30 de abril de 2010

PROCESSO DE APRENDIZAGEM


Infantis
Pavilhão Municipal de Bragança
Árbitro – Manuel Fernandes

6 CAB

1 Nuno Minhoto
2 Jorge Diz
3 Carlos Esteves
4 André Marcelino
5 Filipe Gonçalves
6 Diogo Cadavez
7 João Benites
8 Pedro Padrão
9 Guilhermino Carvalhinho
10 Vicente Gomes

Treinador – Tiago Asseiro

4 Alijó BC

1 João Pereira
2 Diogo Rodrigues
3 Jessica Ribeiro
4 Rita Esteves
6 Gonçalo Pereira
7 Pedro Olmos
8 Filipe Monteiro
9 Carlos Cardoso
10 Sérgio Cardoso


Iniciados
Pavilhão Municipal de Bragança
Árbitro – Manuel Fernandes

3 CAB

1 Ricardo Gama
2 Diogo Moreira
4 Mário Vaz
5 Alexandre Santos
7 Vítor Minhoto
9 Luís Gonçalves
10 Rui Afonso

Treinador – Fernando Sequeira

7 Académica de Espinho

1 Paulo Vieira
2 Rafael Carvalho
3 Carlos Branquinho
4 Daniel Brandão
5 Daniel Ferreira
6 Diogo Moreira
7 Filipe Marques
8 Diogo Barros
9 Daniel Barros
10 André Resende


Numa tarde solarenga de último domingo do mês de Abril, o hóquei em patins voltou a brilhar com três jogos de uma assentada. A abrir da melhor forma possível, os Benjamins do Clube Académico de Bragança (CAB), a equipa mais nova em competição, supervisionados por Pedro Águas, golearam por 6 a 1 a equipa de Vila Boa do Bispo. Seguiram-se os infantis, também, com uma vitória. Desta feita, por 6 a 4 contra o Alijó Basquet Clube (Alijó BC). Um jogo complicado, a princípio, com oportunidades para ambos os lados. Mas foram sempre os visitantes a marcar primeiro, começando por ganhar 0 – 1, depois o CAB empatou o resultado para, logo de seguida, sofrer mais dois golos. Com o resultado negativo de 1 – 3, o CAB conseguiu, por mérito próprio, empatar antes do intervalo, o que deu um outro ânimo à equipa. Assim, no final da primeira parte, o 3 – 3 dificultava um vislumbre do vencedor. Na segunda parte, foi o CAB a impor a sua vontade, fazendo valer, uma superioridade incontestável. Para tal, contribuiu decisivamente a prestação do guarda-redes academista, Vicente, que, apesar da pouca robustez da sua fisionomia, garantiu ao CAB a vitória, com defesas de alto nível.
“Não entrámos muito bem no jogo, sobretudo, a defender porque a equipa do Alijó estava a entrar muito no nosso quadrado. No intervalo, corrigimos esse pormenor e a equipa começou melhor a segunda parte, ao cortarmos a bola na primeira linha dos avançados, conseguimos sair rapidamente para o contra-ataque e foi, assim, que marcámos os três golos que nos deram a vitória”, comenta o treinador da equipa da casa, Tiago Asseiro.
Quanto a expectativas para este campeonato, o técnico dos infantis revela: “Não nos é exigido ganhar nada. Trata-se, acima de tudo, de fazer evoluir estes miúdos para daqui a uns anos conseguirem alcançar bons resultados”. Nos 5 primeiros jogos do campeonato, os infantis do CAB sofreram 3 derrotas, 1 empate e 1 vitória, alcançada neste último desafio.

Um futuro brilhante pode estar reservado para "El Guardion"

No terceiro e último jogo da tarde, o CAB defrontou a Académica de Coimbra. O resultado saldou-se numa derrota para a equipa da casa por 3 – 7. Mas poderia ter sido outro, não fosse a má prestação do guarda-redes academista, que entrou na primeira parte, e os nervos de alguns jogadores que precisam ter mais calma em situações não tão favoráveis. A destacar, o hat-trick de Diogo Moreira numa exibição bem conseguida.
“Foi um jogo completamente distinto nas 2 metades. Na primeira, por culpa nossa, que nos enervámos e perdemos o controlo do jogo, Na segunda metade, conseguimos acalmar e controlar o andamento da partida, fizemos 2 golos, mas devido às características da idade, perdemos o controle emocional e o resultado descambou”, confessa Fernando Sequeira, treinador dos iniciados do CAB. Relativamente ao futuro deste campeonato, o responsável certifica que o objectivo deste ano é, essencialmente, “aprendizagem”, dado tratar-se do primeiro ano de iniciados para a equipa academista. Para já, o CAB conta com 1 vitória, 1 empate e 2 derrotas, num campeonato que terminará apenas no mês de Junho.

PROFESSOR AD ETERNUM

Homenageada personalidade transversal ao universo transmontano após 33 anos de carreira multifacetada

Nascido em 1951, Octávio Augusto Fernandes, mais conhecido por Professor Octávio, foi laureado pela sua extensa carreira e pelo contributo significativo que prestou ao longo do seu percurso profissional. Começou a leccionar e, assim, terminou. Mas não passou muito tempo em funções docentes efectivas. Isto porque, durante 6 anos, esteve na antiga Direcção Escolar, em regime de destacamento, depois foi nomeado para a Delegação Escolar, onde passou cerca de 18 anos. Para o jantar que celebrou a sua aposentação, no Chefe Ruca, inscreveram-se cerca de 80 pessoas, mas, acabaram por comparecer perto de cem. Catarina Pereira, assistente operacional da EB1 de Espinhosela, última escola onde o professor Octávio leccionou, lançou o repto para esta iniciativa. “A ideia veio de muito carinho, de uma amizade genuína e do facto de ser um professor exemplar, a vários níveis, que me ajudou muito e que conheço desde a infância”, declara a mentora deste jantar, que contou com o apoio incondicional de Luís Freitas e Alice Lopes do Agrupamento Paulo Quintela. Também Helena Ferreira, esposa do professor Octávio, foi cúmplice e entrou no conluio para organizar o jantar, providenciando dados, pormenores e fotografias ao professor Cavaleiro, autor da biografia em PowerPoint do homenageado, mostrada no início do encontro.

“Não estava à espera desta manifestação de apreço, de respeito e gratidão. Sinceramente, é demais para mim! Eu não merecia tanto!”, revela um “modesto” brigantino, aposentado a 26 de Fevereiro.

“Este é, apenas, o culminar da minha carreira de docente, porque professores continuamos a ser pela vida fora. Até porque possuo, ainda, uma ligação muito forte ao ensino, pois presido à direcção da Secção de Bragança da Associação Nacional de Professores”, assegura o dirigente que, eleito para o triénio, vai no seu primeiro ano de vigência.
Um jantar rodeado de amigos e colegas, em noite de honra ao Professor Octávio, com direito a bolo e uma noite de fados
Com o Curso de Estudos Superiores Especializados em Educação Ambiental, concluído no Instituto Politécnico de Bragança, Octávio Fernandes é um amante da vida no campo. Com algumas terras em Conlelas, na freguesia de Castrelos, os planos deste entusiasta da defesa e conservação da natureza não incluem ficar parado. Apesar de terminada a sua carreira profissional, Octávio Fernandes continua, como habitual, ligado à música, integrando, há mais de 20 anos, o Via Latina, um grupo de Fados de Coimbra que, no final do jantar, fez uma “pequena e informal brincadeira de amigos”, brindando os presentes com um timbre saudosista da música fadista. Com mais actuações em Espanha do que em Portugal, o seu próximo concerto está agendado para 4 de Maio, o dia de abertura da Semana Académica de Bragança.

Um vulto brigantino, Professor Octávio


ROBERTA MEDINA - ROCK IN RIO


"POR UM MUNDO MELHOR"

A menos de um mês da 4ª edição do Rock in Rio Lisboa, ainda não se ouve música no Parque da Bela Vista. Mas, Roberta Medina, de 32 anos, procede à sua antevisão, sublinhando a importância de um desenvolvimento sustentável para o Planeta Terra

1 @ O Rock in Rio adoptou como temática, para 2010, o desenvolvimento sustentável. Quais os objectivos e as iniciativas que lhe são inerentes?

R: Falarmos de desenvolvimento sustentável é falarmos de um mundo melhor, e abrange todas as áreas, ambiente, social e económica. Se não tivermos uma sociedade equilibrada, um planeta saudável, não teremos uma vida longa no formato conhecido actualmente. Então, temos tentado mobilizar as pessoas para que mudem a sua atitude no dia-a-dia, através de pequenos gestos. Plantar árvores, por exemplo, mas temos de ampliar essa ideia.
Quanto a iniciativas, lançámos, o ano passado, o Concurso Rock in Rio Escola Solar, que envolveu mais de 3 mil alunos e 250 escolas. Tivemos óptimos resultados, com 20 escolas premiadas, uma por distrito. Em Bragança, a Escola Secundária Miguel Torga sagrou-se vencedora, com o projecto SOS Planeta. O grande interesse desta acção, para além de fazer os jovens pensarem na sustentabilidade e de criarem projectos para as suas comunidades, é o prémio, painéis fotovoltaicos que vendem a produção de energia à rede, sendo que, 100 por cento desse recurso é doado para causas sociais ao longo dos próximos 15 anos, que é o tempo de vida útil dos painéis. Outra iniciativa foi o Prémio Rock in Rio Atitude Sustentável, criado com o intuito de homenagear pessoas e organizações que se distingam pelo seu empenho na melhoria da qualidade de vida da comunidade, ao nível local e nacional. Pretendemos que o Rock in Rio seja uma plataforma para divulgação de grandes causas, assim, temos artistas como Boss A.C., Rui Veloso e Luís Represas a participarem neste movimento.

2 @ Como estamos de novidades para este ano?

R: Tentamos, sempre, responder a vários desafios. Um, é surpreender o público e ter uma cidade do Rock ainda mais divertida e inovada. Por isso, vamos ter uma roda gigante que vai dar para ver a cidade inteira de Lisboa, uma paisagem linda. Haverá, também, uma plataforma de saltos e, pela primeira vez, teremos 10 pessoas, em cada dia de espectáculos, que dormirão dentro do recinto com um atendimento de 5 estrelas. Há uma série de actividades programadas que irão preencher, de facto, as medidas àqueles que nos visitarem. O Sunset está com um cartaz único, fenomenal, com muitos artistas vindos de fora que irão interagir com outros de renome, como é o caso de Boss A.C. com Yuri da Cunha, Zeca Baleiro com Jorge Palma, Rui Veloso com Maria Rita, e Luís Represas com Martinho da Vila. Na cidade do rock há muito para descobrir e outras tantas actividades que irão, definitivamente, surpreender.

3 @ Sempre em Lisboa! A organização não se cansa da capital? Então e o Norte de Portugal? Que é que tem sido feito?

R: Começámos a virar este movimento mais para Norte, para o Porto, a partir do ano de 2008. O desafio era o seguinte: como é que podemos aproximar mais o Rock in Rio do resto do país? O projecto social fez isso, por ter um critério obrigatório do prémio ser por distrito. Bem como a criação do Rock in Rio Express, numa parceria com a Agência Abreu, que permitirá, a quem quer que seja, sair de uma qualquer cidade de autocarro, vir a Lisboa para uma noite de concertos, e, no final, regressar a casa. Uma parceria idêntica tinha sido realizada em outros anos com a CP, em que as pessoas vinham de comboio. Esta colaboração permite fazer grandes descontos, quer no preço do bilhete, quer no preço do transporte. Estamos a falar de 72 euros, no total. Não há a preocupação de, onde dormir em Lisboa, de pagar gasolina, portagens, de beber, assim, fica tudo mais tranquilo. Foi uma das grandes apostas deste ano, sem dúvida nenhuma, o Rock in Rio Express.

4 @ De todo o cartaz, quais os artistas que destacas?

R: No primeiro dia (21 de Maio), com Shakira, Ivete Sangalo e, pela primeira vez, em Portugal, John Mayer. O segundo dia (22 de Maio), é dedicado aos 25 anos do Rock in Rio, onde teremos o prazer e a honra de receber os Trovante, que se reúnem, especialmente, para esta ocasião. Vai ser um momento bonito, em que os pais, que viveram na época dos Trovante, vão poder mostrar aos filhos mais novos a música que ouviam. Também, actuarão, nesse dia, Elton John e Leona Lewis. 27 de Maio é o Dia do Rock, com Muse, Snow Patrol e Xutos e Pontapés. O último fim-de-semana, vai ser um choque engraçado com um sábado (29 de Maio) totalmente pink, um dia para a família, com Miley Cyrus. No dia seguinte (30 de Maio), um domingo totalmente black, música pesada com Rammstein, Megadeth, MotorHead e Soulfly. Essa é a grande vantagem deste ano, ter um cartaz bastante eclético que nos permite atender a gostos mais diversificados.


5 @ O Rock in Rio completa, em 2010, os seus 25 anos. De que forma, serão celebradas as suas bodas de prata?

R: Se avaliares o lineup do cartaz de 22 de Maio, dia em que actuam os Trovante, verás que é transversal a todas as gerações. Começa com João Pedro Pais e seguem-se Trovante, Leona Lewis e Elton John, para terminar, no palco mundo, com 2 Many Dj's numa grande festa. A ideia é celebrar este aniversário com muitas imagens nos ecrãs, de todas as edições do evento, desde 1985.

6 @ Nas suas 7 edições (3 no Brasil, 3 em Lisboa e 1 em Madrid), o evento reuniu mais de 4 milhões de pessoas, tendo sido transmitido para mais de mil milhões de telespectadores em 70 países. Quantas pessoas esperam reunir este ano?

R: Se conseguirmos reunir as mesmas 350 mil pessoas, que tem sido o número das últimas edições, já ficaremos muito felizes...

7 @ Até 2013, pretendem expandir o evento para outros países, para além do Brasil, Portugal e Espanha. Que países serão esses?

R: A Polónia, provavelmente, em 2012. E, no próximo ano, pretendemos regressar ao Rio de Janeiro, cidade onde a última vez que levámos este evento foi em 2001.A nossa intenção era voltar, apenas, em 2014, mas, devido a um pedido governamental, começámos a avaliar a possibilidade de levar o Rock in Rio para o Rio, já, em 2011.

8 @ 2014 será o ano do maior desafio de todos, realizar o Rock in Rio em 3 países simultaneamente? Como é que o projecto será concebido?

R: Essa é a nossa intenção. Em 2014, juntamente com o Mundial de Futebol, que vai decorrer no Brasil, fazer acontecer, em simultâneo, o Rock in Rio em todos os países por onde já tenha passado. Nem que seja com uma celebração, que não seja o evento em si.

9 @ Em termos de voluntariado, têm tido imensas pessoas a ajudar. Como foram angariadas e quais são os números oficiais?

R: No final de Fevereiro, as inscrições foram abertas e tivemos mais de 6 mil candidatos, a oferecerem-se para trabalhar gratuitamente. Mas, como só precisamos de 450 a 500 pessoas, então, estamos, agora, numa fase de selecção.

UMA FINAL CONCEDIDA

Lotaram o Metro Bar 64 jogadores de Pool Português e suas claques durante dois meses de competição


O II Torneio de Pool Português Metro-Bar sagrou, finalmente, um vencedor, 2 meses após o seu início. Numa final que colocou frente-a-frente Carlos Alberto aka Alemão e Henrique Lousada aka Francês, o primeiro destacou-se como vencedor com 9 vitórias sobre 6.
O que é facto é que Francês vacilou e esteve longe do seu melhor nível, facilitando, em muito, a tarefa ao adversário. Apesar da derrota, ganhou um prémio no valor de 350 euros, pelo segundo lugar do torneio. “O meu adversário, agora, na final, era muito bom. Eu estava a falhar bastantes bolas e a minha sorte é que ele também falhou muito”, afirmou Alemão, satisfeito com a vitória.
No que diz respeito ao torneio, o vencedor declara: “Todos os jogadores eram muito bons, havendo pouca ou nenhuma diferença entre eles. Eu tive alguma sorte no sorteio e, desta vez, calhou-me a mim. Mas estava à espera que fosse mais difícil”. Quando questionado sobre o que pensa fazer com os 700 euros do prémio final, Alemão revela: “Algumas coisas para vestir, investir algum também, não é muito, mas é um bom ordenado”.
Nos três torneios em que Carlos Alberto participou, chegou sempre à final, tenho ganho dois e perdido num, já na final.
Com 64 inscrições, os participantes foram divididos por 8 grupos de 8 jogadores. Da fase de grupos, foram classificados 32, já que, passavam os primeiros 4 de cada grupo. Depois, o torneio seguiu por eliminatórias. Quem chegasse primeiro às 5 vitórias passava para a fase seguinte.

FRANCÊS VS. ALEMÃO 

UM PORTUGAL PROFUNDO

Abandono, pobreza e desertificação, assumem-se como realidades no diário de viagem de um jornalista que caminha há mais de 2 anos sobre um país de extremos


Em Fevereiro de 2008, Nuno Ferreira, inicia, em Sagres, uma nacional epopeia dos tempos modernos, ao decidir percorrer, a pé, um país, para uma maioria, remotamente desconhecido. “Há muito tempo que tinha vontade de fazer algo parecido, mas como trabalhava num jornal diário era-me impossível. Ao fim de 17 anos, larguei o “Público” e pude, então, realizar este projecto”, conta o jornalista.
Recentemente em Bragança, traça um diagnóstico correcto da região, sobretudo, do Parque Natural de Montesinho. “Era esse o meu objecto de observação e senti-me triste por constatar uma desertificação, pobreza e abandono rural crescentes. Casas vandalizadas, num lugar como Lama Grande; e, que a população das aldeias, vive em clima de tensão devido às limitações impostas pelo Instituto da Conservação da Natureza (ICN). Mas adorei a paisagem, os lameiros, os carvalhos e os rios que atravessam o Parque”, relata este aventureiro, que só tem pena “de ter encontrado tão pouca gente”.
Entrado no Distrito, em fins de Janeiro, Nuno Ferreira já esperava alguns condicionamentos derivados de um rigoroso Inverno tipicamente transmontano, sobretudo, no escasso contacto com as pessoas. No entanto, surpreendeu-se com o Tua, o Sabor, perto de Lagoa (Macedo de Cavaleiros), e com o Maçãs, junto a Vimioso. Mas, também, se entristeceu com o facto da paisagem nordestina não ser tão valorizada quanto deveria. “Gostei bastante do Planalto Mirandês e do esforço associativo que existe para manter viva a língua, a música tradicional e os costumes”, revela o criador do blog http://www.portugalape.blogspot.com.
Atravessar “o Portugal real ou profundo”, contactar as populações, entrevistar, fotografar, vivenciar a “nossa” realidade “com tempo e ao pormenor” são os seus objectivos. Para além de pretender publicar um livro com as suas crónicas de viagem, depois de concluída a sua jornada.
Com algumas interrupções na sua expedição, “voluntárias e involuntárias”, houve locais que marcaram este caminhante de forma indelével. “Portugal é um país pequeno, mas extremamente diversificado, com diferenças substanciais nas paisagens e nas pessoas, às vezes, apenas numa distância de 30 a 40 quilómetros. De todos os locais, sublinho o privilégio de ter conhecido aqueles que me surpreenderam, como Aljezur, Silves, Torre de Moncorvo, de Alandroal a Manteigas ou de Videmonte a Tarouca”, destaca Nuno Ferreira. A divisão do átomo para um cientista, as Ilhas Galápagos para um explorador, o paraíso para este repórter, dá-se, quando “à beleza natural, se alia a hospitalidade e o carácter das pessoas”.

Pego do Inferno - Tavira

“Após o 25 de Abril, fomos varridos por uma onda de novo-riquismo e de europeísmo militante que deixou o campo entregue à sua sorte”

No interior de uma ruralidade profunda, observando com o seu poder crítico e de síntese, próprio de um jornalista, o viajante emite a sua bem formada opinião por milhares de quilómetros de experiência, in loco. Segundo o entrevistado, o estado de abandono de algumas localidades e o isolamento de outras, nomeadamente, de aldeias e lugares, é tão grave e extenso, que se pode “estabelecer uma linha no mapa do Algarve a Trás-os-Montes e calcorreá-la a pé sem encontrar, praticamente, uma alma viva”. Esse é o real estado da Nação. “O pior é que não existem nem estratégias, nem ideias, para o país que não contemplem mais betão. Seja para um novo aeroporto ou para mais auto-estradas, servirão, apenas, para esvaziar ainda mais o interior”.
Nesse sentido, Nuno Ferreira defende um lucro proveniente da natureza, das culturas regionais e do património histórico. “A Mãe-Natureza sustenta a permanência do homem neste planeta. Num futuro próximo, a nossa saúde dependerá também da conservação de um dos bens mais preciosos à face da terra, o património histórico e natural dos nossos antepassados geológicos”, salvaguarda.
“Desde a Costa Vicentina até ao Parque Natural de Montesinho, encontrei paisagens belíssimas por todo o Portugal, pois tive o privilégio de atravessar o Alentejo na Primavera, com papoilas a despontar em campos saturados de vermelho, de ver o Outono a tingir as folhas dos carvalhos em Manteigas, ou de chegar ao topo da Serra de Montemuro e ver o Douro de um lado, o mar do outro e a Serra da Estrela do lado oposto”, ilustra o repórter, quem tem vindo a efectuar o registo fotográfico de toda a expedição.
Esta alma de viajante, não distingue gentes, se uns são melhores ou piores que outros. Prefere, antes, considerar, por base, o povo português como sendo hospitaleiro. “Existem povoações e regiões, onde, por circunstâncias várias, as pessoas podem estar menos receptivas. Basta existir uma taxa de desemprego maior ou ter havido um ou dois assaltos recentemente, para que alguém de mochila às costas não seja tão bem recebido. Mas eu gosto de quebrar o gelo e de conviver com as populações, onde quer que seja. E é isso que eu tenho feito!”
Nuno Ferreira, ainda tem um longo percurso pela frente. Chaves, Barroso, Terras de Basto, Parque Natural do Alvão, Marão, Grande Porto e Minho, é a rota que lhe permitirá selar com um êxito retumbante este seu empreendimento. O destino final será Lamas de Mouro, na Serra da Peneda, e a meta temporal, o Verão que aí se avizinha.

Gois - Santa Luzia

Biografia de um explorador

Nuno Ferreira nasceu em Aveiro, no ano de 1962, licenciando-se em Comunicação Social na cidade de Lisboa. Começou por colaborar no Expresso, de 86 a 89, ano em que integrou o jornal Público, onde se manteve até 2006. Regressou ao Expresso, publicando crónicas do "Portugal A Pé" na Revista "Única" em 2008. Ao terminar a sua colaboração com o semanário, continuou viagem, com a criação de um blog. Actualmente, não conta com qualquer tipo de apoio ou patrocínio. Entre várias consagrações do seu trabalho, destaca-se, em 1996, o Prémio de Jornalismo de Viagem do Clube de Jornalistas do Porto com o trabalho “Route 66 a Estrada da América”, que lhe valeu também uma menção honrosa da Fundação Luso-Americana. Um ano após, recebeu o Prémio de Jornalismo de Viagem do Clube Português de Imprensa, com o trabalho “A Índia de Comboio”. Em 2007, publicou, com Pedro Faria, o livro "Ao Volante do Poder”.

BRAGANÇA - A 8ª MARAVILHA


Um cartaz mais eclético, o bilhete geral a 40 euros, uma festa da espuma e um desfile mais completo que o habitual


Foi apresentado, no Duque, o cartaz oficial da Semana Académica de Bragança, que terá lugar de 4 a 10 de Maio, no Pavilhão do NERBA. Assim, teremos, no primeiro dia, a tradicional Serenata, bem como as Tunas Académicas, que serão 4, duas de Bragança e duas de Mirandela. O dia 5, será dedicado à música electrónica comercial, com o dj Diego Miranda. Antes da sua performance a solo, actuarão os Doismileoito, uma banda de rock, fundada em 2005, e que, em 2009, lançou o primeiro álbum. Dia 6, Blasted Mechanism, um dos grupos cabeças de cartaz da Semana Académica. O dia 7, sexta-feira, será dedicado ao hip-hop, com Makongo, Dj Stape & Mc Kali (ex-Flow 212). No dia 8, sábado, será a Benção das Pastas, com missa celebrada na catedral, às 10 horas. Durante a tarde, em cada escola, a tradicional Queima e, à noite, o regresso dos Xutos e Pontapés a Bragança. “A melhor banda portuguesa, a única que dispensa apresentações”, afirma o presidente da Associação Académica do Instituto Politécnico de Bragança (AAIPB), Bruno Miranda.
No Domingo à tarde, dia 9 de Maio, como é habitual, haverá, então, a Garraiada, no anfiteatro dos Serviços de Acção Social. À noite, será a vez dos Olive Tree Dance, “um grupo alternativo baseado numa música de dança bio-natural com sons afro-brasileiros influenciados por jazz”, refere o dirigente. Para terminar, no dia 10, segunda-feira, teremos o desfile, subordinado ao tema “Bragança – a 8ª Maravilha do Mundo”. Segundo Bruno Miranda, este ano, o desfile terá carros alegóricos mais elaborados, haverá um trio eléctrico, uma festa da Espuma na Avenida Sá Carneiro, frente ao Moda, e contará com a participação de um carro da AAIPB. À noite, Quim Barreiros subirá ao palco. Quanto à programação da Semana Académica, o responsável declara: “o cartaz foi concebido numa tentativa de colmatar os vários estilos musicais, para, assim, tentarmos agradar a todos”. No dia 3, decorrerá o Baile de Finalistas, no Mercado Club.
Relativamente a preços de entrada, a pulseira ou bilhete geral, que dá acesso a todas as noites da Semana Académica, custará 40 euros. Já o bilhete mais barato será o de 5 euros, no dia 4 de Maio, para as Tunas, e o mais caro, será o de 13 euros, na noite de Xutos e Pontapés. Nos outros dias, o preço dos bilhetes rondará os 10, 11 ou 12 euros. Isto para estudante, para não estudante, ao preço acrescenta-se-lhe mais 2 euros, salvo duas excepções, em que sofrerá um aumento de 3 euros, terça-feira e domingo, que será 5 euros para estudantes, o público-alvo, e 8 euros para não estudante. Os bilhetes poderão ser adquiridos à entrada do pavilhão e, também, na Avenida Sá Carneiro, frente ao Viaduto, a partir das 18 horas.
Os transportes estarão, à semelhança dos anos anteriores, assegurados. Assim, haverá dois autocarros entre as 23 horas e as 6 da manhã.
A AAIPB recomenda, a todos, que deixem as viaturas em casa, utilizem os autocarros, mas de uma forma cívica, já que, o ano passado, foram vandalizados e os danos tiveram de ser suportados pela associação, e cheguem ao pavilhão do NERBA a tempo e horas, a fim de evitar as “filas do costume”, como, de resto, foi apanágio em edições anteriores.

"GRUPO DA MORTE"

 
Moderar os níveis de competitividade é o propósito da organização para o XXIV Torneio da Função Pública de Bragança


Foram sorteadas as 18 equipas para a fase de grupos do XXIV Torneio da Função Pública de Bragança, a 15 de Abril, nas instalações do Centro Hospitalar do Nordeste (CHNE) da Quinta da Trajinha.
Como vencedora da edição anterior, num jogo disputado contra a Escola Secundária Miguel Torga, coube, à equipa A do CHNE, pela segunda vez consecutiva, organizar a competição, que terá lugar entre 10 de Maio e 16 de Junho, no Pavilhão Municipal de Bragança.
Repartidas por três grupos, de seis equipas cada, José Araújo, da Comissão Organizadora e treinador do CHNE A, certifica que a sua formação integra o grupo mais competitivo do torneio. “Os grupos não são muito equilibrados. O grupo B é, sem dúvida, o Grupo da Morte, pois tem 4 ou 5 equipas das quais poderá sair o campeão”, afirma o técnico da equipa vencedora do torneio nos 2 últimos anos e séria candidata ao título. “A caminho do tri-campeonato, esse é o nosso objectivo, pois, assim, seríamos nós, em 2011, a organizar novamente o torneio, logo, no ano em que comemora um quarto de século de existência”, confessa José Araújo.
Num dos mais importantes eventos da agenda desportiva do distrito, o XXIV Torneio da Função Pública de Bragança promete aquecer as hostes, aliás, como tem sido seu apanágio, mostrando que, apesar de não existirem prémios pecuniários, todos desejam “realmente vencer”. “A competição é tremenda, tanto que, nos últimos dois anos, tivemos de abrir as portas das bancadas”, uma situação que o treinador não deseja ver repetir.


Para além de taças para os vencedores, há prémios individuais, como, por exemplo, para o melhor marcador ou jogador, mas a organização não pretende dar a este torneio um cariz competitivo. Por isso, declara que se vencer novamente, introduzirá, ainda, mais alterações ao torneio, no sentido de realçar o convívio e diminuir a competitividade. “Há dois anos, depois de vencermos, fizemos algumas alterações, para proporcionar uma maior credibilidade ao próprio torneio. Isto porque, estava a tornar-se um torneio muito competitivo e não é essa a nossa intenção. Mas, antes o convívio entre os funcionários públicos”, sustenta o técnico, para quem o prémio mais importante é o de Fair Play.
Quanto à organização, o responsável afiança: “Estamos em tempos de crise e as respostas dos fornecedores não têm sido as que desejaríamos. Mas vamos procurar igualar o torneio do ano passado e, quiçá, fazermos um pouco melhor. É essa a nossa aposta!”
Na edição anterior, entre outras equipas, destacaram-se os Bombeiros, o CHNE A, a GNR DT e o IPB. Este ano, há duas equipas novas, a GNR CT e a junção da ES Augusto Moreno com a ES Abade de Baçal.
No dia 18, depois de terminada a competição, haverá um jantar para todos os participantes do torneio. “Trata-se de deixarmos de lado os pontos, as vitórias e as derrotas e chegarmos ao final com uma grande festa de convívio e amizade”, conclui José Araújo.

A disposição das equipas participantes para a fase de grupos foi a seguinte:

Grupo A

CHNE B
CMB
Contact Center
PSP
ES Emídio Garcia
IPB

Grupo B

CG Depósitos
Segurança Social
CHNE A
GNR CT (Comando Territorial)
Bombeiros VB
ES A. Baçal/A. Moreno

Grupo C

ES M. Torga
Est. Prisional B
CC Agrícola
GNR DT (Destacamento de Trânsito)
Casa Trabalho
EPPU/ES P. Quintela


MAIS ORGANIZAÇÃO, MENOS ESPAÇOS

A Feira das Cantarinhas incluirá cerca de 450 expositores, enquanto que, paralelamente, a Feira do Artesanato mais de 75


A Feira das Cantarinhas, de 1 a 3 de Maio, será realizada na zona envolvente ao Mercado Municipal, enquanto que, simultaneamente, a XXIV Feira de Artesanato de Bragança, entre 28 de Abril e 2 de Maio, terá lugar na Praça da Sé, na Rua Alexandre Herculano e, pela primeira vez, na Rua da República. Ambas as feiras, terão um orçamento de 40 mil euros, à semelhança de anos anteriores. No entanto, a Feira das Cantarinhas contará com cerca de 450 expositores e a Feira do Artesanato com 75. Menos do que o ano passado. A organização defende que é impossível aumentar os espaços de venda nas ruas e avenidas da cidade por questões de segurança e de preservação das vias. Assim, menos feirantes e uma maior concentração dos mesmos, serão as principais alterações à Feira das Cantarinhas. A prioridade será concedida aos expositores das feiras mensais, seguem-se os feirantes por grau de antiguidade de participação na Feira das Cantarinhas e, só depois, todos os outros.
Na conferência de imprensa para apresentação dos eventos, a Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Bragança (ACISB), e a Câmara Municipal de Bragança, parceiros organizativos, entraram em litígio relativamente a algumas questões. Mas, depressa, afirmaram que não passavam de “mal-entendidos”.
A ACISB, principal promotora do evento, na voz do seu presidente, José Carvalho, afirma que, há menos expositores na Feira das Cantarinhas, sobretudo de vestuário e calçado. “A câmara municipal melhorou o espaço da feira, mas houve um encurtamento do mesmo, o que não nos vai permitir aceitar todas as inscrições”, declara o defensor de uma ideia de continuidade da própria feira entre os seus diferentes espaços.

Menos expositores do que em edições anteriores, mas, em continuidade, melhor organizados


O vice-presidente da CMB, Rui Caseiro, mostrou-se surpreendido quando confrontado com a redução de meia centena de expositores. “Colocámos as diversões no parque de estacionamento da câmara, porque se entendeu que havia espaço suficiente. Daí ficar um pouco surpreendido por a ACISB dizer que não há espaço suficiente. Podiam pôr-se as diversões no Eixo Atlântico, por exemplo”, disse Rui Caseiro. “Agora, não podemos colocar tudo no centro da cidade. Há limites”, sublinhou.
Segundo a secretária-geral da ACISB, Anabela Anjos, os feirantes mostraram-se intransigentes, quanto à colocação das suas diversões no Parque do Eixo Atlântico, advogando que, se fosse esse o caso, não viriam. Apesar desta questão, a responsável realça outra como sendo a mais importante. “Os comerciantes, que habitualmente participam na feira mensal, não têm tendas com dimensões diferentes das usadas na Feira das Cantarinhas”, anuncia. A solução poderá estar no alargamento da zona de feirantes na avenida Bragança Paulista, junto à escola Paulo Quintela.
De salientar que, ao contrário de outras edições, será permitido o acesso de carro à Praça da Sé. No programa, destaque para a XI Milha das Cantarinhas, Luta de Touros a 2 de Maio, e actuações de grupos musicais regionais como “Terra Firme”, Tuna do Patronato, Grupo Popular dos Santos Mártires, Rancho Folclórico do Bairro da Mãe d´Água, Casa do Professor de Bragança e Tuna Feminina do IPB, entre várias outras.



 

"UMBIGO DO MUNDO"

Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros distinguida com Menção Honrosa do Prémio Geoconservação 2010

A Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros foi premiada com uma Menção Honrosa do Prémio Geoconservação 2010, atribuída pelo Grupo Português ProGEO – Associação Europeia para a Conservação do Património Geológico. A cerimónia de entrega do galardão decorreu na tarde do dia 22, coincidindo, simbolicamente, com o Dia Internacional da Terra e com o Dia Nacional do Património Geológico.
Este prémio distingue o trabalho que a Câmara Municipal tem desenvolvido na área da conservação e promoção do património geológico do Sítio de Morais, um sítio de Rede Natura e uma das vertentes do Projecto Geoparque.
A candidatura do município macedense, intitulada “Umbigo do Mundo”, destaca as múltiplas acções que têm sido realizadas no âmbito da geoconservação do Sítio de Morais, entre elas: preservação do Sítio de Morais e o desenvolvimento das suas gentes, sensibilizando para o empreendedorismo; recuperação da escola primária de Salselas e de um espaço na aldeia de Morais para funcionar como centro de apoio ao visitante; concepção e edição de um guia acerca do Sítio de Morais, com destaque para a sua geologia, flora e valores culturais das suas gentes; e um estudo integrado do Sítio de Morais para que se possa conceber um instrumento de gestão para os habitats prioritários ao nível da flora e da fauna.
A candidatura foi elaborada pelo Geólogo e Investigador do Laboratório Nacional de Energia e Geologia e da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, Eurico Pereira, que colabora com a autarquia e a quem se deve muito do conhecimento do Sítio de Morais, e pela Técnica da Câmara Municipal, Sílvia Marcos.
O Prémio Geoconservação foi implementado pela ProGEO com os objectivos de distinguir os melhores exemplos de conservação do património geológico promovidos por autarquias, estimular uma reflexão crítica sobre a necessidade de conservar o património geológico e incentivar as autarquias a adoptar estratégias e procedimentos, e divulgar e sensibilizar o público em geral para o reconhecimento do valor do património geológico como parte integrante do património natural.
O património geológico engloba um conjunto de locais, como rochas, minerais ou paisagens, que são testemunhos importantes na reconstituição de fenómenos que contribuem para se perceber as modificações que o planeta foi sofrendo ao longo dos tempos.

Gulpilhares 0 2 CAB


VITÓRIA SUADA

O Clube Académico de Bragança (CAB) defrontou, no dia 18 de Abril, a equipa do Gulpilhares, sagrando-se vencedor num jogo verdadeiramente disputado, cujo resultado final ficaria 0 – 2.
A jogar fora, o CAB realizou uma partida muito equilibrada, tendo denotado sempre um ligeiro ascendente sobre a equipa do Gulpilhares. Dessa forma, adiantou-se no marcador a meio do primeiro tempo, com um excelente golo de Vítor Minhoto, tendo ido para o descanso em vantagem de 0 – 1.
No segundo tempo, o CAB, cedo consolidou a sua vantagem com um golo de belo efeito de Mário Vaz, fazendo o 0 – 2. A partir daí, a equipa visitante controlou o cronómetro de uma forma calculista, mostrando a frieza necessária para aguentar o resultado.
A defender, o CAB esteve irrepreensível e, no ataque, soube circular a bola, esperando pelo momento certo para atacar a baliza e tentar a sua sorte. Durante o jogo, o CAB possuiu mais algumas oportunidades claras de fazer golo, mas o resultado aceita-se pelo equilíbrio verificado dentro de pista.
Recorde-se que, este ano, a equipa de iniciados do CAB tem passado por algumas dificuldades, tendo vindo a conhecer o amargo sabor da derrota, pois tem jogado contra elementos mais velhos, já que, este é o seu primeiro ano dentro desta categoria.

MANUEL CARDOSO

EM HARMONIA COM A NATUREZA


FACTOS


Nome – Manuel Cardoso
Data de nascimento - 26 de Dezembro de 1958
Origem - Macedo de Cavaleiros
Profissão – Escritor, médico-veterinário, presidente da Comissão Directiva da Paisagem Protegida da Albufeira do Azibo e docente na Escola Superior Agrária (ESA) de Bragança
Maior defeito - Falta de paciência para com afirmações ignorantes
Maior virtude - Enorme esperança e optimismo
Livro que o marcou - The Story of San Michele ("O Livro de San Michele"), de Axel Munthe
Uma citação - “Nada te turbe, nada te espante, quem a Deus tem, nada lhe falta” (Santa Teresa de Ávila)

ENTREVISTA

1 @ Descreva-nos o seu percurso pessoal e profissional até chegar ao cargo de docente do Instituto Politécnico de Bragança (IPB).

R: Nasci e estudei em Macedo de Cavaleiros. Em Coimbra, estudei num Colégio de Jesuítas e, depois, no Liceu de Mirandela. Frequentei a Faculdade, em Lisboa, onde tirei o curso de Medicina Veterinária e foi, então, que regressei a Trás-os-Montes. Exerci como veterinário, em regime liberal, durante muitos anos, até que, um dia, aceitei a proposta de vir dar aulas para o IPB. Aqui, já lecciono há 12 ou 13 anos e gosto imenso daquilo que faço.

2 @ Quatro livros editados fazem de si um escritor. Como é que começou esse gosto pela arte das palavras?

R: Desde sempre gostei de escrever. Mas, há um determinado número de acontecimentos ao longo da vida que fazem com que nós nos dediquemos, mais ou menos, àquilo que gostamos de fazer e conforme, também, a disponibilidade de tempo que isso envolve. Mas, arranjo sempre tempo para escrever. Curiosamente, a ESA está ligada, em boa parte, ao facto de eu publicar. Por uma simples razão, foi devido a uma cadeira relacionada com cavalos que eu lancei o meu primeiro livro. Um livro técnico sobre cavalos, uma espécie de sebenta feita para os alunos que foi publicada em forma de glossário. Nessa altura, eu tinha já escrito uma série de textos relacionados com a minha actividade veterinária. E, na mesma editora, um ano depois do glossário sobre equídeos, publiquei “Quartzo”, um livro de contos numa espécie de aventuras de um veterinário em Trás-os-montes nos anos 80 e 90.

3 @ Como é que surgiu no horizonte a ideia de escrever um romance?

R: Eu vinha reunindo, há muitos anos, elementos históricos sobre vários assuntos. Algo que eu faço frequentemente, é juntar elementos para aquilo que eu vou escrevendo. É então que aparece, quase completa, uma história que tinha um fundo verdadeiro fortíssimo. Uma história que acontece em 1918 e 1919, numa altura, em Trás-os-Montes, de incursões monárquicas contra a implantação da República. Passa-se num momento dramático, o fim da 1ª Grande Guerra e a existência de uma epidemia pneumónica muito severa, que matou imensa gente. Com esse pano de fundo, eu escrevi “Um tiro na bruma”, publicado em 2007, naquela que foi a história de uma pessoa da minha família, que era o meu avô Amadeu. Uma pessoa muito curiosa, mal dita por uma boa parte da família, que representava exactamente aquilo que a família não era. Ele era médico, veio para Trás-os-Montes, não era de cá, e esse romance, que se passa, essencialmente, em Bragança, Macedo e Mirandela, foi baseado em investigações feitas sobre essa época. Dessa pesquisa, resultou um subproduto, um livro acerca dos nomes das ruas de Macedo. Aliás, foi a Câmara Municipal de Macedo que me comprou o livro e que o publicou. Curiosamente, saiu, ainda, antes do próprio romance. “Macedo rua a rua” é o nome de um livro de bolso, que surgiu devido ao romance, e que explica o nome de cada rua, mostrando que não são aleatórios.

4 @ E o segundo romance, “O segredo da fonte queimada”?

R: O segundo romance, publicado há um ano, foi bastante rápido. Trata, sobretudo, de uma figura que protagoniza muito daquilo que são as figuras de Trás-os-Montes. Um homem, nascido em Mirandela, numa família de cristãos novos com algumas dificuldades devido à mentalidade da época. O protagonista vai, então, para Coimbra e forma-se em Medicina, protegido, em parte, pela família Távora, que, na altura, era preponderante na região transmontana. Depois, começa por ser um médico de grande sucesso, que não cabia, de forma nenhuma, no horizonte de Mirandela e Chaves, sítios onde ele começou a exercer Medicina. Ele era um médico muito interessado pela água e suas propriedades curativas em relação ao corpo, dotado de um grande sentido de oportunidade, que aproveitou indo para Lisboa. Foi médico da Corte de D. João Quinto e existiu na realidade, uma figura histórica de Portugal que se chamava Francisco da Fonseca Henriques.

5 @ Para quando o próximo romance?

R: Não sei! Há sempre qualquer coisa que está a ser escrita, mas não tenho prazos. Terá de ser em função do meu tempo e eu não planeio quando serão publicados. Ou seja, é um bocadinho fruto do acaso. Tenho um ensaio que está a ser escrito, bem como um romance.

6 @ Desenvolveu alguma metodologia própria para escrever? Do tipo, “obrigar-se” a criar, por dia, 10 páginas?

R: Gostaria de ter! Mas, infelizmente, todos esses planos saiem sempre gorados. Porque, para além da vida profissional que vivo, tenho, também, a minha família, os meus filhos e a minha mulher. Tudo isso ocupa bastante tempo, que temos de gerir de uma determinada maneira.

7 @ Para ser veterinário, suponho que possua uma paixão por animais. Assim como, para ser responsável pela Paisagem Protegida da Albufeira do Azibo. De que forma, esses seus valores o comandam?

R: Durante toda a minha vida, fui um defensor dos valores da natureza como parte integrante daquilo que deve ser a plenitude de valores, que gira à volta do homem. Acho que a ecologia é um dos valores que o homem deve preservar, um bocadinho na esteira daquilo que foi ensinado por Ribeiro Telles, uma ecologia feita à escala humana, que é aquela que eu entendo. E não aquela ecologia de abandonar a natureza, do homem sair para ela seguir o seu caminho. Eu sou a favor daquela ecologia em que o homem deve viver em harmonia com a natureza.

"FELICIDADE OU CONHECIMENTO?"

Co-autor Jorge Humberto Dias apresenta livro “Felicidad o Conocimiento?” ao público brigantino

No passado dia 8 de Abril, foi apresentado, em Bragança, o livro “Felicidad o Conocimiento? - La Filosofía Aplicada como la Búsqueda de la Felicidad y del Conocimiento”, da autoria de Jorge Humberto Dias e José Barrientos Rastrojo.
A obra absorveu os autores por um período de dois anos e resume o percurso de ambos na Consultoria Filosófica. Nele são abordadas definições, explorados métodos de consulta e apresentados casos práticos. O título espelha a diferente posição dos autores, relativamente à fundamentação da consulta filosófica. Para Jorge Dias, a consulta deve potenciar a Felicidade do consultante, enquanto que, para José Barrientos, a consulta deve ajudar a encontrar a Verdade do pensamento. No entanto, concluíram que as duas dimensões se articulam e interagem, quer na busca da felicidade, quer na procura da verdade.
Organizada pelo Centro de Formação da Associação de Escolas Bragança Norte, a sessão abriu pelas palavras da sua directora, Elisete Afonso, que apresentou o único autor presente, Jorge Humberto Dias, precursor da consultoria filosófica em Portugal. Este autor nacional fundou, em 2004, a Associação Portuguesa de Aconselhamento Ético e Filosófico, que presidiu até 2008. Foi, também, responsável pela organização de vários encontros de consultores filosóficos de prestígio internacional, onde marcaram presença: Lou Marinoff, autor do bestseller internacional “Mais Platão, Menos Prozac”, Oscar Brenifier, José Barrientos, Rayda Guzman, Gabriel Arnaíz e Félix Garcia Moryion.
No Auditório Paulo Quintela, o serão culminou com um porto de honra, em homenagem aos autores e à obra apresentada, sendo considerada por Elisete Afonso como uma " terapia para os mais reflexivos e uma caminhada que vale a pena empreender para nos ajudar a reflectir nos momentos difíceis da vida”.

OUTLET DE VERÃO

A Feira de Stocks de Bragança promete novidades e oferece 2 mil euros de prémio a uma família


Organizada pela GlobalFun, em parceria com a Rádio Brigantia e o Jornal Nordeste, a Feira de Stocks de roupa, calçado e acessórios decorrerá, a 24 e 25 de Abril, no Pavilhão do NERBA. Com um aumento dimensional de 18 por cento, que corresponde a mais 12 ou 13 expositores, num total de 82, o responsável, Francisco Freixinho, afirma que este ano haverá lojas de grande prestígio, com marcas como Dolce & Gabbana, Levi´s, Façonnable, uma linha de carteiras da Guess, um stand da Miss Sixty e da Replay, uma megastore de lingerie, perfumes e uma loja oficial dos produtos do Sporting.
Segundo a organização, estão confirmados mais 10 espaços que a edição de Verão do ano anterior e, ainda, falta uma semana para que outras marcas e lojas possam marcar presença. Outra das novidades será um concurso familiar, onde o prémio de 2 mil euros será vencido na base de perguntas e respostas realizadas, directamente, na rádio. A família seleccionada será a imagem de marca do evento de Inverno e ganhará mil euros em mobília e mil euros em electrodomésticos.
O director da Rádio Brigantia, Paulo Afonso, aos comandos deste concurso, revela: ““Queremos ajudar uma família com este prémio. As regras de transparência deste concurso exigem que o porta-voz da família esteja presente nos estúdios, enquanto nós fizermos as dez perguntas aos restantes elementos, de forma aleatória. Depois, faremos as perguntas ao porta-voz e cruzaremos as respostas, para concluirmos se ele sabe ou não pormenores da vida de cada um dos elementos. Perguntas tão simples como, quanto é que o filho de 5 anos gasta de calçado?”
A família que acertar mais respostas será a vencedora. Em caso de haver algum tipo de empate, haverá mais perguntas no primeiro dia de Feira de Stocks, no NERBA.
O preço de cada entrada será de 1 euro e esperam-se 8 a 9 mil pessoas para os dois dias de feira. “Bragança é a única cidade em que um jogo de futebol não tem influência no número de visitantes. Pode haver mais ou menos 200. Mas não passa disso”, afiança Francisco Freixinho.
“Esta é, sem dúvida, a maior Feira de Stocks de Trás-os-Montes, tudo o resto é brincadeira de crianças. As perspectivas de Bragança são de crescimento. Por isso, é que também virão aqui empresas de Lisboa e grandes marcas, bem como um outlet de lingerie”, conclui o responsável da GlobalFun.

29 de abril de 2010

SIMBIOSE ARTÍSTICA


Abriu ao público, no Centro de Arte Contemporânea Graça Morais (CACGM), a exposição “The Great Houdini” de João Louro, no sábado passado. O conteúdo da obra, que este artista concebeu para Bragança, trata, sobretudo, de trabalhos inéditos, que estarão patentes até ao dia 25 de Junho.
Nascido em Lisboa, no ano de 1963, o autor revela: “um dos factores principais do meu trabalho é a linguagem, por ser ela uma ferramenta extremamente poderosa e, até, perigosa. Ao decompor a palavra, começam a aparecer coisas novas, quando separamos as letras, surgem outras. Este é um caminho de exploração da linguagem que me interessa muito continuar a desenvolver”.
João Louro começou por estudar arquitectura e, depois, fez um curso de pintura. “Esta conjugação de elementos, mais as referências históricas, acabam por fazer de mim aquilo que eu sou. Um artista da área do conceptual, em que a ideia está, em primeiro lugar, em relação a tudo o resto”, desvendou o artista.


Numa tentativa de fazer com que as pessoas compreendessem o seu trabalho conceptual, o director do CACGM, Jorge da Costa, descreveu a base artística do convidado: “o trabalho do João tem sempre três referências muito importantes: arquitectura, literatura e cinema. A partir das palavras, essencialmente, da palavra escrita, leva-nos depois a caminhos completamente díspares e a universos muito cheios, que depois têm muito a ver com a memória e as referências de cada um”.
Segundo o director, esta exposição foi preparada num espaço inferior a três meses. No entanto, se mais tempo se traduzisse em mais obras, então três meses foram pouco tempo para preparar a exposição. Pois, como consequência de alguns trabalhos interessantes, ficou a curiosidade para conhecer outros, já que, os presentes aguçam o apetite, mas não o saciam.



FUNDAMENTAL COMÉDIA

Dupla homenageada em exibição da peça “Vai-se andando” no âmbito do 27 – Festival Internacional de Teatro


Foi descerrada a placa em homenagem a José Pedro Gomes e António Feio, dia 10 de Abril, no foyer do Teatro Municipal de Bragança. A placa, colocada ao lado de outros dois grandes nomes, Eunice Muñoz e Maria do Céu Guerra, pretende homenagear dois actores que têm vindo a acompanhar a história do teatro, desde a sua abertura, há 7 anos atrás, com peças como “Conversas da Treta” e “Verdadeira Treta”. Só é de lamentar a não comparência de António Feio, que daria um outro brilho a toda a cerimónia.
No mesmo dia em que se estreou na cidade, a peça “Vai-se andando”, encenada por António Feio e interpretada por José Pedro Gomes, e escrita por Alberto Gonçalves, Eduardo Madeira, Filipe Homem Fonseca, Henrique Dias, Luísa Costa Gomes, Marco Horácio, Nilton, Nuno Artur Silva e Nuno Markl, assume uma posição repetitiva evidenciada pela orientação de maldizer dos portugueses. Mas faz sempre bem rir-mo-nos de nós próprios.
“Estes anos todos tenho tido alguma inveja dos colegas que têm o nome numas placas, agora, já posso dizer que eu também tenho. Não estava à espera que fosse em Bragança, mas é um prazer enorme uma homenagem destas”, declara o sempre bem-disposto José Pedro Gomes.
A peça, que teve a duração de quase duas horas, lotou o teatro brigantino, com um humor fácil e arrancando gargalhadas várias e sonoras entre o público mais descontraído.


“Vai-se andando”, que passou, primeiro, pelo Teatro Municipal de Vila Real, na sexta-feira passada, tem um teor reflectivo sobre o povo português, desde a época dos descobrimentos, até à miscigenação que se vive, actualmente, em Portugal, com vários povos e raças a confluírem num só país, o nosso. O galo de Barcelos, um dos símbolos nacionais, contracena com José Pedro Gomes, representando um povo português que diz pouco, faz menos ainda, mas canta sempre de galo.
Quanto ao 27, Festival Internacional de Teatro, a directora do teatro, Helena Genésio, salienta: “investimos muito neste festival, na qualidade, na inovação, na vinda de novas companhias, até ao momento, é uma aposta ganha e, ainda, nem vai a meio”.
A directora prefere destacar os espectáculos que se seguem, “Olá e adeusinho”, encenado por Beatriz Batarda, no dia 22 de Abril, “Wonderland”, do Teatro de Marionetas, no dia seguinte, a 23, e “Pinóquio”, uma peça “para o público infantil muito divertida”, refere Helena Genésio.

NOVA REFERÊNCIA CULTURAL

Livraria, papelaria, tabacaria, publicações e serviços numa só loja, é a book.it e inaugurou no Bragança Shopping

A book.it, inaugurada recentemente no Bragança Shopping, apresenta-se no mercado como a primeira insígnia de retalho especializado moderno que coloca num só espaço quatro conceitos de negócio: livraria, papelaria, publicações e serviços. Esta é a 15ª loja do Grupo SONAE a abrir portas em Portugal e pretende ser o principal ponto de referência cultural da cidade de Bragança.
“A book.it assenta em dois conceitos base, livraria e papelaria, mas tem outros conceitos associados como o de publicações, tabacaria e gifts. É esta união que nos fortalece e nos proporciona um carácter inovador, especialista e diferenciador”, explica Margarida Matos, a directora comercial do Bazar Ligeiro, que é o detentor da insígnia book.it.
A estreia deste conceito decorreu em Chaves no ano de 2007. Actualmente, estão espalhadas por todo o país e o plano de expansão compreende a abertura de 50 lojas até 2012. “É esse o nosso grande objectivo”, revela a directora comercial, que acrescenta, “este é um conceito único a nível nacional, pois identificámos que havia uma necessidade de oferta conjunta de papelaria e livraria. O mesmo não acontece com outros conceitos que, apesar de semelhantes, não oferecem papelaria.”
Outra mais-valia da book.it é a vertente das publicações. “Procuramos ir de encontro a cada comunidade com publicações de autores locais. Esse é outro dos nossos objectivos”, anuncia Margarida Matos.
“Este conceito tem atraído muita gente e tem sido um sucesso”, segundo a responsável, que afirma também que haverá lançamentos de livros, sessões de autógrafos com escritores nacionais na altura de lançamentos e a hora do conto que, por vezes, será encenada.


Outra cara do Grupo SONAE presente na inauguração foi Mónica Moas, directora da Unidade de Negócio de Cultura. “No âmbito da relação com a comunidade local, temos vindo a fazer um esforço com as escolas no sentido de trazer as crianças às nossas lojas. Daí termos a hora do conto todos os sábados, às 16 horas, sendo que, uma vez por mês, virão contadores de histórias ou, então, os contos serão lidos pelos próprios autores”, desvenda a responsável comercial por esta área de negócio, que conclui, “a meta de 50 lojas não é ambiciosa porque nós, no Grupo SONAE, somos assim, ou estamos num negócio ou não.”
Numa primeira fase, a book.it localizar-se-á, preferencialmente, fora dos grandes centros urbanos, em cidades de pequena e média dimensão, como é o caso de Bragança. As lojas, com uma área média de 250m2 a 500m2, assumem um posicionamento de fazer crescer a cultura em Portugal, “massificando-a e permitindo que esta chegue a todos”, sublinha Mónica Moas. Neste momento, os 15 estabelecimentos comerciais existentes ocupam uma área superior a 5 mil m2.

28 de abril de 2010

SURPRESAS PARA TODOS

 
No 6º aniversário do Bragança Shopping houve animação, bolo, champanhe e música para todos os gostos


No primeiro dia do mês, a 1 de Abril, o BragançaShopping comemorou em alta o seu 6º aniversário. Num dia repleto de entretenimento, desde a abertura até ao encerramento, destacou-se a largada de balões às 13 horas ao ritmo dos Gaiteiros de Bragança, um bolo gigante e muito champanhe. Durante o dia, os clientes foram surpreendidos com actuações de diversos grupos musicais, entre eles, os SKA e o Grupo Coral Infanto-juvenil. “Neste dia de aniversário, temos um bolo gigante e todas as fatias dão direito a um brinde. Assim, cada cliente acaba por receber um presente oferecido pelas lojas do centro e uma tacinha de champanhe para comemorarem connosco”, explicou a directora do BragançaShopping, Mariema Gonçalves.
Os brindes eram cartões de telemóvel, agendas, descontos em lojas, entre outros, “enfim, uma infinidade de presentes que nós quisemos dar aos nossos clientes neste dia de aniversário”, afirmou a responsável.
Quanto à adesão por parte das pessoas neste “dia especial”, a directora do shopping disse que “os nossos clientes já estão habituados a que nós tenhamos sempre um dia de festa e, talvez, por esse motivo a adesão foi muito boa. Sempre casa cheia, com pessoas a divertirem-se, agradados por receberem um presente. Com um saldo tão positivo esperamos estar cá muitos mais anos para continuarmos a servir todos da melhor maneira.”
Relativamente às expectativas para o ano que se avizinha, Mariema Gonçalves revela que existem “alguns projectos em curso para abrir as lojas que estão fechadas, que não posso desvendar ainda pois não está nada contratualizado. Temos também duas lojas que abriram recentemente, a Bookit, do Grupo SONAE, e a Quala, no piso 1”.

26 de abril de 2010

TUA A PATRIMÓNIO NACIONAL

Cidadãos pretendem classificação da Linha do Tua como Património de Interesse Nacional


Um grupo de cidadãos que tem vindo a lutar pela preservação da Linha do Tua, bem como individualidades do meio cultural, artístico, académico, científico, ambientalista e político, defendem a sua classificação como Património de Interesse Nacional. Neste sentido, irão entregar no Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR), o requerimento inicial com vista à abertura do processo de classificação da Linha Ferroviária do Tua como Património de Interesse Nacional, sustentado na Lei nº 107/2001de 8 de Setembro (Lei de Bases do Património Cultural).
A Linha do Tua merece essa classificação, segundo os requerentes, não só por ser uma obra-prima da engenharia portuguesa, constituindo-se como um exemplar único do património ferroviário e industrial do nosso país, mas também devido à sua relevância histórica. Estes cidadãos consideram, ainda, que este património ostenta um elevado potencial para o desenvolvimento turístico da região.
O requerimento será entregue ao presidente do IGESPAR (Palácio Nacional da Ajuda, Lisboa) na próxima sexta-feira, dia 26 de Março, pelas 11.00h, momento em que será divulgado o nome dos subscritores.
A Linha do Tua, via métrica com mais de 120 anos, foi inaugurada a 27 de Outubro de 1887, entre o Tua e Mirandela, com a locomotiva Trás-os-Montes, tripulada pelo engenheiro Dinis da Mota. Compareceram às concorridas cerimónias na estação de Mirandela D. Luís I e o Príncipe Real. A 1 de Dezembro de 1906 o comboio chegou a Bragança.
Esta obra de engenharia, assinada por Dinis da Mota, percorre 133,8 quilómetros, do Tua a Bragança. Com os sucessivos encerramentos, actualmente, funcionam 16 quilómetros, do Cachão a Carvalhais. O último troço a ser encerrado foi entre o Tua e o Cachão, depois do acidente ocorrido em Abrunhosa, a 22 de Agosto de 2008, do qual resultou um morto. A linha não será reactivada enquanto não forem apuradas as causas do acidente. Acidentes que aconteceram, de acordo com o presidente da Assembleia Municipal de Mirandela, José Manuel Pavão, por “falta de apoio, de acompanhamento e de assistência técnica a estas vias ferroviárias”. Quanto à investigação que, ainda decorre, afirma: “Somos um país que tudo adia, sobretudo, adiamos a justiça”, recriminando o Governo e a sua “atitude estratégica de habilidades reprováveis que podem conduzir ao encerramento da linha, uma vez que os cidadãos se cansem de lutar”.
O autarca de Mirandela, José Silvano, defensor da Linha, sempre colocou a hipótese dos 53 milhões de euros, que a EDP teve de pagar ao Estado para a concessão provisória da barragem projectada para a foz do Tua, servirem para a criação de um fundo de investimento para desenvolver a região. Um desenvolvimento que, na opinião do responsável, em detrimento da barragem, seria muito maior caso a linha até Bragança fosse reactivada, inclusive com uma ligação a Puebla de Sanábria, Espanha.

SUA SANTIDADE EM PORTUGAL

Manifestar unidade na recepção a Bento XVI é premissa da Conferência Episcopal Portuguesa


A Conferência Episcopal Portuguesa entendeu demonstrar a importância da visita de Sua Santidade, o Papa Bento XVI, procurando unir todos os portugueses em torno deste acontecimento, Assim, foi celebrado um protocolo entre a Lena Comunicação e a Coordenação Geral da Visita Apostólica com vista à concepção, produção e distribuição de uma colecção comemorativa da visita papal. Esta colecção, que pretende ser uma manifestação de unidade na recepção a Sua Santidade, teve início com um momento de inspiração do mestre Albuquerque Mendes que criou a medalha “Amanhecer” em homenagem a Bento XVI. O trabalho foi apresentado ao Coordenador da Comissão Organizativa da Visita, D. Carlos Azevedo, que entendeu a ligação entre a Religião Católica e a estética contemporânea do artista. A partir daí, foram criados os outros dois elementos: o Estandarte da Paz e o Lenço Peregrino. Esta colecção exclusiva, com Direitos de Imagem protegidos, pode ser encontrada em qualquer quiosque ou na diocese, e foi apresentada, pela primeira vez, a nível nacional, em Bragança, na passada quinta-feira, no Auditório Paulo Quintela.
“Com esta iniciativa, nós queremos sentir essa proximidade. Andar com o lenço, nesses dias, ou com a medalha é uma forma humana de exteriorizar o acontecimento eclesial e uma forma de participação”, afirmou o bispo de Bragança e Miranda, D. António Moreira Montes.


Durante os 4 dias da visita papal, de 11 a 14 Maio, o clérigo não estará na diocese, pois irá acompanhar o Santo Papa em toda a sua visita. “Eu vou estar sempre com o Papa, Está combinado que nós, os bispos, participaremos em todos os acontecimentos, excepto no aeroporto, à chegada e na partida”, revela. O bispo de Bragança – Miranda pretende mobilizar toda a diocese a desfraldar o estandarte e a usar o lenço e a medalha durante a visita de Bento XVI.
“Esta iniciativa realizada em Bragança pela entidade que criou estes objectos é uma forma de nos sensibilizar para a vinda do Santo Padre. Embora só visite três locais, o Santo Padre vem a Portugal”, sublinhou D. António Moreira Montes.
Rogério Gomes, representante da Sojormedia, empresa que tem o acordo com a Conferência Episcopal para a distribuição dos produtos oficiais da visita do Papa Bento XVI, referiu: “são objectos especialmente criados para uma distribuição nacional, para que o país possa manifestar a sua alegria pela visita do Santo Papa”.

BRUNO VELOSO

FIEL ÀS SUAS ORIGENS


FACTOS


Nomeado – Bruno Veloso
Idade - 22
Ofício - Actor
Origem – Bragança
Citação - " Quem corre por gosto, não cansa"


ENTREVISTA

1 @ Este é o segundo trabalho que fazes com o Jornal Nordeste. Entre a primeira e a segunda entrevista, o que é que mudou em ti?

R: Sinceramente, nada mudou em mim. Continuo a ser o mesmo rapaz, com os pés bem assentes na terra, com ideias e objectivos de vida bem delineados.

2 @ Saiu uma entrevista tua numa revista cor-de-rosa bastante polémica. Foi a revista ou as pessoas que distorceram o seu conteúdo?

R: Ainda bem que me dão a oportunidade de falar sobre esse assunto. A notícia referia que eu gostava de ir a bragança porque gostava do som dos grilos, entre outras coisas. Como é óbvio, foi tudo distorcido e mal interpretado pelas pessoas da cidade. Tenho a dizer que gosto muito de bragança porque estão aí os meus pais. Tenho a dizer também que a tranquilidade que a cidade me dá é tão boa que não se compara ao stress de Lisboa. São completamente distintas e, de certa forma, fico magoado com o que as pessoas dizem. Agora, ainda mais, porque estive cerca de um mês em Bragança e saí à noite, diverti-me e conheci muitas pessoas. Já tenho muitas saudades... As pessoas têm de perceber que sou uma pessoa igual às outras, apenas com uma profissão diferente. Se antes não me dava com pessoas da cidade tinha a ver com o facto de ir só de passagem, 1 ou 2 dias. Nem oportunidade tinha de manter uma relação de amizade. Agora, tudo é diferente. Bragança é e será o meu refúgio e ponto de abrigo.


3 @ Participaste na série de Verão dos Morangos com Açúcar. Como é que descreverias essa tua experiência?

R: Foi uma experiencia óptima, conheci muitas pessoas interessantes e cresci. No entanto, não voltaria a repetir. Foi bom enquanto durou, mas os meus objectivos sempre foram outros, porque não foram os morangos que me lançaram. Se fosse esse o caso, teria sido tudo diferente.

4 @ Tens outros projectos em carteira? E a Moda? Tens desfilado?

R: Sim, felizmente, já tenho outros projectos a curto, médio e longo prazo. Está tudo muito bem encaminhado, mas, por enquanto, tudo continua mais ou menos nos segredos dos deuses. Em relação à Moda, não tenho feito nada, pois já não me identifico com ela. Esporadicamente, faço alguns trabalhos de fotografia porque a minha agência é a Central Models e ela faz questão que assim seja. Mas a representaçao é mesmo a minha vida. É isso que eu quero para o meu futuro.

5 @ A tua carreira de actor passa por continuares com a TVI ou tens em vista outras opções?

R: Concerteza que irei continuar com a TVI e, assim, espero permanecer por alguns anos. Já é a segunda produção que faço com eles e espero continuar. Gosto de ser fiel a esta casa que, cada vez mais, aposta na ficção nacional.

6 @ Vais entrar numa nova novela da TVI. Já terminaram as gravações? Para quando a estreia?

R: Não me é permitido falar sobre isso, mas só arranca em meados de Julho.

7 @ Conta-nos como é um dia teu em Lisboa?

R: Os meus dias em Lisboa são todos diferentes porque são sempre uma incerteza. Mas, habitualmente, costumo acordar cedo, ir ao ginásio, fazer natação, tentar pôr-me em forma porque esta profissão assim o exige, ir às aulas, porque estou a tirar Ciências da Comunicação e da Cultura na Universidade Lusófona. Depois das aulas, tenho a Clínica Persona, que trata do meu bem estar. Chega a esta altura e já estou morto, mas, ainda não acabou. Tiro sempre um tempinho quando posso para ir ver o mar, falar horas ao telemóvel, estar com os meus amigos, ir ao cinema, teatro e estar no facebook. Isto, quando não estou a trabalhar, senão seria muito diferente.

Bruno Veloso na série "Morangos com Açucar"


16 de abril de 2010

GIMONDE DÁ "PASTA"

Motas todo-o-terreno e quads desbravaram monte de Gimonde numa prova de velocidade algo arriscada


A 7ª Rampa Monte Guieiro não se realizava há 2 anos, mas regressou a Gimonde este sábado, atraindo muito público num dia solarengo. Na classificação geral, em primeiro lugar, Tó Preto, em duas rodas, em segundo, José Alexandre, que foi o primeiro das moto-quatro, e em terceiro, Nuno pinto, que ficou em segundo nas duas rodas. Há, ainda, a registar um queda ligeira de quad e uma mota que ficou sem gasolina a meio do percurso.
Este evento não tem acontecido em anos seguidos por causa da prova do Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno, por coincidir na mesma altura. “Este ano, como é só em Setembro, ficámos com esta data livre para realizar a Rampa, e também o Bragança-Zamora que vai ser no próximo fim-de-semana, um Raid Passeio Todo o Terreno para motas, quads e jipes”, divulgou o presidente do Moto Cruzeiro, Francisco Vara.
Supostamente, para começar às 14 horas, a prova só teve início já passava das 15 horas, uma Rampa de 4 quilómetros, aproximadamente, ao cronómetro, em que cada piloto teve três subidas, três tentativas, o que totalizam 12 quilómetros. Das três subidas, só se aproveitam duas, ou seja, são considerados os dois melhores tempos, somam-se e é o total que será considerado como o melhor tempo, sagrando-se o vencedor. “Uma das subidas pode correr pior e é essa que os pilotos deverão deitar fora. É uma prova de velocidade, aqui não há como recuperar, pois não é uma prova de resistência, mas sim de tempo”, acrescentou o responsável organizativo.
Com características muitos próprias, a prova incluiu cerca de 20 participantes, quase todos da região. Houve alguns pilotos que confirmaram ao Jornal Nordeste a perigosidade da pista. “Tem uma ribanceira do lado esquerdo do traçado e, se a mota não agarra, vai em frente. É um bocado perigoso e complicado, pois não há protecção nenhuma, só árvores e giestas. Mas, também é o que torna isto divertido, a adrenalina!”, afirmou Xico Tiago.
Frias, que patrocinou alguns dos pilotos presentes, decidiu por bem não participar, depois de ter experimentado a pista e, apesar, de estar inscrito como piloto de quad, alegando que não estavam reunidas as condições necessárias de segurança para a prática da modalidade.

O grande vencedor da Geral, Tó Preto, com pouco mais de 6m nas 2 mãos