Festa de Verão condicionada pela alteração de local, após autarquia brigantina negar licença para a sua concretização nas piscinas.
Registaram-se perto de cinco mil entradas na festa de Verão Bragança Live To Dance. Com um orçamento de 20 mil euros, Lucenzo foi o cabeça de cartaz de um público maioritariamente constituído por jovens emigrantes. Mas a “quality star” do evento não fascinou, repetindo ritmos numa actuação que não durou uma hora. Contudo, para os promotores da iniciativa, a aposta estaria ganha se tudo tivesse decorrido como inicialmente planeado. A festa estaria prevista acontecer nas Piscinas do Clube Académico de Bragança. No entanto, a autarquia negou o pedido da Associação Académica do Instituto Politécnico de Bragança (AAIPB), entidade organizadora, e o evento teve, assim, de ser transferido para o NERBA. Um espaço fechado que pouco ou nada a ver tem com uma festa de Verão, onde dois dos maiores requisitos são, precisamente, a água e o ar-livre. O cenário idílico traduzido nas piscinas viu-se, desta forma, manietado por um contratempo que deixou a organização, no mínimo, insatisfeita. “Pretendíamos que esta fosse uma festa de Verão, mas não num sítio coberto. Não era bem aquilo que nós queríamos, mas somos persistentes e vamos até ao fim”, afirmou o presidente da AAIPB, Rui Sousa. “Se a festa tivesse sido no local inicial, não duvido que teríamos o dobro ou o triplo das pessoas”, confessa o responsável. Questionado sobre qual a justificação dada pela autarquia, Rui referiu que há três versões distintas. “Eu já ouvi três versões diferentes porque é que a festa não foi nas piscinas. A versão que me deram a mim, ao Académico e a que corre na cidade. A mim disseram-me que foi por causa de queixas dos vizinhos”, explicou.
Na opinião de Rui Sousa, se algo de positivo surgiu deste evento foi a união das duas discotecas concorrentes da cidade, que, nesta iniciativa, colaboraram em uníssono para o mesmo objectivo. “A ideia partiu da AA e lançámos o desafio às discotecas da cidade. É uma coisa engraçada e que as pessoas até devem ter orgulho que é juntar as duas casas comerciais da noite para organizar este evento”, afirmou. Mas nem a união das duas casas mais requisitadas da noite brigantina fez lotar o NERBA ou convencer a autarquia. Com entradas a 7 euros, o espaço parecia quase vazio. Um facto que se deve à grande amplitude das instalações, apesar de se terem vendido centenas de ingressos.
“Se elas trazem certos nomes às suas casas, porque não juntarem-se as duas e trazerem uma coisa melhor para fazermos uma festa maior. Bragança merece!”, defendeu o dirigente máximo da academia.
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