Condições meteorológicas atrasam por um dia a concretização da noite principal das Festas da cidade de Bragança
Como sempre acontece, todos os anos, o arraial deveria ter sido no domingo. Mas, pela primeira vez na história das Festas da Cidade de Bragança, a noite principal foi adiada para segunda-feira. O Instituto Português de Meteorologia havia avisado que, no continente, sobretudo, no interior norte, poderia haver aguaceiros fortes e trovoada. E se a população já esperava por um arraial molhado no domingo, o vento que se fez sentir fez daquela noite uma de tempestade em que o risco envolvido era demasiado. Rajadas fortes de vento poderiam interferir com as estruturas montadas em palco e mesmo a chuva tempestuosa poderia fazer perigar todo o evento já que água e energia eléctrica, simplesmente, não combinam.
Sem qualquer conhecimento prévio do adiamento do concerto de José Cid com Paulo Bragança, os populares rodeavam o Eixo Atlântico no domingo à noite, tentando perceber a falta de música e contribuindo para uma confusão generalizada. Perto da meia-noite, nas partes mais altas da cidade como, por exemplo, no Vale Chorido, centenas de carros esperavam pelo fogo-de-artifício. Fogo esse que não se concretizou, sendo adiado também por decisão da Câmara Municipal de Bragança (CMB) para a noite seguinte.
“As condições climatéricas não permitiram que o espectáculo se realizasse e, também, não era possível que as pessoas estivessem aqui a apanhar chuva durante o temporal. Ou se anulava ou se adiava. Decidimos, então, adiar para hoje”, justificou o edil brigantino, Jorge Nunes. Uma decisão que contou com o apoio de todas as entidades envolvidas. Inclusive, dos artistas que cederam, assim, aos caprichos meteorológicos. “Felizmente, houve a concordância simpática por parte dos músicos e do responsável pelo fogo-de-artifício e tudo se conjugou. São Pedro também ajudou e a noite esteve excelente”, enalteceu o presidente da CMB.
Apesar do evento ter sido adiado, certo é que o recinto do Eixo esteve completamente lotado no último dia das Festas da Cidade. No regresso tão aguardado de Paulo Bragança aos palcos, o fadista brigantino actuou em dueto com José Cid, emprestando a voz à sua alma e comovendo a saudade. Os presentes souberam reconhecer a importância do momento e aplaudiram o artista transmontano efusivamente.
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