31 de agosto de 2010

LUCENZO - "VEM DANÇAR K..."


ÊXITO ALÉM & SEM FRONTEIRAS

Nomeado: Lucenzo
Idade: 27 anos
Ofício: músico
Hit single: Vem dançar Kuduro feat. Big Ali
Origem: Paris, França
Descendência: Vilas Boas, Vila Flor
Signo: Gémeos

ENTREVISTA

1 @ Fala-nos das tuas origens de emigrante e da tua relação com o nosso país?

R: Eu nasci em França e os meus pais são portugueses, naturais de Vilas Boas. Uma aldeia transmontana, perto de Mirandela. Desde o dia em que nasci, vim sempre a Portugal todos os meses de Agosto.

2 @ Há quanto tempo estás no mundo da música?

R: Há bastante tempo... Desde os meus 5 ou 6 anos de idade que eu toco piano, mas, a nível de música latina, faz mais ou menos 10 anos que ando nisto.

3 @ Como é que tudo começou?

R: Comecei por lançar um disco em França, que foi mais conhecido pela emigração portuguesa lá em França, mas que não atingiu o sucesso entre os franceses. Apenas, entre a comunidade portuguesa. Agora, foi o tema com o Big Ali, que toda a gente conhece, que me deu o sucesso internacional.

4 @ Passaste de um completo desconhecido para a fama internacional? Como é que vês essa transição?

R: Esperei toda a minha vida por isto, por ser reconhecido. Ainda por cima, foi mais do que eu esperava porque foi a nível internacional. Agora, vou na rua e as pessoas pedem-me autógrafos e para tirar fotografias... Estou mesmo muito contente com tudo o que me tem acontecido. Deus queira que continue.

5 @ O sucesso meteórico alcançado por ti, deve-se, exclusivamente, ao single “Vem dançar Kuduro”. Como é que nasceu este grande êxito com o Big Ali? Foi por mero acaso ou algo pensado e pré-programado?

R: Eu já conhecia o Big Ali, pois, apesar de ele viver em Nova Iorque, está muito amiúde lá em França. Já era um amigo meu, quando, a princípio, lancei o single sozinho. Depois, propus-lhe o tema, ele gostou, fomos para estúdio e foi, assim, que tudo começou.

6 @ O single “Vem dançar Kuduro” saiu logo no princípio do ano. Passados 7 meses, vens, agora, apresentá-lo oficialmente a Portugal. Não achas que é um bocado tarde? Dado que a tua música conquistou os tops nacionais e já anda a passar em todas as rádios e pistas de dança há uns meses largos... Porquê agora?

R: O single foi lançado em Fevereiro e, para ser sincero, não estou muito a par do que se passa aqui. Isso também fez parte de uma estratégia que passou por integrar o single em várias compilações.


7 @ Para quando está previsto o lançamento do teu novo álbum? Será o primeiro?

R: Sim, este vai ser o meu primeiro e sairá em Setembro. Há uns 10 anos atrás, produzi um, mas nunca saiu. Foi só um disco que andou pela internet.

8 @ Descreve-nos um pouco este teu trabalho que demorou 5 anos a desenvolver... Que género de música, quantos temas e se terás algumas participações de artistas convidados...

R: Estamos numa base, por enquanto, de 12 ou 13 temas. Quanto ao género, é sempre música latina, mais tipo reggaeton (estilo musical que varia do reggae jamaicano, influenciado pelo hip hop das zonas de Miami, Los Angeles e Nova Iorque latina). Tem um bocado de tudo, mas é uma mistura de música espanhola e portuguesa, latina. Temos a participação do Big Ali, naquele tema que toda a gente conhece e, também, de Don Omar (vocalista de Porto Rico), um dos criadores do reggaeton. Haverá outras surpresas com artistas internacionais no álbum, mas que, agora, não posso revelar.

9 @ O que é que se seguirá para Lucenzo, depois da chegada do teu álbum ao mercado discográfico?

R: Uma nova digressão. Desta vez, pelas ilhas. Começaremos pelas Ilhas Reunião, depois Madagáscar, entre outras ilhas. Segue-se o Canadá, onde o single “Vem dançar Kuduro” está em número um na maior rádio do país e terminaremos com uma tournée nos Estados Unidos, onde o Don Omar estará connosco.

10 @ Assinaste com a Vidisco Portugal? O que é que representa para ti este contrato?

R: A Vidisco é uma das maiores editoras portuguesas e acho que este contrato vai abrir-me muitas portas... Para mim, é muito importante e, se Deus quiser, vai dar-me o sucesso que eu nunca tive. Mas, estamos, também, em conversações com outras editoras.

11 @ Na primeira quinzena de Agosto, percorreste o país. Esta semana, a 17 de Agosto (hoje), estarás no Pacha de Ofir em Esposende e, no dia 23, encerrarás a tua tournée em Vilamoura com a presença do Big Ali. Esta é a tua tournée de estreia em Portugal?

R: Não! Este é o terceiro ano, mas antes era mais para os emigrantes. Agora, graças a Deus, é para toda a gente.

12 @ Quando é que poderemos contar com uma actuação tua em Bragança?

R: Por enquanto não sei, mas espero que aconteça em breve. Esta é uma região que eu gosto muito e teria todo o prazer em actuar aqui. Estava para acontecer nesta digressão, mas não chegámos a negociações. Talvez numa próxima oportunidade!

BS NA PASSERELLE

Em mais uma produção de moda dedicada aos emigrantes, o Bragança Shopping conseguiu a maior lotação de que há memória

Foi no passado sábado que aconteceu, pelo segundo ano consecutivo, a eleição da Miss Emigrante do Bragança Shopping. Entre 10 candidatas, sagrou-se titular da coroa Lorena Alonso, uma jovem oriunda de Madrid, cuja mãe é de Bragança. As suas damas de honor foram Marine Bandeira e Cláudia Pereira, respectivamente. “É a primeira vez que participo num concurso deste tipo e nunca tinha desfilado. Estou muito feliz e surpreendida por ter ganho. Não tenho palavras!”, referiu a grande vencedora, ainda, emocionada.
A grande novidade desta edição de 2010 foi, precisamente, a eleição de um Mister, título ganho por Michael Fernandes, um cabeleireiro de Coelhoso emigrante em Paris. “Fiquei mesmo fixe! Com o prémio (5oo euros em compras) vou oferecer prendas e mudar um bocadinho o meu guarda-roupa”, revelou o Mister, que vem a Portugal todos os Verões. Em 2º lugar ficou Tiago Gato e em 3º Bruno Fernandes. Os três foram eleitos entre 8 potenciais vencedores.



De destacar que o júri de quatro elementos, composto por Mariema Gonçalves, directora do Bragança Shopping, João Campos, director do Jornal Nordeste, Fátima Fernandes, vereadora da Câmara Municipal de Bragança e uma jornalista da Local Visão, elegeu a Miss e o Mister por unanimidade.
Com uma moldura humana a preencher todos os recantos do terceiro piso, o evento trouxe a Bragança a figura televisiva de Liliana Aguiar. A simpática anfitriã desta edição de 2010 conseguiu domar o palco, apesar de algum nervosismo inicial.
Presente no evento, esteve a Miss Emigrante do Bragança Shopping 2009, Joana Gonçalves, com o intuito de transmitir o seu testemunho e passar a coroa à sua legítima sucessora. “Não houve porta nenhuma que se abrisse directamente devido ao facto de ter sido eleita Miss Emigrante, aquilo que aconteceu foi, a partir desse momento, ter começado a gostar de moda e da passerelle”, explicou. “Gostei de participar, e a vitória deu-me o tal click que me levou a inscrever numa Agência de Modelos, mas continuo à procura de trabalho na minha área, que é o jornalismo”, acrescentou a ex-Miss. Actualmente, em Lisboa, Joana Gonçalves efectuou, no último ano, alguns trabalhos na área da publicidade, “um ou outro” em moda e tem tido algumas participações em novelas.


No final, Mariema Gonçalves mostrou-se bastante satisfeita com o decorrer de todo o desfile. “Tivemos casa cheia, pessoas muito participativas, caras muito bonitas, no geral, correu muito bem e o objectivo foi conseguido, que era mobilizar a comunidade emigrante para o Bragança Shopping”, resumiu a directora do espaço comercial.
Ao longo de todo o evento, que teve uma duração aproximada de 2 horas e meia, para além do desfile que incluiu vários géneros de roupa, desde bikinis a trajes tradicionais transmontanos, registaram-se, ainda, três actuações dos New Dance Connection, um grupo de dança de hip hop brigantino. Numa performance mais secular, o grupo de música tradicional portuguesa Pedra d´ Ara, também, subiu à passerelle para interpretar duas músicas, Pingacho e Saia Velhinha. Constituído por 10 elementos, todos pertencentes ao Coral Brigantino, excepto um professor de música convidado, este grupo utiliza pequenos instrumentos de precursão como ferrinhos, tambores, pandeiretas e um bombo, essencial para a marcação do compasso, e outros instrumentos como a gaita-de-foles, o acordeão e o cavaquinho.



 

UM SÁBADO DE REFERÊNCIA

O Freestyle e o passeio de sábado à noite foram os momentos altos da XX Concentração Motard de Bragança

Na comemoração dos seus 20 anos, a Concentração de Bragança contou com cerca de 5200 entradas e uma novidade, um simulador de cavalos que fez as delícias do público presente.
A sexta-feira ficou aquém das expectativas, apesar do freestyle dos campeões Ronaldo Freitas e Humberto Ribeiro. Mas, o dia de sábado e, sobretudo, a noite, compensou a fraca adesão do primeiro dia. “Porque não assumir que não estamos numa das melhores fases. Mas, em resumo, correu bem. O primeiro dia foi bastante aquém daquilo que, habitualmente, era a sexta-feira. Mas, o sábado, foi um dia excelente e, à noite, a concentração estava repleta”, afirmou o presidente do Moto Cruzeiro.
"As pessoas que passaram por lá puderam constatar isso mesmo. Provavelmente, uma das boas noites desde que mudámos lá para cima. Se na 6ª não esteve tão bem quanto isso, sábado acabou por compensar e compor toda a dinâmica do fim-de-semana”, acrescentou.
Quanto ao número de participantes, o responsável revela: “tivemos muitos inscritos, mas também muita gente que se inscreveu só com a entrada, cerca de 5200 pessoas nos dois dia. O passeio é o momento em que nós fazemos uma análise do número de motas que estão na cidade e o passeio foi excelente. Mais uma vez a cidade veio para a rua, apoia, acompanha, bate palmas e a adesão foi espectacular”. Passeio que teve de ser atrasado uma hora, devido ao jogo de futebol FCP – Benfica.


De acordo com Francisco Vara, a única alteração a fazer seria mesmo ao nível do cartaz das bandas, já que, a localização do campismo está fora de questão. “A concentração não é no Sobre-Águas! Isso é uma loucura! Esta é uma concentração da cidade e a mim não me interessa metê-la numa estrutura fora da cidade porque não a há. Isso, também, implicava que muitas famílias que vão à concentração a pé deixassem de ir”, defendeu, reconhecendo que o espaço do campismo não é o ideal. “Esse é um ponto negativo, mas em contra-partida temos outras condições, como os balneários”, sublinhou o responsável.
Relativamente ao cartaz, o presidente do Moto Cruzeiro disse necessitar de mais apoios para trazer bandas de renome. “Eu não tenho condições para isso! Se houvesse apoios, patrocínios, era o que eu faria. Agora, assim, não posso arriscar, pois se eu não conseguir gerir as contas, as dívidas caiem em cima é de mim. Esse é a única alteração que eu faria e que poderei fazer em termos futuros”, adiantou Francisco Vara.




TESTEMUNHOS

Carlos Papa, Moto Clube de Almodôvar

“Estou a gostar do ambiente, de tudo o que se vive aqui. Isto é bastante à base de freestyle e é muito diferente das concentrações do sul do país. A música lá para baixo é mais rock pesado e aqui é mais de baile. A parte do campismo, também, podia estar melhor! A nível de camaradagem impecável”


Pedro Dures, Moto Clube de Almodôvar

“Acho que está porreiro, engraçado. Tem um parâmetro diferente daquele a que por norma estamos habituados e é o conceito de uma concentração motard. É diferente, mas é divertido, vê-se muita gente, bebe-se uns copos, convive-se com a malta, que é que se precisa mais?”


Hugo Lobão, Vinhais

“Há uns anos que venho a esta concentração, mas a verdade é que isto está cada vez mais fraco. É pena dizer isto porque até podia ser uma boa concentração, como era no princípio”

Patrice Ferrie, Clairmont Ferrant, França

“É um bom espectáculo, mas não é uma grande concentração. Não há muitos motards que venham de longe. O acolhimento, no entanto, é muito bom. Devem estar 50 motards que vieram de longe. Vou fazer mais 3 ou 4 concentrações e regresso a França”


José Paulinho, Moto Clube de Braga

“Já são 11, 12 anos a vir cá. Todos seguidos. A concentração está como todos os outros anos. Fantástica! Aqui é sempre bom de vir! E farei questão de vir nos próximos 20 anos. É o que eu desejo: as maiores felicidades ao Moto Cruzeiro!”



21 de agosto de 2010

RENOVAÇÃO CULTURAL PRECISA-SE


FACTOS

Nome – Ana Maria Afonso
Idade – 49
Data de nascimento – 27-11-1960
Nascida em – Castro Vicente
Profissão – Directora do Museu do Abade de Baçal
Signo – Escorpião
Cor (es) – Lilás
Maior defeito – Teimosia
Maior virtude – Honestidade
Livro que o marcou – “A Condição Humana” de André Malraux
Uma citação – “Um povo de cordeiros sempre terá um governo de lobos”
Rádio preferida - RFM

ENTREVISTA

1 @ Descreva, em resumo, o seu percurso profissional?

R: Fui professora dos ensinos básico e secundário; depois, técnica superior no Arquivo Distrital de Bragança; entretanto, passei a directora do mesmo e, em seguida, assumi a direcção do Departamento Sócio Cultural da Câmara de Bragança. Agora, estou como directora do Museu do Abade de Baçal, cargo que acumulo com o de formadora e coordenadora de formação.

2 @ Como directora do museu empossada recentemente, quais são as suas prioridades a médio e longo prazo?

R:Tornar o Museu do Abade de Baçal num espaço de todos e eclético a nível cultural, num mediador cultural a bem da pluralidade e diversidade cultural e num lugar de experimentação, entre a tradição e as novas linguagens culturais.

3 @ Algumas novidades ou projectos para breve?

R: Breve, breve… Para inícios de Setembro, teremos o ciclo de cinema: “As vozes do Silêncio de Trás-os-Montes no Cinema e no Museu”, bem como uma reposição dos melhores filmes sobre Trás-os-Montes, com a presença dos cineastas e de alguns actores, no jardim do Museu Abade de Baçal. Imperdível!...

4 @ Como é que classifica o actual estado de coisas em Portugal? Nomeadamente, na cultura.

R: A palavra crise acompanha-nos e reflecte-se em todas as áreas, e a área cultural não é excepção. Sendo uma optimista convicta… Acredito que melhores dias virão!

5 @ E em Bragança?

R: Existe alguma necessidade de renovação do paradigma de gestão cultural.

6 @ Os museus são coisa do passado como afirmam alguns, ou será possível inverter a tendência e transformá-los em instituições com e de futuro?

R: Os museus são espaços fantásticos! Preservadores de memórias, a partir das quais se constroem identidades, não como algo inerte, mas como factor de inovação e desenvolvimento.


7 @ Se pudesse passar uma noite com uma personalidade nacional ou mundial, política, desportiva, cultural ou outra, em quem recairia a sua escolha?

R: A minha área de eleição sempre foi a filosofia. Por isso, escolheria José Ortega y Gasset. Filósofo e ensaísta, exerceu uma grande influência na modernização da vida intelectual da sua época. Ortega procurou um caminho intermédio entre o idealismo, que privilegia demasiado a mente, e o realismo, que privilegia demasiado os objectos, encontrando-o na prioridade da vida. Revejo-me na sua teoria quando afirma que cada vida é um ponto de vista sobre o universo. A verdade é, portanto, plural, pois nenhum ponto de vista esgota a verdade.

8 @ O que é capaz de lhe tirar o sono à noite?

R: O não estar em paz comigo mesma, situações pouco transparentes e injustas.

9 @ Que música é que faz questão que a acompanhe, seja em casa ou no carro?

R: Sendo eu uma “rapariga” da idade que sou, as musicas dos anos 60 continuam a ser as minhas preferidas, embora seja bastante eclética nos meus gostos…Referencio aqui os Queen, e a voz inconfundível de Freddie Mercury.

10 @ O que é que considera ser inaceitável num ser humano?

R: A mentira e a manipulação!…

11 @ Se pudesse realizar uma viagem de sonho, que destino escolheria?

R: Tenho feito algumas viagens e Itália continua a ser o meu destino de eleição.

12 @ Num documentário sobre a vida selvagem, que animal interpretaria?

R: Onça, pela sua astúcia… Num mundo repleto de caminhos tortuosos, ela (astúcia) é precisa para os desmantelar.

13 @ O que é que aproveitaria para fazer se o Planeta Terra se extinguisse nas próximas 24 horas?

R: Dizer à minha família e amigos o quanto gosto deles e pedir-lhes desculpa pelos momentos que lhes roubei em detrimento do trabalho…


Gosto de: cinema, arte, música, aprender, o contacto com a natureza, viajar, um bom livro, uma boa conversa em fim de tarde e desafios profissionais.

Não gosto de: desonestidade, prepotência, ser enganada, da rotina, pedantismo, injustiças, ingratidão, conversas enfadonhas, insectos (exceptuando joaninhas e borboletas) e fanatismo.

EM RIGOR MORTIS

 Homem encontrado morto na aldeia de Santalha após discussão na noite anterior com dois irmãos

Na centro da aldeia de Santalha, concelho de Vinhais, o corpo de Casimiro Ferreira foi encontrado nuns arbustos, já em rigor mortis, ou seja, com uma rigidez acentuada. O que indica que estaria naquele local, há já algumas horas. O cadáver foi descoberto por populares, a 3 de Agosto, pouco passaria das 7 horas. Foram estes, aliás, que alertaram a GNR, que tomou conta da ocorrência por volta das 8 horas. Apesar de ser de Penso, o indivíduo costumava frequentar os cafés de Santalha, uma aldeia anexa. Pertencente a uma família numerosa, com cerca de 7 irmãos, o homem, “com 30 e muitos anos”, esteve em Espanha durante um longo período de tempo e terá voltado recentemente.
“Eu vi-o morto mesmo aqui à beira do café. Esteve aqui ele e os irmãos e parece que discutiram. Eu não estava, estava a minha nora. Eles saíram já não era cedo, isto costuma fechar às duas e eles ficaram para o fim”, informou José Maria de Carvalho, proprietário do café Primavera, onde ocorreu a discussão entre familiares.
Alberto Gomes, também viu o corpo. ““Eu já só o vi morto. Estava com a cabeça enterrada e sem camisa. Nós não mexemos em nada. Só quando a Guarda o levantou é que nós vimos quem era. Ele andava por aqui quase todos os dias. Sempre à noite!”, explicou.
Segundo os populares, o indivíduo terá cadastro e aquilo que se consta é que tinha saído da prisão e regressado a Penso há 3 ou 4 meses. “Ele andava fugido... Tinha batido a uns aí de Vinhais. Tinha estado na prisão, saiu e veio para cá”, adiantou um habitante de Santalha.
Segundo a GNR de Bragança, não existem, por enquanto, quaisquer indícios de homicídio. “Suspeita-se de ataque cardíaco. Agora, a autópsia é que irá dizer”, afirmou o Major Rui Pousa.
Opinião não partilhada pelos residentes de Santalha: “Aqui só estavam eles, os irmãos. O que houve foi entre eles. Pais e irmão não metas as mãos, diz-se. Agora, eles que se desenrasquem. Ele estava amarrado a fazer necessidades e ficou-se. Pelo que dizem, o sangue era do irmão. Alguma coisa houve entre eles”.
A GNR confirma a discussão e revela, ainda, que Casimiro Ferreira era consumidor de álcool e drogas. “Parece que terá havido uma discussão entre irmãos. No café onde esteve essa noite, parece que terá bebido bastante. Ele consumia muito álcool e suspeita-se, também, de drogas”, declara o Major Rui Pousa.
O corpo veio para o Centro Hospitalar do Nordeste, onde terá sido autopsiado na passada quinta-feira. Se houver confirmação de homicídio, o alegado crime será direccionado para a PJ.

Os arbustos onde foi encontrado o corpo. Eram as 7:15... 

"IDENTIDADE"

Mais de 7000 downloads na internet da Mixtape do rapper brigantino MK, apresentada oficialmente em Julho

Decorreu, no mês passado, o lançamento ao público da Mixtape “Identidade” de Jorge Rodrigues aka MK. São 21 temas gravados, misturados e masterizados pelo próprio, numa composição já com mais de 7 mil downloads (www.myspace.com/mkakanocivo), na qual se incluem participações de outros músicos. No Espaço Domus (Shopping do Loreto), marcaram presença Tombo (Porto), Sakid (Odivelas), Krane e B-Fatz, ambos de Bragança, artistas convidados que fizeram questão de trazer as suas sonoridades ao palco.
A festa teve início com a projecção de alguns vídeoclips de hip-hop tuga, seguindo-se o dj set de Tombo, onde foram bem visíveis as suas "skills" de turntablist e de mistura. O anfitrião desta festa foi Sakid, elemento pertencente ao colectivo Nova Guarda, que, ainda, durante a actuação de Tombo, começou por dinamizar e cativar o público com alguns improvisos.
Dava-se, então, início ao concerto, onde MK começou por interpretar a intro da sua mixtape. No final desta primeira música, o jovem brigantino chamou à sua companhia Krane e B-Fatz, os elementos do seu novo grupo Fado Vadio, que já se encontram a preparar o seu EP de estreia "Lágrimas da Calçada".


“Apresentei músicas nos mais variados estilos, sempre com uma palavra de ordem: Real! São faixas todas elas muito pessoais”, confirma Mk. Realidades que se podem constatar, após se ouvir “Identidade”.
Numa actuação próxima dos 60 minutos, ainda restou tempo para a improvisação de alguns mc's que se encontravam na plateia, desde rookies aos mais experientes. Segundo Jorge Rodrigues, isto, há uns anos atrás, não acontecia, dado que, actuavam apenas os nomes inscritos previamente em cartaz. “Isto é sinal de que o Movimento Hip-Hop, em Bragança, está a evoluir, a ganhar mais adeptos e participantes. Logo, foi mais um passo em frente nesta longa caminhada pela evolução”, revela Mk.
O videoclip "Movimento Alternativo", disponível no Youtube e a rodar na SIC Radical, irá estar, brevemente, no programa "MTV YO RAPS", do canal televisivo MTV.

ALMA AZUL E BRANCA

 Apresentação do livro “Apitos Finais, Dourados... E algo mais!” de Sardoeira Pinto em Alfândega da Fé

Decorreu na Casa da Cultura Mestre José Rodrigues, a 5 de Agosto, a apresentação de “Apitos Finais, Dourados... E algo mais!”, um livro de Sardoeira Pinto, uma das mais antigas e prestigiadas entidades do clube azul e branco. Numa vila sobejamente conhecida pelo dragão ao peito, devido em grande parte às muitas iniciativas desenvolvidas pela Casa do Futebol Clube do Porto FCP) de Alfandega da Fé, o presidente da Assembleia-Geral do FCP veio, directamente, da Invicta explanar o conteúdo da sua obra mais recente. Uma que visa, "em verdade",  escudar o bom nome do clube que, com tanto orgulho, representa.
“É um livro que não é contra ninguém, mas é contra as injustiças. A certa altura, é do conhecimento do público em geral, houve uma onde de insanidade, digamos assim, através da qual se pretendeu atingir o FCP. Eu segui tudo isso com muita atenção, até pelas funções que eu exerço dentro do clube, e entendi que devia tomar uma posição”, relembra Sardoeira Pinto, referindo-se ao caso do “Apito Dourado”, no qual o presidente do FCP, Pinto da Costa, era um dos acusados.
De acordo com este vulto notável, não só do clube portista, como também do dirigismo em Portugal e, sobretudo, do norte do país, houve três grandes motivos que o levaram a escrever este livro. “Primeira, porque sou o sócio número 15 do FCP, vai fazer quase 75 anos; segundo, porque presido ao universo azul e branco vai para os 30 anos; e, terceiro, porque a gente do Porto, eu sou do Porto, pode tolerar más criações, pode tolerar atentados de várias ordens, não tolera é, de maneira nenhuma, injustiças”, advoga este portista de alma e coração, actualmente, com 76 anos.

“A verdade foi reposta e as más línguas calaram-se”, disse Sardoeira Pinto, insurgindo-se contra o célebre caso do “Apito Dourado”

“Com todos os males que a nossa justiça tem, e eu estou à vontade para dizer isto porque sou advogado há 50 anos, acabou por dar razão a quem tinha que a ter. Ninguém conhece dos grandes nomes que foram acusados um que tivesse sido condenado. Foram todos absolvidos”, defende Sardoeira Pinto.
O presidente da Casa do FCP de Alfândega da Fé, Jorge Gomes Além-Douro, explica o porquê desta visita de peso e a importância para os seus mais de 200 sócios. “Esta é uma figura histórica do FCP e cabe-nos a nós, como uma das suas filiais, tentar desenvolver aqui, na nossa terra, actividades onde possamos trazer o nosso clube de encontro aos seus adeptos”, refere o responsável.
“A Casa do Porto 85 de Alfândega da Fé tem tido um apoio muito grande por parte do nosso clube e é para isso que trabalhamos e vamos fazer mais ainda… Quem sabe? Talvez até mesmo a visita do nosso presidente (Pinto da Costa)”, adianta Além-Douro.
Recorde-se que, ainda, no ano transacto, o presidente do Clube Azul e Branco, Pinto da Costa, veio a Alfândega da Fé, na ocasião, para inaugurar as novas instalações da Casa do FCP. “Temos uma casa sempre a crescer e é esse crescimento que devemos mostrar e é essa a mensagem que queremos transmitir”, conclui.

17 de agosto de 2010

"ARRUMADOS COMO O LIXO"

Péssimos cartões de visita às portas da cidade resumem-se a três acampamentos ciganos aos quais a autarquia é tão indiferente como promessas de uma década

No Ano de Combate à Pobreza e Exclusão Social, são mais de 200 os ciganos na região que continuam, desde 1990, no limiar da degradação humana. Marginalizados, sobrevivem na dependência da Segurança Social.
Em Bragança, a pobreza está reflectida na história de três acampamentos ciganos votados ao abandono. São dezenas de crianças pertencentes a numerosas famílias sem as mínimas condições de higiene e conforto. Ratos, cobras, insectos e lagartos patrulham os vários quartos traçando a roupa e infestando um ambiente, já por si só, contaminado. Sem água quente, casas de banho e, no acampamento do Bairro das Touças, não existe sequer um mero contentor do lixo nas proximidades. Neste refúgio desolador, que nasceu no local da extinta lixeira, perto do cruzamento de Donai, vive Eduarda Clarice há 20 anos.
“Esta terra está suja e a bicharada é demais, por causa da antiga lixeira é que a terra por baixo está toda infectada. Há lagartos, cobras, ratos. Às vezes, estão os garotos a dormir e acordam com aquelas bichas a andar. Isto aqui é enfermidade!”, afirma revoltada esta mãe de 9 filhos.
Com perto de uma centena de ciganos, o acampamento está povoado, na sua maioria, por crianças. “Temos aqui um rebanho de filhos e para a escola e para o ciclo sabe Deus como é que eles vão porque no Inverno não é nada fácil. Isto é uma vergonha! Para os lavar e vestir sem casa de banho, sem água quente… Luz temos, mas a habilidade é nossa”, revela.
De acordo com Eduarda Clarice, a sua família, entre outras, inscreveu-se no Pré-habita e a Câmara Municipal de Bragança (CMB), há 10 anos atrás, prometeu-lhes fazer um bairro social, com o propósito de os retirar daqueles terrenos baldios e proporcionar-lhes uma vida mais condigna.
A autarquia tinha em curso um projecto para realojar 26 famílias do concelho onde reside uma parte significativa desta comunidade, no entanto, os ciganos asseguram nada ter sido feito. O Jornal Nordeste tentou, por diversas vezes, entrar em contacto com a CMB, mas sem sucesso.

“Prometem e não cumprem. Isto é uma vergonha! Haviam de botar os olhos aqui no povo”, Eduarda Clarice

“Há 10 anos que estamos à espera disso... Só promessas! Somos ciganos e estamos arrumados como o lixo. A Câmara sabe bem a situação em que estamos e nunca cá vi nenhum técnico. Eu só vejo é os ciganos enroscados nos lagartos e nas cobras”, relembra angustiada. “E no último ano já deram, uma vez 12, outra vez 6 e outra vez 3 casas nos bairros sociais da câmara, mas aos ciganos nunca deram propostas nenhumas”, garante Eduarda.
Desmotivados e sem qualquer anseio ou vontade de falar, “fartos de promessas” e de pessoas que aparecem “de visita”, “cheias de boas intenções”... Foi assim com o patriarca do acampamento cigano, que se negou a prestar declarações. “Pedem-nos para falar, mas depois saem daqui e vão ao presidente da câmara, ele dá-vos algum dinheiro e nunca sai nada. Foi assim com outros, muitos, que já passaram por aqui. Até de Lisboa, da SIC e da TVI, eles é que ganham dinheiro”, disse, enquanto virava costas para desaparecer no amontoado “de barracos”.

Numa carrinha encontra-se a cozinha de Celeste do Nascimento 

Já Celeste do Nascimento vive no acampamento da Avenida Abade de Baçal, perto da Escola Primária do Campo Redondo, com a sua família, num total de 15 pessoas. Nas suas queixas, também aponta o dedo à CMB por incumprimento de promessas.
“Já estou aqui há 20 anos. Há 10 que a Câmara me prometeu uma roullote para dormir eu e o mais novo e ainda nada. Recebo 230 euros da Segurança Social, desde que fui operada, só para a tensão gasto 160 euros em medicamentos. Tenho vezes em que não dá para comer”, lamenta-se.
Esta matriarca do acampamento da Avenida, tem numa carrinha a sua cozinha, enquanto que, o seu quarto, bem como todos os seus pertences, estão naquilo que resta de uma roulotte, onde dorme com o seu filho.
Quer Eduarda, quer Celeste, estão dispostas a pagar uma renda simbólica por uma habitação. “Eu não me importava de pagar uma renda simbólica, dentro das minhas posses, pagar a água, a luz e ter as minhas condições como têm os demais... Não é aqui no barraco que nem a gente dorme com o medo às cobras e aos bichos. Vai a gente a vestir a roupa e está toda roída dos ratos. Isto aqui é uma miséria!”, protesta Eduarda. Apesar de receber 500 euros da Segurança Social, assevera não ser suficiente: “Que é isso? Tenho 9 filhos e nós aqui compramos tudo, do sal à água”.
“Na mente deles, hão-de achar que não somos cidadãos como eles e, por isso, não temos direito a regalias. Mas eu acho que somos de carne e osso, iguais aos outros. Tanto dá que seja cigano, como preto, amarelo ou azul. Independentemente da raça, todos temos direito à vida”, defende, com palavras que encontram eco nos habitantes do acampamento cigano do Bairro dos Formarigos, bem perto da escola do 1º ciclo...  

TESTEMUNHOS

Eduarda Clarice

“Para irmos fazer as nossas necessidades, temos de ir aí para o monte. Às vezes, esbarramos os homens com as mulheres e as mulheres com os homens. É uma casa de banho sem porta.”

Celeste do Nascimento

“Eu queria sair daqui, se a Câmara me desse outro sítio era o que eu faria. Não me importava de pagar uma renda simbólica, um valor baixinho. Mas não tenho esperança nenhuma! Eu sempre vi o meu futuro mal parado desde que vim para Bragança.”

JABA (-:MOONRAISERS:-)

NOVO ÁLBUM A 27 DE AGOSTO


FACTOS: MOONRAISERS 

Após 18 anos e mais de 600 concertos, os Moonraisers, finalmente, conquistaram o devido reconhecimento por toda a Europa. Esta banda suíça, “que parece ter vindo do espaço sideral”, mistura funk, rock, electro, reggae e, em palco, o seu cocktail de estilos envia ao público um surto constante de energia positiva e vibrante.
Jaba, o vocalista e carismático líder do grupo, tornou-se, recentemente, conhecido em todo o mundo ao fazer dupla com o dj Yves LaRock nos famosos hits “Rise Up” e “By your Side”.
Com 36 anos, feitos, por coincidência, no dia em que actuou na Feira de S. Pedro de Macedo de Cavaleiros, o melhor presente para Jaba foi mesmo ter podido trazer toda a sua banda a Portugal, pela primeira vez, para actuar no dia do seu aniversário.
ENTREVISTA: JABA

1 @ Deduzo que esta não seja a tua primeira vez em Portugal?

R: Não! É a primeira vez que trago toda a banda comigo, os 10 elementos. Mas, entre 2007 e 2009, vim perto de 70 vezes a solo ou com o Yves LaRock a cantar “Rise Up”.

2 @ E como é que se explica o facto dos Moonraisers nunca terem vindo antes?

R: Não sou eu que tenho de decidir onde é que vamos. São os promotores que têm de nos trazer. Para mim, é realmente importante ter 10 pessoas em palco comigo, por mim, até poderiam ser 30. Mas é muito difícil viajarmos todos, mesmo a nível de logística. São 9 músicos profissionais que têm de pagar e é sempre muito dinheiro envolvido. Mas nós queremos manter a nossa sonoridade e é por isso que vamos devagar... Ainda temos tempo!

3 @ O emparelhamento com Yves LaRock resulta do facto de seres amigo dele?

R: Sim! Também trabalhamos e gravamos no mesmo estúdio. Para além de morarmos os dois em Neuchâtel. Há cerca de 5 anos ele pediu-me para interpretar algumas das suas músicas e foi quando comecei como dj de house.

4 @ Quando sobes ao palco, o que é que esperas do público?

R: Quase nunca espero nada. Eu sei que este não é um estilo amplamente difundido por esta região, mas estou muito contente por trazer a música reggae dos Moonraisers ao norte de Portugal e podermos dar a conhecer o nosso trabalho.

5 @ Como é que definirias o vosso género de música?

R: Normalmente, é reggae jamaicano. Mas nós vimos da Suiça e tocamos rock, jazz, música do mundo e misturamos tudo isso com o reggae. Assim, é um tipo de música reggae, mas como misturamos outros estilos, chamamos-lhe “Moonstyle reggae”.

6 @ A solo tocas o mesmo tipo de música do que quando com os Moonraisers? Ou envolves-te e experimentas outros estilos?

R: Não! Com os Moonraisers é mesmo música reggae. A solo, em Portugal ou pelo mundo fora, interpreto “Rise Up” em versão house de Yves LaRock e outras músicas dele, bem como, por exemplo, a música “Hotel California”, que é uma música reggae e que eu toco em versão house.

7 @ Com que idade e como é que iniciaste o teu percurso musical?

R: Faço música desde os meus dez anos de idade. Hoje, faço 36, por isso, são já 26 anos. Entrei num grupo de música das Caraíbas, com outras crianças e percorri toda a Europa com eles durante 6 anos. Na altura, tocava calypso, socka music e bossanova. Depois, entrei mesmo no reggae como percussionista e é por isso que eu, actualmente, mantenho na banda muita percussão.

8 @ Os instrumentos de precursão são uma parte indispensável na música reggae?

R: Sim! Uma parte muito poderosa e realmente importante.

9 @ Quais são as tuas referências como artista?

R: Bob Marley. Definitivamente! Ele foi mais além do que qualquer outro artista reggae e criou um rock-pop-reggae que foi algo de proporções biblícas para todo o mundo. Isso inspira-me! O reggae tem uma parte mágica que toca a humanidade.


10 @ Como músico e viajante, qual foi o país que mais te marcou?

R: Não é por estar aqui, mas, em Portugal, já tive alguns dos espectáculos mais loucos da minha carreira. Em 70 concertos, apenas 4 foram mais ou menos. Os outros, quase todos, foram memoráveis...

11 @ E dentro dos memoráveis, distinguirias alguma cidade?

R: Braga. Foi uma loucura! Não me ouvia a mim próprio enquanto cantava... Incrível!

12 @ E fora de Portugal?

R: Nova Iorque, Dubai, Brasil, República Dominicana, Porto Rico, Moscovo, Roménia, mas, para mim, Portugal foi, sem dúvida, uma grande surpresa... Depois, notas aquelas diferenças. Se fores para o sul, as pessoas são mais dadas à festa, se fores mais para norte, as pessoas já são mais reservadas, mais calmas.

13 @ Tens algum trabalho preparado para lançar brevemente?

R: Tenho um álbum duplo que será lançado a 27 de Agosto. “The story” ou “The Moonraisers story”. Será como uma compilação, com músicas novas, as músicas mais passadas na rádio e muitas outras exclusivas.

14 @ Tens já duas filhas pequeninas... Como é que descreverias a experiência de ser pai?

R: Para mim, as crianças são a coisa mais importante da vida. Estou realmente feliz por ser pai e a amar a experiência.

MEGA APREENSÃO

Detidos indivíduos de etnia cigana alegadamente envolvidos no tráfico de droga e na receptação de material roubado

Na manhã de quarta-feira, a PSP, no âmbito da operação “Castelo”, interceptou um casal por suspeita de tráfico de substâncias estupefacientes e identificou um menor. O homem, de 21 anos, natural de Vinhais, e a mulher, nascida em Espanha, vivem na zona histórica da cidade de Bragança, juntamente com o filho recém-nascido. Desta detenção, que surgiu na sequência de um ano de vigilância policial não permanente, e após busca domiciliária consequente, resultou a apreensão de: produto suspeito de ser heroína numa quantidade de 1521 doses individuais; vários artigos em ouro, de alegados furtos; um automóvel, um motociclo e dois telemóveis. O casal suspeito foi presente a tribunal na quinta-feira, tendo-lhe sido aplicada como medida de coacção apresentações diárias.
Na sequência da investigação, previamente em curso, outra residência foi, ainda, objecto de busca. Nesta acção, identificaram-se três familiares dos detidos, dois homens e uma mulher, que foram constituídos arguidos por suspeita da prática de crime de receptação de artigos furtados. No interior da sua habitação, no Bairro do Sapato, foram apreendidos os seguintes artigos: três armas, sendo que uma carabina de 9mm se encontra em situação ilegal; 3.500 euros em dinheiro; 16 telemóveis, vários plasmas, televisores e duas máquinas fotográficas digitais; uma Xbox, uma playstation e um gravador/leitor de DVD, entre outros itens; e alguns artefactos utilizados na preparação da droga para venda directa.
De salientar, ainda, a recuperação de dois ciclomotores desaparecidos na noite de 3 de Agosto e identificados os presumíveis autores dos furtos.
“Estamos atentos ao fenómeno criminal, em particular, aos crimes praticados contra a propriedade, e traremos diante da justiça todos aqueles que se dediquem ao tráfico de droga e à prática reiterada desta tipologia criminal”, adiantou o comandante da PSP, Amílcar Correia.

NO COMBATE ÀS CHAMAS

Em plena época de incêndios florestais, o GRIF de Bragança bate o norte do país assistindo outras forças no terreno

O incêndio lavrava desde a manhã do dia 27 de Junho, nas imediações de Arcos de Valdevez. O apoio foi pedido e o Corpo de Bombeiros de Bragança disponibilizou, então, para o Grupo de Reforço de Incêndio Florestais (GRIF) duas Equipas de Combate a Incêndios (ECIN). Estas partiram, nesse mesmo dia, em direcção a Arcos de Valdevez, onde chegaram por volta das 5h30 do dia seguinte.
Constituídas por 27 homens pertencentes às corporações de Vimioso, Bragança, Izeda, Macedo de Cavaleiros, Freixo de Espada à Cinta e Vila Flor, as equipas mobilizaram dois veículos ligeiros de combate a incêndios, dois veículos florestais de combate a incêndios, dois veículos tanques tácticos urbanos, um veículo de comando táctico e uma ambulância de socorro todo-terreno.
Depois de terminarem o primeiro incêndio a que se dirigiram, continuaram em operações de rescaldo e vigilância. Quando o local estava seguro, as ECIN seguiram, então, para combate a novos focos nascentes, tendo havido mais 5 incêndios diferentes e outros tantos reacendimentos. As equipas tiveram poucas horas de descanso, tendo pernoitado nas próprias viaturas e num pavilhão desportivo. Uma fonte dentro do GRIF revelou que, dentro do Grupo, houve quem tivesse a sensação que andava alguém a atear os fogos pela frente de incêndio, logo após estes serem extintos. O surgimento de novos focos, sempre pouco distanciados uns dos outros, suscita a possibilidade de mão criminosa.
O GRIF regressou a Bragança na tarde do dia 30 de Julho e o seu trabalho surtiu tanto efeito que não deixaram incêndios activos na área onde actuaram, apesar da perigosidade de possíveis reacendimentos numa zona tão complicada como a Serra do Gerês.

Arcos de Valdevez e Marzagão foram apenas duas das localidades a que o GRIF de Bragança prestou auxílio

Segundo o Comandante dos Bombeiros Voluntários de Bragança, José Fernandes, teceram-se “rasgados elogios à actuação do GRIF”, quer por parte do Secretário de Estado da Protecção Civil, quer por parte do comandante Operacional Nacional. “Há um esforço partilhado, uma entreajuda nacional para o bem comum, combater os incêndios é da responsabilidade de todos, independentemente do local onde deflagrem”, afirmou o comandante que, nesta ocasião, disponibilizou o maior número de elementos para o GRIF, 12 homens.
A 3 de Agosto, e a pedido expresso de Arcos de Valdevez, após ter constatado “o excelente desempenho do GRIF de Bragança”, esta força regressou em seu auxílio para 4 dias previstos de combate às chamas. As únicas alterações, ao GRIF de Bragança, foram o envio de menos uma viatura de combate a incêndios por parte dos Bombeiros Voluntários de Bragança e o reforço de meios humano através de um grupo de Sendim. A previsão foi encurtada e, em apenas dois dias, a 5 de Agosto, o GRIF de Bragança tinha já extinguido o grande incêndio que lavrava com uma vasta frente. Ao ser desmobilizado, foi, de novo, directamente redireccionados para um incêndio em Marzagão, Carrazeda de Ansiães, onde chegou eram as 23.30, tendo, de imediato, iniciado o combate às chamas. No dia 6, o grupo foi revezado por outro e o incêndio de Carrazeda foi dado como extinto no dia seguinte, sábado passado.


O INFERNO DE AGOSTO

No espaço de uma semana, a primeira de Agosto, foram já mais de 2500 os fogos que lavraram em Portugal. Só na sexta-feira passada, houve o registo de 388 focos de incêndio. De acordo com o Instituto de Meteorologia de Portugal, o calor irá continuar e as temperaturas elevadas manterão no máximo o risco de incêndio. A continuar assim, 2010 será, muito provavelmente, o ano mais quente das últimas décadas.

CHOQUE EM CADEIA

Um embate entre três viaturas não provocou feridos, apenas algum embaraço no tráfego rodoviário
 
A 4 de Agosto, pouco passaria das 14:30 quando aconteceu um choque em cadeia na Avenida Sá Carneiro. No cruzamento em frente à MotoFrias, que dá acesso à Catedral, duas viaturas encontravam-se estacionadas em segunda fila, 10 metros antes dos últimos semáforos no sentido centro da cidade. Foi, então, que um terceiro veículo, um Volkswagen Golf 2.0 TDI, de cor preta, ano 2007, vindo de trás, embateu num outro Golf, de cor cinza, que, por sua vez, foi de encontro à traseira de uma carrinha preta Ford C-MAX, de matrícula francesa. Do acidente, não resultaram quaisquer feridos, tendo, somente, congestionado um pouco o trânsito, tornando a circulação mais lenta na zona de embate. A PSP tomou, imediatamente, conta da ocorrência, dado que, naquele momento, passava pelo local do sinistro.
De acordo com fonte policial, a responsabilidade terá sido mesmo da viatura que circulava, pois, para além de ter batido por detrás, as outras tinham a paragem sinalizada. Independentemente, de o terem feito num cruzamento entre semáforos.
“A culpa é minha e não é também. Tenho um bocado de culpa, é lógico, por ter batido, mas eles não deviam estar parados à beira dos semáforos. E o sinal estava verde!”, afirmou o condutor. Apesar de frustrado a início, o jovem acabou por admitir a culpa mesmo perante os agentes da autoridade e tudo se resolveu de forma “amigável” entre os acidentados.


VOLEI DE PRAIA NO AZIBO

Em Macedo de Cavaleiros serão decididos os Campeões Nacionais de Voleibol de Praia 2010

Foi apresentada, a 4 de Agosto, na Albufeira do Azibo, a Final do Campeonato Nacional de Voleibol de Praia 2010. Pelo 3º ano consecutivo, Macedo de Cavaleiros recebe esta competição, mas é a primeira vez, em todo o historial da prova, que esta Final se realizará numa praia fluvial.
Esta última etapa do Campeonato Nacional de Voleibol decorrerá, de 13 a 15 do corrente, na Praia da Ribeira, onde serão montados 3 campos para a realização de todos os jogos previstos. Estarão presentes 24 duplas masculinas e 16 duplas femininas, inclusive as melhores classificadas no ranking nacional. Os jogos das finais masculinas e femininas, a terem lugar na tarde de Domingo, serão transmitidos pela Sport Tv.
De acordo com o Secretário Geral da Federação Portuguesa de Voleibol, Teodemiro Carvalho, a escolha de Macedo de Cavaleiros para a realização da Final do Campeonato acontece devido à “excelente parceria” desenvolvida com o município nas provas dos anos anteriores. “ O nosso parceiro foi sempre muito colaborante e vimos, assim, reconhecer o seu empenho e trabalho ao longo destes anos”, afirmou.


“O objectivo da Federação passa também por promover a modalidade fora dos centros urbanos do litoral e, assim, aliando às excelentes condições deste local e também à vontade manifestada pela autarquia, entendemos que deveríamos realizar aqui a 1ª final do Campeonato Nacional numa praia fluvial”, revelou o responsável.
O Presidente da Câmara Municipal, Beraldino Pinto, entende que a realização desta prova é uma mais valia, não só para o concelho de Macedo de Cavaleiros, como também para toda a região, dando-lhe uma maior visibilidade e contribuindo assertivamente para a sua promoção. “Providenciamos a todos a oportunidade de aliarem o interesse pelo voleibol, à possibilidade de conhecerem o nosso património natural, histórico e cultural”, concluiu o autarca, relembrando as muitas alternativas que Macedo oferece, como todas as potencialidades que a Paisagem Protegida da Albufeira do Azibo, entre a fauna, a flora, os percursos pedestres e todas as actividades nela desenvolvidas, a Rota dos Museus e o Macedo Convida (de 12 a 15 de Agosto).


5 de agosto de 2010

"DIVAGAÇÕES DO OLHAR"

Exposição de pintura com acrílicos, óleos e aguarelas de Luís Raposo em Sendim de 1 a 8 de Agosto

Na Casa da Cultura de Sendim, concelho de Miranda do Douro, estará patente ao público, de 1 a 8 de Agosto, a exposição de pintura “Divagações do olhar” de Luís Raposo. Este transmontano, nascido em Fonte de Aldeia, “com uma costela de Sendim”, é um pintor amador que, nos seus tempos livres, “se entretêm a tentar produzir algo de artístico e belo”.
Este pintor, actualmente, a residir em Lisboa, apresenta 27 trabalhos entre óleos sobre tela (3), acrílicos sobre tela (3), linho caseiro (5), papel sobre madeira (2) e aguarelas (14). Nestas últimas, inclui um auto-retrato e o retrato do seu pai numa exposição que o próprio ambiciona que seja eclética.
“Embora o gosto pela pintura me acompanhe desde pequeno, só há 6 ou 7 anos é que comecei a praticar. Em 2005, inscrevi-me no Curso de Pintura da Sociedade Nacional das Belas Artes onde conclui três anos lectivos”, expressa Luís Afonso.
Tendo iniciado o seu percurso artístico nos retratos, um dos seus temas predilectos, o autor pinta abstractos e paisagens, sobretudo, em aguarelas, mas, também, executa algumas cópias de quadros famosos. Em relação à técnica, prefere o óleo, mas, “por razões práticas”, tem trabalhado mais com acrílico. A aguarela é uma arte que pretende aprender a dominar. “Tenho praticado, pois é bela, mas difícil. No entanto, tenho já algumas obras que considero interessantes”, afiança.
A trabalhar profissionalmente na capital, desde o final dos anos 80, no comércio da ourivesaria e joalharia, também, já desenhou algumas jóias. Foi nessa época, que o artista começou a sua formação em estética, na Sociedade Nacional das Belas Artes. Porém, dedicou-se ao curso de Direito na Universidade de Lisboa, que concluiu em 1996, apesar de não exercer advocacia.

FORMAÇÃO EM SEGURANÇA

Testados os conhecimentos e formados os comportamentos dos condutores brigantinos no âmbito da segurança rodoviária

Teve lugar no Bragança Shopping (BS), o mês passado, uma acção de sensibilização denominada “Reduzir a Velocidade nas Estradas Portuguesas”. No espaço comercial, estiveram disponíveis para todos os interessados vários equipamentos de simulação. Designadamente, simulador de embate, de capotamento, de condução sob o efeito de álcool, de tempos de reacção e de força de embate.
Esta iniciativa, que surgiu a convite da Prevenção Rodoviária Portuguesa (PRP), foi abraçada de imediato pelo BS, e insere-se num RoadShow de norte a sul do país, que visa alertar as pessoas para os perigos de uma condução incauta e, em simultâneo, formar as pessoas no sentido de saberem actuar sob determinadas situações como, por exemplo, no caso de capotamento da viatura.
“Estamos numa altura do ano em que devemos alertar a população que vem fazer as suas férias dos devidos cuidados e precauções que se devem ter na estrada. Quisemos prestar mais essa informação e formação aos nossos clientes até porque tínhamos situações nas quais podíamos fazer a simulação da quase-realidade”, afirmou a directora do BS, Mariema Gonçalves, que acolheu a primeira iniciativa do género.
“É necessário muito cuidado na condução e consciencializar as pessoas dos perigos da estrada, daí a utilidade e importância desta iniciativa”, frisou. Segundo a responsável, a adesão por parte das pessoas foi bastante significativa: “talvez pela novidade e pela variedade dos equipamentos de simulação”.
Recorde-se que a PRP foi fundada pelo Lyon Club de Lisboa (1965) como uma associação sem fins lucrativos, cujo objectivo maior é o de prevenir os acidentes rodoviários e as suas consequências. Ultimamente, tem alargado o seu raio de acção e, para além da educação e sensibilização, dedica-se, agora, à formação nas várias vertentes, quer de professores, quer de jovens e técnicos ligados à construção, sinalização e conservação dos diversos tipos de vias. Em 1966, é reconhecida pelo Governo como instituição de utilidade pública e, hoje, é uma associação de referência a nível nacional.

CALOR MOTOR

O piloto brigantino Bruno Lopes foi a grande surpresa da tarde sagrando-se vencedor na categoria 85cc

“Uma surpresa muito agradável. Deu um grande show e acabou por ser um piloto que demonstrou muita atitude”, foi assim que o presidente do MotoCruzeiro, Francisco Vara, se referiu à vitória de Bruno Lopes, o piloto brigantino vencedor da classe mais disputada, as 85cc.
Com início marcado para as 15 horas do dia 17 de Julho, ainda houve muitos fãs e curiosos a deslocarem-se à Avenida das Forças Armadas para verem as provas de alta velocidade organizadas pelo MotoClube, apesar do calor imenso a submeter o asfalto. “Quase todos os pilotos eram de longe, do Porto, Lisboa, Sintra e até espanhóis, da zona de Oviedo, daí que não podíamos fazer as corridas muito tarde”, justificou o responsável quando questionado sobre o porquê das provas serem tão cedo numa tarde atípicamente quente.
No entanto, foi um autêntico espectáculo das duas rodas, com as categorias 50cc, 85cc e as Clássicas a abrilhantarem a performance competitiva. Por sua vez, as Clássicas dividiram-se em: até 250cc, 500cc e 1000cc e o grande vencedor foi o espanhol Javier Cuervo, de Oviedo.
Com 54 corredores inscritos inicialmente, apenas 50 chegaram às diversas grelhas de partida, 17 nas 50cc, 16 nas 85cc e 14 nas clássicas, dado que alguns problemas mecânicos impediram a participação de alguns pilotos nas corridas.

Bruno Lopes, o grande vencedor, numa das ultrapassagens mais arriscadas e, felizmente, bem sucedidas da tarde

Os únicos percalços dignos de nota neste evento de elevada rotação foram mesmo os três acidentes, que o presidente do Moto Clube desvalorizou. “Não foram acidentes graves e, de resto, correu tudo bem. Um dia espectacular, de muita velocidade, adrenalina e competição”, afirmou Francisco Vara, contabilizando um saldo deveras positivo.
Francisco Vara diz pretender a continuidade deste evento, que segundo ele, “precisa de uma ajudazinha por parte da Câmara, já que envolve muita despesa”. Outra ambição do presidente do MotoCruzeiro passa por trazer a classe das 125cc às corridas e, de preferência, com mais pilotos espanhóis. Quanto à integração desta prova no Campeonato Nacional, o responsável é peremptório em responder: “Nunca poderia fazer parte porque não tem as condições ideais de segurança. Sinto um aperto no coração enquanto as provas decorrem porque um acidente pode ser muito complicado e, portanto, para ser incluída na Federação o espaço teria que ser excelente e proporcionar todas as condições de protecção apropriadas”, conclui.
Também Bruno Lopes concorda quanto à perigosidade do traçado: “É rápido e perigoso, dada a sujidade, ter muita areia e buracos no piso”, referiu o vencedor das 85cc, que deixou de correr, oficialmente, há 5 anos, tendo vencido na categoria de 50cc em 2004.