31 de março de 2011

GOVERNO QUESTIONADO

“Os Verdes” entregaram na Assembleia da República duas perguntas sobre a Linha Ferroviária do Corgo

O deputado José Luís Ferreira, do Grupo Parlamentar “Os Verdes”, entregou na Assembleia da República duas perguntas em que questiona o Governo, através do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, sobre a Linha Ferroviária do Corgo. Os Verdes pretendem saber a calendarização prevista para a execução da segunda fase das obras e também o custo mensal que a Comboios de Portugal (CP) terá com a implementação dos transportes alternativos.
Isto porque a Assembleia Municipal de Vila Real aprovou, no final do ano passado, uma Moção a favor da reactivação da linha ferroviária do Corgo. Esta Moção veio no seguimento da promessa feita pelo Governo, no ano de 2009, em que se comprometia requalificar a linha até Setembro de 2010. Nesse mesmo ano, foram realizadas as primeiras fases dos trabalhos, na íntegra, nas linhas do Corgo e Tâmega com as empreitadas de levantamento da super estrutura de via e reperfilamento da plataforma.
A linha foi encerrada por motivos de segurança, mas o Grupo Parlamentar defende que a linha do Corgo, para além da sua importância na mobilidade das populações, tem uma grande procura turística. Outro factor prende-se com os transportes rodoviários alternativos. “Os Verdes” advogam, agora, que as populações estão menos seguras em virtude das estradas serem muito sinuosas e o clima aumentar essa perigosidade.
No seu comunicado, pode ler-se: “A modernização de um País passa por um serviço público de qualidade e o transporte ferroviário deve ser encarado como um instrumento de combate ao isolamento, a desertificação do interior e potenciador da economia”.


MACEDO ALER+

Agrupamento de Escolas de Macedo de Cavaleiros promove a Interculturalidade através de Leituras Gastronómicas Internacionais

O Agrupamento de Escolas de Macedo de Cavaleiros, no âmbito do projecto aler+, desenvolveu um conjunto de iniciativas interculturais de 21 a 25 de Fevereiro. As diversas actividades tiveram como intuito principal valorizar a multiculturalidade, minimizando diferenças sociais e culturais. Isto porque, de acordo com a organização, a nossa realidade tem vindo a conhecer profundas alterações. Algo que deriva do acervo linguístico e cultural que nos chega através dos emigrantes portugueses que regressam e aos estrangeiros provenientes dos mais variados lugares do mundo que por aqui se fixam.
Assim, na cantina, a semana foi marcada por uma intensa e variada ementa com oportunidades para os distintos paladares. Os alunos experimentaram sabores nacionais e internacionais e ficarem a conhecer um pouco mais de cada um dos países de origem dos colegas e amigos. Pais e alunos elaboraram, ainda, um trabalho de pesquisa sobre a gastronomia dos seus países. Uma actividade que determinou um encontro gastronómico, a 22 de Fevereiro, na Biblioteca Escolar, com a degustação de sabores internacionais acompanhada de leituras em várias línguas.


A "caldeirada de palavras" foi um jogo "cozinhado" num pote de ferro recheado de "ingredientes" que se constituíram como mote para o improviso de frases, em ambiente de descontracção e boa disposição, dando origem a um texto colectivo. Neste Encontro foi valorizado, também, o Mirandês, "lhéngua" que faz parte da cultura de alguns alunos e professores do agrupamento.
O acontecimento contou com a colaboração e participação de alunos, pais, encarregados de educação, funcionários administrativos, assistentes operacionais, bibliotecários e a coordenadora interconcelhia da Rede de Bibliotecas Escolares (RBE), Ana Pereira, para a criação e dinamização de actividades. Esta foi uma iniciativa do Plano Nacional de Leitura, da RBE e da Direcção Geral do Livro e das Bibliotecas.


ELEITO EM SEXTO MANDATO

José Carvalho eleito em lista única para o seu sexto mandato em década e meia na direcção da ACISB

Tiveram lugar as eleições para os novos órgãos sociais da ACISB. José Carvalho, a concorrer em lista única, foi reeleito para um sexto mandato.  “Quase que é uma obrigação. Penso que deveriam existir ideias novas, mas a não acontecer isso, não podíamos deixar a associação órfã”, comenta. Há quase 15 anos na direcção, o presidente da ACISB garante não estar “agarrado ao poder”.
Uma semana antes havia sido votado em plenário da Associação Comercial, Industrial e Serviços de Bragança (ACISB) o Relatório da Direcção e Contas de Gerência. Um balanço, respeitante a 2010, positivo, onde foi alcançada uma ligeira redução do passivo e um aumento de receitas foram as conclusões apresentadas. “Tivemos alguns eventos que foram comparticipados e isso tem custos. Mas temos vindo a colocar as contas da associação em dia e estamos no bom caminho desde há 2 anos para cá.”, revelou o presidente da ACISB, José Carvalho, depois do Relatório ter sido aprovado por unanimidade.
De salientar que, ao longo de 2010, deixaram de ser associadas da ACISB, por falirem ou terminarem a sua actividade, 55 empresas. O número mais elevado dos últimos anos e que representa, somente, um diferencial de 14, pois houve 41 novos associados.
“Claro que não ficamos satisfeitos por vermos desistir pessoas e empresas do sector. Tudo temos feito para lutar pelo comércio. Não temos sido correspondidos de igual forma pelos nossos associados que deviam ser mais participativos e olhar um pouco mais para a sua casa, que é a Associação Comercial”, defendeu José Carvalho, apelando, por diversas vezes, ao incremento da união e do associativismo. Um facto confirmado pela comparência de apenas 14 associados na Assembleia-Geral.
Na sexta-feira seguinte, 

JUVENTUDE "REPROVADA"

Assembleia Municipal de Macedo de Cavaleiros chumba a Criação do Conselho Municipal da Juventude

A Juventude Socialista de Macedo de Cavaleiros (MC) apresentou uma moção de recomendação que visava a Criação do Conselho Municipal de Juventude. O presidente da Câmara Municipal, Belarmino Pinto, apelou à reprovação da referida moção, uma vez que a autarquia estaria já a promover a criação do mesmo Conselho, tendo para tal contactado diversas associações juvenis.
A Juventude Socialista (JS), através do seu representante da Assembleia Municipal, Vítor Matos, “lamenta” a reacção do autarca. “Nunca informou a Assembleia Municipal (AM) destes pretensos contactos e encontrou nesta justificação um álibi para prolongar o incumprimento da lei”, defendeu.
O deputado relembrou, ainda, que a autarquia se encontra em incumprimento da lei há já dois anos visto que a lei foi publicada em Diário da República a 18 de Fevereiro de 2009.
“O Conselho Municipal de Juventude permitiria aos jovens participar activamente nas políticas municipais, sendo auscultados nas suas preocupações e nas suas sugestões, criando-se, assim, sinergias entre as diversas associações juvenis do concelho”, afirmou Vítor Matos.
A JS afiança que só acreditará no executivo camarário macedense quando este agendar a primeira reunião para a criação do Conselho Municipal de Juventude, após as diligências necessárias para que a AM se pronuncie sobre a criação do referido Conselho e dos seus estatutos.
A moção de recomendação foi reprovada com 26 votos contra e 24 abstenções da Bancada da coligação PSD – CDS-PP e 16 votos a favor da bancada do PS, 1 do BE e 1 da CDU.
“É com tristeza e desencanto que a Juventude Socialista vê chumbada a sua proposta, não por discordância da solução, mas pelo simples facto de que a mesma foi apresentada pela oposição”, referiu o representante da AM.

BOLETIM PIONEIRO

Boletim informativo da freguesia de Babe conhece o seu primeiro lançamento com 300 exemplares

A Junta de Freguesia de Babe desenvolveu uma iniciativa pioneira que reside na criação de um boletim informativo. De periodicidade semestral, gratuito e com uma tiragem de 300 exemplares, o boletim pretende anular o desfasamento entre o trabalho da junta e as populações de Babe e Laviados. Nesta edição de estreia, é apresentado um sumário das actividades de 2010 como a visita às Marras, o I Dia do Desporto da Freguesia, o concerto de Natal e a campanha de sensibilização da GNR, bem como algumas obras já concluídas. É o caso do Parque Infantil em Babe, concretizado no ano transacto.
“Esta é a primeira edição do Boletim Informativo da Freguesia de Babe. A criação deste boletim deve-se à importância da informação e comunicação entre a Junta e as populações de Babe e Laviados”, referiu o presidente da Junta de Freguesia de Babe, Alberto Pais.
No primeiro número, referente aos meses de Janeiro, Fevereiro e Março, é possível encontrar, ainda, 2011 em perspectiva, com a promoção, por exemplo, da viagem a Lourdes (França), que terá lugar dias 6, 7 e 8 de Maio, e a divulgação de serviços. Fala-se dos Medicamentos em casa, uma acção que acontece em Babe nos dias de atendimento médico, na parte da manhã da penúltima segunda-feira de cada mês; e do Rastreio médico com uma equipa de enfermagem da Cruz Vermelha, na primeira sexta-feira de cada mês, na Casa do Povo de Laviados.
“É importante que cada pessoa se sinta parte integrante de cada comunidade que forma uma só freguesia e, por isso, devemos estar todos minimamente informados do nosso quotidiano”, defendeu o autarca.
Nas palavras de Alberto Pais, retiradas do editorial, a freguesia de Babe continua determinada a apostar nos serviços à população, mas sem esquecer os trabalhos de construção essenciais em cada uma das aldeias. “Irão executar-se as obras possíveis, mas necessárias em cada aldeia, conforme as possibilidades da Junta”, destacou o edil. Uma missão que, segundo o próprio, só será levada a bom porto caso haja uma voz activa por parte dos cidadãos, cujas opiniões poderão auxiliar o executivo na difícil tarefa que tem em mãos. (Sugestões através do email: freguesiababe@gmail.com)


 

ALFÂNDEGA GASTRONÓMICA

Showcooking com Chef Jorge Vaz apresenta inovação em gelado de chouriço doce

Pelo segundo ano consecutivo, a Câmara Municipal de Alfândega da Fé desenvolveu uma iniciativa que visa potenciar a gastronomia da região à base de amêndoa. Em plena época das Amendoeiras em Flor, a amêndoa foi o principal elemento do Showcooking ministrado pelo conceituado Chef Jorge Vaz. Para além de diversos pratos e sobremesas, o também consultor gastronómico e formador da Escola de Hotelaria do Turismo de Portugal, apresentou uma inovação desenvolvida, especialmente, para o concelho de Alfândega. No Mercadinho Flor da Amêndoa, o gelado de chouriço doce foi confeccionado sob o olhar atento de dezenas de curiosos e interessados. Trata-se de um enchido típico transmontano, que resulta da mistura de pão, sangue de porco, mel e amêndoa e que é, habitualmente, consumido à sobremesa.
O Mercadinho assume-se, assim, e cada vez mais, como um espaço de promoção, venda e degustação de produtos locais, que, desde há dois anos, recebe as centenas de turistas que, nesta altura, aproveitam para visitar a região.
“Temos cada vez mais amendoeiras e, nesta época, elas entram em flor e isso é um cartaz turístico muito importante. Temos aqui centenas de visitantes, dezenas de autocarros, todos os fins-de-semana, que nos visitam para ver as amendoeiras em flor. Por essa razão é que nós resolvemos fazer aqui o Mercadinho da Flor da Amêndoa”, promoveu a edil alfandeguense, Berta Nunes. “E, hoje, temos aqui o chefe Jorge que está a fazer toda uma ementa com base nos produtos locais como o mel, o queijo, o azeite e a amêndoa”, continuou. A autarquia espera, desta forma, contribuir para que os munícipes apostem na confecção de pratos à base de produtos típicos regionais, valorizando-os e fazendo da gastronomia um factor de atractividade turística. “Além de vendermos os produtos, estamos aqui a mostrar como é que estes produtos podem ser valorizados na gastronomia”, sublinhou a presidente de câmara, Berta Nunes, num dia bem propício à realização do Mercadinho, dado o tempo primaveril.
Mais que a divulgação dos produtos regionais, cuja importância concelhia é ponto assente, os populares e visitantes tiveram, ainda, direito a música. Aos fins-de-semana, grupos de cantares e danças das várias freguesias têm vindo a Alfândega da Fé animar as hostes.


"PASTA DE AMÊNDOA" É OFICIAL
No fim-de-semana seguinte, decorreu o lançamento de um novo produto em Alfândega da Fé. Trata-se de uma Pasta de Amêndoa que a autarquia alfandeguense pretende estrear no mercado com o nome “Terras de Alfândega”. Esta última criação foi apresentada ao público no dia 27 de Março, a quem se deu a oportunidade de degustar a nova confecção. Tudo aconteceu por volta das 16:30 horas, mais uma vez, no Mercadinho Flor de Amêndoa. Com o impulsionamento deste produto, deram-se por encerradas as festividades relacionadas com a amêndoa no concelho alfandeguense.

THE HAPPY MESS


UNIDOS NA MÚSICA PELA AMIZADE

Banda: Happy Mess
Entrevistado: Vítor Pereira (Viola Baixo)


ENTREVISTA

1 @ Como é que surgiu a ideia de formardes o grupo?

R: Na origem da banda está outra banda que tivemos na adolescência, há mais de duas décadas, os «Papá Hugo e Etc». Estivemos separados musicalmente durante todos estes anos, mas mantivemos a amizade e isso foi fundamental para o reencontro ocorrido no passado mês de Setembro, em Valpaços. Foi uma iniciativa da Câmara local que desafiou as bandas da terra dos anos 80 para um regresso ao palco. Surgimos, nessa altura, com o nome «Papá Hugo Reloaded», demos novos arranjos a alguns temas da altura e compusemos alguns inéditos. Ensaiámos intensivamente, o público gostou e nós também. Por isso, decidimos voltar a compor, a ensaiar e a tocar, mas com outro nome, uma vez que dos Papá Hugo só ficaram três antigos elementos.

2 @ Porquê o nome The Happy Mess?

The Happy Mess foi o nome escolhido depois de semanas de árdua discussão e indecisão entre todos. Somos um grupo de pessoas diferentes com profissões tão diversas, como jornalistas, empresários e psicólogos. Somos uma confusão unida pela amizade e pela música. E somos felizes assim. Daí a “confusão feliz”. Digamos que se chegou a um consenso democrático…

3 @ Tocais só originais? E porquê, também, em inglês?

R: Tocamos, fundamentalmente, originais. Temos 12 temas. Mas, também, não temos problema em tocar não covers, mas versões. Ou seja, fazer o que fizemos com o tema Gone Daddy Gone dos Violent Femmes, dar-lhe uma interpretação nossa. Cantamos em Inglês e em Português. A língua inglesa é mais musical, daí a opção também pelo Inglês, mas também é um desafio fazer boas músicas em Português.

4 @ Que métodos adoptais enquanto compositores das vossas próprias músicas?

R: O Miguel Ribeiro é o principal autor tanto das letras como das músicas. Mas cada um de nós pode propor temas e letras. Depois, em grupo e durante o ensaio, vamos seleccionando, melhorando, criando e compondo em conjunto.


5 @ Como é que definirias o "vosso" género musical?

R: Tentamos manter-nos na onda indie, ou seja, um pop/rock alternativo. Tentamos, sobretudo, fazer música que as pessoas gostem de ouvir e que lhes transmitam alguma mensagem. Se conseguirmos isso, sem deitar por terra as convicções musicais de cada um de nós, mas, sobretudo, que gostemos todos de vibrar e gostar do que tocamos, então é isso que vamos fazer.

6 @ Actuastes, recentemente, em Lisboa. Porquê um concerto na capital? Conta-nos como foi...

R: Tivemos oportunidade de fazer o concerto de apresentação do CD num dos locais mais emblemáticos, em termos culturais, de Lisboa e do país, que é a Fábrica do Braço de Prata. Foi fantástico! Com muita gente a vibrar e muita adrenalina e diversão no palco e fora dele. Lisboa será sempre um local de eleição para espectáculos, é a capital cultural de Portugal e não há nada a fazer.

7 @ Gravaram também um cd. Como correu o seu lançamento? Tem sido bem recebido pelo público?

R: A gravação do CD surge depois do concerto de Valpaços. Escolhemos um grande estúdio, por sugestão do nosso amigo Gomo que estava a gravar no mítico «Namouche». A ideia era gravar uma maquete, mas o Joaquim Monte, que fez a produção, “obrigou-nos” a perder mais algum tempo e tentar fazer mais qualquer coisa. Acolhemos logo a ideia, até porque estamos a falar de um profissional que está habituado a lidar com grandes músicos como os Xutos e Pontapés e Tiago Bettencourt.

8 @ Já tendes muitos concertos marcados? Queres revelar algumas datas?

R: Até calha bem que perguntes isso. Podemos anunciar já em primeira mão que vamos estar na Queima das Fitas de Bragança, no próximo dia 13 de Maio na primeira parte dos GNR. Será, curiosamente um reencontro com eles, mais de 20 anos depois, já que tocamos juntos em Valpaços, na altura com os Papá Hugo. Temos que agradecer desde logo à Associação Académica pela aposta.
Estamos a preparar também um concerto no Porto, e vamos, ao que tudo indica tocar no próximo mês de Março no LX Factory em Lisboa. Também já está agendado um concerto nas festas de Valpaços deste ano, em Setembro. O Município de Valpaços, ao qual agradecemos, é responsável pelo renascimento deste projecto e pelo apoio à concretização de um sonho antigo, o de editar um disco.


ELEMENTOS: The Happy Mess

Miguel Ribeiro (vocalista e guitarrista), o Rui Costa (teclados), o Miguel Falcão Pereira (guitarra e percussão), o Gaspar Borges (guitarra) o Francisco Café (guitarra e samplers), o Renato Lopes (bateria) e Vítor Pereira (viola baixo)


TERRENOS OFERECEM-SE

Executivo camarário de Alfândega da Fé lança um projecto inovador baseado em hortas biológicas

Associada à iniciativa “Vamos Plantar Portugal”, a autarquia alfandeguense pretende fomentar a agricultura biológica. Uma acção desenvolvida através do projecto Hortas Biológicas e que consiste na produção de hortas, na promoção da agricultura biológica e na compostagem caseira. Esta iniciativa surge na óptica da rentabilização e optimização dos terrenos municipais disponíveis, promovendo, simultaneamente, a criação de espaços verdes dinâmicos e a própria redução de resíduos.
No total, a Câmara Municipal de Alfândega da Fé disponibilizará, gratuitamente, 28 talhões, cada um com 45m2, numa zona privilegiada da sede concelhia, ou seja, na área onde se situam serviços como as Escolas e o Centro de Saúde. Os primeiros lotes de terreno destinados ao cultivo de hortas biológicas serão entregues na Semana da Primavera Biológica, que se assinala de 21 a 27 de Março. Segundo a autarquia, a efeméride pretende “celebrar a entrada na Primavera, sensibilizando a população para a necessidade de adoptar estilos de vida mais saudáveis, ecológicos e consentâneos com as leis da natureza, valorizando a protecção da saúde dos cidadãos para um futuro mais sustentável”.
Aos munícipes, vai ser dada, não só a oportunidade de produzirem aquilo que consomem, mas, também, de conseguirem um ganho extra com o cultivo dos produtos biológicos. Até porque o executivo garante que poderá apoiar acções de escoamento dos excedentes da produção. “Numa altura em que tanto se fala de crise económica, este projecto tem, também, um significado do ponto de vista social. Vai estar ao alcance de todos o cultivo de produtos com qualidade, controlando mais directamente aquilo que se consome, contribuindo não só para uma melhor saúde, mas também ambiente”, afiançou a edil alfandeguense, Berta Nunes.
Todos os interessados em participar neste projecto, que é pioneiro na região, devem efectuar a inscrição no site da autarquia ou directamente na Câmara Municipal.


30 de março de 2011

PROMOVER CAMINHOS DE S. TIAGO

Unificar critérios de sinalização em ambos os lados da fronteira para expandir o uso dos Caminhos de Santiago

Na passada quarta-feira, “Os Caminhos Jacobeus na Península Ibérica” foi o tema em debate sobre a mesa. A reunião, promovida pela Fundação Rei Afonso Henriques e o Centro de Iniciativas Turísticas (CIT) “Zamora e Municípios Limítrofes”, visou a criação de um grupo de trabalho. A sua “missão” abrangerá a unificação dos critérios de sinalização dos Caminhos de Santiago, a divulgação da sua existência, do seu traçado e características. Dessa forma, será procurado uma maior utilização dos Caminhos de Santiago, bem como a promoção turística das regiões que eles atravessam.
O grupo será integrado por representantes da Junta de Castela e Leão, do CIT “Zamora e municípios limítrofes”, da Fundação Rei Afonso Henriques, dos municípios de Zamora e do distrito de Bragança
A Mesa Redonda foi moderada pelo Comissário dos Caminhos de Santiago da Junta de Castela e Leão, Manuel Fuentes Hernández, que sublinhou que a prioridade é sinalizar o traçado, revitalizando-o. Presentes estiveram, igualmente, técnicos dos dois lados da fronteira especializados nesta temática, bem como os representantes das Associações do Caminho de Santiago.
Na região transmontana, o Caminhos de Santiago inicia-se em Quintanilha, vem por Bragança e Vinhais, em direcção a Verin. Ao longo do percurso, na aldeia de Quintanilha, há um albergue para acolher os peregrinos,. No entanto, o responsável da Associação Cultural Transmontana dos Amigos dos Caminhos de Santiago, Luís Marques, denota ser insuficiente. Aproveitando, ainda, para destacar que o objectivo passa por construir dois albergues na região, mas falta o dinheiro necessário para a sua execução.




AMIGOS DO POVO NORDESTINO

“O Povo do Nordeste III – Amigos” é o mais recente livro editado pela autarquia alfandeguense

Um conjunto de contos da autoria de Amélia Ferreira Pinto foi compilado na obra literária “O Povo do Nordeste III – Amigos”. Editado pela Câmara Municipal de Alfândega da Fé (CMAF), o livro foi apresentada no passado dia 7 na Biblioteca Municipal. As suas páginas descrevem muitas das vivências da própria autora, denotando um sabor algo autobiográfico. “Tenho-me limitado a reproduzir, creio que sem grandes alterações – e o mais autenticamente possível – vivências de parte da minha infância e da minha juventude passadas junto do povo a que estou ligada pelos meus antepassados, pelas minhas raízes, cujos vínculos estão ainda bem patentes na minha maneira de ser e de agir”, assim escreve Amélia Ferreira Pinto na introdução deste Povo do Nordeste III.
A autora, com raízes em Alfândega da Fé, já viu vários dos seus livros publicados, sendo que, alguns, foram-no pela CMAF. No prefácio deste último trabalho, Eudínio de Jesus, professor aposentado da Faculdade de Letras de Lisboa, descreve a escritora portuguesa: “nascida no Brasil, com raízes familiares e adolescência em Trás-os-Montes, formação universitária em Coimbra e carreira docente posterior em Lisboa, onde passou a viver e tem vivido até hoje, apenas com uma temporária ausência (de dezoito anos) em Angola. Além de filóloga, por formação académica, é também etnóloga e contista: etnóloga, por intuição e gosto, e contista, por vocação literária e talvez também, digamos, por saudade. Tudo isto convergindo de forma marcante nas suas ficções literárias.” Amélia Ferreira Pinto aproveita, assim, enquanto autora, para elogiar as gentes que tão bem conhece e a terra que a viu crescer e por quem sente um apreço de reconhecimento.


CIÊNCIA ESCOLAR DE NORTE A SUL

Distinguidos 183 projectos no âmbito do Prémio Fundação Ilídio Pinho "Ciência na Escola"

A Direcção Regional de Educação do Norte procedeu à entrega dos prémios de participação aos 183 projectos admitidos à 2ª fase do concurso. Na 9ª edição do Prémio Fundação Ilídio Pinho “Ciência na Escola”, os prémios de participação variaram entre os 200 e os 500 euros e destinam-se ao desenvolvimento dos projectos apresentados pelas escolas da região Norte. No distrito de Bragança, os premiados foram: E B S Alfândega da Fé com “Mãos na terra com Ciência”, E S Emídio Garcia (Bragança) com o “Biojogo didáctico "Clue Hunter", E B Freixo de Espada à Cinta com “Até que a extinção nos separe”, E B S Miranda do Douro com o projecto “Jardim Bio-Pedagógico”, E B S Miranda do Douro com “O Douro e a sua ictiofauna”, E B S Miranda do Douro com “Porque Morrem os Ulmeiros?”, E S Mirandela com “Influência do meio ambiente no crescimento de plantas”, E B S Mogadouro com “As plantas de pequeno porte do concelho de Mogadouro, no tempo dos nossos avós”, E B Vimioso com “Prevenção! Fá-la com o coração” e a E B S D. Afonso III (Vinhais) com “A gota cientista”.
A sessão, que teve lugar no Conservatório de Música do Porto, a 28 de Fevereiro, distinguiu projectos dedicados ao tema 'Biologia/Ciências da Terra e da Vida', desenvolvidos por alunos e professores do pré-escolar ao ensino secundário. Na cerimónia, para além do próprio presidente da Fundação, Ilídio Pinho, do director Regional de Educação do Norte, António Leite, e do administrador do Banco Espírito Santo (BES), José Manuel Espírito Santo, estiveram directores de escolas e professores coordenadores dos projectos seleccionados.
Criado em 2002 com o objectivo de estimular o interesse dos alunos pelas ciências, o Prémio Fundação Ilídio Pinho "Ciência na Escola" resulta de um protocolo entre a Fundação Ilídio Pinho, o Ministério da Educação e o BES.


DE BEM COM A VIDA

A viver em Mogadouro, autor minhoto escreve livro sobre a juventude do poeta freixenista Guerra Junqueiro

António Pimenta de Castro lançou o livro “Guerra Junqueiro Epicurista”. Com 24 páginas, a obra pretende recordar a vida do escritor oriundo de Freixo de Espada à Cinta. Não enquanto pessoa de idade, mas, antes, enquanto “jovem, de farto bigode, alegre, epicurista”. “É este, muito provavelmente, o lado menos conhecido do grande público... É, pois, deste Junqueiro, que vos irei falar”, escreve, no seu livro, António Pimenta de Castro.
Guerra Junqueiro (17 de Setembro de 1850 — Lisboa, 7 de Julho de 1923) foi bacharel formado em direito pela Universidade de Coimbra, alto funcionário administrativo, político, deputado e jornalista. Mas foi como escritor e poeta que conquistou a imortalidade, consagrando-se um dos grandes nomes da literatura portuguesa.
Epicurismo é o sistema filosófico ensinado por Epicuro de Samos, filósofo ateniense do século IV a.C., e seguido, depois, por outros filósofos, denominados Epicuristas. A sua filosofia baseava-se, essencialmente, na procura do sossego necessário para uma vida feliz e aprazível, na qual os temores perante o destino, os deuses ou a morte estavam definitivamente eliminados. Epicuro defendia que para o Homem ser feliz necessitava, apenas, de três coisas: liberdade, amizade e tempo para meditar.
António Pimenta de Castro nasceu na freguesia de Salvador, em Arcos de Valdevez, a 20 de Outubro de 1953, mas mudou-se “de armas e bagagens” para Mogadouro em 1982. Licenciado em História, pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto e professor de História no Agrupamento de Escolas de Torre de Moncorvo, o autor minhoto tem, ao longo da sua vida, colaborado em vários jornais e revistas, sobretudo, regionais, proferido várias conferências, palestras e participado em inúmeros eventos culturais.

ASSALTO NO IPB

Um computador portátil e 400 euros em dinheiro foram objecto de furto no IPB durante a Semana das Tasquinhas

O Instituto Politécnico de Bragança (IPB) foi alvo de um furto na madrugada de sexta-feira. Do primeiro andar do edifício da Associação de Estudantes da Escola Superior Agrária (ESA), onde se situam os seis núcleos daquela escola, foram furtados 400 euros em moedas, que se encontravam num cofre, e um computador portátil. O dinheiro foi levado do Núcleo de Ambiente do IPB, enquanto que o portátil foi roubado ao Núcleo de Agronómica da ESA. Ambos os núcleos partilham a mesma sala.
O larápio, ou os larápios, subiram pelas escadas exteriores, partiram o vidro e acederam, por dentro, à fechadura. Um sistema de segurança que os estudantes afirmam ser demasiado fraco e de abertura fácil.
Quem estranhou toda a situação foi a presidente do Núcleo de Ambiente, Dânia Soares. “Na semana das tasquinhas, o segurança fechou o edifício central da escola e mais ninguém o viu. Supostamente, deveria andar a fazer rondas pela escola, mas eu fui lá para ir à casa de banho e encontrei tudo fechado”, conta. Os 400 euros furtados eram o lucro da Semana das Ciências Agrárias. “A sorte foi que o dinheiro que fizemos nas Tasquinhas, que era muito mais, não estava na sala naquela madrugada”, suspirou Dânia, relembrando que, nesse caso, o prejuízo teria sido bem maior.

 

TRINTA ANOS DE ESTRADA

NAC celebra trigésimo aniversário com pompa e circunstância organizando três passeios em três dias

Depois de ter sido parceiro da Rádio Brigantia no Passeio TT no Feminino, o Nordeste Automóvel Clube (NAC) organizou mais dois a 6 e a 7 de Março. Tratou-se do Passeio Comemorativo do seu 30º Aniversário e do Passeio de Carnaval.
Durante o almoço, na Estalagem Turismo, o presidente do NAC, José Nogueiro, relembrou a história do clube. “Tudo começou em 81, dia 6 de Março, com uma pequena brincadeira de amigos que decidiram formalizar o clube. Foi crescendo, lentamente, e o seu primeiro presidente foi Tozé Faria, que se encontra em Angola neste momento”, revelou.
“Entretanto, na altura, foi quando se realizou a primeira vez a Rampa de Bragança. Depois, acabou, houve umas paragens até Joaquim Rodrigues pegar nisto. Ele deu continuidade, conseguiram fazer uma sede, o que foi muito bom, em 1991”, continuou o responsável.
Depois do sucesso alcançado em 2010, na prova que é considerada por muitos como o ponto alto do calendário de eventos do NAC, o Verão trará consigo a Rampa de Bragança, perita em levar os motores ao redline no tórrido  asfalto transmontano.
“O NAC estava praticamente só com provas de todo-o-terreno e passeios de carros antigos. Há 5 anos atrás, veio novamente a Rampa, começámos a organizar o clube, estruturámos tudo, fizemos novos estatutos, renumeração de sócios, novas cotas, que estavam definidas desde a fundação, e acordos com empresas de diversa ordem”, adiantou José Nogueiro, na direcção do NAC há quatro anos e como presidente há dois.

Três dias, três passeios, nas celebrações das três décadas do NAC

Na comemoração do trigésimo aniversário, domingo, ao almoço, estiveram presentes perto de 80 pessoas, entre várias entidades regionais e institucionais, bem como uma representação da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting, manifestando, dessa forma, o seu apoio ao clube automóvel mais emblemático de Bragança. Na voz dos inúmeros participantes que decidiram associar-se às celebrações, o NAC “está vivo, de boa saúde e recomenda-se”. Tanto assim é que, pela primeira vez na sua história, o NAC organizou três passeios em três dias. Os seus destinos visitaram Alfaião, Rio de Onor e Puebla de Sanabria, respectivamente. Algo inédito para este clube já com trinta anos de estrada. “Estamos à espera de cada vez mais sócios”, sublinhou a figura máxima do clube brigantino, aproveitando para manifestar outra das suas pretensões. Actualmente, o NAC conta com cerca de 350 sócios.


TERRA FÉRTIL QUEBRADA EM SONHOS

Paçó era aldeia da agricultura e do fumeiro, cresceu em arquitectura mas perdeu em “povo cheio”

No concelho de Vinhais, distrito de Bragança, respira a aldeia de Paçó. Enquanto freguesia, situada em pleno Parque Natural de Montesinho, abrange uma área de 40 quilómetros quadrados, distribuída pelos lugares de Paçó e Quintela. Numa terra em que se “colhe de tudo”, a agricultura estabelece-se, agora, num perímetro secundário, dado o escasso número de pessoas que lhe dedicam o seu tempo. Os entrevistados, nascidos na povoação, muitos já correram o mundo. Regressados à origem, partilham da triste visão que, um dia, aldeias como Paçó morrerão, ao caírem no esquecimento de uma geração de jovens cujo futuro não passa, nem pode passar pela agricultura. Um fardo que se deve, em grande parte, ao pouco rendimento que se lhe retira em termos financeiros. “Daqui a 20 ou 30 anos, aldeias como Paçó acabam. Ninguém quer aprender, nem sabem. E o governo também não ajuda. Quando os do meu batalhão acabarem... Mas os jovens também não podem, que isto não dá dinheiro”, admite João Oliveira.
O fumeiro, esse, não foi esquecido e mantém-se, ainda, numa posição privilegiada no Entrudo Transmontano. Em cultura, Paçó destaca-se no artesanato com o calçado, as rendas e os bordados. Imersa num conteúdo histórico milenar, Paçó foi vila por foral de D. Dinis em 1310. Dois séculos passados e, em 1512, D. Manuel I concedeu novo foral à povoação, nomeando-a sede de concelho, extinto, depois, no ano de 1836. Com pouco mais de uma centena de habitantes, Paçó é uma aldeia cujas actividades económicas se baseiam tão somente na agricultura, na pecuária e no pequeno comércio.

A freguesia é conhecida, também, por Paço de Vinhais para se distinguir de outras povoações com nomes semelhantes

A Festa de S. Julião acontece a 7 de Janeiro. No centro da aldeia, frente ao pelourinho, fica a igreja matriz com o mesmo nome. No interior, é de sublinhar o seu acervo patrimonia: a talha barroca no altar-mor, nos laterais e nos retábulos, para além das pinturas do século XVIII nos tectos. Já no Santuário de Nossa Senhora da Ponte. Ermida, de construção recente, reúne-se uma vasta audiência durante o segundo fim-de-semana de Julho. Em Agosto, acontecem as Festas e Romarias de Santa Bárbara, S. Lourenço e Santa Marinha, povoadas de emigrantes que, por altura do Verão, regressam às origens mergulhados na saudade.
Com um vasto património cultural e edificado, destaca-se a Igreja Paroquial de S. Julião, a Capela de S. Lourenço, o Cruzeiro, fontes românicas, a fraga da Moura, o castro, vários moinhos e o Santuário de Nossa Senhora da Ponte. Outro dos locais de grande interesse turístico é a zona de caça, que elege como alvos preferenciais a lebre, o coelho e o javali.



TESTEMUNHOS

Abílio Morais, 64 anos

“Na aldeia, estão para aí 200 habitantes, mas já tudo mais para o velho. Aqui é uma terra boa, dá de tudo. Colho batatas e feijões, por exemplo. Mas só para nós porque para venda não dá. O que faz falta aqui é uma lista ao meio aí na estrada e umas guardas (raids) porque é perigosa esta estrada. Era uma obra de misericórdia.”


Cândido Anibal, 82 anos

“Casas, há o dobro! Agora, gente é que é pouca. Só estamos cá quase os velhos. Eu tenho 2 filhos e 2 netos. Querem lá eles saber da Paçó para alguma coisa. Lá vêm de vez em quando ver-me, mas só. Nós aqui temos é muitos castanheiros e uns bons terrenos, mas falta é gente que queira trabalhar. Ninguém olha para a agricultura!”


Leonor Oliveira, 42 anos

“A aldeia para mim é um espectáculo! Mas faz falta aqui tanta coisa que nem sei por onde começar... Um Centro de Dia para a Terceira Idade já não era mau. A estrada também podia ser melhor. Agora, estou a tratar do fumeiro com a minha mãe, que me ajudou, é do melhor que se faz para estes lados.”


João Oliveira, 47 anos

“Eu bem gosto de trabalhar, mas a agricultura não dá rendimento. Os adubos estão caríssimos, o gasóleo, as máquinas, as rações, tudo! Não há condições! Eu, por exemplo, tenho alguns castanheiros, cereais só para consumo e depois tenho dez vacas. Eu vivo da agricultura e da pecuária.”

19 de março de 2011

CORRIDA CONTRA O TEMPO

GIPS em instrução interna de intervenção táctica em incidentes com armas de fogo na Escola Augusto Moreno

Depois do Agrupamento de Escolas de Alfândega da Fé, foi a vez da Escola E B 2,3 Augusto Moreno receber o Grupo de Intervenção, Protecção e Socorro (GIPS). Tratou-se de um treino de intervenção táctica em incidentes com armas de fogo em estabelecimentos de ensino, após 16 sessões teóricas, durante dois dias. O objectivo principal visou preparar os militares da GNR para uma situação de perigo potencial, aquando da entrada na escola de um aluno com arma de fogo com o intuito de matar. A preocupação residiu no treino de técnicas que permitam aos militares, no mais curto espaço de tempo, dar uma resposta mecanizada a estes casos de violência extrema.
O modus operandi do GIPS para essa situação concreta foi, assim, treinado, por duas ocasiões distintas. No entanto, esta instrução interna evoluirá, mais tarde, para uma acção de sensibilização nas escolas. Acção essa que procurará transmitir ao corpo docente, alunos e funcionários quais os procedimentos correctos a tomar perante uma situação em que um jovem traga uma arma de fogo para a escola e decida começar a matar compulsivamente todos aqueles que se atravessem no seu caminho, inclusive colegas e professores. De sublinhar alguns dos comportamentos fundamentais a adoptar. A principal medida passa por tentar, de imediato, avisar as autoridades. Em seguida, caso seja possível, a população escolar deve ser conduzida de forma ordeira para um ponto seguro de fuga, mantendo, sempre que possível, a calma na evacuação. Caso esse cenário não se coloque, isto é, caso as pessoas estejam no mesmo bloco que o foco do perigo ou, se não conseguirem fugir dele, devem trancar-se numa sala e barricarem-se dentro desta. De acordo com os especialistas, como a preocupação do atirador activo é abater o maior número de pessoas no mais curto espaço de tempo possível, se o agressor constatar que a porta está fechada, não perderá tempo e passará, de imediato, para outras salas. Trata-se de entrar na escola ou em outro local, com uma ou várias armas, e abater o máximo de pessoas, no mais curto espaço de tempo possível. Uma espécie de corrida contra o tempo. Isto porque, desde que começa o “massacre”, a média de mortos é cerca de um a cada seis minutos.
O GIPS escolheu as escolas para ministrar essa “acção de mecanização” aos seus militares, pois é onde existe uma maior probabilidade desses incidentes acontecerem, não só pela quantidade de gente, mas, também, pela facilidade de fazer muitas vítimas num espaço de tempo muito reduzido. Mas estes casos de assassínio em massa podem acontecer em qualquer estabelecimento público ou centro comercial.
Os funcionários e, sobretudo, os professores, devem compreender esta problemática, estar atentos e assinalar os indivíduos que possam representar algum tipo de perigo, aqueles que mais se isolam ou aqueles com um comportamento atípico.


TIPOLOGIA DO CRIME

Psicólogos, psiquiatras e sociólogos avançam nas pesquisas sobre este fenómeno recente, tentando perceber os motivos que levam um jovem, em fase escolar, a transformar-se num assassino em massa. Alguns pontos, porém, são coincidentes: a) a maioria dos assassinos são jovens (homens), considerados pelos estudos como ressentidos, rotulados de loosers (perdedores) pelos colegas e professores; b) são viciados em videogames e filmes violentos; c) têm acesso fácil a armas; d) são quietos, reservados, esquisitos; e) escolhem disparar na escola e depois suicidam-se; f) antes do acto não apresentam qualquer sinal de comportamento desviante ou histórico de delinquência, mas têm um histórico familiar complicado.
“Esses gestos homicidas e suicidas são propositadamente públicos. Não se trata de alvejar todos aqueles que estejam a passar a partir de uma janela escondida: a matança é teatral”, afirma o psicanalista Contardo Calligaris. “Eles planejam os crimes como se fosse um espectáculo. Agem como se fossem protagonistas de um filme violento. Parecem movidos pelo desejo de omnipotência e de “produzir remorso em escala global”, revela o especialista brasileiro. “Se você não pode se tornar conhecido e famoso na e com a sociedade, então se volte contra ela”, conclui Calligaris, sobre a forma de pensar deste tipo de indivíduos.


SUA ORIGEM E DESENVOLVIMENTO

No início, esse tipo de crime era considerado apenas mais um sintoma da cultura norte-americana, que sobrevaloriza o espectáculo, o dinheiro, as armas, a competição e o consumo. Mas, foi na Escócia, em 1996, que aconteceu o primeiro massacre. Morreram 16 crianças e um professor, mais o assassino que, depois do crime, se suicidou.
Em 1997, na cidade de West Paducah (Kentucky/ EUA), um adolescente de 14 anos matou a tiro, após a oração matinal, três colegas de escola, e cinco outros foram feridos. Depois, em 1998, em Jonesboro (Arkansas), dois rapazes, de 11 e 13 anos, abriram fogo na escola, matando quatro meninas e uma professora. No mesmo ano, em Springfield (Oregon), um jovem de 17 anos matou a tiro dois colegas e feriu outros 20 na sua escola secundária. Em 1999, dois jovens, de 17 e 18 anos, provocaram um banho de sangue no Instituto Columbine, em Littleton (Colorado). Com armas de fogo e explosivos, eles mataram, na sua escola, 12 colegas, um professor e, em seguida, suicidaram-se. Mas, esse tipo de massacre nas escolas, vem, também, ocorrendo em países de diferentes culturas e separados por milhares de quilómetros de distância. Canadá, Escócia, Suíça, Alemanha, Japão, Uganda e até a Finlândia, que é 1º lugar no ranking das melhores escolas do mundo, teve dois massacres: 9 e 11 pessoas foram assassinadas numa escola, respectivamente, em 2007 e 2008.

 

18 de março de 2011

EQUILÍBRIO ENTRE AS PARTES

Numa vitória apertada por 2 a 1, o guarda-redes do Clube Académico de Bragança garantiu os três pontos

Os infantis do Clube Académico de Bragança tiveram de suar para conseguirem ganhar à Juventude Pacense no domingo passado. Num jogo disputado até ao último minuto, sobressaiu a entrega da equipa brigantina, acabando por se sagrar a justa vencedora por 2 a 1. Os golos, esses, ocorreram todos na primeira parte. A inaugurar o marcador, esteve o número 9 da casa, Guilhermino Carvalhinho. Seguiu-se o seu colega, Fernando Guilherme, número 5. Com vantagem de dois golos, a equipa da casa deixou sofrer, no último minuto da primeira parte, o golo que encerraria o marcador. Na segunda parte, apesar de algumas oportunidades claras para ambas as formações de infantis, só deu guarda-redes do CAB. Vicente fez um figurão na baliza alvinegra, evitando o empate, por diversas vezes, quase certo dos forasteiros. Uma exibição de luxo para um tão jovem keeper. “Foi um jogo difícil, os adversários são fortes mas acho que estive bem. Este clube foi à final e como lhe ganhámos foi muito bom”, afirmou Vicente Gomes, o “porteiro” que soube manter com mestria o resultado a favor da sua equipa.


No final, o treinador academista, Tiago Asseiro, mostrou-se orgulhoso dos seus pupilos. “O adversário teve oportunidades para marcar no fim, mas nós também tivemos oportunidades para matar o jogo, para marcar mais um ou dois golos. O que, se calhar, poderia ter sido injusto”, defendeu o técnico. “Por aquilo que fizemos na primeira parte, acho que merecemos completamente a vitória”, acrescentou, satisfeito pelo resultado alcançado.
Em três jogos, o saldo é francamente positivo. Os infantis ganharam dois, este último e à Académica do Porto, e perderam contra o Vigorosa. No próximo fim-de-semana a deslocação será a Gulpilhares, a uma distância de sete jogos do fim do Torneio de Encerramento. “O objectivo é tentarmos sempre evoluir. Fazermos melhor do que no Torneio de Abertura e penso que estamos a ser bem sucedidos”, rematou Tiago Asseiro.
Já os Benjamins do CAB deslocaram-se ao terreno do Fânzeres, onde obtiveram um resultado final bastante expressivo. O 3 – 7 garantiu-lhes a terceira vitória consecutiva nos três jogos realizados até ao momento.
O escalão de iniciados não partilhou do mesmo “final feliz”, perdendo por 2 a 1 contra o Lavra.


CARETOS EM DESFILE

Centenas de pessoas inundaram as ruas brigantinas ao som dos bombos e dos caretos chocalheiros

O Desfile de Carnaval que tomou de assalto a cidade aconteceu no sábado passado. Pelas 15 horas, a Praça Cavaleiro Ferreira serviu de ponto de encontro aos diversos grupos participantes, que se reuniram na “taça” para dar início à marcha.
Os foliões animaram as hostes e mesmo os transeuntes que nada sabiam foram contagiados pelo espírito dos caretos. Os chocalhos acordaram, os bombos marcaram o ritmo e as gaitas-de-foles preencheram os requisitos de uma festa que se quis viva, com cor e um barulho, simultaneamente, elegante e ensurdecedor. “É Carnaval e ninguém leva a mal”, diz o povo. Tanto assim foi que ninguém “pegou” nos caretos, que se limitaram a cumprir a tradição com “ligeiros” atrevimentos.




IPB PROCURA ATRAIR JUVENTUDE

Número recorde de participantes com 753 alunos no 4º Dia Aberto do Instituto Politécnico de Bragança

O 4º Dia Aberto do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) registou uma enchente como nunca antes vista. As portas abriram-se, assim, com o intuito de divulgar as áreas de actividade técnico-científica e a oferta formativa disponível. A iniciativa visou permitir à comunidade e, sobretudo, aos alunos do Ensino Secundário, um contacto privilegiado com o Ensino Superior.
Este ano, o número de participantes atingiu um novo recorde. Os 753 alunos foram repartidos por grupos variáveis em tamanho, que oscilavam entre os 9 e os 20 elementos. Sendo que, a média rondou os 15 alunos por grupo. Presentes estiveram todas as escolas da cidade, entre outras, a nível distrital, como de Chaves, Izeda e Moncorvo. Novidade foi o facto das actividades da Escola Superior de Comunicação, Administração e Turismo, em Mirandela, acontecerem, também, e pela primeira vez, em Bragança.
“Desde as 9:30 que temos aqui as várias escolas do distrito e não só, a fazerem o conjunto de actividades que estão disponíveis em cada uma das escolas do IPB. Cada um dos docentes das escolas apresentou actividades de demonstração no âmbito da sua especialidade”, revelou a coordenadora do Gabinete de Imagem e Apoio ao Estudante, Anabela Martins.
Na abertura do IPB ao exterior, para um número recorde de visitantes provenientes de 50 turmas do 10º, 11º e 12º anos, CEFs T5 e T6, CETs e Cursos Profissionais, de mais de 22 escolas, estiveram 69 professores. Este acompanhamento serviu as cerca de 60 actividades que incluíram demonstrações, actividades desportivas, visitas a laboratórios e actividades experimentais. A título de exemplo, na Escola Superior de Tecnologia e Gestão, havia voo simulado em computador, já na escola Superior de Educação, as diversas actividades versaram sobre o o desporto e a música, enquanto que, na Escola Superior Agrária, as demonstrações incidiram sobre o ambiente, a biotecnologia e as ciências agrárias.
Para além de toda a logística necessária, houve, ainda, 90 guias. Ou seja, alunos do IPB que decidiram colaborar nesta acção, levando os grupos de actividade em actividade. “Uma organização complicada”, confessou Anabela Martins, devido ao enorme afluxo de pessoas, “mas está tudo a correr muito bem”, acrescentou.
As aulas no IPB mantiveram-se dentro da normalidade. Só os designados “guias” obtiveram tolerância de ponto dado terem oferecido os seus préstimos ao Politécnico num evento que atingiu, em 2011, uma dimensão nunca antes alcançada.

 

17 de março de 2011

"SACERDÓCIO DO JORNALISMO"


FACTOS

Nomeado: Fernando Rodrigues Calado
Idade: 59 anos
Aniversário: 18 de Abril
Cargo: director do Centro de Formação Profissional

ENTREVISTA

1 @ Enquanto professor, ao serviço do ensino nos últimos 34 anos, como é que analisa o estado actual da educação em Portugal?

R: Todos os processos de ensino e aprendizagem são processos contínuos e, às vezes, com altos e baixos. Neste momento, chegámos a um ponto alto com todas as reformas que foram introduzidas nas escolas, com todos os equipamentos que estão a ser construídos. Acho que estamos no âmbito de uma grande maturidade. Realço, em relação ao sistema de ensino e aprendizagem português, um facto notável, em relação ao Agrupamento de Escolas do 1º Ciclo, uma vez que se tiraram imensas crianças que estavam nas escolas com um ou dois alunos para grandes agrupamentos onde têm todos os equipamentos sociais e onde são acompanhados por professores altamente qualificados. Isso é uma mais-valia em termos de aprendizagem e, sobretudo, em termos de socialização.

2 @ Quer dizer com isso que é manifestamente a favor do encerramento das escolas primárias nas aldeias, apesar da luta em contrário das populações?

R: Tenho a certeza que a história nos vai julgar pelo facto de termos mantido isoladas durante tantos anos uma ou duas crianças numa escola, sem a possibilidade de socializarem porque não tinham outros meninos com quem brincar. E nós sabemos que a socialização das crianças passa, em grande medida, pelo seu relacionamento com outras crianças, poderem jogar ou brincar. E isso era impossível! O assunto foi resolvido e as crianças de 1º Ciclo estão, agora, em grandes agrupamentos, onde têm apoio social, equipamentos a nível das novas tecnologias e onde podem fazer uma socialização adequada com outras crianças da sua idade. Algo que não vinha acontecendo no passado.

3 @ Então a revolta é exteriorizada por pais e população, mas nada significa para as crianças. Pelo contrário, elas ganham com essa mudança?

R: Precisamente! Só que temos aqui uma falácia. Costuma-se dizer que as aldeias morrem porque se lhe tiram as escolas. Mas é o contrário, a escola só encerrou porque a aldeia morreu. Ou seja, já não tem população suficiente para poder ter as suas crianças a fazer a escolaridade ao nível do 1º Ciclo na aldeia. As crianças não podem pagar pela desertificação das aldeias, não podem ser isoladas, mas sim apoiadas na sua socialização com um processo de ensino e aprendizagem adequado.

4 @ Em paralelo à docência, também já escreveu alguns livros. Fale-nos dessa sua experiência de autor?

R: A minha experiência como escritor tem sido um processo longo e, sobretudo, tem a ver com a minha participação em jornais. Aliás, eu tenho escrito em todos os orgãos de Comunicação Social regionais, com mais incidência nuns do que noutros, nomeadamente, com jornais que fundei e daí a minha paixão pela escrita. Em termos de publicação, “só” escrevi meia dúzia de livros.

5 @ E, neste momento, está com algum projecto em escrita?

R: Estou a escrever um livro que tem a ver com a gastronomia transmontana. São uma série de contos, onde, em todos eles, as suas personagens aparecem a elaborar um prato ou a falar sobre ele. “Histórias dos comeres transmontanos”, com um subtítulo de uma expressão bem transmontana: “Vou-me a comer e vou-me à cama”. É uma obra para sair em breve, pois está praticamente concluído.

6 @ Como escritor, digamos, da “velha guarda”, como é que vê a sincronização dos autores com as páginas sociais? Nomeadamente, o Facebook.

R: Descobri essa nova realidade há já algum tempo, o Facebook. Onde, efectivamente, publico, a cada passo, textos da minha autoria. O que considero uma experiência fascinante porque obtemos, logo, o feedback daquilo que estamos a dizer ou a fazer.

7 @ Foi o co-fundador do jornal “A Voz do Nordeste” e, também, o director de uma das revistas mais antigas da cidade, “Amigos de Bragança”, agora, em stand-by. Na qualidade de profissional da comunicação, como é que observa o jornalismo “made in Trás-os-Montes”?

R: A imprensa está a prestar um bom serviço à comunidade. Quem se dedica ao sacerdócio do jornalismo, de facto, tem de ter todo o apoio e contributo emotivo, financeiro, de colaboração das comunidades porque os jornais e as rádios locais são uma mais-valia para a projecção e desenvolvimento económico da região. Eles trabalham de uma forma árdua e interessante no nosso distrito. Sem dúvida! Seria uma pobreza se nós não tivéssemos uma voz permanente, activa, actuante da imprensa. Trata-se, sobretudo, de alertar o poder local, regional e nacional, das nossas carências, das nossa necessidades, mas, também, da nossa riqueza em aspectos tão diversos. É natural que gostemos mais de um em particular, pela forma como se expressa, nas todos os meios de comunicação regionais são notáveis no esforço de levar a voz daqueles que não têm voz, onde ela tem que ser ouvida.


CURIOSIDADES

Livro: “O Principezinho” de Saint-Exupéry
Banda sonora: “Love Story”
Filme: “E tudo o vento levou”
Artista: Zeca Afonso e Sérgio Godinho
Um destino: Grécia
Clube: FC Porto
Interesses: Música e escrita

15 de março de 2011

MULHERES AO VOLANTE

Joana Sottomayor, Lígia Albuquerque e Rosário Sottomayor amadrinharam o V Passeio TT no Feminino

A 5 de Março, por ocasião do V Passeio TT no Feminino/Rádio Brigantia, foram cerca de 18 os jipes conduzidos por mulheres a fazerem-se “aos montes”. Com direito a almoço, em Alfaião, os cerca de 50 participantes puderam desfrutar, na parte da tarde, das paisagens selvagens afectas ao Parque Natural de Montesinho. Como madrinhas de um passeio que se pretende feminino, vieram as profissionais do desporto automóvel Joana Sottomayor, Lígia Albuquerque e Rosário Sottomayor.
“O passeio foi excepcional! Por várias razões: o tempo esteve óptimo, a lama e certas partes do trajecto como a travessia de rios acrescentaram a dificuldade necessária e o convívio foi extraordinário”, afirmou Paulo Afonso, da organização.
Esta 5ª edição beneficiou o Lar de S. Francisco, em Bragança. A instituição que acolhe crianças do sexo feminino em risco recebeu 150 euros em dinheiro e diverso material escolar e de higiene entregue pelas mãos das madrinhas desta iniciativa. O facto das receitas das inscrições reverterem a favor de uma instituição acontece pelo terceiro ano consecutivo.
Este passeio TT decorreu no âmbito das comemorações do trigésimo aniversário do Nordeste Automóvel Clube, entidade que, em parceria com a Rádio Brigantia, organizou o evento motor que rodou no feminino pela região transmontana.


Fotos cedidas gentilmente por Sandra Bento / Rádio Brigantia

APRENDER É DIVERTIDO

Escola Augusto Moreno convoca quase mil alunos para a primeira fase do Projecto Matemática Ensino

A Escola Augusto Moreno conseguiu reunir 994 alunos em Bragança. O objectivo era levá-los a participarem no Projecto Matemática Ensino (Pmate), relacionado com a Universidade de Aveiro (UA). Um projecto que ocorre em duas fases: uma, distrital, que acontece em várias escolas do país, e outra, nacional, que será, depois, na UA. Apenas os melhores alunos, ou seja, aqueles que obtiverem melhor classificação nas provas, serão seleccionados para a segunda fase. De salientar que, a nível nacional, participaram neste teste ao conhecimento cerca de 12 mil alunos.
“Temos três salas preparadas com algum material informático, 33 computadores a funcionar, onde os alunos fazem a prova”, explicou a responsável pelo projecto, Paula Rodrigues, na anterior quarta-feira. Uma espécie de jogo de computador onde os jovens trabalham as suas várias áreas disciplinares.
“Existem diversas provas: uma de 1º ciclo, que envolve Língua Portuguesa, Matemática e Estudo do Meio; depois, outra baseada em Matemática desde o 5º ano até ao 12º ano; temos, ainda, uma prova que é a Rede Bio, onde participam só alunos do 10º e 11º ano; e temos, também, o Dar à Língua que trabalha a Língua Portuguesa”, continuou a docente.
Em Bragança, a Escola Augusto Moreno foi a única a dinamizar este projecto. Mas diferentes escolas no distrito poderiam ter optado por fazer o mesmo. Como isso não aconteceu, houve escolas de outros concelhos que aceitaram o convite proposto pela Augusto Moreno. “O que nós fizemos foi convidar outras escolas da cidade e, também, do distrito a participarem nesta primeira fase. As que responderam ao nosso convite foram Alfândega da Fé, Vimioso, Vinhais, Macedo e as de Bragança”, referiu Paula Rodrigues.

PINELO EM CASCAS E BUTELO

O Centro Cultural e Recreativo de Pinelo organizou um almoço de cascas e butelo através da sua Confraria

Mais de meia centena de pessoas almoçou em Pinelo, Vimioso, no domingo passado. Por ocasião do Carnaval, a “Confraria Gastronómica das Cascas e do Butelo” convidou ao desfrutar de boa música, tocada ao som de bombos e gaita-de-foles, e de uma excelente refeição. Um almoço confeccionado pelos sócios e compadres da confraria, recheado de produtos “da terra”, tipicamente regionais, como o enchido de carne com ossos acompanhado por feijão seco na própria vagem.
“A confraria foi a forma que encontrámos de conseguir reunir os nossos sócios porque metade deles estão fora, em cidades como Bragança, Lisboa ou Porto. Encontrámos, assim, um motivo de reunião para os sócios neste dia”, desvendou João Amado, presidente da actual direcção do Centro Cultural e Recreativo de Pinelo (CCRP), na qual se integra a Confraria. Um motivo que se repete há já três Invernos, apesar da Confraria só ter sido fundada há quatro anos.
"Foi a anterior direcção, no seu último ano de mandato, que fundou a confraria e inseriu o butelo e as cascas, pelo facto de achar por bem fazer essa união dos sócios”, informou o responsável máximo, aos comandos da Confraria há, apenas, três anos. O CCRP foi fundado em 1984, mas esteve parado entre 1991 a 1998, altura em que Carmina Amado Pires e as restantes colaboradoras o reactivaram. “O objectivo que me moveu, inicialmente, foi restaurar a escola da aldeia que estava em péssimo estado e que é, agora, a sede do Centro”, conta a aposentada professora do ensino básico.


Carmina explica aquilo que a motivou: “trata-se de manter os usos e costumes da nossa terra e não deixar que eles caiam no esquecimento. Hoje em dia já se faz menos, mas, antigamente, toda a gente criava o seu porco e fazia o seu fumeiro”. O butelo era, precisamente, o mais importante por causa do roubar do pote no Carnaval. Enquanto ia uma pessoa de cada casa, normalmente, um homem, a limpar caminhos ou a arranjar qualquer coisa que tivesse sido destruído durante esse Inverno, num dia de trabalho comunitário, as mulheres ficavam em casa a preparar o almoço.
“Quando os homens chegavam, a pensar que iam comer um grande repasto, muitas vezes tinham no pote as coisas mais estapafúrdias que pudesse haver, desde tamancos velhos a cebola ou batatas com casca. É uma tradição que já se perde no tempo, mas que, hoje, com menos frequência, ainda se faz”, conta Carmina, que esteve oito anos na direcção do CCRP e que é, actualmente, “uma” dos 12 confrades. “Tem tudo a ver com o butelo porque falamos do Domingo Gordo. A partir de agora não se pode comer carne. Então, aproveitava-se o dia de Carnaval para acabar orelhas, pés e butelos para as pessoas, depois, não terem a tentação, durante a Quaresma, de comer o fumeiro”, conclui Carmina, uma das confrades ao serviço de Pinelo e da própria região transmontana.

UMA REALIDADE NÃO ESQUECIDA

Autarquia vinhaense, conivente em apoio à Terceira Idade, cria 10 postos de trabalho com verba anual de 50 mil euros

No âmbito da prestação de serviços sociais nas áreas de enfermagem, fisioterapia e animação social, a Câmara Municipal de Vinhais (CMV) estabeleceu um protocolo com todas as sete Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) do concelho.
Com efeitos imediatos, trata-se de uma verba anual na ordem dos 50 mil euros que visa a implementação de 10 empregos nas várias IPSS com o intuito de potenciar uma melhoria na qualidade de vida dos seus “clientes” e munícipes, nomeadamente, dos mais idosos.
“Assinámos um protocolo com todas as IPSS do concelho para a prestação de cuidados de saúde primários e de bem-estar às populações nas áreas da animação social, fisioterapia e enfermagem”, fundamentou o edil vinhaense, Américo Pereira. “É um projecto que irá permitir aos utentes das instituições usufruir desses cuidados, mas, também, se pretende, simultaneamente, que a população local possa ser beneficiada”, prosseguiu.


À população sénior, mais ou menos carenciada, serão prestados os respectivos cuidados de saúde, lazer e animação sócio-cultural, para que possam, assim, multiplicar a sua inclusão social. Abrangidos por este projecto, só utentes directos, isto é, nas próprias instituições, são entre 250 a 280 indivíduos. Todos estes “cuidados” partirão dos 10 novos técnicos contratados pelas IPSS, através da autarquia. “Em termos de emprego, a contratação de 10 técnicos superiores é uma questão muito importante, que só foi possível graças ao bom entendimento entre a câmara e as próprias instituições que perceberam a necessidade de colocar estes serviços em favor da comunidade”, explicou o autarca.
A cerimónia protocolar entre a CMV e as IPSS do concelho, que decorreu no passado dia 3 de Março, contemplou Ervedosa, Agrochão, Vila Boa, Vinhais, Moimenta, Vale das Fontes, Idral e Vilar de Lomba