31 de julho de 2009

“PARA QUE O CIRCO NUNCA MORRA"

Fundado em Portugal por Rui Luís Oliveira Mariani, membro de um clã tradicional circense, o Circo Mundial completou no dia 24 de Abril, 15 anos de história. Filho de Mariani, descendência italiana e Ferrony, coube-lhe na herança o desígnio de exultar “o maior espectáculo do mundo”.
Numa tenda vinda de Itália para ser estreada nesta mesma cidade, no Carnaval de há 10 anos, o Circo Mundial fez a sua primeira aparência em Bragança. Desde essa altura, foram já 6 as vezes que o deslumbramento circense conquistou presença assídua no palco desta cidade, isto só possível porque, afirma Rui Mariani, ”esta é uma terra de circo, as pessoas gostam e aplaudem entusiasticamente”.
Desta feita, os bragançanos puderam saborear os prazeres do Circo, do dia 16 a 19, de quinta a domingo, e foram muitas as crianças sentadas nas cadeiras que vieram substituir as famosas tábuas de madeira, que conseguiram arrastar, literalmente, famílias inteiras.
Sempre atento ao que o rodeia, nomeadamente durante as performances dos seus artistas, Rui Mariani é hoje o patriarca da família, domador de felinos, fundador e actual proprietário do Circo Mundial, pai de Ruben, Mário e Karol, todos artistas vinculativos do circo.

Uma constelação de estrelas

Havia números para todos os gostos e feitios, mas a constelação que mais brilhou era composta por três estrelas, o já muito calejado Homem Bala era projectado pela explosão de pólvora e através de um canhão, Mário, que já foi o mais jovem domador da Europa com os seus tigres siberianos, uma actuação sempre amplificada ao longo dos anos pela beleza rara e encantamento destes animais selvagens e um hipopótamo com duas toneladas que fez a delícia de adultos e crianças.
Os palhaços justificaram o riso da plateia ao longo de todo o espectáculo nas suas incontáveis aparições e terminaram-no com os mais pequenos em delírio, tristes só por o Circo ter terminado. Havia também um casal malabarista húngaro, ela, inclusive, com uma performance aérea, os cavalos brancos Max&Min, bem como outros animais exóticos.
Composto por 22 artistas, o Circo Mundial integra ainda um staff de apoio de 12 pessoas que vivem única e exclusivamente dos rendimentos auferidos no circo, e com um extensivo lote de animais “bem tratados”, como os presentes puderam constatar.
Com uma logística de grande peso e dimensão, composta por 22 camiões, 9 veículos ligeiros, máquinas, geradores de apoio e aquecimento interior, o Circo Mundial percorre cerca de 2 mil quilómetros por ano em digressão por Portugal e Espanha, sendo um circo autónomo que necessita apenas de um espaço onde se instalar.
Apesar de actuarem maioritariamente no nosso país, são nuestros hermanos que mais solicitam a sua presença, Galiza, Cantábria e Astúrias são apenas algumas das regiões que eles visitam com bastante frequência.

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