Dupla homenageada em exibição da peça “Vai-se andando” no âmbito do 27 – Festival Internacional de Teatro
Foi descerrada a placa em homenagem a José Pedro Gomes e António Feio, dia 10 de Abril, no foyer do Teatro Municipal de Bragança. A placa, colocada ao lado de outros dois grandes nomes, Eunice Muñoz e Maria do Céu Guerra, pretende homenagear dois actores que têm vindo a acompanhar a história do teatro, desde a sua abertura, há 7 anos atrás, com peças como “Conversas da Treta” e “Verdadeira Treta”. Só é de lamentar a não comparência de António Feio, que daria um outro brilho a toda a cerimónia.
No mesmo dia em que se estreou na cidade, a peça “Vai-se andando”, encenada por António Feio e interpretada por José Pedro Gomes, e escrita por Alberto Gonçalves, Eduardo Madeira, Filipe Homem Fonseca, Henrique Dias, Luísa Costa Gomes, Marco Horácio, Nilton, Nuno Artur Silva e Nuno Markl, assume uma posição repetitiva evidenciada pela orientação de maldizer dos portugueses. Mas faz sempre bem rir-mo-nos de nós próprios.
“Estes anos todos tenho tido alguma inveja dos colegas que têm o nome numas placas, agora, já posso dizer que eu também tenho. Não estava à espera que fosse em Bragança, mas é um prazer enorme uma homenagem destas”, declara o sempre bem-disposto José Pedro Gomes.
A peça, que teve a duração de quase duas horas, lotou o teatro brigantino, com um humor fácil e arrancando gargalhadas várias e sonoras entre o público mais descontraído.
“Vai-se andando”, que passou, primeiro, pelo Teatro Municipal de Vila Real, na sexta-feira passada, tem um teor reflectivo sobre o povo português, desde a época dos descobrimentos, até à miscigenação que se vive, actualmente, em Portugal, com vários povos e raças a confluírem num só país, o nosso. O galo de Barcelos, um dos símbolos nacionais, contracena com José Pedro Gomes, representando um povo português que diz pouco, faz menos ainda, mas canta sempre de galo.
Quanto ao 27, Festival Internacional de Teatro, a directora do teatro, Helena Genésio, salienta: “investimos muito neste festival, na qualidade, na inovação, na vinda de novas companhias, até ao momento, é uma aposta ganha e, ainda, nem vai a meio”.
A directora prefere destacar os espectáculos que se seguem, “Olá e adeusinho”, encenado por Beatriz Batarda, no dia 22 de Abril, “Wonderland”, do Teatro de Marionetas, no dia seguinte, a 23, e “Pinóquio”, uma peça “para o público infantil muito divertida”, refere Helena Genésio.
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