5 de agosto de 2010

CALOR MOTOR

O piloto brigantino Bruno Lopes foi a grande surpresa da tarde sagrando-se vencedor na categoria 85cc

“Uma surpresa muito agradável. Deu um grande show e acabou por ser um piloto que demonstrou muita atitude”, foi assim que o presidente do MotoCruzeiro, Francisco Vara, se referiu à vitória de Bruno Lopes, o piloto brigantino vencedor da classe mais disputada, as 85cc.
Com início marcado para as 15 horas do dia 17 de Julho, ainda houve muitos fãs e curiosos a deslocarem-se à Avenida das Forças Armadas para verem as provas de alta velocidade organizadas pelo MotoClube, apesar do calor imenso a submeter o asfalto. “Quase todos os pilotos eram de longe, do Porto, Lisboa, Sintra e até espanhóis, da zona de Oviedo, daí que não podíamos fazer as corridas muito tarde”, justificou o responsável quando questionado sobre o porquê das provas serem tão cedo numa tarde atípicamente quente.
No entanto, foi um autêntico espectáculo das duas rodas, com as categorias 50cc, 85cc e as Clássicas a abrilhantarem a performance competitiva. Por sua vez, as Clássicas dividiram-se em: até 250cc, 500cc e 1000cc e o grande vencedor foi o espanhol Javier Cuervo, de Oviedo.
Com 54 corredores inscritos inicialmente, apenas 50 chegaram às diversas grelhas de partida, 17 nas 50cc, 16 nas 85cc e 14 nas clássicas, dado que alguns problemas mecânicos impediram a participação de alguns pilotos nas corridas.

Bruno Lopes, o grande vencedor, numa das ultrapassagens mais arriscadas e, felizmente, bem sucedidas da tarde

Os únicos percalços dignos de nota neste evento de elevada rotação foram mesmo os três acidentes, que o presidente do Moto Clube desvalorizou. “Não foram acidentes graves e, de resto, correu tudo bem. Um dia espectacular, de muita velocidade, adrenalina e competição”, afirmou Francisco Vara, contabilizando um saldo deveras positivo.
Francisco Vara diz pretender a continuidade deste evento, que segundo ele, “precisa de uma ajudazinha por parte da Câmara, já que envolve muita despesa”. Outra ambição do presidente do MotoCruzeiro passa por trazer a classe das 125cc às corridas e, de preferência, com mais pilotos espanhóis. Quanto à integração desta prova no Campeonato Nacional, o responsável é peremptório em responder: “Nunca poderia fazer parte porque não tem as condições ideais de segurança. Sinto um aperto no coração enquanto as provas decorrem porque um acidente pode ser muito complicado e, portanto, para ser incluída na Federação o espaço teria que ser excelente e proporcionar todas as condições de protecção apropriadas”, conclui.
Também Bruno Lopes concorda quanto à perigosidade do traçado: “É rápido e perigoso, dada a sujidade, ter muita areia e buracos no piso”, referiu o vencedor das 85cc, que deixou de correr, oficialmente, há 5 anos, tendo vencido na categoria de 50cc em 2004.



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