Dezenas de motards brigantinos
rumam até ao Algarve todos os anos para aquela que é considerada uma das
melhores concentrações europeias de Verão
Quase vinte mil pessoas passaram pela 31ª Concentraçao Internacional de Motos de Faro, que decorreu entre 19 e 22 de Julho. Da capital do nordeste parte todos os anos, sem excepção, um conjunto de amigos de motards que vive intensamente a paixão pelas duas rodas. O grupo organizado com cerca de 16 elementos, todos de Bragança, dividiu-se em dois. Sendo que, o primeiro partiu na quarta-feira, para tratar da logística do acampamento. Este ano, o responsável pela preparação e delimitação do espaço foi o professor António Sá. Com 700 quilómetros sobre o asfalto de Bragança a Faro, o segundo grupo constituído por seis motards partiu na quinta-feira, pelas 9:30, e passou por Lisboa, onde se juntaram mais cinco motards que, apesar de estarem na capital a trabalhar, são transmontanos. Depois de um almoço para retemperar forças na Ericeira, seguiram em conjunto para Faro onde chegaram por volta das 21 horas. Aí reuniram-se com o restante grupo que havia partido antes e que guardou o espaço onde todos pernoitaram durante as várias noites do evento.
Em termos de logística, os
motards brigantinos levaram pouco mais que uma tenda e um saco-cama. “Quando chegámos já tínhamos o
sítio guardado pelo grupo que foi no dia anterior. Só levámos as tendas e os
euros no bolso”, afirmou Rui Martins, que fez o balanço da concentração: “achei
que havia menos motas e vi muitos grupos a irem de carro para dividirem as
despesas da gasolina e portagens. Faro vale sempre a pena, pois é um local onde
vês todo o tipo de gente e é muito interessante. Depois, há excelentes
concertos e muita animação”. Para o proprietário de uma Yamaha FJR 1300, a sua noite
preferida foi a de sábado, em que actuou Billy Idol. “Foi fantástico!”, referiu
Rui, que já marca presença na concentração de Faro há 10 anos, tendo só falhado
uma ou duas pelo meio.
Para além do músico britânico,
já com 61 anos, estiveram em palco também Apocalyptica, Aurea, GNR, WarCry e
Noidz.
Sérgio Afonso foi outro dos
motards que partiu na quinta-feira para Faro. “No recinto havia de tudo:
restaurantes, concertos, bares, bebidas, não faltava nada. Agora, durante o
dia, optávamos por sair e como somos transmontanos, aproveitávamos para fazer
praia e íamos para a ilha de Faro”, sublinhou. Dono de uma Honda GoldWing, foi
pela primeira vez em 2005, numa altura em que a Concentração de Faro, uma das
mais emblemáticas do país, comemorava os seus 25 anos, as suas bodas de ouro.“No próximo ano, voltarei a
fazer todos os esforços para poder ir, se bem que a conjunctura está um bocado
difícil. Ir a Faro é muito caro, muito mesmo”, destacou. Os dois amigos, Rui e
Sérgio gastaram ambos uma média de 500 euros de orçamento para poderem ir à
Concentração. “Este ano, fruto da crise,
decidimos fazer a viagem de regresso pelo país vizinho para tentarmos poupar um
pouco mais em portagens e também em combustível. Andámos mais 150 km, mas a
viagem compensa. Só o facto de ser sempre auto-estrada é que acaba por maçar um
bocadinho mais”, concluiu Sérgio, que continua a recomendar ”vivamente” aquela
que, para ele e para muitos, continua a ser uma das melhores concentrações a nível internacional.
Os motards Sérgio Afonso e Rui Martins
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