Mega operação da GNR “impediu”
que a Fashion Party de Miranda do Douro fosse um autêntico sucesso.
Okan Yasin, o duplo oficial do célebre
compositor e cantor norte-americano Pitbull, Anne Queen, intérprete nacional do
hit de Verão, “I Wanna”, em palco com o dj Stefano Bulgar, produtor do mesmo
tema,
foram os artistas publicitados como sendo os
principais atractivos da primeira Fashion Party realizada no Pavilhão Multiusos de
Miranda do Douro. Para além dos protagonistas convidados e dos djs Big Master M, de Vila Real, e
Murphy, duas repórteres da revista
erótica “Penthouse”, mais duas bailarinas e um bailarino evidenciaram outros
interesses através dos seus atributos físicos que deram toques de exotismo e sensualidade à
movida nocturna de um recinto exterior especialmente concebido para o efeito e que se pretendia repleto de gente. Com
quatro bares e segurança quanto baste, 16 mil watts de som elevaram a batida. Enquanto
que, 10 robôs, 8 barras led, 4 strobs e 3 lasers, complementaram o cenário de
luz artificial, que contrastou com a beleza natural das “poucas, mas boas”
representantes do sexo feminino presentes.
E numa noite, supostamente, reservada à celebração da moda,
do Verão, do amor e da amizade, todos os discos conjugados teriam dado uma
mistura perfeita, não fossem outros os planos das forças policiais aquém e além
fronteira. Com um avultado investimento de
oito mil euros, a principal responsável pela organização da Fashion Party ficou
indignada com o comportamento “exagerado” da GNR que, nessa madrugada, actuou
em consonância com a “Guardia Civil” espanhola. “Cercaram a cidade e a festa.
Estiveram no acesso ao pavilhão até quase às 6 horas e nós tínhamos licença para
operar até às 8 da manhã. Claro que assustaram toda a gente. Foi uma pouca
vergonha”, expressou Maria Penascais.
“Tentamos dinamizar a cidade com
projectos interessantes e a polícia que é que faz? Favorece o governo nas suas
políticas de desertificação. Como é que depois querem que as pessoas venham
para o interior se aqui são perseguidas como criminosas só por se tentarem
divertir?”, sustentou, revoltada, a também proprietária do Rochedo Bar, um dos
espaços noctívagos mais concorridos daquela região transfronteiriça.
Realizado no sábado transacto, o evento contou,
ainda, com a participação elogiosa do Clube TT Miranda-AN-Ruodas, que
disponibilizou vários jipes e motas eficientemente colocados ao ar livre, em
redor do recinto, criando a ilusão de um cenário mecânico e futurista, cuja
banda sonora é a house music com a sua batida vinda dos primórdios, dos
tambores artesanais de origem selvagem e primitiva.
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