21 de agosto de 2010

EM RIGOR MORTIS

 Homem encontrado morto na aldeia de Santalha após discussão na noite anterior com dois irmãos

Na centro da aldeia de Santalha, concelho de Vinhais, o corpo de Casimiro Ferreira foi encontrado nuns arbustos, já em rigor mortis, ou seja, com uma rigidez acentuada. O que indica que estaria naquele local, há já algumas horas. O cadáver foi descoberto por populares, a 3 de Agosto, pouco passaria das 7 horas. Foram estes, aliás, que alertaram a GNR, que tomou conta da ocorrência por volta das 8 horas. Apesar de ser de Penso, o indivíduo costumava frequentar os cafés de Santalha, uma aldeia anexa. Pertencente a uma família numerosa, com cerca de 7 irmãos, o homem, “com 30 e muitos anos”, esteve em Espanha durante um longo período de tempo e terá voltado recentemente.
“Eu vi-o morto mesmo aqui à beira do café. Esteve aqui ele e os irmãos e parece que discutiram. Eu não estava, estava a minha nora. Eles saíram já não era cedo, isto costuma fechar às duas e eles ficaram para o fim”, informou José Maria de Carvalho, proprietário do café Primavera, onde ocorreu a discussão entre familiares.
Alberto Gomes, também viu o corpo. ““Eu já só o vi morto. Estava com a cabeça enterrada e sem camisa. Nós não mexemos em nada. Só quando a Guarda o levantou é que nós vimos quem era. Ele andava por aqui quase todos os dias. Sempre à noite!”, explicou.
Segundo os populares, o indivíduo terá cadastro e aquilo que se consta é que tinha saído da prisão e regressado a Penso há 3 ou 4 meses. “Ele andava fugido... Tinha batido a uns aí de Vinhais. Tinha estado na prisão, saiu e veio para cá”, adiantou um habitante de Santalha.
Segundo a GNR de Bragança, não existem, por enquanto, quaisquer indícios de homicídio. “Suspeita-se de ataque cardíaco. Agora, a autópsia é que irá dizer”, afirmou o Major Rui Pousa.
Opinião não partilhada pelos residentes de Santalha: “Aqui só estavam eles, os irmãos. O que houve foi entre eles. Pais e irmão não metas as mãos, diz-se. Agora, eles que se desenrasquem. Ele estava amarrado a fazer necessidades e ficou-se. Pelo que dizem, o sangue era do irmão. Alguma coisa houve entre eles”.
A GNR confirma a discussão e revela, ainda, que Casimiro Ferreira era consumidor de álcool e drogas. “Parece que terá havido uma discussão entre irmãos. No café onde esteve essa noite, parece que terá bebido bastante. Ele consumia muito álcool e suspeita-se, também, de drogas”, declara o Major Rui Pousa.
O corpo veio para o Centro Hospitalar do Nordeste, onde terá sido autopsiado na passada quinta-feira. Se houver confirmação de homicídio, o alegado crime será direccionado para a PJ.

Os arbustos onde foi encontrado o corpo. Eram as 7:15... 

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