Politécnico em basquetebol teve
um bom desempenho no campeonato universitário, mas falhou por tardar no início
dos treinos.
A equipa de basquetebol da
Associação Académica do Instituto Politécnico de Bragança (AAIPB) voltou a
participar no campeonato organizado pela Federação Académica de Desporto
Universitário (FADU). Assim, ao longo do ano lectivo, houve dois torneios em
que várias equipas se procuraram classificar para a Final Nacional, disputada,
depois, em Braga.
No primeiro, a 16 e 17 de
Novembro, realizado na cidade da Covilhã, a preparação da equipa brigantina
havia sido quase inexistente. “Houve uma preparação muito curta. Tivemos,
apenas, dois treinos onde foram feitas as captações da equipa entre 40
jogadores e escolhemos 18. Depois, um bocado à pressa e sob pressão, com os
outros dois treinos seleccionámos 10 para representar o Politécnico”, afirmou o
técnico da equipa. De acordo com Pedro Forte, para além da dificuldade na
aquisição de um espaço físico onde pudessem treinar, os jogadores praticamente nem
sabiam o nome uns dos outros. “Foram-se conhecendo durante a viagem”, revelou.
No seu grupo, a AAIPB perdeu contra as equipas das Associações Académicas das
Universidades da Beira Interior e Aveiro, vencendo, somente, o encontro contra
a formação da Universidade do Algarve. Na classificação, a equipa anfitriã
conquistou o primeiro lugar, depois veio Aveiro e, em terceiro, ficou a equipa
transmontana. Como só passavam os dois primeiros, que jogaram depois com os
dois primeiros do outro grupo, a AAIPB não alcançou a fase seguinte que
decorreu no segundo dia da competição. A vencedora final do primeiro Torneio
foi mesmo da cidade que o acolheu, enquanto que a formação do politécnico
brigantino se quedou pela quinta posição.
Natural de Cervães, Braga, o
estudante de 21 anos que chegou a treinador no âmbito do estágio curricular,
asseverou que, no segundo torneio, que decorreu nos dias 1 e 2 de Março, desta
feita em Aveiro, a história foi bem diferente. “Já tínhamos outra preparação e
mesmo os resultados foram diferentes. E mesmo nos dois jogos que perdemos, um
foi por 7 e outro foi por 8 pontos. Isso em basquetebol não é nada. Houve uma
evolução clara”, garantiu o técnico.
Contra a Universidade de
Coimbra, do Algarve e da Covilhã, a AAIPB só conseguiu, também, uma vitória,
tendo ficado na terceira posição e não se classificando para a fase final do
torneio. Depois de feitas as contas, no final dos dois Torneios, a formação da
capital do nordeste ficou em sexto lugar. Apesar de ter tido os mesmos pontos
que a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, esta última ficou na quinta
posição, pois tinha marcado mais cestos ao longo dos dois torneios e teve
direito a ser repescada. Na Final Nacional, a grande vencedora foi mesmo a
Universidade do Minho.
Mas o trabalho deu os seus
frutos e a união entre os jogadores tornou-se mais que evidente. “Os jogadores
mantiveram-se fiéis aos treinos, tinham vontade de competir e de se afirmar no
torneio e isso foi-lhes reconhecido. Éramos um grupo muito forte que jogava com
o coração!”, continuou, elogiando o espírito de equipa que se criou entre os
jogadores a seu cargo.
Na opinião do estudante de
Desporto, que está prestes a concluir o terceiro e último ano do curso e já se
prepara para tirar o Mestrado em Exercício e Saúde, a qualidade da sua equipa
era inegável. “Já tinham muita escola e bastante técnica individual. Não tinham
era preparação física. Agora, eles não se conheciam, nem o tipo de jogo de cada
um. Ou seja, o problema não era em termos individuais, era em termos do colectivo”,
esclareceu Pedro Forte.
No próximo ano, Pedro Forte
pretende ceder o seu lugar de treinador. “Gostava de continuar ou como jogador
ou como mero adjunto do novo treinador para ajudá-lo no que fosse possível
através das vivências que tive ao longo do ano”, admitiu. “Da mesma forma eu
tive a oportunidade de vivenciar isto, acho que outros também a devem ter e o
que não falta é gente com capacidade, até se poderia dizer tanta ou mais que
eu, mesmo aqui no IPB”, continuou, modestamente.
Que o projecto ficou
estruturado de forma a ser mantido, ninguém tem dúvidas. “Está programado de
forma a que, em Setembro, reabra outra vez com a equipa. Um recomeço de
continuidade. A própria AA mostrou-se com vontade de seguir com o projecto,
mostrando o peso do IPB no desporto universitário. Algo que antes não era
observável”, terminou o, também, treinador de Ginástica Desportiva do Clube
Académico de Bragança.
Pedro Forte
Sem comentários:
Enviar um comentário