31 de agosto de 2009

EROTISMO COM BATIDA

Oriundas da Mãe Rússia, mais concretamente de S. Petersburgo, Olga e Maria compõem as UnrealBabes, actualmente, uma das duplas femininas de Djing mais requisitadas pelos clubes, esgotando a lotação a muitos por onde passam.


O Mercado Klub, a 11 de Abril, foi regra e não excepção, onde a dupla impressionou os mais sensíveis com as suas formas numa actuação sensual e provocadora, mostrando, ao contrário daquilo que é habitual, alguma sobriedade e calma aparente, focando a sua atenção mais na música do que no corpo. Se bem que são esses dois elementos conjugados que as definem como artistas. Em entrevista ao jornal Nordeste, Olga confessou num inglês rústico que, apesar do seu gosto pender para um tipo de música mais tribal, caracterizaram um set house marcadamente mais comercial, devendo-se esse facto, explica, à falta de conhecimento dos gostos musicais dos transmontanos em geral e dos brigantinos em particular, já que, apesar de terem estado em Vila Real, no clube Andrómeda, esta foi a sua primeira aparição em Bragança.



Olga e Maria, demonstraram ao público presente que adoram exibir-se e interagir com as audiências, misturando cumplicidade e energia erótica explícitas. O seu primeiro single, ”Unreal Love”, lançado no Rei Unido pela Jeepers label, foi um êxito enorme e elas encontram-se já na expectativa de lançar um segundo, produzido na Rússia por Antoine Newmark, e cujo titulo será “Give Me Satisfaction”. Olga, que se encontra neste projecto desde o seu início, revela-se como sendo uma mulher criativa e com metas bem definidas, assumindo ao Nordeste, em primeira-mão, o seu novo projecto para Portugal intitulado “House Girls”, onde fará dupla com um dj conhecido da dance scene.
As UnrealBabes trabalham também a nível de produção e contam já com bastantes actuações no nosso país, tendo visitado clubes no Minho, Douro Litoral e Algarve, afirmando que Portugal é “uma segunda Rússia”, elogiando o nosso país, cada cidade, a cultura distinta e a forma como são sempre bem recebidas.

12 de agosto de 2009

ASFALTO E MUITO PNEU QUEIMADO

Mais 255 inscritos do que no ano passado, um passeio nocturno a fazer lembrar os velhos tempos e um acidente na pista do recinto marcaram a XIX Concentração Motard de Bragança A XIX Concentração Internacional de Bragança, trouxe à cidade centenas de motards e milhares de fãs das duas rodas, ansiosos por diversão, free-style e muita confraternização.Durante a tarde e a noite de sexta, constatava-se a chegada de bastantes motards, mas foi sábado à noite, no passeio nocturno, que a cidade se viu iluminada por mares de duas rodas naquilo que foi uma verdadeira enchente. Um desfile repleto de cor, movimento, barulho e onde não faltaram os “rateres”, com motas de todos os géneros e feitios. A assistência não faltou ao convite e abeirou-se do percurso cumprimentando os motards que compunham um quilómetro de pelotão. O trajecto iniciou-se no recinto, junto ao pavilhão municipal, deslocando-se depois pela Sá Carneiro até à Rotunda das Cantarias, passando pela Praça da Sé, onde uma multidão os aguardava, assim como na Avenida João da Cruz, depois foi a vez da Rotunda dos Touros, e o regresso ao recinto, passando pelo mercado municipal e estreando a recém-inaugurada Avenida Bragança Paulista.

No primeiro dia da concentração, sexta-feira, o show de stunt-riding com Ronaldo Stunt Team animou as hostes, seguiu-se o concerto protagonizado pelo grupo musical “Midnes” e, para encerrar, o show de streap-tease masculino e feminino, já que, para a rave party, poucos foram os resistentes.


No sábado, o dia principal da concentração, houve divertimento e acção, desde a lavagem de motas pelo Team Feminino, ao touro mecânico, à III Prova de Arranques de motorizadas “Fabrico Nacional” e Mini-Hondas. O free-style aqueceu a pista durante a tarde mas foi à noite que os seus protagonistas brilharam no espectáculo principal, novamente com Ronaldo Stunt Team, Bruno Carioca, Cabeça Stunt e Ricardo Domingos, mais conhecido como “Arrepiado”. A noite de sábado foi muito semelhante à anterior, tirando o passeio nocturno, considerado o ponto mais alto do evento, seguiram-se dois concertos com actuações da Banda Nordeste e dos Psycho Blues. O público presente assistiu aos concertos, o strip-tease aqueceu os ânimos mas não o suficiente para conseguir manter as pessoas no recinto para a festa que era suposto seguir-lhe. Um acidente na pista do recintoFrancisco Vara, presidente do MotoCruzeiro, afirma que “apesar de termos de lutar contra tudo e contra todos, continua a valer a pena levar a cabo esta concentração”. Questionado sobre se o balanço foi positivo, o responsável pela organização do evento garante que sim, “tivemos 1520 motards inscritos e mais de 6.000 pessoas, sábado à noite, no recinto”. O ano passado, a concentração contou com 1265 inscrições, o que dá um saldo positivo de 255 participantes.


Na madrugada de sábado para Domingo, contabilizou-se um acidente com um motard na pista do recinto, que na tentativa de realizar algumas acrobacias acabou por cair fracturando uma perna. A este respeito, Francisco Vara, diz o seguinte, “depois de terminar todo o programa de freestyle, há sempre aqueles indivíduos que já bebidos se atrevem na pista e foi o caso, a organização ainda tentou impedi-lo mas não foi bem sucedida, a manobra foi mal calculada, ele caiu e partiu um pé, nada de muito grave, felizmente”, conclui.


Entre os motards, marcaram presença pessoas de todo o país e alguns espanhóis, mas a opinião daqueles que trabalhavam nas barracas é que os lucros não atingiram os níveis esperados. Para terminar esta edição, no Domingo e como já é habitual, o almoço de despedida para os resistentes do fim-de-semana, seguido da entrega de prémios.É de salientar ainda que a nova sede do Clube MotoCruzeiro, localizada na Rotunda da Adega, será inaugurada no dia 15 de Agosto, cinco anos após ser celebrado com a Câmara Municipal um acordo para a sua construção.

PINTOR DE BOCA

Desde gaiato com queda para Educação Visual, foi após um trágico acidente que António Afonso descobriu na arte uma autêntica terapia

No ano em que D. Ximenes Belo e Ramos Horta foram laureados com o Prémio Nobel da Paz, António Manuel da Rocha Afonso voluntariou-se para auxiliar um amigo num campo perto da aldeia de Grandais. Nesse ano de 1996, quando se preparava para entrar na casa dos trinta, Tó Afonso, como é mais conhecido, protagonizou um trágico acidente enquanto manuseava uma máquina agrícola com a qual ceifava feno para os animais. De casamento marcado, a sua noiva partiu mas o seu coração em gelo não fora transformado.
A sua nova condição, de tetraplégico, limitara-lhe o corpo a uma cadeira de rodas, mas nunca seria capaz de vergar a força da sua alma. “A princípio não foi fácil mas penso que será assim com todos, uns dias melhor, outros nem por isso”, confessa conformado, agora com 42 anos, um homem que luta de forma singular, todos os dias, contra as mais diversas contrariedades da vida.
Para conseguir contornar esses momentos e ser bem sucedido, o entrevistado desenvolveu um gosto, apreendeu técnicas, interiorizou uma arte que para ele é basilar, “é o meu passatempo, pintar é a minha terapia principal”. Incentivado após o acidente pela Associação Sócio Cultural dos Deficientes de Trás-os-Montes (ASCUDT), é peremptório em afirmar, “pintarei sempre, enquanto puder”. E pinta com a boca, já que, sendo tetraplégico, não consegue mover braços nem pernas. São variadíssimos os géneros que Tó Afonso pincela no seu quarto, quase que tomado de assalto por tantos quadros, desde naturezas-mortas, em que representa seres inanimados; retratos, onde faz a representação artística de pessoas; pintura género, que compreende um estilo sóbrio, realista, comprometido com a descrição de cenas rotineiras, temas da vida diária como homens dedicados ao seu ofício. Além destes géneros, tem uma predilecção por abstractos e paisagens, sobretudo, naturais, apesar de pintar também monumentos e outras construídas pelo homem.
Actualmente, com cerca de 40 quadros, Tó Afonso refere que já vendeu alguns exemplares, se bem que não é essa a sua prioridade. “Pintar faz-me sentir bem e é importante para mim dar-me a conhecer como artista e não como um inválido numa cadeira de rodas”. Aliás, essa é a impressão de quem entra no seu quarto, a percepção de um pintor que, sem espaço, involuntariamente exibe o seu trabalho. As paredes estão repletas, há quadros no chão e em cima da cama, o próprio cavalete sustenta uma pintura desvirtuada por ainda não estar terminada e que aguarda ansiosamente os lábios que lhe possam dar um final feliz.

Exemplo de vida na alma de um artista

“Há sempre algo que possamos fazer na vida e que nos dê prazer. Temos é de encontrar esse dom, essa inclinação natural e para que isso aconteça é preciso procurar”, revela o entrevistado. Esse é o seu propósito, levar as pessoas a acreditarem em si próprias, “se eu, tetraplégico, consigo pintar, não há motivos para que outra pessoa não consiga fazer aquilo a que se propõe”, sustenta convicto Tó Afonso.
Hóspede na Santa Casa da Misericórdia em Bragança há cerca de seis anos e com um “modus vivendi” inteiramente apreendido, o artista descreve-nos a sua rotina, “acordo ao início da manhã, entre as 6 e as 8 horas, além da pintura, à tarde vou espairecer um bocado, conviver com os amigos, à noite vejo televisão, oiço música e leio sempre que possível, pois para ler preciso de alguém que me agarre o livro e vire as páginas por mim”.

O passado, ele recorda com um misto de saudade e nostalgia, afirmando que hoje, como outrora, valoriza intrinsecamente o convívio e a amizade. Apreciador de uma boa conversa, o seu raciocínio é apurado, próprio de um artista e pessoa sofrida. É de admirar a sua força de vontade, o espírito que o ergue e o põe mais alto, num patamar de exemplo de vida.
Uma exposição de Tó Afonso está patente, até 31 de Agosto, na praça do Mercado Municipal, onde será possível encontrar grande parte da sua obra e até, quem sabe, possa, de forma benevolente, adquirir um dos seus muitos quadros.

CENÁRIO DE LUXO INTRÍNSECO

Um jantar de inauguração do “Spa Cuisine” e um Aldo Lima brilhante, foram presenteados aos convidados em bandeja de prata

O Hotel & Spa Alfândega da Fé, localizado a mais de mil metros de altitude, brindou os seus convidados, o presidente da câmara na pessoa de João Carlos Figueiredo, entre outros munícipes, atletas e artistas do mundo do espectáculo, nomeadamente, da televisão e teatro, e comunicação social, com um jantar de “Spa Cuisine”, confeccionado por três nutricionistas, licenciadas pela Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto. De seu nome, Georgina Campos, Mariana Bessa e Inês Ruivo, contando sempre com o suporte logístico da cozinha do hotel onde dedicam parte do seu trabalho e que, passa também por consultas de nutrição, a par de vários tratamentos para o corpo que serão agora complementados por este tipo de serviço inovador em Trás-os-Montes. Esta “nouvelle cuisine” consiste em passar a filosofia do Spa para a mesa, tratando corpo e mente, com receitas de baixo teor calórico elaboradas por especialistas de nutrição.
Depois do jantar, Aldo Lima fez aquilo que sabe fazer melhor, “stand-up comedy” de alto nível, cobrindo a plateia, comodamente instalada nuns sofás de pele negra, com a graça que o caracteriza, submergindo todos num imenso riso contagiante. Os aplausos foram uma constante e muitos convidados houve com lágrimas nos olhos de tanto rir. Uma noite positiva, uma paisagem magnífica, uma refeição que primou pela saúde e uma companhia de classe, que fez aos presentes as delícias.
Este edifício de xisto, oriundo da antiga Estalagem Senhora das Neves, propõe com este novo conceito de “Spa Cuisine”, onde o visual, os sabores e os aromas estão intimamente conjugados, evidenciando uma perfeita harmonia entre a culinária, a gastronomia e a nutrição. Trata-se, no fundo, de uma ementa alternativa mais saudável, no entanto, mantendo as feições daquilo que é típico e verdadeiramente regional.

Tal como acontece com os tratamentos disponíveis no Spa e no menu tradicional do restaurante, houve aqui também a preocupação de valorizar os produtos do concelho, seja a saborosa cereja, a singular amêndoa ou a portentosa azeitona. Cada refeição contém entre 600 a 700 calorias, a dose recomendada para um adulto, e suficiente para quem os cuidados com o corpo ultrapassam em muito as paredes de um ginásio ou Spa.
Actualmente, adoptaram-se padrões alimentares desequilibrados, conducentes a situações de inadequação alimentar, que assumem um importante impacto na morbilidade e mortalidade, independentemente de outros factores de risco. Neste sentido, o Hotel & Spa Alfândega da Fé, suprime essas carências efectivas, uma vez que se apresenta desposado pela nutrição como um bem essencial para a manutenção e promoção da saúde, melhorando a qualidade do que é posto na mesa, de forma a respeitar e valorizar cada momento da refeição.
Segundo defendem as nutricionistas, “a alimentação não deve constituir apenas uma fonte de satisfação das necessidades biológicas mas deve ser também encarada como uma fonte de volúpia, isto é, de prazeres gustativos, olfactivos, sociais e culturais”, sendo mesmo considerada por especialistas como uma forma de arte.

ATITUDE COM ESTILO

Na Praça Camões, a moda brigantina subiu à passerelle e desfilou roupa, calçado e acessórios para todo & qualquer gosto


Foi numa noite típica de Verão que se realizou a passagem de modelos “Bragança é Moda”, Primavera – Verão 2009. Com a presença de 15 modelos profissionais de Classe A, 10 mulheres e 5 homens, esta edição foi levada a bom porto pela Associação Comercial, Industrial e Serviços de Bragança (ACISB), com o apoio da Câmara Municipal e com a colaboração da Karacter Fashion Events, uma empresa sedeada em Lisboa e que tratou de toda a produção relacionada com o evento.Em entrevista ao Jornal Nordeste, o presidente da ACISB, António José Carvalho, afirma que, “sendo esta a oitava iniciativa do género, o “Bragança é moda” é já um marco desta cidade”.

Apesar de ter havido, nestes eventos da ACISB, um interregno de um ano, adianta que, “até ao final de 2009, vai realizar-se mais uma passagem de modelos”. Questionado acerca do sucesso deste evento, o presidente confirma-o, asseverando, “as roupas que desfilam por aqui têm-se vendido bastante bem”.
“Manuel Lopes, empresário, mostrou-se apreensivo relativamente à fraca afluência, mas as pessoas começaram a chegar e a preencher os lugares vazios. Na Praça Camões, a tendência inverteu-se e muitos foram aqueles que ficaram de pé. O também proprietário da Séchic, referiu ainda que, “tenho vindo a participar ao longo dos anos e tem-se revelado bastante positivo”. Este acontecimento contou ainda com duas entradas da Academia de Dança Shiva, uma com um grupo infantil de hip-hop e outro número de dança contemporânea com o contributo das crianças do ballet.

5 de agosto de 2009

TEATRO DE FÉRIAS EM AGOSTO

Em jeito de último concerto, música do mundo cantada em crioulo distingue um vocalista no seio de tantos outros
Bilan, músico e compositor, dá nome à banda que o suporta e que ele influencia. Nascido em Cabo-Verde na ilha de S. Vicente, com 28 anos, dez em Portugal, este artista lidera um grupo de cinco elementos, onde todos, apesar de partilharem gostos idênticos a nível musical, fazem chegar sonoridades distintas. Eles não encaixam num paradigma, num estilo, a sua música é do mundo, uma fusão liderada por influências mor cabo-verdianas mas onde se misturam e encontram também Cuba e Portugal, que em uníssono comprometem a indiferença de quem decide ouvi-los atentamente.
Na sua estreia em Bragança, David Estêvão em contra-baixo, na guitarra eléctrica Tiago Mota, o baterista André Nunes, os três do Porto e na percursão, o uruguaio Pancho, há 18 anos no continente, para terminar, o já apresentado Bilan que, no futuro, dispensará apresentações.
Lançado o 1º EP em Maio, após três anos de estrada, cinco temas em edição de autor, os primeiros 4 cantados em crioulo e um quinto que consiste numa música tradicional cabo-verdiana, reflectem, seguramente, a sua identidade muito própria e mais que isso, a sua origem, que o dignifica e mostra orgulhoso.
A partir de Abril de 2010, um novo trabalho compreenderá cerca de 11 faixas. Adiantado que está e questionado sobre o porquê da demora, Bilan respondeu, “vou ser pai brevemente e a música, por um curto período de tempo, tomará um segundo plano”. Os nossos parabéns!

ROCK n´DÉCADAS

É de consenso lato que os Black Dog arrastam multidões saciadas por tocarem rock n´roll e transmitirem a sua interioridade na música que marcou gerações.
Mário Gomes no baixo, mentor dos Black Dog, Miguel Pereira, baterista, oriundo dos saudosos Odores de Maria, Carlos e Jorge nas guitarras solo e ritmo, Matias nas teclas e Luís Afonso vocalista, compõem este grupo ainda em estado embrionário, um ano de existência, mas com uma requintada maturidade semi-profissional.
Um amigo comum a todos os elementos do grupo e actual baixista do mesmo, resolveu incentivá-los para se envolverem num projecto de uma banda rock, estávamos no Carnaval de 2008.
No dia 25 de Abril desse ano, “juntámo-nos todos e percebemos naquele momento, que entre nós havia gostos musicais comuns”, refere o vocalista, que define a sua música como pop-rock. “E foi naquele célebre dia que começámos a trabalhar, montámos a banda, comprámos os primeiros instrumentos e começámos a ensaiar”, acrescenta Luís Afonso. Rapidamente, os Black Dog se entrosaram e chegaram a um consenso quanto aos hits que iriam tocar. As várias décadas, desde os anos 50 até aos 90, fazem parte do seu reportório.

O empreendimento cuja “política inicial” transitava por tocar em bares, viu-se em crescendo pela angariação de fãs resultante dos concertos, no entanto, na opinião de Luís Afonso, há que subir degrau a degrau. Após o primeiro concerto, já os amigos passavam palavra e quando outro tinha lugar, a publicidade boca a boca, de espectáculo a espectáculo, depressa engrossava a fileira de pessoas presentes. “Freixo de Espada à Cinta, Bragança, Porto, Braga e pessoas de todo o distrito que nos têm ouvido tocar, pedem-nos para continuar e nós concedemos esse desejo satisfazendo sua vontade, uma que é mútua, e nós voltamos de novo, uma e outra vez”, afirma.
Apesar de, neste momento, se dedicarem somente a covers, é consentânea a ânsia de partirem à descoberta de novos sons, ritmos e letras que se componham em originais singulares. O vocalista diz a este respeito que, “esse é o processo seguinte, há que consolidar ideias mas tudo indica que assim será, fazer e gravar música própria”. No entanto, lembra, “nunca houve no concelho e distrito de Bragança, uma banda com projecção nacional”, o sonho íntimo de qualquer grupo que sinta a música verdadeiramente. Os Black Dog são regra e não excepção. E vivem o sonho, tendo plena consciência dos sacrifícios e das montanhas que teriam de mover para o concretizar. Tanta que, o entrevistado é peremptório em asseverar, “da vontade à realidade vai um passo colossal”.
Perpetuar temas de outros artistas por satisfação do grupo e do seu público, avançar para a criação de originais e consequente gravação, é a meta final. Uma que, “permita dar a Bragança, e desta nossa cidade a Portugal, um contributo significativo no cenário da música rock”, exprime o vocalista. Debatida a ideia e a vontade imensa, quando questionado sobre em que língua seriam os originais entoados, argumenta, “o público que ouve e compra música está, actualmente, direccionado para letras cantadas em português”, “esse seria o caminho, em nosso parecer, mais adequado à presente politica das distribuidoras e empresas discográficas e à sensibilidade do público nacional”, conclui Luís Afonso.
Uma legião de fãs
O concerto presenciado marcou casa cheia. O entusiasmo do público foi uma constante, crianças, jovens e adultos em uníssono. High Way to Hell dos AC/DC, Xutos e Pontapés, Pink Floyd com a música Wish U were here, Dire Straits e Rolling Stones, foram apenas alguns dos clássicos que deleitaram todos aqueles que tiveram o privilégio de ao recordar, poder viajar no tempo.

INÍCIO DE OBRAS EM AGOSTO

Governo vistoria início do Túnel do Marão, garante obras da Auto-Estrada Transmontana em Agosto e inaugura Ponte Internacional de Quintanilha

O Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino, e o Secretário de Estado Adjunto, das Obras Públicas e Comunicações, Paulo Campos, visitaram sexta-feira, as obras de construção do Túnel do Marão e chegaram à fronteira com algum atraso, para inaugurar a Ponte Internacional de Quintanilha, aberta ao trânsito desde o dia 17. A obra, com uma extensão de 1,9km e que correspondeu a um investimento de 13,7 milhões de euros, foi concluída em Outubro de 2007, mas só abriu passados dois anos, após conclusão dos acessos por parte do lado espanhol. Esta nova ligação transfronteiriça, resultou de um convénio entre a República Portuguesa e o Reino de Espanha, que permite ligar o Nordeste Transmontano à Região de Zamora e, consequentemente, a Madrid, através da Rede Transeuropeia.
Em declarações públicas, Mário Lino assevera que, “é preciso cumprir prazos. A minha convicção é a de que vamos ter estas obras em dia. É necessário é fazer o seu devido acompanhamento. O Governo acha que é tempo de o país contribuir para que haja acessibilidades em todo o território. Por isso, obras como a concessão da Auto-Estrada transmontana, do Túnel do Marão, do Douro Interior, são obras de grande prioridade porque permitem que esta região se possa aproximar do resto do país na concretização do plano rodoviário nacional”.
A concepção da Auto-Estrada (AE) Transmontana, envolve 397 empresas que empregam, actualmente, 1950 trabalhadores. A sua construção começará apenas no mês de Agosto, uma garantia dada pelo próprio Ministro das Obras Públicas, Mário Lino, aquando da inauguração da Ponte Internacional de Quintanilha, onde estavam presentes muitas das individualidades do distrito de Bragança.
Já a construção do Túnel do Marão, que terá 5,6 km e será o maior túnel rodoviário nacional, “mobiliza 88 empresas e cria 1116 empregos”, segundo fonte oficial do governo. Para além de estabelecer uma ligação mais rápida e segura ao Nordeste Transmontano, esta concessão, associada à AE Transmontana, permitirá ligar o Porto à fronteira de Quintanilha, bem como a Espanha, servindo os Distritos de Bragança e de Vila Real e estará concluída em 2012.
A concessão da Auto-Estrada Transmontana, com uma extensão total de 186km (130 dos quais correspondem a uma nova construção), vem beneficiar directamente os Concelhos de Amarante, Vila Real, Sabrosa, Murça, Alijó, Mirandela, Macedo de Cavaleiros e Bragança, abrangendo cerca de 250 mil pessoas.
A primeira fase deve incidir sobre a variante a Bragança, entre Rebordãos e as Quintas da Seara. Mas, mesmo com as máquinas ainda paradas, Mário Lino acredita que tanto a Auto-Estrada Transmontana, como o IP2 e IC5, estarão concluídos na data prevista, ou seja, em 2011.
O lanço ligará Vila Real a Bragança em perfil de Auto-Estrada e inclui ainda vias de menor dimensão já em serviço: a que liga Amarante a Vila Real, a Variante de Bragança e a Ponte de Quintanilha (as três integram o actual IP4, somando 56km), e que se mantêm em regime de exploração. A AE Transmontana foi lançada em 24 de Novembro de 2007 e contratada em 10 de Dezembro de 2008. A entidade adjudicatária é o grupo intitulado Auto-Estrada XXI, liderado pela empresa Soares da Costa.

36200 postos de trabalho
No site do governo, é possível ler que, “empreendimentos rodoviários empregam 36200 pessoas”. Isto porque, em curso estão 90 obras em regime de empreitada e 15 em regime de concessão. Isto equivale a um total de 3500km intervencionados, 23% dos quais são Auto-Estradas e 77% correspondem à restante rede rodoviária. Estes empreendimentos representam cerca de 30 mil empregos directos e 6200 indirectos (82% dos trabalhadores são portugueses e 18% estrangeiros. 12% (4344) são quadros superiores, 14% (5068) são quadros médios e 74% (26788) são operários ou auxiliares de obra).

MODA CONVIDA COM VISTA

Uma abertura farta de caras conhecidas num regresso à noite de uma Bragança intimista

Dois meses após ter fechado para obras de remodelação e em Ladies Night, o Moda Café fez furor na sua noite de reabertura. Carlos Vale e Pedro Assis, proprietários, afirmaram ao Jornal Nordeste que tal acção era imperativa, “este espaço precisava de um facelifting, ideal para entrar no Verão”. Um cenário minimalista, bem conseguido, com umas janelas que presenteiam clientes com ar fresco e uma soberba vista para o castelo.
Aberta de segunda a sábado, esta será, certamente, uma das casas referência da famosa época do ofegante Verão transmontano.

S. BARTOLOMEU TOMADO DE ASSALTO

Um percurso agreste e demolidor, um ambiente saudável e “uns comissários que, sem trabalho, não terão um futuro promissor”

O Bragança Downhill 2009, realizado pelo segundo ano consecutivo e organizado pela Associação Regional de Ciclismo e Ciclo-Turismo da capital de distrito, em estreita colaboração com a Junta de Freguesia da Sé e com o Departamento de Ciências do Desporto e Educação Física do Instituto Politécnico de Bragança, trouxe cor e movimento a uma cidade que agradece profundamente este género de iniciativas.
O percurso foi muito aplaudido por todos, realizando-se na encosta do monte de São Bartolomeu, com a partida junto à estátua de S. Bento e chegada ao anfiteatro do Fervença (próximo do Jardim António José de Almeida).
Com o Campeonato Nacional de Downhill bastante próximo, será em Julho, esta prova, integrada na Taça Regional de Downhill, incluiu 25 participantes que, sublinha o professor Vítor Lopes, um dos responsáveis por esta iniciativa, “foi um número positivo, que dobrou o do ano passado e superou as nossas expectativas”.
José Machado de 14 anos, de Aveiro, vencedor de Cadetes, participa neste tipo de provas à bem pouco tempo, desde Janeiro, e para surpresa de todos, consagrou-se vencedor na nossa cidade, revelando-se como uma jovem promessa deste desporto em fase de ascensão meteórica. Na primeira vez em que subiu ao pódio, e logo para um primeiro lugar, José Machado afirma ter apreciado a prova, apesar dos comissários não terem feito jus ao percurso, salientando que, “ainda têm um trabalho de esforço continuado para progredirem como comissários”, já que, “a primeira manga foi anulada por falta de alguma organização”, comenta.
Em termos de percurso, este jovem promissor atesta que era excelente, bem como o ambiente de convívio geral vivido, e que “valeu bem a pena ter vindo de Aveiro a Bragança”, frisa, “no próximo ano, estarei por cá, definitivamente”, e termina.
Na opinião de Daniel Borges, 27 anos de idade, e com 13 deste desporto incrível, a bem dizer, um rodado veterano em downhill, “os comissários deveriam ter sido mais flexíveis”, pois “para muitos dos participantes, esta foi a sua primeira competição”. Daniel, o “Avozinho”, além de levar o nome de Bragança a outras cidades de Portugal, leva-o mais longe, a provas de âmbito internacional, partilhando o seu enorme coração do norte com todos aqueles que o sabem apreciar.

MUNDO DA DROGA

Relatório anual admite que, em Portugal, a descriminalização do consumo de droga não correspondeu a um aumento da toxicodependência

Segundo o Relatório Mundial sobre Droga de 2009, emitido pela Agência das Nações Unidas sobre a Droga e o Crime (UNODC), não há uma ligação directa entre a descriminalização do consumo e o aumento da toxicodependência, alertando para um alegado aumento do tráfico de cocaína.
Portugal foi, em 2006, o sexto país do mundo com mais apreensões de cocaína, com 34,5 toneladas, sete vezes mais do que em 2001. E, no mesmo período, viu os homicídios crescer 40%. O presidente do Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT) rejeita associar o aumento de apreensões a um crescimento da quantidade de cocaína presente em Portugal. E prefere atribuir os resultados a uma mais efectiva actividade das forças policiais e aduaneiras. Como, por motivos geográficos, o nosso país ser uma das principais portas de entrada daquela substância para a Europa, "as apreensões indiciam sobretudo uma operacionalidade e eficácia muito grande, aliada a uma maior cooperação internacional na luta contra o tráfico. Depois de um primeiro momento após a descriminalização do consumo de droga, em que parecia que as forças policiais perderam uma importante fonte de informação no combate ao pequeno tráfico, viraram-se para tráficos mais altos", refere João Goulão. Que aproveita para saudar o facto de a UNODC reconhecer que o fim da criminalização da posse de droga para consumo próprio, implementado em 2001, não correspondeu a aumento dos problemas relacionados com droga e favoreceu o tratamento em vez da penalização. No que toca à associação entre o aumento de homicídios e um alegado crescimento do tráfico, o presidente do IDT garante não haver dados que a comprovem. Mas admite que a mudança nos padrões de consumo possa ter alguma relação com a criminalidade violenta. Quando o consumo mais problemático era a heroína, havia uma ligação com a pequena criminalidade, "normalmente sem violência física". O aumento do consumo da cocaína - 0,6% da população dos 15 aos 64 anos usara-a pelo menos uma vez em 2007, contra 0,3% em 2001 - "pode estar relacionado com a subida da criminalidade violenta".

Casos de Polícia - “Nós por cá”
Terça de madrugada, no decurso de múltiplas diligências de investigação criminal, de âmbitos processuais distintos e que decorrem há vários meses, o Comando Distrital de Polícia de Bragança, apoiado pelo Grupo Cinotécnico do Porto, em cumprimento de mandados de detenção e busca domiciliária, procedeu à detenção de cinco pessoas, três homens e duas mulheres, com idades compreendidas entre os 32 e os 42 anos, todos com residência em Bragança. Os detidos são suspeitos de actuarem conjuntamente com outros indivíduos que, alegadamente, serão responsáveis pela entrada e abastecimento de droga na cidade e que detinham o controlo de parte do tráfico.
Nas buscas domiciliárias, foram apreendidos: 4000 euros, 353 doses de haxixe, 124 de heroína e 16 de cocaína; 7 viaturas, 2 motociclos, 1 caçadeira, 1 espingarda pressão de ar, 3 cartucheiras, 97 cartuchos, 2 bastões extensíveis, vários artigos em ouro e diverso material relacionado com o tráfico de estupefacientes.
Contra o Abuso e o Tráfico Ilícito de Drogas
Cinco por cento da população mundial já contactou com substâncias ilegais, ou seja, consumiu drogas. Sexta, Dia Internacional de Luta contra o Abuso e Tráfico Ilícito de Drogas, as Nações Unidas alertam para o facto de, apesar de a produção de droga estar estabilizada ou até a decrescer, o consumo de substâncias sintéticas ainda estar a aumentar.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, no ano de 2000, tenham morrido 200 mil pessoas em consequência do abuso de substâncias psicotrópicas, o que equivale a 0,4% do total das mortes a nível mundial. Já o tabaco é responsável por quase cinco milhões de óbitos. Calcula-se que haja 1,3 biliões de fumadores em todo o mundo.
Entre os produtos ilícitos, a cannabis continua a ser o mais consumido - cerca de 150 milhões, no último ano, seguido das anfetaminas (38 milhões), com particular destaque para o ectasy (oito milhões). A cocaína conta com cerca de 13 milhões de adeptos, enquanto a heroína e os opiáceos continuam a ter a preferência de 15 milhões. As tendências de produção e consumo, detectadas pelo gabinete da Nações Unidas para as drogas e crime, apontam para a estabilização da produção do ópio (substância a partir da qual a heroína é processada) desde a década de 90. Quanto ao cultivo da papoila (planta de onde é extraída a cocaína), regista-se uma diminuição de cerca de 30% entre 1999 e 2003.
Mais instável é o mercado do haxixe, devido ao aumento de consumo na América do Sul, na Europa de Leste, bem como em África. O uso de anfetaminas continua a crescer, embora a ritmo mais moderado do que há dez anos.

"TRÊS MESES DE INFERNO?"

O ditado, no Nordeste, profetiza “9 meses de Inverno e três de inferno”, mas com as recentes alterações climáticas estarão as férias dos portugueses comprometidas?

O Instituto de Meteorologia (IM) revelou que, devido às mudanças no estado do tempo sentidas ultimamente, o Centro Europeu de Previsão a Médio Prazo não vai conseguir prever com clareza as condições meteorológicas para os meses de Verão. A dificuldade nas previsões deve-se à ocorrência de depressões e anticiclones no Sul da Europa que não permitem afiançar com simulações fiáveis.
Adérito Serrão, presidente do IM, garante que as previsões do Centro Europeu de Previsão a Médio Prazo «não são suficientemente consistentes» para que possam prever a maior probabilidade do estado do tempo na «zona da Península Ibérica». A época balnear, iniciada no dia 1 de Junho e com final a 30 de Setembro, pode, deste modo, estar comprometida e “deteriorar” as férias a muitos e bons portugueses.
“Nós por cá”, temos variadíssimas opções, entre praias fluviais como o Azibo, piscinas como o Académico ou rios como Soeira, venha o diabo e escolha.

Neste ano de 2009, os concessionários das praias contam com 5 945 nadadores-salvadores, aptos para contratação e consequente vigilância das praias, um número superior ao do ano anterior.
Em Portugal, estão reconhecidas 553 praias, 226 das quais receberam o galardão de qualidade balnear da Associação da Bandeira Azul. Em relação a 2008, houve um incremento de 20% no número de praias a receber a respectiva bandeira cor de mar.


Crise afecta, sobretudo, férias dos mais novos

Quanto à crise que a maioria admite sentir, numa sondagem revelada pela Marktest, quase 50% dos portugueses admite que não vai alterar os seus planos de férias. Um inquérito realizado a 400 portugueses, em Maio passado, demonstrou que 49,2% dos inquiridos não vão proceder a alterações nas suas férias devido a factores económicos. Esta posição foi revelada, sobretudo, por pessoas na faixa etária entre os 55 e os 64 anos de idade.
Por outro lado, os portugueses entre os 35 e os 44 anos foram os que mais admitiram alterar os seus planos de férias (58,1%). Decisão justificada, na maior parte dos casos, por motivos financeiros. Por regiões do país, os portugueses que residem no Sul são os mais optimistas e decididos pela não alteração dos seus planos perante a actual conjuntura de crise. Em contraponto, no Norte, os sentimentos relativos à economia são de pessimismo e receio, motivo pelo qual os inquiridos ponderam mesmo alterar ou cancelar as suas férias.
Entre o leque de opções, 25,7% afirmam que irão optar por férias mais económicas, 24,6% preferem optar por férias mais curtas e 15,8% admitem que permanecerão em Portugal.

SERÕES DE ANIVERSÁRIO

Lagoa Azul comemorou efusivamente e durante uma semana o seu 16º aniversário Bolo e champanhe com música e convidados V.I.P. ( “Very Important Portuguese” ), foram servidos em casa cheia na noite que marcou o primeiro dia das festividades. Virgílio e Zé Luís, proprietários do Lagoa Azul, afirmaram ao Jornal Nordeste que o dia oficial do aniversário aconteceu a 11 de Junho, mas como o espaço sofreu, recentemente, algumas remodelações que fizeram com que este estivesse fechado, as celebrações começaram apenas no dia 20, que coincidiu com o fim-de-semada da Rampa, mais concretamente com a noite de sábado, onde a entrega de prémios do Slalom foi precisamente no bar Lagoa Azul. A semana de comemorações terminou a 27 com a Festa da Jameson. Muitas gentes passaram por este espaço que é já um marco da cidade de Bragança, onde se pode cantar no karaoke, bem ou mal, e onde tanto se pode conversar e tomar um bebida tranquilamente como dançar com alguém, isto se tiverem sorte.

"PARABÉNS POR UMA FINAL MERECIDA"

Foi uma final de hóquei bem disputada, onde os infantis do Clube Académico de Bragança (CAB) defrontaram o NortecoopA
Nas finais do Torneio de Encerramento da Associação de Patinagem do Porto, várias equipas disputaram acerrimamente o primeiro lugar dos vários escalões. Infantis, iniciados, juvenis e juniores gladiaram-se até ao último segundo por uma vitória. O CAB e a cidade que o acolhe foram representados ao mais alto nível pela equipa de infantis, uma equipa de campeões que lutou durante uma época contra as mais diversas arbitrariedades, transformando os lugares cimeiros na sua prioridade.
Iniciámos o jogo com a ansiedade própria de uma final, talvez demasiado nervosos, o adversário mais experiente e com dois jogadores que fazem a diferença, marcou três golos sem resposta. Esse era o resultado ao intervalo. Na segunda parte, o CAB ficou mais tranquilo e com a entrada de Vítor Gomes, a equipa superiorizou-se conseguindo mesmo empatar a partida. Mas foi numa falta sem bola que daria para cartão azul e um livre directo que “Vítor pequeno”, sairia lesionado com a gravidade suficiente para não poder terminar o jogo. A partir daí, tudo ficou mais fácil para o NortecoopA que marcaria mais dois golos até ao final, acabando o resultado por ficar 3 – 5.
O treinador Fernando Sequeira, afirma a respeito da reacção dos jogadores no balneário após a final que, “os sentimentos eram de frustração e de alguma imaturidade mas já foram ultrapassados, o pensamento a reter é que muitas equipas gostariam de estar na posição de segundos classificados pois o facto de termos chegado à final, por si só, é uma vitória, daí a equipa e toda a infra-estrutura que a suporta, nomeadamente o Académico, estarem de parabéns”.
Desalento nos balneários mas que acabaria por ser chuva de pouca dura, próprio das crianças que tão depressa sentem e choram, como brincam e esquecem. Na memória, uma final inesquecível cujo resultado podia e deveria ter sido outro.

EM PRIMEIRO LUGAR APURADOS PARA A FINAL

O Clube Académico de Bragança (CAB) derrotou o Fanzêres por oito bolas a zero. No princípio do jogo, o adversário criou algumas oportunidades, já que, foi patente na nossa equipa, um nervosismo inicial pela importância e responsabilidade de uma partida que daria acesso à final. No entanto, a tendência inverteu-se, o CAB tranquilizou-se e ficou mais coeso, e depois dos 4-0 ao intervalo, o resultado foi dilatado até aos 8-0 finais.Em entrevista ao Jornal Nordeste, o treinador do Académico, Fernando Sequeira, fez o balanço de uma época que, segundo o próprio, superou as expectativas iniciais. Em épocas anteriores, esta mesma equipa dos infantis, agora com três anos de competição, não conseguia fazer face aos adversários e este ano, ficou a um golo do nacional e pela primeira vez na sua história, conseguiu alcançar a final do Torneio de Encerramento da Associação de Patinagem do Porto, uma das mais competitivas do país.
Esta equipa dos infantis, disciplinada em campo, “já conquistou o respeito dos adversários e está no bom caminho para atingir o nível dos melhores”, afiança o treinador. Relembremos aos leitores que, o CAB esteve em fase de estagnação ao nível formativo, a equipa teve de começar do zero sem qualquer referência de escalões superiores, pois foram-se perdendo no tempo.
Quando questionado sobre o significado da final, Fernando Sequeira é peremptório em declarar que, “esta é uma experiência enriquecedora para os nossos atletas” e “uma final difícil pois o NorteCoopA tem um ataque extremamente forte. “O resultado não interessa mas antes o percurso desta equipa que com trabalho e espírito de sacrifício conseguiu alcançar a final”, garante o treinador. A final acontecerá em Penafiel no próximo fim-de-semana, dia 20 pela manhã.

GULPILHARES 4 – CAB 2

Apenas dois pontos separam o primeiro classificado, CAB, do segundo Num jogo demasiado importante, os nossos jogadores acusaram um certo e determinado nervosismo pela responsabilidade encerrada neste jogo. Recordemos aos leitores que, até à realização deste, permanecíamos na frente com uma liderança de cinco pontos, distância essa encurtada para os dois pontos, já que, a derrota sofrida foi com um portentoso segundo classificado, o Gulpilhares.
Quanto ao jogo propriamente dito, a primeira parte acabou com a equipa adversária a vencer por um golo, sendo que, cometemos dois ou três erros defensivos, o que poderia ter levado a estragos maiores.
Após o intervalo, e numa segunda parte em que tentávamos estabelecer a igualdade, com lances de ataque bem delineados, um outro erro defensivo fez com que o Gulpilhares avançasse no marcador, passando o resultado para 0 – 2.
Uma desconcentração patente dos pupilos brigantinos, permitiu ao oponente fazer o 0 – 3. O CAB tudo arriscou a sete minutos do fim, porém, era demasiado tarde. Conseguimos equilibrar o jogo, reduzindo para 1 – 3, mas não inverter o resultado. No entanto, os nossos adversários mais directos, contrariando a tendência de jogo estabelecida na recta final pelo CAB, aumentaram novamente a vantagem para 1 – 4. No último minuto, e para rematar o resultado, o Académico concretizou o 2 – 4 final.
Segundo o treinador Fernando Sequeira, “erros individuais, algum nervosismo” e, sobretudo, “falta de sorte”, compuseram o desacerto entre todos os jogadores.
Em suma, os combativos do CAB continuam à frente, agora com apenas 2 pontos de avanço sobre o Gulpilhares, segundo classificado, pelo que têm, obrigatoriamente, de ganhar os quatro jogos que faltam, para poderem continuar a sonhar com uma presença merecida na final.

CULPA DE NINGUÉM

Professora de Bragança a leccionar em Vimioso eleva para cinco o número de vítimas do IP4 em 2009

Maria da Luz Geraldes, 41 anos, mãe de duas meninas, percorria o IP4, dia 26 de Junho, no sentido Miranda – Bragança quando se deu o trágico acidente já nas “portas” da cidade. Professora de inglês do 2º ciclo que, alegadamente, “poderá ter adormecido”, segundo Miguel Porras, condutor do pesado, oriundo de Tudela, Navarra, a cerca de 450 km de Bragança, que escapou fisicamente sem quaisquer ferimentos.
No sinistro que ocorreu ao quilómetro 221, após as 15 horas, a carrinha Passat de cor cinza, saiu lentamente da sua faixa de rodagem indo embater, inevitavelmente, no pesado que seguia em sentido contrário, numa colisão frontal em que o estado do ligeiro impressiona os mais sensíveis.

O piso conta o resto da história que, aliás, foi confirmada pelo próprio sobrevivente do impacto em conversa com o Jornal Nordeste. O condutor do pesado, em simultâneo, buzinou e travou a fundo numa tentativa vã de se desviar do automóvel ligeiro, no entanto, não surtindo efeito, Miguel Porras atirou, literalmente, o camião contra os raíls mas nem esse acto desesperado mereceu um final mais digno. Além da lateral, o pesado ficou com um pneu e depósito de combustível desfeito, além das sequelas evidentes na sua frente.
Muitos foram os meios de socorro no local, desde os Bombeiros Voluntários de Bragança que, além de desencarcerarem a vítima, tiveram de limpar o asfalto, e a Guarda Nacional Republicana, que com um número impressionante de agentes, fez o melhor serviço possível, garantindo a segurança de todos aqueles condutores que por ali passavam.

LOUCOS 7 DIAS


DIA 6, Serenata e Tunas

Um oceano imenso de gente inundava a Praça da Sé e suas imediações. Curiosos, estudantes e finalistas, e suas famílias, todos em júbilo, não só por estarem prestes a finalizar uma das etapas mais importantes da sua vida, como também ansiosos pelo início de mais uma Semana Académica. Para os finalistas, esta talvez seja a queima com mais significado, já que, sendo a última, vivem-na com uma intensidade superior. A tradição calcuteou a calçada de um dos mais emblemáticos pontos de interesse da cidade de Bragança, e a Serenata fez-se ouvir em claro e bom som. O professor Octávio, devido a uma ligeira complicação no seu estado de saúde, não pode cantar, mas os seus colegas estiveram à altura e portaram-se como os verdadeiros fadistas que são. Em seguida, as águas seguiram o seu curso para o Nerba, onde actuariam as tunas e decorreria toda a Semana Académica que se seguiu.


Dia 7, Buraka Som Sistema

Considerado por muitos como o melhor dia da semana, sobretudo, pela Associação de Estudantes do Instituto Politécnico de Bragança (AEIPB) que, segundo fonte do Jornal Nordeste, “o dia de hoje deu para cobrir outros quatro”, acrescentando ainda, “e o resto são cantigas”. Os Buraka Som Sistema tiveram uma performance que a maioria dos presentes, tão cedo não irá esquecer. O nome, com origem na freguesia da Buraca na cidade da Amadora, situada na periferia de Lisboa, e o género de música, ghettoteck ou kuduro progresssivo, como o preferirem designar, traçam traços inconfundíveis naquela que é uma das bandas do momento, não só em palcos nacionais, como também internacionalmente. Lil´John, Riot e Conductor compõem os Buraka, contando ainda com a colaboração de Kalaf e, nesta actuação em particular, com a sempre ofegante Petty, que incendeou o palco com a sua disposição. Com uma álbum lançado em 2008, de seu título “Black Diamond”, os Buraka Som Sistema editaram o seu primeiro EP em 2006, “From Buraka to the World”. Mas foram já muitos os seus sucessos, desde a sua “premiere” em antena global, nos “MTV European Music Awards”, passando pela intempérie provocada por músicas como “Yah”, “Sound of Kuduro” e “Weggue, weggue”, que, em Angola, é uma brincadeira de crianças, e mais recentemente, “Aqui para vocês”, com a participação de MIA.


DIA 8, Dealema e Souls of Fire
Nesta sexta, dia 8, viveu-se uma autêntica enchente no pavilhão do Nerba, esta data foi bem escolhida pela AEIPB, pois a multidão em evidencia não seria tanto de estudantes do IPB, mas mais alunos do secundário, fãs de hip-hop, e amantes de Dealema. Com casa cheia, fazendo lembrar o dia anterior, e o fim-de-semana à porta, a noite começou com a alma do reggae na voz dos “Souls of Fire”. Numa actuação sem reparos, deram lugar ao jovens de Gaia e Porto, com Dealema a colocar todos em sentido delírio. Até os menos crentes, vibraram ao som do Colectivo Dealmático, que vê nas letras, “a grandiosidade da escrita”. Resistindo à industrialização da arte, adoptámos os Dealema desde 1996, com dj Guze, e os mc´s Maze, Mundo, Ex-Peão e Fuse. Com dois álbuns editados, “Dealema”, em Outubro de 2003, e “V Império”, em Abril de 2008.

DIA 9, Missa de Finalistas e José Cid
Numa catedral completamente esgotada, sábado, pelas 22 horas, viveram-se instantes de festa católica comoventes pelo universo de pessoas dentro e fora de portas. Com figuras importantes, quer de Bragança, quer do Instituto Politécnico, quer do clero, a missa foi presidida pelo bispo Montes Moreira, e teve a solene duração de duas horas.
Pela noite dentro, José Cid, cantor, teclista e compositor, relembrou os velhos tempos com as suas músicas já lendárias e misturou novos e velhos em uníssono. Em entrevista ao Jornal Nordeste, frisa não fazer efemérides pelos seus 40 anos de carreira e questionado sobre aquilo que gostaria ainda de fazer, afirma sentir-se bem consigo próprio, faz questão de continuar a dar concertos, e sublinha que, “nunca fui tão requisitado como actualmente”. Humberto Carvalho, roadmanager de José Cid há 7 anos, refere que, dia 1 de Maio, estiveram 20 mil pessoas para aplaudir aquele que é, provavelmente, e simultaneamente, o artista com a carreira mais longa e de mais sucesso contemporâneo.



DIA 10, Noidz e Kika Lewis

A noite prometia e até começou bem com os Noidz, uma mistura de guitarras e música electrónica, a fazerem tremer as finas paredes do pavilhão. Neste 10 de Maio, destaco o atraso consecutivo das entradas em cena dos artistas nos vários dias, roçando o absurdo com a entrada da dj Kika Lewis, já passava das 5 da manhã. Para cabeça de cartaz, este horário não se justifica. Quem espera, desespera, sobretudo, quem trabalhe no dia seguinte. Kika Lewis, “deu sono”, segundo a opinião de muitos, num set marcadamente mais comercial, atípico dela mas que tem-se revelado uma constante nas suas últimas actuações. Os Noidz “salvaram a noite!”, segundo consta.

DIA 11, Deolinda

Ana Bacalhau, vocalista principal dos Deolinda, Pedro Martins, na composição, textos, guitarra clássica e voz, Zé Pedro Leitão, contrabaixo e voz, e Luís José, músico de vários instrumentos, conseguiram satisfazer aqueles que, pela primeira vez, ouviam estupefactos o fado cantado e dançado deste alegre grupo alfacinha.Encontrados fortuitamente em 2006, e depois de muitos e memoráveis concertos, um inclusive no Teatro Municipal de Bragança, os Deolinda lançaram o seu primeiro disco de estreia em 2008, com o nome de “Canção ao Lado”. Este mês, com espectáculo marcado para Madrid, assinalam a sua internacionalidade e o reconhecimento do seu fado musical.


DIA 12, Desfile e Quim Barreiros

O dia não podia ter começado melhor, com os carros alegóricos das várias escolas do IPB a reunirem-se nos silos, ponto de encontro e de partida para o desfile. Na Sá Carneiro, os juízes deram a vitória ao curso de Farmácia, e a cidade de Bragança foi pano de fundo para uma tarde onde a diversão e o espírito académico reinaram. Apesar da ameaça constante de chuva, S. Pedro não se manifestou, e o cortejo decorreu sem incidentes. Quim Barreiros, encerrou as festividades, e os estudantes, mesmo durante a noite, já sentiam a nostalgia e saudades pela Semana Académica em grande passada e pelos anos de celebração que aí se avizinham