10 de dezembro de 2010

MUSEU ALTERNATIVO

Dupla feminina da Agent Ribbons invade o frio do Museu Abade de Baçal com as elevadas temperaturas da Broadway norte-americana

Foi no feriado do dia 1 de Dezembro que o Museu Abade de Baçal abriu as suas portas para receber Agent Ribbons. Da cidade de Austin, no Estado norte-americano do Texas, vieram Natalie Gordon, na voz e guitarra, e Lauren Hess, na bateria. Na promoção do seu segundo álbum, que saiu há, apenas, duas semanas atrás, a sua música, baseia-se no pop garage, com um sentimento de cabaret.
Com origem em Sacramento, Califórnia, mudaram para Austin devido ao terceiro elemento da banda, a violinista/violoncelista Naomi Cherie, que abandonou, recentemente, a banda. Mas decidiram permanecer na cidade texana por outros motivos. “Austin tem uma excelente cena musical e como está localizada no meio do país, torna-se fácil para nós fazermos digressões, quer para a Costa Este, quer para a Costa Oeste”, revelou Natalie.
A dupla da Agent Ribbons, já em Outubro de 2009, havia estado em Bragança, denunciando uma paixão pela história que a acolhe. “É muito fria, mas, também, muito bonita, com o castelo ali atrás e este edifício onde estamos... Os Estados Unidos são tão diferentes porque só têm pouco mais de 200 anos de história. Portugal não! Aqui há tanta história!”, disse Lauren, nos momentos que antecederam o concerto.


Nuno Fernandes, promotor do espectáculo, falou ao Jornal Nordeste do panorama alternativo da cidade. “Há três anos que faço este género de trabalho. Com a Agent Ribbons, posso dizer que já trouxe a Bragança 112 bandas em espaços como o Museu Abade de Baçal, o Central Pub, o Espaço Domus e o Klaustrus Bar”, afirmou o responsável.
Quanto à receptividade do público brigantino, Nuno revela que depende dos concertos e da data dos mesmos. “Sendo este um tipo de som alternativo, varia muito conforme a data. Convenhamos que o pessoal alternativo de Bragança está fora da cidade e, normalmente, aderem mais essas pessoas que não estão cá e que só vêm em época de férias como o Natal e a Páscoa. É sempre diferente!”, confessa.
Conseguir trazer bandas com projecção internacional, tem a ver com facto de estarem inseridas num circuito. “Bandas como a Agent Ribbons passam por Bragança porque estão inseridas numa tour europeia e a nossa cidade acaba por ser um ponto estratégico, pois está situada entre Porto e Madrid. Nós só aproveitamos esse facto!”, declara Nuno Fernandes, um dos obreiros do cenário alternativo da Capital do Nordeste.



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