Apesar das críticas de muitos motards, o responsável pela concentração respondeu com um sábado “completamente cheio”.
Com um orçamento próximo dos 20 mil euros, a XXI Concentração Internacional de Motos de Bragança registou, aproximadamente, mil inscritos. Um número muito aquém dos alcançados em edições anteriores, mas que foi desvalorizado pela entidade organizadora do evento, o Motocruzeiro. “Esta concentração está a correr com algumas dificuldades, não em termos organizativos, mas há a sensação de que, ou não foi feito tudo, ou então, de facto, há crise e há dificuldades por parte de muitas pessoas. Motards que eram habituais, que vinham ano após ano e que, este ano, não vieram”, explicou o presidente do moto clube, Francisco Vara, lamentando a inexistência de quaisquer apoios.
Contudo, um número de participantes bastante inferior às expectativas criadas por muitos fez soar um coro de críticas a que Francisco Vara respondeu. “A esses desafio-os a virem cá! Mas não vêm há vários anos e porquê? Porque esses tentam fazer tudo para que a concentração acabe. Só que depois quando chega a noite de sábado, a concentração fica cheia. E mais uma vez eles não venceram”, defendeu.
As críticas ao actual presidente têm vindo a fazer-se sentir, sobretudo, desde as últimas eleições. “A mim, eles não conseguem destruir. Nem me conseguem ganhar umas eleições há 20 anos, nem sequer gente conseguem para fazer uma lista”, ironizou Francisco, que concorreu em lista única à direcção do Motocruzeiro. Ciente da oposição, o responsável não desarma. “Esses a mim não me incomodam porque eu tenho muito mais valor, capacidade, atitude e responsabilidade. A mim não me tocam! Sou muito mais que essas pessoas! Também não são muitas, mas algumas, eu sei”, arremessou Francisco.
Apesar da escassa afluência na noite de sexta-feira, mesmo com a actuação da banda brigantina Black Dog, contaram-se no recinto cerca de 5 mil entradas no somatório do passado fim-de-semana. A chuva que se fez sentir sábado de manhã fez a organização temer o pior. Mas tudo não passou de uma ameaça por concretizar. A maior surpresa desta edição estava mesmo reservada para a noite, com o Passeio nocturno a conseguir reunir centenas de motas. A população da cidade acabou por aderir aos festejos reunindo-se nas bermas de ruas e avenidas, saudando os motards à sua passagem. “No passeio, havia imensa gente, o que se acabou por se confirmar depois no recinto. Estava completamente cheio! Foi um bom espectáculo com muita gente, grandes pilotos, shows de freestyle e as bandas. No fundo, um saldo bastante positivo”, sublinhou o responsável.
No aquecimento do asfalto, por três ocasiões distintas, estiveram Humberto Ribeiro, Bruno Carioca e Fábio Bitoca em freestyle. Mas foram os grupos musicais que actuaram ao longo das duas noites, como o “Nordeste Som” ou o “Aguarela”, a arrecadarem a maior fatia do orçamento, cabendo a cada um três mil euros. Outro dos destaques vai para a tenda da Ducati que trouxe à capital de distrito uma dezena de motas referência da marca, inclusive uma a correr no campeonato nacional.
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