Sublinhada a cooperação transfronteiriça e o desejo da GNR de Bragança integrar o GIPS
Na cerimónia do Dia da Unidade, a 24 de Fevereiro, celebrou-se "com brio e grande dignidade", como é tradição e apanágio da Guarda Nacional Republicana (GNR), os 97 anos de instalação desta força na cidade de Bragança, corria o ano de 1913. Na época, vieram 89 militares, sendo aquartelados no antigo edifício do Passo Episcopal, actual Museu Abade de Baçal. No presente, a GNR conta com um efectivo de 650 homens, para além dos 45 elementos do Grupo de Intervenção, Protecção e Socorro (GIPS). Um grupo que o comandante, Martins Fernandes, pretende integrar no Comando Territorial de Bragança, pois, de momento, respondem ao Comando Central, sedeado em Lisboa. “A coordenação do GIPS deveria ser incluído no Comando de Bragança, para haver um melhor aproveitamento dessa força”, frisou. Quanto às equipas fiscais, que estão a ser criadas, o comandante garante que “devem existir para dar continuidade ao trabalho desenvolvido pela extinta Brigada Fiscal”.
No seu discurso, Martins Fernandes destacou a importância da cooperação transfronteiriça, dando como exemplo os dois etarras capturados em Torre de Moncorvo, e destacou o reforço de meios que tem vindo a ser feito no Comando Distrital de Bragança. “Estão a chegar armamento e veículos novos. Ainda há pouco tempo vieram 35 militares, o que para a nossa região é muito bom. Temos os meios suficientes”, afiançou aos jornalistas.
Esta efeméride – Dia da Unidade – aconteceu, em 2010, pela primeira vez, mas vai passar a comemorar-se, de forma efectiva, anualmente. Quanto ao facto de ter coincidido com os três dias de luto nacional decretados pelo Governo, na sequência da tragédia que devastou o sul da Madeira, o comandante desvalorizou a situação. “Estamos solidários com os madeirenses e esta cerimónia não mancha em nada o luto nacional”, defendeu.
A título de curiosidade, recorde-se ainda que, a GNR foi criada, em Bragança, a 20 de Janeiro (1913), o principal dia de intempérie na ilha.
Martins Fernandes assegura que conflitos internos estão sanados
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