5 de agosto de 2009

ROCK n´DÉCADAS

É de consenso lato que os Black Dog arrastam multidões saciadas por tocarem rock n´roll e transmitirem a sua interioridade na música que marcou gerações.
Mário Gomes no baixo, mentor dos Black Dog, Miguel Pereira, baterista, oriundo dos saudosos Odores de Maria, Carlos e Jorge nas guitarras solo e ritmo, Matias nas teclas e Luís Afonso vocalista, compõem este grupo ainda em estado embrionário, um ano de existência, mas com uma requintada maturidade semi-profissional.
Um amigo comum a todos os elementos do grupo e actual baixista do mesmo, resolveu incentivá-los para se envolverem num projecto de uma banda rock, estávamos no Carnaval de 2008.
No dia 25 de Abril desse ano, “juntámo-nos todos e percebemos naquele momento, que entre nós havia gostos musicais comuns”, refere o vocalista, que define a sua música como pop-rock. “E foi naquele célebre dia que começámos a trabalhar, montámos a banda, comprámos os primeiros instrumentos e começámos a ensaiar”, acrescenta Luís Afonso. Rapidamente, os Black Dog se entrosaram e chegaram a um consenso quanto aos hits que iriam tocar. As várias décadas, desde os anos 50 até aos 90, fazem parte do seu reportório.

O empreendimento cuja “política inicial” transitava por tocar em bares, viu-se em crescendo pela angariação de fãs resultante dos concertos, no entanto, na opinião de Luís Afonso, há que subir degrau a degrau. Após o primeiro concerto, já os amigos passavam palavra e quando outro tinha lugar, a publicidade boca a boca, de espectáculo a espectáculo, depressa engrossava a fileira de pessoas presentes. “Freixo de Espada à Cinta, Bragança, Porto, Braga e pessoas de todo o distrito que nos têm ouvido tocar, pedem-nos para continuar e nós concedemos esse desejo satisfazendo sua vontade, uma que é mútua, e nós voltamos de novo, uma e outra vez”, afirma.
Apesar de, neste momento, se dedicarem somente a covers, é consentânea a ânsia de partirem à descoberta de novos sons, ritmos e letras que se componham em originais singulares. O vocalista diz a este respeito que, “esse é o processo seguinte, há que consolidar ideias mas tudo indica que assim será, fazer e gravar música própria”. No entanto, lembra, “nunca houve no concelho e distrito de Bragança, uma banda com projecção nacional”, o sonho íntimo de qualquer grupo que sinta a música verdadeiramente. Os Black Dog são regra e não excepção. E vivem o sonho, tendo plena consciência dos sacrifícios e das montanhas que teriam de mover para o concretizar. Tanta que, o entrevistado é peremptório em asseverar, “da vontade à realidade vai um passo colossal”.
Perpetuar temas de outros artistas por satisfação do grupo e do seu público, avançar para a criação de originais e consequente gravação, é a meta final. Uma que, “permita dar a Bragança, e desta nossa cidade a Portugal, um contributo significativo no cenário da música rock”, exprime o vocalista. Debatida a ideia e a vontade imensa, quando questionado sobre em que língua seriam os originais entoados, argumenta, “o público que ouve e compra música está, actualmente, direccionado para letras cantadas em português”, “esse seria o caminho, em nosso parecer, mais adequado à presente politica das distribuidoras e empresas discográficas e à sensibilidade do público nacional”, conclui Luís Afonso.
Uma legião de fãs
O concerto presenciado marcou casa cheia. O entusiasmo do público foi uma constante, crianças, jovens e adultos em uníssono. High Way to Hell dos AC/DC, Xutos e Pontapés, Pink Floyd com a música Wish U were here, Dire Straits e Rolling Stones, foram apenas alguns dos clássicos que deleitaram todos aqueles que tiveram o privilégio de ao recordar, poder viajar no tempo.

Sem comentários:

Enviar um comentário