12 de fevereiro de 2011

MONTESINHO DÁ CAÇA

Perto de 90 caçadores participaram em montaria, onde foram mortos seis javalis, dois dos quais eram, ainda, animais de pequeno porte

No domingo, realizou-se no Parque Natural de Montesinho uma montaria promovida pela Associação de Caça e Pesca Amigos de Montesinho. Ao chamamento, compareceram cerca de 90 caçadores, mais convidados, no total de 150 pessoas. Javalis mortos foram meia dúzia, no entanto, três eram de dimensões reduzidas. Uma situação de “falta de ética” que o engenheiro florestal e técnico de gestão cinegético, António Coelho, que presta assessoria àquela zona de caça, recriminou. “Não é normal! Mas não se podem controlar eticamente 90 caçadores. Há quem tenha mais ou menos ética, há quem consiga, eticamente, respeitar os animais mais pequenos. Há outros que não têm essa ética a atiram sobre eles. Nós recriminamos!”, afirmou.
“Recomendamos, sempre, aos caçadores que não o façam. Estou insatisfeito com isso! Já alertei os caçadores que os mataram para que da próxima vez isto não seja autorizado”, garante o técnico cinegético.
Excluído esse “triste” acontecimento, o cenário selvagem de Montesinho serviu de palco a momentos de confraternização. “Estou muito satisfeito! Houve organização, ninguém se magoou, os javalis apareceram no fim, houve divertimento, a comida foi boa e, neste momento, as pessoas estão contentes e acho que vão regressar aos seus locais de origem com boas recordações de Montesinho”, adiantou António Coelho.


Os baptismos de caça programados ficaram sem efeito, pois não houve nenhum caçador a matar um javali pela primeira vez. Na manhã de domingo, o Governador Civil de Bragança, Jorge Gomes, marcou presença na montaria.
De salientar, ainda, que no dia anterior, sábado, decorreu, em Montesinho, uma palestra de um professor catedrático da Faculdade de Ciências de Lisboa a 15 alunos, que acabaram por ficar como convidados para domingo.
Em jeito de conclusão, o presidente da Associação de Caça e Pesca Amigos de Montesinho, Norberto Garcia, desvalorizou a matança e reafirmou a festa em torno da montaria. “Morreram meia dúzia de recos, mas esta gente também não está aqui para fazer grandes mortes. Aliás, o número de animais mortos é secundário. No fim, o que conta é a organização, a festa e o convívio. Nesse aspecto, correu tudo muito bem e as pessoas estão todas satisfeitas”, confidenciou.


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