22 de agosto de 2011

SÓ DÁ FUTEBOL


Pólos desportivos da cidade necessitam de verba de 75 mil euros para manutenção e recuperação

Num levantamento sobre o actual estado dos pólos desportivos da cidade de Bragança, o Jornal Nordeste detectou que a grande maioria das infra-estruturas estavam danificadas ou, pelo menos, não reuniam as condições ideais para a prática desportiva. Apesar da grande maioria contemplar, inicialmente, outros desportos que não o futebol, facto é que só o “desporto rei” encontra eco na maioria dos espaços.
De todos os pólos desportivos verificados, o do Bairo de São Sebastião é o único pertencente à Junta de Freguesia de Santa Maria, enquanto que os restantes oito estão sob a tutela da Junta de Freguesia da Sé (JFS). São eles o do Bairro Artur de Mirandela, Campelo, Coxa, Cubanos, Formarigos, Pinhal, Previdência e Bairro do Sol.
Na grande maioria dos campos, o ténis ou o basquetebol não é uma opção como estaria previsto, dado as próprias tabelas parecerem ter sido arrancadas e as redes terem desaparecido. Outros recintos têm as suas portas de acesso estragadas ou o gradeamento danificado. As marcações do pavimento, essas, ainda se encontram bastante visíveis.
“Desde 1997 que a Junta decidiu tentar cobrir toda a área da freguesia com oito pólos desportivos. Em todos os nossos mandatos, de 4 em 4 anos, fazemos uma grande recuperação dos pólos desportivos. Aliás, notória ainda nalguns ao nível do pavimento e da pintura”, explanou o presidente da JFS, Paulo Xavier. No entanto, pequenas intervenções são levadas a cabo de tempos a tempos. “Pontualmente, vamos aos campos fazer certos arranjos de reduzida dimensão. Por exemplo, o arranjo das portas e das grades acontece amiúde”, salvaguardou.

 Paulo Xavier não acredita que haja vandalismo em Bragança, mas antes “pequenos distúrbios”

De acordo com o autarca, a última “grande recuperação” foi realizada há três anos, mais precisamente em 2008. A próxima está prevista acontecer, ainda, para este ano. Isto se a Câmara Municipal de Bragança (CMB) responder afirmativamente ao pedido feito no passado mês de Abril pela JFS, para um montante de 75 mil euros que se destina à manutenção dos oito pólos desportivos. “Este ano, poderemos vir a proceder a uma grande recuperação se o orçamento municipal contemplar uma verba própria para recuperação e conservação dos pólos da área da freguesia. Logo que o município disponibilize essa verba, procederei de imediato aos arranjos necessários”, garantiu o responsável.
Para além do desgaste normal a que estão sujeitos, os campos são frequentemente alvo de vandalismo. Sendo certo que existem certas estruturas desportivas que cedem muito mais facilmente aos danos provocados de forma propositada como as tabelas de basquetebol, a JFS pondera, agora, a possibilidade de não se voltar a colocar nenhuma ou, então, a sua reimplantação em menor número. Em certos espaços, existiam quatro tabelas para a prática do basquetebol e, neste momento, não resta nenhuma. Nesses casos, a JFS prevê voltar a instalar apenas duas.
Outra das soluções que Paulo Xavier contempla é a celebração de um protocolo entre a autarquia e a JFS para a desconcentração de poderes. Um acordo que daria mais autonomia à Junta e lhe permitiria proceder a esses pequenos arranjos sem necessitar de esperar pela aprovação da CMB. “Não temos verbas suficientes e o Fundo de Financiamento das Freguesias, que vem do estado, é para as despesas correntes, de gestão e com os recursos humanos. O município poderia celebrar um protocolo de desconcentração de poderes para a freguesia fazer essas pequenas obras”, defendeu o responsável.



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