FACTOS
Nome – Paulo Jorge Fernandes Rodrigues
Idade – 40 anos
Data de nascimento – 22 de Abril de 1969
Nascido em - Bragança
Profissão/Patente – Militar / Major de Artilharia
Ofício – Director do Museu Militar de Bragança
ENTREVISTA
1 @ Descreva o seu percurso até chegar ao cargo de director do Museu Militar de Bragança.
R: Licenciei-me em Ciências Militares – Artilharia, na Academia Militar, entre 1988 e 1994. Ao longo da minha carreira, entre outras subunidades, fui Comandante da 1ª Bataria de Bocas de Fogo e posteriormente da Bataria de Comando e Serviços do Grupo de Artilharia de Campanha da Brigada Aerotransportada Independente. Passei, também, pelas seguintes unidades: Regimento de Guarnição Nº 3 no Funchal, Regimento de Artilharia Nº 4 em Leiria, Regimento de Artilharia Nº 5 em Vila Nova de Gaia, e pelo Centro de Recrutamento de Vila Real. Depois, vim para Bragança chefiar o Gabinete de Atendimento ao Público. Além disso, frequentei alguns cursos após terminar a Academia Militar, dos quais destaco o Curso de Promoção a Capitão e o Curso de Promoção a Oficial Superior.
2 @ Como surgiu a oportunidade de se tornar no director do museu?
R: Surgiu pela conjugação de vários factores. Desde a minha formação, passando pela disponibilidade para o desempenho desta função e vontade de continuar o trabalho que os meus antecessores realizaram nesta bela cidade.
3 @ Como director do Museu Militar empossado recentemente, quais são as suas prioridades?
R: O Museu Militar de Bragança é um guardião das memórias do passado para as gerações presentes e vindouras, com a particularidade de ter uma exposição de cariz militar. Assim, as nossas prioridades são: guardar da melhor forma possível os artigos e as memórias do passado para as poder apresentar nos dias de hoje e nos de amanhã; manter a exposição interessante para os nossos visitantes; e tornar as visitas o mais agradáveis possível, de forma a mostrar às pessoas que nos visitam que são bem-vindas para que se sintam bem recebidas.
4 @ E projectos, a curto prazo?
R: Projectos a curto prazo são vários. No ano passado os museus militares tiveram as suas temáticas organizadas e aprovadas de modo a não haver sobreposição de temas e assuntos expostos. As temáticas atribuídas ao Museu Militar de Bragança são: a Fortificação Medieval; Peças de armaria até ao Séc. XVIII; História Militar do Nordeste Transmontano; Invasões Francesas; e Moçambique (Batalhão de Caçadores Nº 3). Desta forma, um dos projectos que temos a decorrer é a adaptação da nossa exposição a essas temáticas, que têm muito a ver com a região em si. Por isso, sentimos uma grande vontade de as conseguir apresentar de forma mais clara possível. Os intervenientes na história local e nacional, ou seja, os nossos antepassados, merecem ver o trabalho da sua vida e as suas acções reconhecidas. Nós apresentamos uma parte da história que faz parte da história de Portugal, e isto é apenas mais uma forma de prestar homenagem a quem fez parte dela. Pois que maior homenagem podemos prestar a alguém senão aquela de reconhecer o que fizeram com o seu esforço e a sua vontade para podermos estar aqui, hoje, como estamos, orgulhosos e reconhecidos perante os nossos antepassados.
5 @ É correcto afirmar que há um empenho da vossa parte na preparação de uma candidatura à Rede Portuguesa de Museus?
R: Sim! De facto, estamos muito empenhados na preparação da nossa candidatura, pois irá trazer várias vantagens, não só ao Museu Militar de Bragança e à Direcção de História e Cultura Militar, onde nos encontramos integrados, mas também à cidade de Bragança. Por exemplo, a divulgação que teremos será mais abrangente, alcançando um maior número de pessoas, o que acabará por atrair mais visitantes. Além da ligação com as várias entidades e museus que, de uma forma ou de outra, estão interligados com a rede portuguesa de museus, será uma mais valia para todos os intervenientes.
6 @ Actualmente, modernizam-se os museus no sentido de atrair um maior número de visitantes. Pensam percorrer esse mesmo trilho?
R: Esse é, precisamente, outro projecto. O de modernizar a forma como apresentamos a nossa exposição aos visitantes, com recurso à adaptação das novas tecnologias, com as quais estamos cada vez mais habituados a contactar, com vista a continuar a acompanhar a evolução dos tempos e a conseguir transmitir a informação da forma mais clara. O facto de nos encontrarmos instalados na Torre de Menagem deste magnífico Castelo desafia-nos a isso mesmo, a continuar a fazer por estar o mais à frente na tecnologia tanto quanto possível. Na época medieval, os castelos e fortalezas recorriam aos avanços técnicos e saberes mais actuais para uma maior eficácia. Seria um grande desprestígio da nossa parte se não mantivéssemos esse mesmo espírito e vontade. Assim, estamos neste belo museu como guardiães e conservadores das memórias do passado militar desta nossa gloriosa Nação.
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