Apresentado no Eros Porto o primeiro filme interactivo para adultos do Mundo
No Pavilhão Multiusos de Gondomar, de 4 a 7 de Fevereiro, decorreu o III Salão Erótico do Porto, um evento que contou com a sensualidade de uma centena de profissionais distribuídos por 8 palcos, com performances eróticas em directo que garantiram fantasia e entretenimento.
Um dos principais acontecimentos foi, precisamente, o lançamento mundial do primeiro filme interactivo para adultos, iPorno, o que comprova a importância de um acontecimento, já consolidado, na apresentação de novos artigos e produtos desta indústria.
Produzido pela Hotgold, esta nova geração de filmes permite múltiplas opções inovadoras de interactividade. Com o iPorno, o telespectador pode escolher a mulher, o homem, a situação e a cena de sexo que deseja ver, permitindo-lhe, dessa forma, criar o seu próprio filme. Realizado, em Portugal, pelo espanhol Max Cortés, no final do ano passado, o iPorno Vol1 Casais é o primeiro da colecção e conta com 4 actrizes internacionais, Carla Cox, Lea Magic, Daria Glower e Yoha. Neste volume, existe a possibilidade de escolher entre 4 mulheres e quatro homens, uma variedade de 16 diferentes cenas Homem/Mulher, num total de 48 acções realizadas em ambientes diferentes.
Serão também lançados, brevemente, o iPorno Vol2 Trios e Lésbicas e iPorno Vol3 Fantasias. Os visitantes puderam experimentar estas aplicações recentes num stand especialmente dedicado à demonstração e promoção do iPorno, onde estiveram Yoha e Max Cortés.
Juli Simón, director do Eros Porto e também o principal organizador do Eros Lisboa, desmistifica este evento, “começámos há 5 anos atrás e a verdade é que fomos muito bem acolhidos, quer pelo público, quer pelas empresas do sector, bem como pela sociedade em geral, inclusive por parte da comunicação social.” Este empresário espanhol é também responsável pelo Festival Internacional de Cinema Erótico em Barcelona, para além de outros eventos em Espanha, na Corunha, México e na Argentina, em Buenos Aires, todos relacionados com a indústria do erotismo, num total de 8 acontecimentos anuais. “Este ano, organizaremos, pela primeira vez, um festival em Angola, e todos os locais são diferentes. Mesmo entre o Porto e Lisboa, apesar de algumas semelhanças, são fenómenos completamente distintos, assim como as sociedades que os acolhem terem as suas particularidades, mesmo na forma de entenderem a sexualidade”, revela Juli Simón.
O Eros Porto tem conhecido a consolidação ao longo dos últimos três anos, afirma o responsável, “este evento tem uma lógica muito própria, é como o Salão Automóvel, ou seja, desempenha um papel fundamental para artistas, empresas e lançamento de novos produtos, sejam filmes ou acessórios sexuais, por isso, é para manter e, acima de tudo, crescer, de resto, é o que tem sucedido.”
Sá Leão, um dos convidados de honra, ex-realizador de filmes para adultos, desempenhou um papel de animador nos últimos três anos do Eros Porto , “venho aqui para dar o meu melhor, fazer o meu trabalho, e também divertir-me. Agora que deixei de lado a indústria pornográfica, concentro-me na animação e estou em tournée com as meninas do Cat´s Club”, declara. Quando questionado sobre o que pensa deste tipo de iniciativas, o animador, bem conhecido do público português revela, “é óptimo, constatamos que há cada vez mais mulheres sozinhas e estes eventos são, especialmente, para elas, como podemos observar hoje aqui pelo muito público feminino presente.”
Outra grande aposta, verificou-se ao nível da interactividade com o público, em que diversos concursos e propostas desafiaram a ousadia dos nortenhos, bem como variadas actividades propuseram ao próprio visitante vestir a pele de protagonista, de que são exemplos a realização de um filme pornográfico ou a produção de uma sessão fotográfica.
A Itália teve honras de país convidado, com uma montra especial pejada de actrizes transalpinas de renome a deliciarem o muito participativo público português presente.
Outras novidades passaram pelo regresso do universo fetish e do sushi erótico, servido em corpo de mulher adornado (Nyotaimori). Uma tradição secular japonesa, pertencente à cultura Geisha e entendida como uma forma de arte, baseada na ideia de que o sushi foi feito para deliciar.
Para além dos 8 palcos, entre eles, o Cat’s Club, Exotic Angels, Deluxe Club, Hotgold e Life Stripclube, nos quais se podia apreciar diversos espectáculos, como striptease, poledance e shows lésbicos, havia o mesmo número de áreas temáticas. A destacar:
A Área BDSM (Bondage, Dominação, Sadismo e Masoquismo), onde o universo alternativo da dominadora Ama Monika foi exposto através da transformação da dor, tortura e submissão em prazer, com um chicote de largas tiras de couro.
A Área Mulher, umas das mais concorridas do evento, dedicada ao público feminino e dividida em dois, o Espaço Mulher Erótica, que disponibilizou consultas com a sexóloga Vânia Beliz, workshops de Tantra Erótico e aulas de sedução; e o Espaço BeatBoys, onde um conhecido grupo português de strippers brindou a todas com jogos, passatempos e prémios que galardoaram a perícia feminina.
O Estúdio X foi outra das áreas de relevo do III Salão Erótico do Porto, já que nela o visitante pode assistir à realização, em directo, de um filme para adultos.
Na zona do Boulevard Erótico, era possível encontrar todo o tipo de brinquedos e satisfazer quaisquer curiosidades: bonecas insufláveis, afrodisíacos naturais, artesanato, astrologia e roupas eróticas e/ou comestíveis.
A Área Swingers não poderia faltar, pois tornou-se um verdadeiro ponto de referência deste evento e também um ponto de encontro para casais modernos e liberais que “dominam o poder das suas fantasias”.
Sem comentários:
Enviar um comentário