5 de agosto de 2009

TEATRO DE FÉRIAS EM AGOSTO

Em jeito de último concerto, música do mundo cantada em crioulo distingue um vocalista no seio de tantos outros
Bilan, músico e compositor, dá nome à banda que o suporta e que ele influencia. Nascido em Cabo-Verde na ilha de S. Vicente, com 28 anos, dez em Portugal, este artista lidera um grupo de cinco elementos, onde todos, apesar de partilharem gostos idênticos a nível musical, fazem chegar sonoridades distintas. Eles não encaixam num paradigma, num estilo, a sua música é do mundo, uma fusão liderada por influências mor cabo-verdianas mas onde se misturam e encontram também Cuba e Portugal, que em uníssono comprometem a indiferença de quem decide ouvi-los atentamente.
Na sua estreia em Bragança, David Estêvão em contra-baixo, na guitarra eléctrica Tiago Mota, o baterista André Nunes, os três do Porto e na percursão, o uruguaio Pancho, há 18 anos no continente, para terminar, o já apresentado Bilan que, no futuro, dispensará apresentações.
Lançado o 1º EP em Maio, após três anos de estrada, cinco temas em edição de autor, os primeiros 4 cantados em crioulo e um quinto que consiste numa música tradicional cabo-verdiana, reflectem, seguramente, a sua identidade muito própria e mais que isso, a sua origem, que o dignifica e mostra orgulhoso.
A partir de Abril de 2010, um novo trabalho compreenderá cerca de 11 faixas. Adiantado que está e questionado sobre o porquê da demora, Bilan respondeu, “vou ser pai brevemente e a música, por um curto período de tempo, tomará um segundo plano”. Os nossos parabéns!

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