8 de outubro de 2009

RIO ADORMECIDO REVELA PERIGOS

A Ponte Internacional de Quintanilha, a seca do Verão passado expõe pregos, ferros, blocos de cimento e partes de cofragens no rio Maçãs


Dois anos após a conclusão da ponte que liga distrito de Bragança à província espanhola de Zamora, a seca deste Verão teve a vantagem de pôr a descoberto o perigo iminente resultante da construção desse empreendimento.
Sem água, o Rio Maças demonstra agora o risco que representa devido aos muitos detritos caídos durante a construção, entre eles, blocos de cimento, pregos, tubagens, ferros e partes de cofragens.
José Carlos, da Associação Protectora Amigos do Maçãs, testemunha que há, neste caso, “negligência”, referindo que, “o mal é não pensarmos nos outros ou naquilo que nos pode acontecer amanhã ou passado”.
“O Rio Maçãs arrisca-se a ver trocada a sua reputação de zona de lazer por zona de perigo, já que, há muitas pessoas, no Verão, que aproveitam o calor para se banharem nas suas águas”. “Em causa”, está também, “a saúde pública de todos os que moram na proximidade do rio”, isto porque, “algumas das populações são abastecidas por ele”, defende José Carlos.


A Câmara Municipal de Bragança clarifica a sua intenção de responsabilizar a empresa Estradas de Portugal, por ser ela a responsável máxima da obra, tendo contratado vários empreiteiros e subempreiteiros que, consciente ou inconscientemente, deixaram para trás elementos de perigosidade elevada, sobretudo, para as populações mais próximas que, correm o risco de “pagarem a factura”.
Há que, “levantar um auto de contra-ordenação, aguardar o prazo que é concedido para procederem à remoção do entulho depositado, não o fazendo, a câmara procede por meios próprios à remoção e adiciona ao valor da coima o custo correspondente à limpeza”, garantiu Jorge Nunes, presidente da autarquia, em declarações proferidas à SIC.

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