27 de julho de 2012

"UM RECOMEÇO DE CONTINUIDADE"

Politécnico em basquetebol teve um bom desempenho no campeonato universitário, mas falhou por tardar no início dos treinos. 

A equipa de basquetebol da Associação Académica do Instituto Politécnico de Bragança (AAIPB) voltou a participar no campeonato organizado pela Federação Académica de Desporto Universitário (FADU). Assim, ao longo do ano lectivo, houve dois torneios em que várias equipas se procuraram classificar para a Final Nacional, disputada, depois, em Braga.
No primeiro, a 16 e 17 de Novembro, realizado na cidade da Covilhã, a preparação da equipa brigantina havia sido quase inexistente. “Houve uma preparação muito curta. Tivemos, apenas, dois treinos onde foram feitas as captações da equipa entre 40 jogadores e escolhemos 18. Depois, um bocado à pressa e sob pressão, com os outros dois treinos seleccionámos 10 para representar o Politécnico”, afirmou o técnico da equipa. De acordo com Pedro Forte, para além da dificuldade na aquisição de um espaço físico onde pudessem treinar, os jogadores praticamente nem sabiam o nome uns dos outros. “Foram-se conhecendo durante a viagem”, revelou. No seu grupo, a AAIPB perdeu contra as equipas das Associações Académicas das Universidades da Beira Interior e Aveiro, vencendo, somente, o encontro contra a formação da Universidade do Algarve. Na classificação, a equipa anfitriã conquistou o primeiro lugar, depois veio Aveiro e, em terceiro, ficou a equipa transmontana. Como só passavam os dois primeiros, que jogaram depois com os dois primeiros do outro grupo, a AAIPB não alcançou a fase seguinte que decorreu no segundo dia da competição. A vencedora final do primeiro Torneio foi mesmo da cidade que o acolheu, enquanto que a formação do politécnico brigantino se quedou pela quinta posição.

Natural de Cervães, Braga, o estudante de 21 anos que chegou a treinador no âmbito do estágio curricular, asseverou que, no segundo torneio, que decorreu nos dias 1 e 2 de Março, desta feita em Aveiro, a história foi bem diferente. “Já tínhamos outra preparação e mesmo os resultados foram diferentes. E mesmo nos dois jogos que perdemos, um foi por 7 e outro foi por 8 pontos. Isso em basquetebol não é nada. Houve uma evolução clara”, garantiu o técnico.
Contra a Universidade de Coimbra, do Algarve e da Covilhã, a AAIPB só conseguiu, também, uma vitória, tendo ficado na terceira posição e não se classificando para a fase final do torneio. Depois de feitas as contas, no final dos dois Torneios, a formação da capital do nordeste ficou em sexto lugar. Apesar de ter tido os mesmos pontos que a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, esta última ficou na quinta posição, pois tinha marcado mais cestos ao longo dos dois torneios e teve direito a ser repescada. Na Final Nacional, a grande vencedora foi mesmo a Universidade do Minho.
Mas o trabalho deu os seus frutos e a união entre os jogadores tornou-se mais que evidente. “Os jogadores mantiveram-se fiéis aos treinos, tinham vontade de competir e de se afirmar no torneio e isso foi-lhes reconhecido. Éramos um grupo muito forte que jogava com o coração!”, continuou, elogiando o espírito de equipa que se criou entre os jogadores a seu cargo.

Na opinião do estudante de Desporto, que está prestes a concluir o terceiro e último ano do curso e já se prepara para tirar o Mestrado em Exercício e Saúde, a qualidade da sua equipa era inegável. “Já tinham muita escola e bastante técnica individual. Não tinham era preparação física. Agora, eles não se conheciam, nem o tipo de jogo de cada um. Ou seja, o problema não era em termos individuais, era em termos do colectivo”, esclareceu Pedro Forte.
No próximo ano, Pedro Forte pretende ceder o seu lugar de treinador. “Gostava de continuar ou como jogador ou como mero adjunto do novo treinador para ajudá-lo no que fosse possível através das vivências que tive ao longo do ano”, admitiu. “Da mesma forma eu tive a oportunidade de vivenciar isto, acho que outros também a devem ter e o que não falta é gente com capacidade, até se poderia dizer tanta ou mais que eu, mesmo aqui no IPB”, continuou, modestamente.
Que o projecto ficou estruturado de forma a ser mantido, ninguém tem dúvidas. “Está programado de forma a que, em Setembro, reabra outra vez com a equipa. Um recomeço de continuidade. A própria AA mostrou-se com vontade de seguir com o projecto, mostrando o peso do IPB no desporto universitário. Algo que antes não era observável”, terminou o, também, treinador de Ginástica Desportiva do Clube Académico de Bragança.  

Pedro Forte


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