21 de agosto de 2010

RENOVAÇÃO CULTURAL PRECISA-SE


FACTOS

Nome – Ana Maria Afonso
Idade – 49
Data de nascimento – 27-11-1960
Nascida em – Castro Vicente
Profissão – Directora do Museu do Abade de Baçal
Signo – Escorpião
Cor (es) – Lilás
Maior defeito – Teimosia
Maior virtude – Honestidade
Livro que o marcou – “A Condição Humana” de André Malraux
Uma citação – “Um povo de cordeiros sempre terá um governo de lobos”
Rádio preferida - RFM

ENTREVISTA

1 @ Descreva, em resumo, o seu percurso profissional?

R: Fui professora dos ensinos básico e secundário; depois, técnica superior no Arquivo Distrital de Bragança; entretanto, passei a directora do mesmo e, em seguida, assumi a direcção do Departamento Sócio Cultural da Câmara de Bragança. Agora, estou como directora do Museu do Abade de Baçal, cargo que acumulo com o de formadora e coordenadora de formação.

2 @ Como directora do museu empossada recentemente, quais são as suas prioridades a médio e longo prazo?

R:Tornar o Museu do Abade de Baçal num espaço de todos e eclético a nível cultural, num mediador cultural a bem da pluralidade e diversidade cultural e num lugar de experimentação, entre a tradição e as novas linguagens culturais.

3 @ Algumas novidades ou projectos para breve?

R: Breve, breve… Para inícios de Setembro, teremos o ciclo de cinema: “As vozes do Silêncio de Trás-os-Montes no Cinema e no Museu”, bem como uma reposição dos melhores filmes sobre Trás-os-Montes, com a presença dos cineastas e de alguns actores, no jardim do Museu Abade de Baçal. Imperdível!...

4 @ Como é que classifica o actual estado de coisas em Portugal? Nomeadamente, na cultura.

R: A palavra crise acompanha-nos e reflecte-se em todas as áreas, e a área cultural não é excepção. Sendo uma optimista convicta… Acredito que melhores dias virão!

5 @ E em Bragança?

R: Existe alguma necessidade de renovação do paradigma de gestão cultural.

6 @ Os museus são coisa do passado como afirmam alguns, ou será possível inverter a tendência e transformá-los em instituições com e de futuro?

R: Os museus são espaços fantásticos! Preservadores de memórias, a partir das quais se constroem identidades, não como algo inerte, mas como factor de inovação e desenvolvimento.


7 @ Se pudesse passar uma noite com uma personalidade nacional ou mundial, política, desportiva, cultural ou outra, em quem recairia a sua escolha?

R: A minha área de eleição sempre foi a filosofia. Por isso, escolheria José Ortega y Gasset. Filósofo e ensaísta, exerceu uma grande influência na modernização da vida intelectual da sua época. Ortega procurou um caminho intermédio entre o idealismo, que privilegia demasiado a mente, e o realismo, que privilegia demasiado os objectos, encontrando-o na prioridade da vida. Revejo-me na sua teoria quando afirma que cada vida é um ponto de vista sobre o universo. A verdade é, portanto, plural, pois nenhum ponto de vista esgota a verdade.

8 @ O que é capaz de lhe tirar o sono à noite?

R: O não estar em paz comigo mesma, situações pouco transparentes e injustas.

9 @ Que música é que faz questão que a acompanhe, seja em casa ou no carro?

R: Sendo eu uma “rapariga” da idade que sou, as musicas dos anos 60 continuam a ser as minhas preferidas, embora seja bastante eclética nos meus gostos…Referencio aqui os Queen, e a voz inconfundível de Freddie Mercury.

10 @ O que é que considera ser inaceitável num ser humano?

R: A mentira e a manipulação!…

11 @ Se pudesse realizar uma viagem de sonho, que destino escolheria?

R: Tenho feito algumas viagens e Itália continua a ser o meu destino de eleição.

12 @ Num documentário sobre a vida selvagem, que animal interpretaria?

R: Onça, pela sua astúcia… Num mundo repleto de caminhos tortuosos, ela (astúcia) é precisa para os desmantelar.

13 @ O que é que aproveitaria para fazer se o Planeta Terra se extinguisse nas próximas 24 horas?

R: Dizer à minha família e amigos o quanto gosto deles e pedir-lhes desculpa pelos momentos que lhes roubei em detrimento do trabalho…


Gosto de: cinema, arte, música, aprender, o contacto com a natureza, viajar, um bom livro, uma boa conversa em fim de tarde e desafios profissionais.

Não gosto de: desonestidade, prepotência, ser enganada, da rotina, pedantismo, injustiças, ingratidão, conversas enfadonhas, insectos (exceptuando joaninhas e borboletas) e fanatismo.

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