12 de agosto de 2011

NO FIO DA NAVALHA

Prestação de socorro vital pelo GIPS foi decisiva para salvar condutor após despiste violento
 
A Estrada Nacional 315 foi palco de um grave acidente rodoviário no passado mês de Julho. Ao quilómetro 60, no sentido Serra de Bornes – Alfândega da Fé, uma viatura ligeira de mercadorias despistou-se, deixando o seu condutor entre a vida e a morte. A morar em Sambade, o também proprietário do veículo sofreu um corte profundo no pescoço, pelo qual sangrava abundantemente. Contudo, momentos após o acidente, foi encontrado por uma das Equipas de Intervenção do GIPS/Bragança, no decorrer de um patrulhamento regular. De imediato, foi participada a ocorrência ao 112, enquanto que um dos elementos da equipa entrava dentro da viatura a fim de prestar auxílio ao condutor. Detentor de conhecimentos de primeiros socorros, o militar fez pressão sobre o ferimento com uma tshirt de serviço do GIPS, o único recurso disponível na altura. O objectivo daquela acção de salvamento foi o de tentar evitar que a vítima se esvaísse em sangue e sucumbisse. Entretanto, o INEM chegou ao local e o condutor acabou por ser evacuado de helicóptero para Vila Real, onde foi operado de urgência. Tendo tido já alta hospitalar, os próprios médicos foram peremptórios em afirmar que caso a hemorragia não tivesse sido estancada, as hipóteses de sobrevivência do condutor teriam sido praticamente nulas.
“As viaturas das Equipas terrestres estão dotadas de kits de primeiros socorros. Porém, neste caso, o factor decisivo foi mesmo a preparação dos militares e a sua capacidade e destreza de improvisar o socorro”, referiu o Comandante da 7ª Companhia do GIPS, o Tenente Barbosa. Enquanto a vítima era socorrida, os restantes militares procederam ao controlo do tráfego na zona do sinistro.
“Os militares do GIPS/GNR são todos sujeitos a formação em primeiros socorros aquando da frequência do curso de Primeira Intervenção, Protecção e Socorro, visto este tipo de formação ser de importância transversal a todas as actividades executadas pelos nossos militares”, continuou. “Não apenas para prestar socorro ao cidadão comum, mas para ser possível o socorro imediato no caso de um militar sofrer um acidente, visto que as nossas equipas frequentemente intervêm de forma algo isolada em locais inóspitos”, concluiu o responsável.


Sem comentários:

Enviar um comentário