17 de janeiro de 2012

VITÓRIA SACADA A FERROS

G. D. Bragança  1
Vila Verdense F. C.        0


Estádio: Municipal de Bragança
Árbitro: Pedro Oliveira

GDB: Ximena (GR); Pedrinha, Rui Gil (Cap.); Toni, Vilaça, Ricardo Gomes, Karaté, Mobil, Kapelo, Tansir, Miguel Lemos, Nélson, Vítor Hugo, Luís Rodrigues, Valadares, Ltcha, Branquinho, Jaime.

TREINADOR: MARCELO ALVES
 

Vila Verdense: Miguel (GR, Cap.); Sérgio, Gel, Ribeirinho, Fábio Pimenta, João Oliveira, Mingos, Kazeem, Alexandre, João Paulo, Paulinho Lopes, Márcio, Luisinho, Lomba, Rafa, Armando, Pi, Carones.

TREINADOR: NÉLITO

Ao intervalo: 0 – 0
Golos: Miguel Lemos 40”
Cartões amarelos: João Paulo 39”, Sérgio 45” 

Remate de Miguel Lemos a cinco minutos do fim dá golo e salva o GDB de um empate quase certo
 
A nona jornada do Campeonato Nacional da 3ª Divisão – Série A teve uma particularidade interessante. O confronto entre duas equipas que, com 17 pontos cada, repartiam o terceiro lugar na tabela classificativa. Frente a frente, Grupo Desportivo de Bragança (GDB) e Vila Verdense, num jogo onde só a vitória interessava.
A partilha da mesma posição fazia antever um encontro muito equilibrado e foi precisamente isso que aconteceu. A formação minhota pareceu ter entrado com uma maior disposição de vencer, não se limitando a jogar à defesa e abrindo tacticamente para tentar a sua sorte. Mas entre uma e outra equipa as diferenças não foram assim tão convincentes e, a primeira parte, não proporcionou a nenhuma delas uma clara oportunidade de golo.
Ainda foram bastantes os adeptos nas bancadas a assistirem a uns 45 minutos iniciais em lume brando. Resumindo, jogadas sem perigo, muita disputa de bola a meio campo e uns remates de fora da área não chegaram sequer a colocar em risco o 0 a 0 do marcador.
Descontente com a arbitragem, vaiada por diversas vezes em lances algo mais polémicos, o público ansiava por uma segunda parte bem melhor, mas nos primeiros 15 minutos viu mais do mesmo, ou seja, uma completa escassez de ataques concretos. A partir daí, o GDB subiu de nível, lançando-se na ofensiva e subindo as suas linhas para o meio campo adversário. E bem que tentou penetrar na resistente defesa minhota, mas sem nunca conseguir quebrar com sucesso o cordão defensivo cor de alface.
Depois da equipa bragançana ter esgotado as substituições com as entradas de Branquinho, Jaime e Luís Rodrigues, por Toni, Mobil e Kapelo, aos 26”, 31” e 35”, respectivamente, antecipavam-se boas perspectivas para a vitória do GDB pelo andamento do jogo. E foi então que, aos 39 minutos, a equipa liderada por Marcelo Alves desperdiçou uma oportunidade de ouro. Na grande área vila-verdense, João Paulo cometeu falta sobre Tansir e o árbitro não teve qualquer dúvida em assinalar grande penalidade. Mas Karate falha inacreditavelmente para, no minuto seguinte, o número 27, Miguel Lemos, marcar o primeiro dos bragançanos num remate que apanhou desprevenido o guarda-redes visitante. Estava feito o 1 a 0, que se manteria até ao final.  
Um resultado justo visto que, depois de uma primeira parte equilibrada, o GDB conseguiu ter um claro ascendente sobre o seu adversário, sobretudo, na última meia hora de jogo, fazendo mais pelo jogo e, consequentemente, pelo golo, marcado a cinco minutos do fim. 

  

Reacção dos treinadores 

João Genésio:
“Estávamos avisados para o valor que o Vila Verdense possui, sabíamos que viriam aqui com as linhas fechadas e tivemos algumas dificuldades. Mas com a nossa persistência e com a nossa qualidade de jogo conseguimos criar oportunidades suficientes para marcar golo. Isso só aconteceu mesmo no fim, mas hoje tivemos aquela estrelinha da sorte que tanto nos tem faltado nos jogos até aqui. E falhámos uma grande penalidade, daí pensar que o resultado peca por ser escasso.”

Nélito:
“A primeira parte foi muito equilibrada. Como competia à equipa da casa vir mais para a frente à procura do golo, é lógico que pressionou mais um bocado, mas nós também podíamos num lance ou noutro de contra-ataque que se as coisas nos tivessem corrido bem, de certeza que poderíamos ter marcado, pelo menos, um golo. Penso que o Bragança não foi muito melhor que nós, não fez nada além do lance da grande penalidade e depois aconteceu o golo em que a bola foi levada com a mão. Temos o sentimento que podíamos ter feito mais qualquer coisa.”


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