8 de dezembro de 2011

SEM A NATA DA EQUIPA


Lavra     13
Clube Académico de Bragança  1
Ao intervalo: 6 – 0


CAB: Nuno Minhoto (GR); Fernando Madureira, Diogo Cadavez, João Benites, Guilhermino Carvalhinho, Luís Alves (GR).
TREINADOR: TIAGO ASSEIRO

 
Ausência forçada de dois dos seus melhores jogadores deixa os iniciados do CAB em maus lençóis

A partilhar a posição injusta dos infantis, estiveram os iniciados com os mesmos quatro jogadores de campo, não passíveis de substituição. Mas, ao contrário dos mais novos, os iniciados academistas não venceram a oposição matosinhense. Ao intervalo, já perdiam por 6 a 0 e, no final, o marcador desenhava uma derrota de 13 a 1.
Contando, apenas, com jogadores de primeiro ano e sem dois dos seus melhores elementos, Pedro e Carlos, Tiago Asseiro não pôde alternar a equipa, bem como intervir a nível táctico. Assim, só restou ao treinador observar, impotente, a sua formação a ser manietada por uma constante e clara falta de opções, que lhe permitissem alterar o rumo dos acontecimentos. Os jogadores eram tão poucos que Luís Alves, dos Infantis, teve de subir de escalão para vestir o papel de guarda-redes suplente, sendo ele um jogador de campo e não de baliza.
Recorde-se que, na penúltima jornada, Pedro Padrão fracturou o braço no jogo contra o Valongo e, ainda, se encontra em recuperação. Já Carlos Esteves, no último encontro para o campeonato, em que o CAB defrontou o Paço Rei, foi expulso e castigado com oito jogos de suspensão. Uma “situação” que o técnico considera tanto “injusta” como “absurda”. “O Carlos só atirou com a bola e, no relatório, o árbitro considerou que ele o havia tentado agredir. Numa situação idêntica, um jogador da Póvoa do Varzim apanhou três jogos de suspensão”, expõe, em total desacordo com a decisão tomada.
Mesmo inferiorizado, quer em número, quer em qualidade, o CAB aguentou-se por dez minutos sem sofrer um único golo. O primeiro do Lavra aconteceria só a cinco minutos do intervalo. “Estávamos a defender muito bem na primeira parte, mas a partir do golo deles os nossos miúdos desconcentraram-se, ficaram nervosos e em cinco minutos sofremos seis golos”, descreve Tiago Asseiro. “Foi o descalabro!”, acrescenta.
A segunda parte foi mais do mesmo, na versão do técnico, com a agravante dos seus pupilos estarem já cansados devido ao crescente esforço físico. O Lavra acrescentou mais sete à sua conta pessoal de terceiro classificado no campeonato e, por parte do Académico, João Benites marcou aquele que viria a ser o único golo da sua equipa.

7 de dezembro de 2011

VITÓRIA DIFÍCIL, MAS JUSTA


Lavra de Matosinhos 1
Clube Académico de Bragança  2
Ao intervalo: 1 – 2

CAB: Vicente Gomes (GR); Jorge Diz, Cristiano Cunha, Gonçalo Raposo, Pedro Cordeiro, João Gomes (GR).
TREINADOR: TIAGO ASSEIRO
 
Sem qualquer jogador de campo suplente, os infantis do CAB conseguiram triunfar sobre o Lavra por 2 a 1

O Clube Académico de Bragança (CAB) levou os seus pupilos a Matosinhos para defrontarem o Lavra no domingo. Com, apenas, seis atletas disponíveis, o banco dos infantis estava completamente desfalcado. Isto porque o guarda-redes suplente, Tiago Gonçalves, se havia lesionado no dedo durante o treino de segunda-feira passada. Depois, Luís Alves também não pôde integrar a sua formação, dado que teve de se equipar de guarda-redes para jogar pelos iniciados. Como a utilização de dois guardiões é obrigatória, João Gomes cumpriu um papel que não o dele, ao equipar-se de guarda-redes para se sentar no banco.
Apesar de tantas condicionantes de peso, como serem somente quatro jogadores de campo sem a possibilidade de substituição para descanso ou alteração de táctica, os jovens brigantinos conseguiram marcar dois golos logo nos primeiros cinco minutos. Jorge Diz inaugurou o marcador e, de seguida, Pedro Cordeiro completou o ciclo ao inscrever o segundo nas malhas adversárias. A formação matosinhense ainda conseguiu o tento de honra antes do intervalo, mas no último tempo o resultado manteve-se inalterável.
Nas palavras do treinador, alcançou-se uma vitória justa, dada a exibição da sua equipa, mas extremamente complicada. “Controlámos o jogo do início ao fim e soubemos manter a bola sempre longe da nossa baliza. As melhores ocasiões de golo pertenceram-nos, mesmo na segunda parte”, resumiu Tiago Asseiro, que soube impor eficazmente a sua estratégia sobre o adversário. Com esta vitória, o Académico subiu um degrau ao conquistar a sétima posição na tabela classificativa, anteriormente ocupada pelo Lavra, que passou, agora, para o oitavo lugar.

LÍDERES DA TABELA


Estrelas Brigantinas        71
Diogo Cão           42
Estrelas Brigantinas: Luís Silva, Tiago Martins, Tiago Freitas, Filipe Ferrão, Carlos Grijó, João Fernandes, Miguel Silva, Tomás Silvestre, Bruno Gomes, Henrique Moreira, Pedro Oliveira e Pedro Martins.
TREINADOR: SÉRGIO JESUS

Diogo Cão: Carlos Nunes, Educa Bastos, Martim Melo, Rafael Fonseca, Diogo Bena, João Marques, Rui Fernandes, José Mato, Pedro Pereira, Tiago Pereira, Gonçalo Borges e João Berra.
TREINADOR: FRANCISCO CARVALHO
EM PRIMEIRO LUGAR SEM CONTESTAÇÃO
Os SUB14 dos Estrelas Brigantinos comandam a classificação com 11 pontos em cinco vitórias e uma derrota
Foi um jogo sem grande história, aquele que aconteceu no domingo pelas 15 horas entre o Estrelas Brigantinas e o Diogo Cão no Pavilhão Municipal de Bragança. A equipa da casa exerceu um controlo absoluto sobre o seu adversário, limitando-se a aumentar a vantagem em cada período. Assim, no primeiro tempo, o resultado era de 19 a 2. No segundo, 46 – 16. No terceiro tempo, 59 – 28 e, no quarto e último período, o resultado ficou em 71 – 42.
Neste encontro, destacaram-se dois jogadores, um de cada formação. Na equipa do Diogo Cão, o relevo vai para o número 18, José Mato. Apesar da sua pequena estatura física, este jogador prima pela qualidade e força de vontade, tendo, por diversas vezes, feito a diferença dentro das quatro linhas. No Estrelas, o destaque vai para Filipe Ferrão. O número 7, apesar da sua tenra idade, tem físico e substância para chegar mais além.
Em primeiro na tabela classificativa com 11 pontos, o Estrelas Brigantinas assume-se como a equipa líder do campeonato, contando já com cinco vitórias e uma derrota no seu currículo. O próximo jogo será na manhã do dia 10 de Dezembro contra o Basket Clube de Vila Real.  
 Como é seu hábito, Filipe Ferrão irrompe pela área adversária a caminho do cesto concretizando mais dois pontos

O ÊXITO É A SUA FORÇA MOTRIZ

Lutadores dão prestígio nacional a uma região que pouco ou nada faz por eles em termos de patrocínios
O "Ladies Open e Jovem Promessa do Futuro", em Light-Kick, decorreu em Loures no passado sábado. Com quatro lutadores a representar a região, a Associação de Desportos de Combate de Macedo de Cavaleiros (ADCMC) obteve, mais uma vez, um desempenho preponderante que esmagou a “concorrência”, ao vencer seis dos quatro combates em que participou.
Clicia Queiroz e Carolina Cadavez venceram dois combates cada e conquistaram o primeiro lugar nas categorias +65kg e -60kg, respectivamente. Ambas souberam contrariar com mestria as expectativas das suas oponentes. Clicia ganhou pela segunda vez na sua categoria e mantém-se, assim, invicta nas modalidades de Light-Contact e Light-Kick na sua sétima época em competição. Um feito extraordinário. Carolina, na final, forçou a sua adversária a desistir logo no primeiro round. Uma estreia de luxo no escalão sénior de uma lutadora transmontana que promete dar que falar. Já Tânia Afonso, em -55kg, teve o infortúnio de defrontar nos quartos de final a atleta que viria a vencer a categoria. Hélder Leonardo estreou-se no mundo da competição, em -57kg, alcançando um brilhante terceiro lugar.  
No entanto, estas grandes prestações podem estar comprometidas pela falta de apoios a que estão sujeitos os melhores atletas de Trás-os-Montes em artes marciais. “Infelizmente faltam apoios, mas isso é algo com que nos temos debatido ao longo destes anos. Seria muito fácil termos um patrocinador, bastaria que conhecessem o nosso trabalho e se deslocassem a uma competição”, esclarece o professor de Muay Thai e Kick-Boxing, Luís Durão. “Contamos só com a autarquia de Macedo e sem ela seria impossível cumprirmos o plano de actividades. Mas este apoio vem repartido em duas ou três prestações e nem sequer chega a horas, o que faz com que tenhamos de eliminar algumas provas”, continua o perito em artes marciais, referindo uma verba aproximada de 2000 euros por época. Luís explica que só divulga os valores com que lidam para que as pessoas possam constatar o mérito do seu trabalho. “Torna-se impossível participar em várias provas, tendo em conta que quatro atletas gastam, no mínimo, 300 euros numa deslocação a Lisboa”, reconhece.

A agravar a situação está a distância. “O facto de estarmos longe de tudo faz com que os gastos nas deslocações sejam enormes com despesas como o combustível, portagens, dormidas e alimentação. O próprio cansaço dos atletas contribui para que, depois, tenham uma rodagem inferior a outras escolas”, conclui.
Certo é que a ausência de um patrocinador sério e credível condiciona, de sobremaneira, os sonhos dos nossos lutadores, mas nunca os seus resultados, pois esses, dificilmente, poderiam ser mais grandiosos.