada, é anterior e aponta já para um percurso futuro. Olhando para trás e vendo estas peças com quase 30 anos, há uma coerência, uma constância que eu penso ser visível para o espectador”.
Individualmente, Rui Sanches exibiu a sua obra, pela primeira vez, em 1984. Na altura, tinha 30 anos. Concluiu a sua licenciatura em Londres e o mestrado em Escultura na Universidade de Yale, um dos estabelecimentos superiores de ensino mais conceituados nos Estados Unidos.
Originária de Trás-os-Montes, mais concretamente de Vieiro, Graça Morais traz-nos uma das suas premissas da década de 80, em que a figura feminina assumia o papel central. Em 2000, amplia-a com uma série de trabalhos que designou de “Metamorfoses”, patentes, agora, no Centro de Arte a que deu o nome e onde, regularmente, expõe os seus quadros. Nesta colecção de desenhos e pinturas, a mulher “não é apenas personagem de dramas íntimos, é protagonista”, lê-se na brochura.

Rui Sanches, escultor

STOP TRÁFICO

A escravidão dos tempos modernos é um fenómeno em pura ascensão e foi debatido entre jovens em vias de profissionalização

Numa acção de sensibilização sem precedentes, em Bragança, vários alunos das escolas secundárias da cidade puderam escutar sábios conselhos e esclarecimentos de quem percebe verdadeiramente do assunto. O tema, sobre a mesa, foi o tráfico de seres humanos. Uma realidade cruel para as vítimas, que não são originárias, apenas, de outros continentes. A Europa, sofre tanto ou mais com esse mesmo flagelo das sociedades modernas. No pavilhão do Instituto Português da Juventude, a Associação para o Planeamento da Família (APF), promoveu o Projecto Alerta Jovens para o Tráfico de Seres Humanos na passada quinta-feira.
A psicóloga e formadora de serviço foi Rita Moreira, da Delegação Norte (Porto) da APF, soube entusiasmar a plateia para a problemática referente ao fenómeno que atinge jovens mulheres, obrigadas a prostituir-se, crianças, usados por redes pedófilas, e adultos, explorados, sobretudo, laboralmente em países que não os seus.


“Vim dirigir-me aos jovens do distrito de Bragança para a prevenção do crime que é o tráfico de pessoas. O objectivo maior é sensibilizar a população alvo, sabendo nós que o tráfico tem os número que tem e que Portugal não é excepção”, explicou Rita, na primeira iniciativa de várias que, depois, se irão suceder por outras vilas e cidades, de norte a sul do país.
Na conjuntura actual, de crise instalada no país, muitos destes jovens, a curto prazo, poderão, eventualmente, ir para fora à procura de emprego e melhores condições de vida. “E acreditarem em ofertas extremamente aliciantes feitas por supostos conhecidos ou através da internet. Eu só quero que eles se consciencializem dos potenciais perigos inerentes”, comenta a especialista, que dirige uma Casa de Abrigo no Porto para mulheres vítimas de tráfico humano, cujo corpo era vendido para a prostituição.
“O tráfico está aí, acontece e quem arrisca pode vir a ser vítima”, concluiu Rita Moreira. Para cerca de uma centena de jovens atentos, a psicóloga referiu os cuidados a ter, como despistar pequenos elementos que aparecem em anúncios fictícios e através de exemplos, conseguiu fazer passar a mensagem de uma realidade diametralmente oposta aos Direitos Humanos.

Rita Moreira, psicóloga e especialista em Tráfico Humano


MEMÓRIAS DE FESTA EM CONVÍVIO

Forno em recuperação pela autarquia brigantina traz recordações de Páscoas passadas em tertúlias femininas

Durante décadas, o Forno Comunitário de Pão, mais conhecido como o Forno da Ti Glória, serviu a centenas de senhoras, para não dizer milhares, de ponto de encontro, de convívio, de reunião e de festa. O nome perdurou devido à senhora que, durante todo o ano, para além de cozer o pão, morava no forno, situado no bairro de Além do Rio, como nos conta Helena Morais.
“Na altura, estava lá a senhora Glória a viver, que era a dona do forno. A gente pagava-lhe qualquer coisa em dinheiro por fazer lá os folares. Uma parte era o forno, outra parte estava reservada para ela, com quarto, cozinha e assim”, afirma. Quanto à importância paga pelo uso do forno à Ti Glória, Helena não consegue especificar, mas recorda que era uma insignificância.
“Pagavamos-lhe muito pouco! Ela era uma pessoa muito simpática, contava lá muitas histórias e passávamos todas um bom bocado. Era uma grande senhora”, relembra.
Em época de Páscoa, as tertúlias aconteciam naturalmente. Sem aviso prévio, as mulheres impulsonadas pela necessidade de cozerem os folares, encontravam-se, efusivamente, no Forno Comunitário. “Eu e as vizinhas, juntávamo-nos todas no forno por altura da Páscoa. E não éramos só nós! Vinham pessoas de todo o lado... Das Moreirinhas, (bairro) dos Batocos, da Vila, daqui de Além do Rio. Toda a gente ia ao forno. Era de noite e de dia, na Semana Santa, o forno sempre a cozer”, narra em nostalgia.
Helena Morais descreve com saudade e boas recordações aqueles tempos místicos de outrora nos finais da década de 70. Depois da Ti Glória falecer, o forno acabou. O tempo e o abandono acabaram por degradar a estrutura do edifício em ruínas, obrigando quase que ao esquecimento da memória colectiva brigantina.

Na época Medieval, o forno de Bragança era considerado como sendo o maior de Portugal

“Eu gostava muito de vir cá ir cozer o folar para ali porque era uma alegria. Era uma festa! Juntava-se cá muita gente, cada uma dizia sua coisa. Estávamos aqui todas de noite e de dia, de noite e de dia. Sinto muito falta daquele tempo!”, assegura, com um saudosismo muito próprio que transparece no rosto.
Com 65 anos, Helena, tem, agora, um forno em casa, onde aproveita para fazer os folares. “Mas há muita gente que se vê aflita, pois não tem forno e tem de ir para as padarias. É diferente”, reconhece. “Na altura, havia pessoas que já traziam os folares de casa nas latas e chegavam aqui e era só cozer! Mas havia outras pessoas que não sabiam amassá-los em casa e faziam-no aqui no forno com alguma ajuda”,
Certos historiadores, admitem mesmo tratar-se do maior forno existente na época Medieval, em Portugal, tendo sido edificado para cozer o pão aos trabalhadores das obras de construção do Castelo de Bragança.
Recorde-se que, o Jornal Nordeste, na edição de 1 de Fevereiro, noticiou a decisão da Câmara Municipal de Bragança, que adquiriu o Forno Comunitário de Pão em 1991, em promover a sua recuperação. Um investimento na ordem dos 110 mil euros, integrado no projecto “Bragança Activa”, cuja premissa se baseia na revitalização da zona histórica da capital de distrito.

12 de fevereiro de 2011

O ÚNICO MAGO EM BRAGANÇA

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FACTOS

Mágico Orimar Serip
Idade – 49 anos
Naturalidade – Fontes, Parâmio, Bragança
Licenciatura em Animação e Produção Artística
Membro da International Magicians Society
Membro da Associação Portuguesa de Ilusionismo
Prémio de Originalidade e Criatividade no Festival Internacional de Ilusionismo, 1998
Site - www.orimar-serip.web.pt


ENTREVISTA

1 @ Como e quando é que começaste a desenvolver o interesse e a paixão pela magia?

R: Este interesse pela magia apareceu em mim ainda em miúdo. Nos circos, havia sempre um mágico. Admirava os palhaços, como ainda hoje admiro, mas o que me chamava realmente a atenção eram os chamados magos, na altura. Via as coisas a desaparecerem e a aparecerem e isso fascinava-me. Já era um pouco mais adulto quando decidi apresentar os meus efeitos mágicos ao grande público. Comecei em 1976 e faço, agora, em Dezembro de 2011, 35 anos como mágico.

2 @ Que truques te foram mais apelativos quando, na adolescência, decidiste ganhar o pulso ao rumo das artes mágicas?

R: Era o desaparecer, era um simples lenço com floreados e cores garridas que eram realmente chamativas, era aparecer uma pomba de um simples lenço. Dar vida àquele lenço, mesmo sabendo hoje como se faz, ainda me põe os olhos em bico, sendo o truque bem feito, claro.

3 @ Apesar de residires em Bragança, actuas como mágico um pouco por todo o país. Sobretudo, na região norte. Como é que funciona em termos de agenda e espectáculos?

R: Vou por onde me convidam. Quanto a espectáculos, isso depende. Por vezes, participo em galas, onde há mais artistas, e aí actuo, no máximo, durante 10/15 minutos. Num espectáculo individual, já faço uma hora e quinze minutos, sensivelmente. Os truques têm de estar interligados, tem de haver uma continuidade, isso é que faz o espectáculo. Há um princípio, um meio e um fim. Tudo nele tem um propósito. Agora, no palco sou só eu. Já tive algumas partners, a trabalhar comigo, mas, neste momento, é mais a interactividade, É um espectáculo do sério ao cómico e é a forma como se faz, a sua estrutura, como se vende a ilusão que interessa verdadeiramente. Certas pessoas compram o “livro de instruções”, estudam-no e limitam-se a fazer o que vem no livro. Eu não faço isso! Um truque tem variadíssimas formas de ser feito e eu gosto de dar a cada um o meu cunho pessoal. Um pequeno truque, pode ser uma grande ilusão.

4 @ Que ilusões agradam mais às pessoas?

R: Existem as grandes ilusões, que fascinam, como a mulher cortada ao meio. Mas o que fascina mais o público é o acto de aparecer ou desaparecer de um objecto, a transformação. A levitação é, também, outro efeito mágico soberbo.

5 @ Consegue-se viver da magia em Portugal?

R: Há essa possibilidade, mas não é nada fácil. São poucos os que conseguem viver somente da magia. Os apoios são muito limitados, mas, tendo por trás um grande suporte, é possível.

6 @ Que mágicos actuam para ti como referências artísticas?

R: No nosso país, o mais conhecido é Luís de Matos. Mas tenho muitos mais: David Sousa, de Espinho, que ficou em segundo lugar no campeonato do mundo, que se realiza de 4 em 4 anos, da Federação Internacional das Sociedades Mágicas; Hélder Guimarães, que foi campeão do mundo em magia de mesa (Close Up); e o Mago Daniel. A nível internacional, o David Copperfield, também, o mais conhecido, mas, pessoalmente, prefiro o suíço Peter Marvey, o oriental Ximada, Kevin James e o Topas, entre outros.

7 @ Como é que imaginas o teu futuro enquanto mágico?

R: Eu quero reformar-me disto, mas não consigo. Primeiro porque quero continuar por mais tempo e, segundo, porque as pessoas continuam a querer um mágico. Portanto, em termos de agenda, não me posso queixar. Também tem havido festas privadas para as quais sou contratado e espero que haja muitas mais.

8 @ A magia ainda respira saúde?

R: A magia continua muito viva, mesmo. De boa saúde e sempre a surgiram coisas novas… Eu já fiz, em Bragança, alguns espectáculos e quando vou na rua muitas vezes as crianças reconhecem-me como mágico. Só isso, vale bem a pena! 


Para além da Magia, Ramiro Pires é um Pintor Artista

Exposição de pintura “(In)visível”, de Ramiro Pires, encontra-se patente no A Noz Bar até 14 de Fevereiro. São cerca de dez obras, a óleo, onde podemos contemplar telas como “Luz”, “Planeta violado”, “Estilhaços”, “A humanidade da tocha” ou o “Sorriso forçado”. O seu autor, explica o porquê do nome que dá título à exposição: “O Invisível tem a ver com o “in”, o interior de cada um de nós, e nesta exposição, não se trata só daquilo que está imediatamente visível, mas sim outros assuntos ou temas que estão disfarçados ou escondidos, digamos assim”. Desta forma, há algo mais para além da primeira percepção. Uma outra leitura do mesmo quadro. “É preciso estar realmente atento para se poder observar a outra parte, a parte invisível do quadro”, acautelou o pintor. Quem não conseguir decifrar as telas, poderá contar com a ajuda do proprietário do bar, Eduardo, que já conhece os detalhes “mascarados”.
Esta colecção divide-se em duas partes, cada uma com cinco quadros, dada a limitação do espaço, pretende-se aqui, também, uma mostra mais intimista. “O quadro é um território intimo, de magia, onde a linha, a cor, o espaço e a luz aparecem carregadas de profundidade espiritual”, desvendou o criador.


"NOITE DE MAGIA" / 22:30 / QUINTA-FEIRA (17 DE FEVEREIRO) / INOVA-KAFE

MONTESINHO DÁ CAÇA

Perto de 90 caçadores participaram em montaria, onde foram mortos seis javalis, dois dos quais eram, ainda, animais de pequeno porte

No domingo, realizou-se no Parque Natural de Montesinho uma montaria promovida pela Associação de Caça e Pesca Amigos de Montesinho. Ao chamamento, compareceram cerca de 90 caçadores, mais convidados, no total de 150 pessoas. Javalis mortos foram meia dúzia, no entanto, três eram de dimensões reduzidas. Uma situação de “falta de ética” que o engenheiro florestal e técnico de gestão cinegético, António Coelho, que presta assessoria àquela zona de caça, recriminou. “Não é normal! Mas não se podem controlar eticamente 90 caçadores. Há quem tenha mais ou menos ética, há quem consiga, eticamente, respeitar os animais mais pequenos. Há outros que não têm essa ética a atiram sobre eles. Nós recriminamos!”, afirmou.
“Recomendamos, sempre, aos caçadores que não o façam. Estou insatisfeito com isso! Já alertei os caçadores que os mataram para que da próxima vez isto não seja autorizado”, garante o técnico cinegético.
Excluído esse “triste” acontecimento, o cenário selvagem de Montesinho serviu de palco a momentos de confraternização. “Estou muito satisfeito! Houve organização, ninguém se magoou, os javalis apareceram no fim, houve divertimento, a comida foi boa e, neste momento, as pessoas estão contentes e acho que vão regressar aos seus locais de origem com boas recordações de Montesinho”, adiantou António Coelho.


Os baptismos de caça programados ficaram sem efeito, pois não houve nenhum caçador a matar um javali pela primeira vez. Na manhã de domingo, o Governador Civil de Bragança, Jorge Gomes, marcou presença na montaria.
De salientar, ainda, que no dia anterior, sábado, decorreu, em Montesinho, uma palestra de um professor catedrático da Faculdade de Ciências de Lisboa a 15 alunos, que acabaram por ficar como convidados para domingo.
Em jeito de conclusão, o presidente da Associação de Caça e Pesca Amigos de Montesinho, Norberto Garcia, desvalorizou a matança e reafirmou a festa em torno da montaria. “Morreram meia dúzia de recos, mas esta gente também não está aqui para fazer grandes mortes. Aliás, o número de animais mortos é secundário. No fim, o que conta é a organização, a festa e o convívio. Nesse aspecto, correu tudo muito bem e as pessoas estão todas satisfeitas”, confidenciou.


"NOVO" LIMPA-NEVES

Bombeiros de Macedo reforçam logística com novo limpa-neves, mas obras no IP4 e automobilistas influenciam máxima potencialização

Desde o final do mês de Janeiro que os Bombeiros Voluntários de Macedo de Cavaleiros (BVMC) contam com um segundo equipamento limpa-neves. Comprado em segunda-mão, na Alemanha, por 60 mil euros, esta máquina vem permitir aos bombeiros uma maior capacidade de limpeza das faixas de rodagem. Isto porque, ao contrário do outro que já possuíam, adaptado, com um lâmina de três metros, este novo limpa-neves de raiz dispõe de uma lâmina de cinco metros de comprimento. Para além de aumentar a capacidade de espalhamento de sal de duas para seis toneladas. Mas tem outra particularidade. “Em vez de um, temos 2 frontais. O primeiro, dá-nos até 5 metros de largura de limpeza de via, e o segundo é uma lâmina lateral, com 3 metros de comprimento”, explica o comandante dos BVMC, João Venceslau.
“Isto para dizer que o carro, em pleno funcionamento, dá para cobrir até 8 metros e meio de limpeza de via, neste caso, limpeza de neve. O que é muito bom porque evita que nós façamos diversas passagens pelo mesmo local”, continua.


De acordo com o responsável, há duas condicionantes ao bom desempenho dos soldados da paz na utilização do equipamento. A primeira, prende-se com as obras no IP4. A segunda, com a falta de compreensão de alguns automobilistas. “Chamamos a atenção dos utentes da via porque as lâminas, muitas vezes, ocupam alguma faixa do lado oposto. Nós só pedimos uma certa atenção para nos facilitarem a manobra.. É esse o alerta que aproveito para lançar às pessoas. Encostem-se quando virem esse tipo de equipamentos a operar”, avisa o comandante dos bombeiros.
A última vez que o limpa-neves actuou foi na nevada do final do mês de Janeiro, dia 28. Uma situação que colocou à prova o equipamento em três cenários distintos e que permitiu chegar à conclusão que o trabalho com o limpa-neves nas estradas nacionais não é recomendável. “Durante a madrugada, andámos na Serra de Bornes e se a lâmina só por si já ocupa praticamente as duas faixas de rodagem, com viaturas condicionadas, diz-nos que não é a viatura ideal para esse tipo de cenário”, conclui João Venceslau.

 

11 de fevereiro de 2011

"HÁ CONVERSA EM BRAGANÇA"


Convívio paroquiano identifica estilos de vida saudáveis e alerta para a problemática das diabetes

No dia 29 de Janeiro, o Centro Social Paroquial dos Santos Mártires (CSPSM) deu início ao primeiro evento mensal “Há conversa em Bragança”. Este ciclo de conferências, a ter lugar no último sábado de cada mês, procura debater temas de potencial interesse para a população brigantina. No Auditório Cónego João Folgado do Centro de Convívio da Paróquia, a qualidade de vida e o bem-estar foi promovido entre os 60 cidadãos presentes.
“Estas sessões de esclarecimento, no último sábado de cada mês, permitem, em conversas informais, dar a conhecer temas e trabalhos de algumas pessoas da cidade”, revela a coordenadora do Contrato Local de Desenvolvimento Social do CSPSM, Carla Pires.
Neste primeiro encontro, para além de se procurarem “melhorar estilos de vida”, discutiu-se o “Dia a dia com diabetes”. Na tentativa de sensibilização da comunidade para uma problemática que atinge 1 milhão de portugueses, mais de uma décima parte da população a residir no continente, estiveram cinco enfermeiras do Centro de Saúde de Santa Maria. “Mediante as conclusões de um trabalho de investigação sobre as diabetes que realizámos a nível distrital, dirigimo-nos à comunidade para prevenir as pessoas que estão em risco de virem a padecer dessa condição. Uma vez que se trata de uma população maioritariamente idosa, sedentária e com maus hábitos alimentares, as pessoas em risco são muitas!”, adverte Adelaide Afonso, enfermeira.

Exercício físico regular e uma alimentação equilibrada podem ajudar a combater a diabetes

Sendo uma das autoras do estudo, a entrevistada sublinha a importância do exercício físico, assegurando que se deve caminhar, no mínimo, meia hora por dia. “Uma alimentação variada é fundamental, a começar por um pequeno-almoço rico e farto, pois é a primeira refeição do dia. Assim como ingerirmos muitos líquidos, de preferência, água”, recomenda, salvaguardando que um copo de vinho às refeições não é prejudicial.
Porém, quando se trata de alguém com mais de 40 anos, com familiares portadores de um histórico diabético ou mulheres cujos filhos nasceram com mais de 4 quilos, estas são situações de risco e como tal devem-se fazer análises regularmente. “Quanto mais cedo a diabetes for diagnosticada, mais fácil é o seu tratamento”, garante a enfermeira Adelaide. Do programa, fizeram ainda parte os seguintes ateliers: cuidados ao pé, auto-vigilância, alimentação e importância do exercício físico. O 1º Ciclo de Conferências foi concluído com animação, a cargo do Grupo de Cantares do CSPSM.
A 26 de Fevereiro, decorrerá mais um “Há conversa em Bragança”, desta vez orientado para a Família e Sociedade. Março será um mês de Tributo à Mulher.

IMIGRADOS EM CONVÍVIO ANUAL

“Encontro de Imigrantes do Concelho de Bragança” proporciona dia repleto de actividades a estrangeiros a residir, a trabalhar ou a estudar na região

No passado sábado, decorreu o “Encontro de Imigrantes do Concelho de Bragança”. Organizado pela autarquia brigantina, os participantes oriundos de outros países a residir na cidade, estudantes ou trabalhadores, tiveram direito a várias actividades que preencheram por completo o seu dia. O programa começou logo pela manhã, no Pavilhão municipal, com várias partidas amigáveis de futsal entre imigrantes. No intervalo dos jogos, disputados entre as 9:30 e as 12 horas, realizaram-se, ainda, actividades de dança. Aberto o apetite, o convívio continuou no Mercado Municipal de Bragança. Muitos dos que não compareceram na componente desportiva, não perderam o almoço na Rota dos Sabores. Por volta das 13 horas, foram cerca de duas centenas de pessoas a desfrutarem da gastronomia transmontana. Seguiu-se um desfile de moda, onde os manequins eram os próprios imigrantes e uma mostra de produtos típicos de alguns países de onde são provenientes. A digestão foi concluída em concerto no Teatro Municipal, ao som do pianista Domingos António.
Pelas 17 horas, deu-se, finalmente, por concluído o encontro convívio com a inauguração de duas exposições no Centro de Arte Contemporâneo Graça Morais. Uma de escultura e desenho, cujo autor, Rui Sanches, marcou estatuto para explicar parte da sua obra. A outra mostra de arte, “Metamorfoses – Pintura e desenho”, de Graça Morais, não contou com a presença da sua criadora.
“Neste dia, decidimos juntar a comunidade imigrante no sentido de todas as nacionalidades presentes no concelho poderem confraternizar e conviver”, afirmou a vereadora da CMB, Fátima Fernandes. De acordo com a responsável, este encontro proporciona aos imigrantes a possibilidade de se conhecerem, de falarem dos seus problemas e da sua integração no concelho que os acolhe.
De salientar que, na capital de distrito, grande parte dos estrangeiros são estudantes, ao abrigo do Programa Erasmus no Instituto Politécnico de Bragança.


MÚSICA EM EROTISMO

“Internacional Topless Dj”, Sexation, proporcionou calor ao rigor de inverno nordestino com música do baú dos grandes clássicos de puro house mixada em sensualidade

A 29 de Janeiro, Olga Razanova, mais conhecida pelo seu nome artístico, Dj Sexation, esteve na discoteca Mercado. Apesar do público não ter aparecido em peso, como seria de esperar num sábado à noite, a disco-jóquei (dj) moscovita aqueceu as hostes ao som de house music e numa atitude provocadora em topless não integral. “Eu gosto de todos os géneros, só que prefiro música mais forte, progressiva, tribal. A mim não me interessa aquilo que eu gosto, mas sim aquilo que eu quero e aquilo que eu quero, realmente, é que as pessoas dancem. Isso é o mais importante” revela Sexation, que começou a tocar por influência do dj português Plastic Soul.
Pela segunda vez em Bragança, a “Internacional Topless Dj” já calcorreou Portugal, a Europa e o mundo com os seus discos, em destinos tão longínquos como a China ou a Indonésia. E, apesar de só estar no dance scene há, apenas, dois anos, Olga sonha já, “um dia, poder tocar hip-hop e R&B”. “Começa a nascer na minha alma este tipo de som”, confessa.


A música de dança e a sensualidade russa estiveram ao rubro fora-de-horas na pele da dj oficial da Playboy Portugal. Questionada sobre a experiência de se despir para a objectiva da revista erótica nacional, Sexation desvenda: “Trabalhar com a Playboy foi algo novo para mim, o fotógrafo foi sensacional e adorei. Mas, no outro dia, acordei e tinha o corpo tão cansado que a dor era surreal. Durante a sessão fotográfica, diziam-me, põe as mãos assim, as pernas ali e senti que ia morrer”.
Sobre o seu passado ligado à moda, a dj garante que não passa disso mesmo, “passado”. “Para mim, a moda é passado. Fui modelo há 5 anos e já não é nada de novo, nem tão pouco especial. Acabou! Prefiro a música. Durante toda a minha vida, a música esteve presente”, termina.


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4 de fevereiro de 2011

FC PORTO ENCERRA TORNEIO DE ABERTURA

As equipas brigantinas de infantis e iniciados de hóquei em patins falharam apuramento para a Fase Nacional

Na tarde de domingo, as equipas de hóquei em patins do Clube Académico de Bragança (CAB) receberam o F.C. Porto. No primeiro jogo, os infantis perderam por 0 – 12. Enquanto que, no segundo, os iniciados perderam por 0 – 8. Estes foi a última jornada do Torneio de abertura da Associação de Patinagem do Porto e serviu, apenas, para cumprir calendário. Na classificação geral, os infantis ficaram em sétimo lugar. Já os iniciados alcançaram a quinta posição. Como só passam as duas primeiras equipas de cada grupo de nove, resta aos hóquistas brigantinos o Torneio de Encerramento, com início marcado para fins de Fevereiro. De salientar que o CAB teve a “infelicidade” de ficar integrado em grupos com algumas das equipas mais fortes, como o Gulpilhares, Valongo, FC Porto e Infante de Sagres.
“Os nossos objectivos foram minimamente atingidos. Tivemos bons jogos, evoluímos, mas estes continuam a ser anos de aprendizagem”, revelou o treinador academista dos iniciados, Fernando Sequeira, realçando, no entanto, a “excelente” prestação dos seus pupilos em algumas das partidas realizadas.


Por sua vez, o treinador dos infantis do CAB, também lamentou o facto de terem jogado com algumas das melhores equipas. Em género de balanço, Tiago Asseiro, comenta: “dentro das expectativas, correu tudo dentro da normalidade. Alcançámos um sétimo lugar, mas num jogo ou outro outro poderíamos ter conseguido outros resultados, nomeadamente em dois que empatámos”. Sobre a sua equipa, afirma: “ainda é muito inexperiente, com muito jogadores de primeiro ano e mesmo os de segundo, esta era a primeira vez que jogavam juntos”.
Sobre as suas aspirações para o Torneio de Encerramento, Tiago Asseiro confessa: “esperamos ficar num grupo mais acessível e melhorar os resultados, o que tem vindo a acontecer nos últimos jogos e trabalharmos sempre no sentido de aprendermos mais”.




CONSOLIDAÇÃO CRESCENTE

No Dia do IPB, a questão das bolsas esteve em debate e a primeira pedra do Bloco Pedagógico foi colocada

O Dia do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) aconteceu na passada sexta-feira. No âmbito das comemorações, o Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, colocou a primeira pedra do Bloco Pedagógico do instituto. O governante presidiu, ainda, à assinatura do contrato de construção dos Laboratórios do Centro de Investigação de Montanha do IPB. As duas obras totalizam um investimento de três milhões de euros, sendo que, a primeira a concluir será o Bloco Pedagógico, cujo prazo de execução é de um ano.
De acordo com o presidente do IPB, Sobrinho Teixeira, esta nova infraestrutura será o centro de investigação do politécnico. “Vamos ter concentrados neste edifício os laboratórios de investigação de todas as escolas, inclusive da Escola Superior de Saúde”.
O secretário de Estado esteve, também, na reunião do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), realizada um dia antes. Um dos tópicos sobre a mesa, foi o incremento da investigação nos politécnicos do país. Manuel Heitor referiu a importância da investigação ser orientada por questões económicas e sócio-culturais, de maneira a “envolver as empresas e dinamizar a actividade económica do país”. Sobrinho Teixeira, presidente do CCISP, manifestou-se a favor da criação de centros de investigação nos politécnicos do país.


À margem da reunião com os representantes dos politécnicos, o secretário de estado falou, ainda, da questão das bolsas. “O sistema de atribuição de bolsas aos estudantes funciona melhor do que nos anos anteriores, mas vai ter de ser melhorado no próximo ano lectivo”, admitiu. Sobre a existência de estudantes em “situações limite”, Manuel Heitor garantiu que existem mecanismos para que nenhum estudante fique “fora do sistema”. Sobrinho Teixeira concorda, reiterando que o sistema de atribuição das bolsas decorre de forma mais justa. “A alteração legal que fez com que fosse possível ter acesso ao património dos alunos fez com que muitos nem sequer apresentassem candidatura”, asseverou. “Isso porque o seu património assumia um volume que não era condizente com a necessidade de todos nós estarmos a contribuir para a sua qualificação”, concluiu.