Abriu ao público, no Centro de Arte Contemporânea Graça Morais (CACGM), a exposição “The Great Houdini” de João Louro, no sábado passado. O conteúdo da obra, que este artista concebeu para Bragança, trata, sobretudo, de trabalhos inéditos, que estarão patentes até ao dia 25 de Junho.
Nascido em Lisboa, no ano de 1963, o autor revela: “um dos factores principais do meu trabalho é a linguagem, por ser ela uma ferramenta extremamente poderosa e, até, perigosa. Ao decompor a palavra, começam a aparecer coisas novas, quando separamos as letras, surgem outras. Este é um caminho de exploração da linguagem que me interessa muito continuar a desenvolver”.
João Louro começou por estudar arquitectura e, depois, fez um curso de pintura. “Esta conjugação de elementos, mais as referências históricas, acabam por fazer de mim aquilo que eu sou. Um artista da área do conceptual, em que a ideia está, em primeiro lugar, em relação a tudo o resto”, desvendou o artista.
Numa tentativa de fazer com que as pessoas compreendessem o seu trabalho conceptual, o director do CACGM, Jorge da Costa, descreveu a base artística do convidado: “o trabalho do João tem sempre três referências muito importantes: arquitectura, literatura e cinema. A partir das palavras, essencialmente, da palavra escrita, leva-nos depois a caminhos completamente díspares e a universos muito cheios, que depois têm muito a ver com a memória e as referências de cada um”.
Segundo o director, esta exposição foi preparada num espaço inferior a três meses. No entanto, se mais tempo se traduzisse em mais obras, então três meses foram pouco tempo para preparar a exposição. Pois, como consequência de alguns trabalhos interessantes, ficou a curiosidade para conhecer outros, já que, os presentes aguçam o apetite, mas não o saciam.
Sem comentários:
Enviar um comentário