25 de janeiro de 2012

UMA AUTÊNTICA CIDADE MOTARD

Faltou a neve aos 27 mil incritos na 31ª Concentração dos Pinguins em Valladolid 
Registaram-se 26 e 715 inscritos no completar dos 31 anos da reconhecida internacionalmente Concentração dos Pinguins, de acordo com dados da organização. As óptimas condições meteorológicas concederam, definitivamente, uma ajuda preciosa, pois fizeram com que alguns motards viessem de toda a Europa para aquela que é uma das maiores concentrações de Inverno do Velho Continente. Recorde-se que, há dois anos, apesar de se terem contado milhares de pessoas no recinto, houve centenas que ficaram retidas no caminho devido à neve e ao gelo que bloqueou as estradas, tornando-as intransitáveis. Muitos motards, inclusive, dos países do norte, ficaram assim impedidos de comparecer nos Pinguins, ao contrário daquilo que aconteceu no ano transacto, em que o bom tempo ajudou ao registo dos 33 mil inscritos. Mas, nesta edição, até mesmo a tão anunciada crise parece não ter afectado a reunião anual dos amantes das duas rodas.

Do distrito, cerca de 30 entusiastas rumaram àquela que é uma autêntica cidade motard, nascida no meio do nada. O grupo de 30 e pouco transmontanos, constituído pelos Cinquentinhas e os Fisgas, de Bragança, e os Javalis do Asfalto, de Vinhais, repartiram-se em três dias. Assim, na quinta-feira, o primeiro grupo partiu com pouco mais de uma dezena de motas e uma carrinha que transportava toda a logística necessária, conduzida por Sérgio Afonso, o mordomo responsável máximo pela organização da ida aos Pinguins. No dia seguinte, sexta-feira, saiu de Bragança o segundo grupo, formado por, sensivelmente, 12 motas. Em um das quais, estava Rui Martins, que já faz estas concentrações há, pelo menos, oito anos. “É uma viagem para duas horas e meia… Devemos chegar lá por volta do jantar. Juntámo-nos um grupo de amigos e cada um deu um X valor para comprar comida e bebidas”, adiantou o motard, que garante ser uma ocasião ansiada durante o ano pelo convívio entre amigos. No sábado pela manhã, o terceiro e último grupo abandonou a capital de distrito para se juntar aos seus colegas já com todo o acampamento montado em Valladolid. O regresso aconteceu no domingo durante o dia, não tendo havido qualquer incidente em mais uma viagem “maravilha”.  


TESTEMUNHOS
Bruno Morais, 9 anos de Concentração
“As expectativas são sempre as mesmas. Muito frio, muita marcha, muito andamento, estar com os amigos, muitos copos, sempre a dar-lhe.”

António de Sá, 15 anos de Concentração
“Esperamos que neve e que, de facto, haja assim uma peripécia bonita com a neve. É uma das expectativas, até porque está calor demais para os Pinguins.”
Luís Sampaio, 10 anos de Concentração
“O principal é divertirmo-nos em conjunto. Esta é uma concentração que eu já não faço desde 2004, mas acho que vou reencontrar os amigos de sempre.”


18 de janeiro de 2012

AO RUBRO

INICIADOS
Pavilhão Municipal de Bragança
Árbitro: Sofia Ferreira

Clube Académico de Bragança 4
Gulpilhares        5
Ao intervalo: 1 – 2
 CAB: Nuno Minhoto (GR); Carlos Esteves (CAP); Fernando Madureira, João Benites, Pedro Padrão, Guilhermino Carvalhinho, Diogo Cadavez.
TREINADOR: TIAGO ASSEIRO

Gulpilhares: Nelson Oliveira (GR); Ricardo Lourenço, Pedro Martins, José Freire, Mauro Pinto, Diogo Granja, Rodrigo Silveira, Francisco Pinto, Miguel Monteiro (CAP); André Couto (GR).
TREINADOR: PEDRO PRÓSPERO
Num dos melhores e mais disputados jogos do campeonato, o Gulpilhares venceu, mas não convenceu

Foi, sem sombra de dúvidas, uma das partidas mais entusiasmantes dos últimos tempos. Depois de um jogo sem história dos infantis, veio, logo de seguida, o jogo com mais história de sempre dos iniciados. Só o resultado final é que poderia e deveria ter sido outro. Mas comecemos pelo princípio. Frente a frente, Clube Académico de Bragança (CAB) e Gulpilhares.
Os visitantes inauguraram o marcador logo no primeiro minuto, mas os pupilos de Tiago Asseiro conseguiram empatar, merecidamente, o encontro aos oito minutos. Antes do intervalo, a formação gaiense ainda viria a marcar o segundo, levando a vitória temporária para os balneários. No segundo tempo, o CAB entraria muito melhor que o seu adversário e aos cinco minutos empatou, de novo, o jogo. Num claro ascendente, proporcionado, em particular, por Carlos Esteves e Fernando Madureira, que marcaram dois golos cada, a equipa brigantina viria a superiorizar-se com mais dois golos, deixando o resultado em 4 a 2 a cinco minutos do final. E quando tudo parecia decidido, o CAB perdeu a calma necessária e entregou, por diversas vezes, a bola ao seu oponente. O Gulpilhares não desperdiçou tamanhas oferendas e inverteu com todo o mérito o resultado para 4 a 5.
“Repetiu-se a história que aconteceu em Gaia, onde vencíamos por duas bolas e, simplesmente, não conseguimos aguentar a pressão. Mas, também, falhámos muitas oportunidades”, resumiu o técnico brigantino, que considerou a derrota “injusta”.




SEM QUALQUER HIPÓTESE


INFANTIS
Pavilhão Municipal de Bragança
Árbitro: Sofia Ferreira
Clube Académico de Bragança 0
Gulpilhares        13
Ao intervalo: 0 – 7
CAB: Vicente Gomes (GR); Jorge Diz (CAP); Cristiano Cunha, Luís Alves, João Gomes, Rodrigo Minhoto, Gonçalo Raposo, Pedro Cordeiro, Hugo Fonseca, Tiago Gonçalves (GR).
TREINADOR: TIAGO ASSEIRO
Gulpilhares: André Bastos (GR); Bárbara Pinto, João Pereira, João Martins, João Costa (CAP); Simão Bastos, Bruno Pereira, Vladimiro Ribeiro, João Pereira, David Coelho (GR).
TREINADOR: FERNANDO ALMEIDA
A superioridade do Gulpilhares não deixou margem para dúvidas ao derrotar o CAB com 13 golos sem resposta

Na abertura da tarde de hóquei de domingo, estiveram os infantis do Clube Académico de Bragança num jogo sem história. Contra o Gulpilhares, uma das melhores equipas do campeonato, os pupilos transmontanos nada puderam fazer. Sem argumentos, a equipa da casa já perdia ao intervalo por 0 a 7. No final, os visitantes gaienses impuseram o resultado pesado, mas justo, de 0 – 13. “Foi um jogo muito desequilibrado, onde até começámos bem nos primeiros cinco minutos, em que não sofremos qualquer golo, mas sabíamos que estávamos a defrontar uma das melhores equipas em competição”, adiantou o técnico brigantino.
O Gulpilhares é reconhecido nacionalmente pela qualidade das suas escolas e a formação de infantis não é excepção, atestando a regra. Jogadores rápidos com uma técnica excelente fizeram do CAB o que quiseram. Então, em contra-ataque, não costumam mesmo falhar e deixar os seus créditos em mãos alheias. E foi isso que aconteceu no encontro, já que mais de metade dos golos marcados pela formação gaiense resultaram precisamente de jogadas de contra-ataque. Ao contrário dos jovens brigantinos que na transposição defesa ataque não souberam ser bem sucedidos. Na opinião de Tiago Asseiro, falta à sua equipa competição. “São todos muito jovens, inexperientes e só temos um jogador que já é de terceiro ano. Falta, também, a matreirice que existe nas equipas da Associação de Patinagem do Porto”, defendeu o treinador brigantino.


TAREFA QUASE IMPOSSÍVEL

SUB 14
Estádio: Pavilhão Municipal de Bragança
Árbitro: Rui Freitas; Luís Vilarinho (Auxiliar) 
Estrelas Brigantinas       28
Basket Clube Vila Real B             72
Ao intervalo: 11 – 35
 Estrelas Brigantinas: Luís Silva, Tiago Martins, Tiago Freitas, Felipe Ferrão, Luís Pereira, Tomás Silvestre, Bruno Gomes, Henrique Moreira, Pedro Oliveira, José Correia, João Fernandes e Pedro Martins.
TREINADOR: SÉRGIO JESUS
 
Vila Real B: Paulo Costa, André Rego, Pedro Abreu, José Canelas, Luís Martins, João Pereira, Francisco Oliveira, Bruno Martins, João Oliveira, Eduardo Costa, Rodrigo Lima e Paulo Subtil.
TREINADOR: CARLOS AREIAS

Com equipas maiores em idade, o que se reflecte no tamanho e na qualidade, o campeonato apresenta-se demasiado complicado para a equipa brigantina de sub14
Na tarde de sábado, o basquete esteve na ordem do dia. As Estrelas Brigantinas receberam o Basket Clube Vila Real B, num encontro em que a derrota foi imposta pelos visitantes nos quatro tempos. No final do primeiro quarto, o resultado de 6 a 20 deixava antever a história do jogo. Ao intervalo, já o diferencial havia sido aumentado para 11 – 35, o que mostrava bem a nítida superioridade da formação visitante, quer em idade, que se reflecte no tamanho dos jogadores, quer em técnica. A continuar assim, será mesmo difícil para as Estrelas que outrora brilharam no campeonato distrital, alcançarem qualquer vitória nos jogos que se seguem da Fase Norte do campeonato nacional. No terceiro tempo, a distância pontual ainda foi mais ampliada, terminando em 20 – 55. No final, o marcador cifrava-se em 28 – 72, naquele que foi um jogo em que os jovens brigantinos pouco ou nada puderam fazer para contrariar a superioridade adversária. A piorar toda a situação, esteve a expulsão do treinador da equipa da casa, Sérgio Jesus, “convidado” a sair do banco pelo árbitro mirandelense Rui Freitas ainda faltavam seis minutos para o terminar do tempo regulamentar.  


Também no sábado, pelas 10:30, os sub16 das Estrelas Brigantinas deslocaram-se a Alijó onde se sagraram vencedores por uma margem verdadeiramente expressiva de 81 pontos. A vitória por 98 – 17 frente ao Basket Ckube de Alijó continua a deixar a formação brigantina em segundo lugar, a um ponto do Basket Clube Vila Real A. Curiosamente, o primeiro classificado virá a Bragança no próximo domingo, pelas 17 horas. Um jogo que não será decisivo, pois a passagem ao campeonato nacional está garantida a duas jornadas do final, mas que poderá deixar as jovens Estrelas na posição de líderes do distrital. 


17 de janeiro de 2012

VITÓRIAS, SEMPRE

Mais um torneio repleto por conquistas e estreias de atletas que sempre que lutam dignificam o nordeste transmontano

A Associação de Desportos de Combate de Macedo de Cavaleiros (ADCMC) participou com seis lutadores no Torneio de Natal que decorreu em Abragão, Penafiel. A competição “amigável” teve lugar no passado dia 18 de Dezembro e como tem vindo a ser hábito, os atletas transmontanos estiveram, de novo, em destaque. “Foi mais um torneio de preparação para os nossos atletas, sem qualquer título em jogo, e serviu apenas para lhes dar mais experiência num dia de muitas estreias”, referiu o Mestre Luís Durão.
Em estreia, estiveram três atletas com excelentes prestações. Em Light-Kick, João Pires (iniciado, -45kg) revelou um grande nível técnico e táctico, tendo obrigado o seu adversário a desistir no primeiro round. Em Light-Contact, Rogério Gonçalves (sénior, -74kg), apesar de ter lutado numa categoria de peso superior à sua, conseguiu uma óptima exibição ao vencer um atleta com mais experiência por maioria de juízes. Ao fazê-lo deu grandes indicações em termos de competições futuras. “Destacamos esta vitória pela garra e pela vontade deste atleta que, mesmo com 38 anos, demonstrou que é possível fazer-se competição com esta idade”, resumiu, assim, Luís Durão, a “grande prestação” do seu atleta. Ainda em Light-Contact, Ali Turcu (sénior, -94kg) conseguiu outra vitória por unanimidade em mais uma fantástica estreia, numa exibição muito segura e inteligente.

Mais experientes nas andanças da competição, estiveram, em Light-Kick, Hélder Leonardo (Júnior, -57kg), que venceu por unanimidade e convenceu num combate com um atleta mais experiente, e Carolina Cadavez (Sénior, -60kg), que fez mais um combate seguro e venceu uma boa atleta, também, por unanimidade de juízes. Em Light-Contact, Francisco Carvalho (Sénior, -63kg) defrontou um adversário experiente, mas não se deixou intimidar ao vencer de uma forma natural mais um combate.
“Foi um balanço muito positivo, não só pelas vitórias, mas sim pelas exibições. Estamos no caminho certo e neste momento temos a certeza que podemos contar com mais atletas para competição”, concluiu o Mestre Luís Durão.
A preparação continua, tendo em vista os próximos campeonatos regionais que decorrerão em Abril e Maio. Mas, ainda antes, novidades poderão surgir, já que a ADCMC “negoceia” a sua participação num grande evento.





VITÓRIA SACADA A FERROS

G. D. Bragança  1
Vila Verdense F. C.        0


Estádio: Municipal de Bragança
Árbitro: Pedro Oliveira

GDB: Ximena (GR); Pedrinha, Rui Gil (Cap.); Toni, Vilaça, Ricardo Gomes, Karaté, Mobil, Kapelo, Tansir, Miguel Lemos, Nélson, Vítor Hugo, Luís Rodrigues, Valadares, Ltcha, Branquinho, Jaime.

TREINADOR: MARCELO ALVES
 

Vila Verdense: Miguel (GR, Cap.); Sérgio, Gel, Ribeirinho, Fábio Pimenta, João Oliveira, Mingos, Kazeem, Alexandre, João Paulo, Paulinho Lopes, Márcio, Luisinho, Lomba, Rafa, Armando, Pi, Carones.

TREINADOR: NÉLITO

Ao intervalo: 0 – 0
Golos: Miguel Lemos 40”
Cartões amarelos: João Paulo 39”, Sérgio 45” 

Remate de Miguel Lemos a cinco minutos do fim dá golo e salva o GDB de um empate quase certo
 
A nona jornada do Campeonato Nacional da 3ª Divisão – Série A teve uma particularidade interessante. O confronto entre duas equipas que, com 17 pontos cada, repartiam o terceiro lugar na tabela classificativa. Frente a frente, Grupo Desportivo de Bragança (GDB) e Vila Verdense, num jogo onde só a vitória interessava.
A partilha da mesma posição fazia antever um encontro muito equilibrado e foi precisamente isso que aconteceu. A formação minhota pareceu ter entrado com uma maior disposição de vencer, não se limitando a jogar à defesa e abrindo tacticamente para tentar a sua sorte. Mas entre uma e outra equipa as diferenças não foram assim tão convincentes e, a primeira parte, não proporcionou a nenhuma delas uma clara oportunidade de golo.
Ainda foram bastantes os adeptos nas bancadas a assistirem a uns 45 minutos iniciais em lume brando. Resumindo, jogadas sem perigo, muita disputa de bola a meio campo e uns remates de fora da área não chegaram sequer a colocar em risco o 0 a 0 do marcador.
Descontente com a arbitragem, vaiada por diversas vezes em lances algo mais polémicos, o público ansiava por uma segunda parte bem melhor, mas nos primeiros 15 minutos viu mais do mesmo, ou seja, uma completa escassez de ataques concretos. A partir daí, o GDB subiu de nível, lançando-se na ofensiva e subindo as suas linhas para o meio campo adversário. E bem que tentou penetrar na resistente defesa minhota, mas sem nunca conseguir quebrar com sucesso o cordão defensivo cor de alface.
Depois da equipa bragançana ter esgotado as substituições com as entradas de Branquinho, Jaime e Luís Rodrigues, por Toni, Mobil e Kapelo, aos 26”, 31” e 35”, respectivamente, antecipavam-se boas perspectivas para a vitória do GDB pelo andamento do jogo. E foi então que, aos 39 minutos, a equipa liderada por Marcelo Alves desperdiçou uma oportunidade de ouro. Na grande área vila-verdense, João Paulo cometeu falta sobre Tansir e o árbitro não teve qualquer dúvida em assinalar grande penalidade. Mas Karate falha inacreditavelmente para, no minuto seguinte, o número 27, Miguel Lemos, marcar o primeiro dos bragançanos num remate que apanhou desprevenido o guarda-redes visitante. Estava feito o 1 a 0, que se manteria até ao final.  
Um resultado justo visto que, depois de uma primeira parte equilibrada, o GDB conseguiu ter um claro ascendente sobre o seu adversário, sobretudo, na última meia hora de jogo, fazendo mais pelo jogo e, consequentemente, pelo golo, marcado a cinco minutos do fim. 

  

Reacção dos treinadores 

João Genésio:
“Estávamos avisados para o valor que o Vila Verdense possui, sabíamos que viriam aqui com as linhas fechadas e tivemos algumas dificuldades. Mas com a nossa persistência e com a nossa qualidade de jogo conseguimos criar oportunidades suficientes para marcar golo. Isso só aconteceu mesmo no fim, mas hoje tivemos aquela estrelinha da sorte que tanto nos tem faltado nos jogos até aqui. E falhámos uma grande penalidade, daí pensar que o resultado peca por ser escasso.”

Nélito:
“A primeira parte foi muito equilibrada. Como competia à equipa da casa vir mais para a frente à procura do golo, é lógico que pressionou mais um bocado, mas nós também podíamos num lance ou noutro de contra-ataque que se as coisas nos tivessem corrido bem, de certeza que poderíamos ter marcado, pelo menos, um golo. Penso que o Bragança não foi muito melhor que nós, não fez nada além do lance da grande penalidade e depois aconteceu o golo em que a bola foi levada com a mão. Temos o sentimento que podíamos ter feito mais qualquer coisa.”


ANTECIPAÇÃO DO TÍTULO

 


Sub 14
Futebol Clube do Porto 116 – 30 Estrelas Brigantinas


Sub 16

Estrelas Brigantinas 62 – 52 Diogo Cão A

Sub14 iniciam a fase norte e os sub16 estão cada vez mais perto de conquistarem o título de campeões inter-regionais

Naquele que foi o primeiro jogo da zona norte do campeonato nacional, as Estrelas Brigantinas defrontaram sábado o Futebol Clube do Porto na Invicta. O resultado final ficou em 116 – 30, mostrando bem a nítida superioridade de uma das melhores equipas a nível nacional.
Depois dos jovens transmontanos se terem sagrado campeões distritais, não conseguiram ter argumentos para lutar contra o físico e a técnica azul e branca. Questionado sobre as expectativas que desenvolveu para a sua equipa, Sérgio Jesus comenta: “não podem ser muitas. O objectivo é procurar fazer o melhor em cada jogo, dignificar o clube e que os miúdos se divirtam porque a maior parte das equipas é constituída por jogadores de segundo ano e nestas idades de 12, 13 anos, nota-se muito essa diferença”.
Já no domingo, foi a vez dos cadetes brigantinos entrarem em campo contra o Diogo Cão A. Numa partida difícil, a equipa da casa ganhou os três primeiros tempos e consentiu a derrota no último e quarto período, permanecendo o resultado final em 62 – 52. “Foi um jogo complicado, muito táctico, já que ambas as equipas têm um elevado grau de qualidade”, referiu o técnico brigantino, Nuno Diegues.
Recorde-se que, antes deste encontro, a equipa visitada estava em segundo lugar. Enquanto que, a equipa visitante, estava em terceiro. Agora, as Estrelas Brigantinas encontram-se isoladas na segunda posição, tendo conseguido aumentar a vantagem sobre o terceiro classificado. Em primeiro, continua o Basket Clube Vila Real com um ponto de diferença a separá-lo da formação brigantina.
Os sub16 das Estrelas deslocam-se a Alijó no próximo fim-de-semana e daqui a 15 dias receberão, então, o primeiro classificado. Se ganharem, em casa, sagrar-se-ão campeões inter-regionais.


ARTE EM ESTREIA

"Olhares Diversos...Sentimentos Dispersos" é a primeira exposição fotográfica de Pedro Rego


O Museu Etnográfico Belarmino Afonso exibe a primeira exposição fotográfica de Pedro Rego. Patente até ao dia 31 de Março, "Olhares Diversos...Sentimentos Dispersos" inclui 23 trabalhos sobre os mais diversos temas.
“Primeiro foi uma resposta a uma provocação de amigos que conheciam o meu trabalho e me disseram que eu devia fazer uma exposição porque gostavam muito das minhas fotografias. Então veio o desafio do Museu e assim foi”, conta o seu autor. Na opinião do fotógrafo, o mais difícil foi mesmo o processo de selecção. “Mas ainda bem que assim foi porque isso quer dizer que eu tenho muita variedade. Eu quis escolher duas ou três fotografias correspondentes a cada tema e que, de certo modo, transmitissem algo para as pessoas”, explica Pedro, cujo interesse pela arte da objectiva começou em 2005. “São fotografias de arte que ficam bem numa galeria, mas também em qualquer casa, numa sala, em ambiente familiar. Eu tentei, precisamente, fazer esse tipo de selecção”, continua o autodidacta.
Questionado sobre quais os trabalhos em exposição que destacaria, o também director da agência de Bragança do INATEL decide realçar dois. “Eu sou suspeito, mas gosto muito da “Máscara2” e a minha preferida é uma cujo título diz “Olhando para o sol”. A foto foi feita de Inverno, mas consegui captar no pôr-do-sol os tons quentes e alaranjados que, normalmente, vemos no Verão. E o contra-luz criado com a áurea do sol a envolver a minha mulher, que também estava ela própria a fotografar, ficou muito interessante e transmite vários tipos de sentimentos”, sustenta.


Incentivado a fotografar há seis anos pela namorada, que é agora sua esposa, Pedro tem vindo a desenvolver o gosto pela arte, aprofundando sempre que pode os seus conhecimentos científicos num processo de crescimento contínuo em técnicas e estilos. 
“Ela mostrou-me sites de fotografia e eu comecei a disparar e a colocar online esse conteúdo. Qual foi o meu espanto quando recebi vários comentários positivos e eu disse bem, pronto, se calhar até tenho algum jeito para isto e foi aí o início de tudo”, relembra o freelancer, garantindo que tem sido um caminho “bastante satisfatório”.
Quanto a projectos para o futuro, confessa: “se dissesse que não tenho ambições, estaria a mentir. Sou uma pessoa que adora desafios e tenho alguns projectos pessoais para breve, mas que não posso, ainda, revelar”. Para já, ficam, então, no segredo dos deuses as aspirações que Pedro Rego ambiciona concretizar a curto prazo.

 

MAIS PERTO DO FIM



INFANTIS

Fânzeres 10 – 3 Clube Académico de Bragança
Ao intervalo: 6 – 1


INICIADOS

Fânzeres 4 – 0 Clube Académico de Bragança
Ao intervalo: 1 – 0

A quatro jornadas do final do campeonato, a arbitragem continua a prejudicar o CAB
 
Logo numa das primeiras jogadas do encontro, os infantis do Clube Académico de Bragança (CAB) conseguiram inaugurar o marcador. Mas o Fânzeres não se deu por vencido, conseguindo recuperar e virar o resultado. “Têm uma equipa muita boa e ainda há pouco tempo conseguiram ganhar ao Porto”, referiu o técnico academista, Tiago Asseiro. O adversário dos jovens brigantinos foi, depois do primeiro golo, claramente superior e chegou ao intervalo a vencer por 6 a 1. Resultado final de 10 a 3 num encontro sem muita história.
No jogo seguinte, os iniciados entraram em campo. Depois de, na primeira volta, terem empatado, esperava-se uma disputa muito equilibrada. Sobretudo, no regresso de Carlos Esteves à equipa, após suspensão disciplinar por quatro jogos, num castigo que, inicialmente, era de oito, mas que foi reduzido posteriormente. 
No primeiro tempo, o CAB esteve muito bem criando várias oportunidades de golo, mas o guarda-redes adversário esteve melhor, defendendo tudo naquela que foi uma excelente exibição. O único golo antes do descanso seria mesmo marcado por João Benites na própria baliza. Um auto-golo que deu, ao intervalo, a vantagem mínima para o Fânzeres.
E foi nos últimos cinco minutos do encontro que os academistas, ao subirem as suas linhas, viram o feitiço virar-se contra o feiticeiro. Os visitados marcaram o segundo e no lance mais polémico do jogo está o terceiro golo. Só o árbitro viu a bola entrar. O quarto e último golo resultou de uma grande penalidade a favor do Fânzeres.
No próximo fim-de-semana, a quatro jornadas do fim, ambas as formações academistas receberão o Gulpilhares. O primeiro jogo com os infantis será domingo pelas 15 horas. Os iniciados entrarão em cena logo de seguida no pavilhão municipal de Bragança.


"O DIABO NAS FESTAS DE INVERNO"

As tradições e a cultura ancestral das “Festas de Inverno em Trás-os-Montes” mascararam a capital de distrito
De 1 a 7 de Dezembro, uma explosão de fogo, ritmo e cores tomou de assalto Bragança naquela que foi a V Bienal da Máscara. Sob a temática “O Diabo nas Festas de Inverno”, a Mascararte 2011 desenvolveu actividades para todos os gostos e trouxe à capital de distrito imensa gente de fora, dando a este evento uma dinamização internacional. 
Numa festa de foliões, onde é promovida a máscara, as tradições e a cultura ancestral das “Festas de Inverno em Trás-os-Montes”, os investigadores desempenharam um papel preponderante, disseminando as histórias por detrás da história da Máscara. Assim fez Nuno Pinto Custódio, logo no dia 1, no Teatro Municipal de Bragança, onde também decorreu um workshop sobre a Máscara.
No dia 3 de Dezembro, foi inaugurada a Feira da Máscara, na Praça Cavaleiro Ferreira, onde artesãos deram a conhecer o seu trabalho e executaram algumas peças ao vivo. À tarde, caretos da região e mascarados de Espanha, gaiteiros, professores e alunos da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Bragança e da Escola Secundária Emídio Garcia desfilaram na Avenida Sá Carneiro, num cortejo onde se juntaram dezenas de diabos, cidadãos, estudantes e turistas vindos, sobretudo, da vizinha Espanha. Depois da parada, esteve, em estreia, a exposição “Os Diabos nas Festas de Inverno em Trás-os-Montes e na Província de Zamora”. Na mostra do Centro Cultural Adriano Moreira, estiveram, também, patentes os trabalhos dos concursos da Mascararte 2011. Ainda à noite, a música tomou conta do palco na Praça Cavaleiro Ferreira, com o arranque do Festival “A Música na Rota dos Caretos”, onde estiveram grupos como os Galandum Galundaina, Sabão Macaco e Capagrilos.

A 4 de Dezembro, foi inaugurada a sede da Academia Ibérica da Máscara na Cidadela de Bragança.
No último dia da Mascararte, os Melech Mechaya actuaram no Teatro Municipal de Bragança, perante cerca de 300 pessoas que, também, assistiram à entrega de prémios nas áreas da Pintura, Escultura, Arte Infantil e Juvenil e Fotografia.
A V Bienal da Máscara encerrou num acto baseado na Lenda do Diabo, da Morte e da Censura de Bragança, onde a Queima dos Diabos, executados pelos alunos da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Bragança e da Escola Secundária Emídio Garcia, iluminou os céus nocturnos brigantinos e aqueceu, nem que por pouco tempo, a multidão que veio assistir ao espectáculo de cor oferecido no terminar das festividades.






14 de janeiro de 2012

PINGUINS FESTIVOS

Decorre desde quarta-feira uma das maiores concentrações motards de Inverno na Europa
Já está em marcha a 31ª Concentração Motard Internacional em Valladolid. Ultimaram-se os preparativos em Puente Duero para receber a partir do dia 12 e até ao dia 15 os milhares de motards que anunciam a sua presença nos Pinguins 2012. Numa das mais emblemáticas reuniões de Inverno dos amantes de duas rodas, que em 2011 conseguiu reunir mais de 30 mil motards europeus, há de tudo um pouco: bares, restaurantes, comércio e noites animadas pela música e pela confraternização. Ou seja, tudo aquilo que é necessário para a criação no meio do nada de uma autêntica cidade motard.
Uma das actividades mais esperadas por todos foi o saudar a um ano novo motard que aconteceu à meia-noite de sexta-feira. Ao som das 12 badaladas, deu-se o arranque oficial da enorme festa motard de música, amizade e companheirismo. Este ano, as boas-vindas foram dadas por dois profissionais do meio. O apresentador da TVE, Ernest Riveras, que tem dirigido as transmissões do Mundial de Motociclismo, e Lara Alvarez, da TELE 5, canal que, a partir de agora, será responsável pelas transmissões televisivas em Espanha.
A animação musical está, este ano, a cargo de várias bandas. Mas o destaque vai para o grupo musical “New Passenger”, que subiu ao palco na noite de ontem, por ter editado a canção “Pinguins aí estarei”, que foi apresentada em concerto.

O recém-falecido piloto de Moto GP, Marco Simoncelli, é, também, homenageado pela organização. Além da sua imagem ocupar um lugar especial no recinto, a primeira tocha do desfile que celebra todos os motards que perderam a vida durante o ano de 2011, um dos pontos altos da concentração, foi a dele. Recorde-se que o desafortunado piloto perdeu a vida num aparatoso acidente ocorrido no circuito de Sepang no Grande Prémio da Malásia, deixando milhares de fãs perplexos com a sua “partida” antecipada. Uma morte que chocou todos os amantes do Mundial de Motociclismo e deixou um vazio insubstituível na competição, dado a forte personalidade e o carisma do piloto italiano.
Nesta 31ª edição, serão apresentados pela primeira vez em Espanha algumas novas motas das marcas Honda, Ducati e Triumph, que só sairão para o mercado depois da Primavera e serão, também, sorteados alguns modelos entre os presentes como a CBR-250R.
Até as previsões meteorológicas estiveram em sintonia com a reunião anual dos Pinguins, apesar de alguns preferirem a neve em detrimento do sol, já que, o bom tempo acompanhou os motards até ao seu destino. Inclusive, aqueles que partiram do distrito. Só de Bragança e Vinhais, um grupo com cerca de 30 motards rumou a Valladolid para aquela que é considerada por muitos como a melhor concentração motard de Inverno.



12 de janeiro de 2012

ALLEN HALLOWEEN

Ofício: Rapper
Idade: 30 anos
Cidade: LX
Discografia: “Mary Witch”, 2006; 
“Árvore Criminal”, 2011.



 
"DEBAIXO DA PONTE" EM VÍDEOCLIP BREVEMENTE

O rapper mais dark em Portugal, considerado o artista revelação de 2011, esteve em Bragança para gáudio de muitos dos seus seguidores transmontanos. No final da sua actuação, na discoteca Mercado, garantiu o lançamento, a curto prazo, do videoclip da música “Debaixo da Ponte”.  


1 @ Com o lançamento de “Árvore Criminal”, alcançaste uma certa visibilidade entre públicos muito distintos. Como é que vês a tua ascensão e até onde é que pretendes chegar?

R: O rap não é uma coisa que possas escolher metas, eu quero chegar aqui, não, continuas a fazer aquilo que tu sentes e o caminho é normal, vais lá ter, onde quer que tu queiras ir, vais lá ter. Não há assim nada programado, não há nenhum caminho traçado. É continuares a cuspir no mic com toda a verdade que tu tens e com tudo aquilo que tu sentes.   


2 @ Mas o que é que te deixaria realmente satisfeito?

R: Desde que eu sempre que oiça a minha música e aquilo que eu estou ouvir é a verdade e aquilo me toca e também toca as pessoas, para mim já é uma vitória mano. Tás a ver? Não tenho assim nenhum objectivo. Eu gosto de fazer música para me sentir bem!


3 @ Falando deste teu último trabalho, temas como “Drunfos” ou o “O Convite” ficarão para sempre gravados na discografia do hip hop nacional. Tens essa consciência?

R: Depende! Não sei… Como é que eu te hei-de explicar? Eu esforço-me por escrever coisas que tenham alguma legitimidade. Não gosto de escrever letras para o momento. Então, se alguma música minha ficar eterna, sei lá, fico contente. Mesmo muito!


4 @ O tema “Debaixo da Ponte” é considerado por muitos como um dos melhores temas de “Árvore Criminal”. Como é que surgiu?
R: Quando fazes um álbum de rap há sempre cenas que têm de ser experimentais. E esse som é um bocado nessa onda, de brincar, experimentar para ver aquilo que sai e no fim saiu esse som. E O videoclip desse tema vai ser lançado já falta pouco. Agora, a minha cena continua a ser rap e esse tipo de sons vão-me saindo de quando em vez.


5 @ Porquê o nome de Halloween?
R: Eu sou Allen… Halloween é normal! Foi só uma alcunha que me deram.


6 @ Quando é que começaste a escrever?

R: Eu sempre escrevi, desde que me lembro. Mas rap mesmo foi em 96.


7 @ Foste eleito como o rapper mais underground português, como é que sentes essa tua nomeação?
R: Fico contente, mas eu acho que essa cena não tem assim muito valor. Deixa-me satisfeito, mas valor? Aquele valor mesmo, qual é o valor que isso tem? É naquela…


8 @ Passaste do anonimato para a ribalta. Com estatuto de figura pública, como é que observas o hip hop em Portugal?

R: Está potente mano! O hip hop é como tudo na vida. Há o menos ou mais pesado, mas a arte não se discute.


9 @ Achas que dá para viver enquanto rapper em território nacional?

R: Dá! Eu estou a viver da música, não faço mais nada. 


10 @ Para breve, então, está previsto o lançamento do vídeoclip do tema “Debaixo da Ponte”. O teu site oficial também já está online. Que outros projectos tens para um futuro próximo?

R: É continuar a fazer a minha cena em concertos por todo o país e dar a conhecer às pessoas a minha música. É isso que eu quero.