Durante um mês, várias aldeias do distrito de Bragança estiveram sem telefone entre as 18:15 e a manhã do dia seguinte
Freixeda, Rossas, Moredo, Salsas e outras tantas aldeias daquela zona, estiveram sem telefone ao longo de um mês. O problema afectou os habitantes com ligação à Portugal Telecom (PT) que não conseguiam receber chamadas. Apesar de existirem, também, casos, poucos, de pessoas que não conseguiam efectuar ligação. Um grave constrangimento, nomeadamente, para as aldeias, verificado a partir das 18 horas e que perdurava até à manhã seguinte.
“É muito chato porque as pessoas pagam por um serviço a que não têm direito. E também porque as pessoas são de idade, vivem isoladas e podem precisar de contactar os familiares ou serem contactados. É uma preocupação porque podem até precisar de ajuda”, referiu Filipe Caldas, presidente da Junta de Freguesia de Salsas (JFS).
A PT confirmou o problema na semana passada, mencionando que estaria a ser tratado pelos técnicos. No final da mesma semana, já estaria resolvido. No entanto, as pessoas terão de pagar a totalidade de um serviço do qual não usufruíram. “Há cerca de um mês que várias pessoas da aldeia não têm ligação da PT (Portugal Telecom). É a partir das 18,18:30, até ao outro dia de manhã. Não sei! Já liguei várias para a PT e disseram-me que iam resolver o problema, que era algo que tinha a ver com os fios”, afirmou o autarca, antes da situação ser resolvida.
Filipe Caldas fala, ainda, na questão do isolamento e em como pode ser pernicioso morar numa aldeia. “No meio rural, temos sempre o problema de sermos olhados como cidadãos de segunda. A cobertura das várias redes é muito fraca e há zonas em que não há sequer sinal. É um problema grave porque mesmo tendo telemóvel, as pessoas não têm sinal. Por isso mesmo é que pagam o fixo, por não terem cobertura de rede de telemóvel”, declarou.
Na freguesia de Salsas, mais concretamente nas proximidades da aldeia de Moredo, existe uma antena receptora da rede TMN. Mas, ao que o Jornal Nordeste apurou, o sinal é fraco ou quase inexistente. “É caricato! Como é que temos um posto receptor e nós não temos grande cobertura de rede”, garantiu, acrescentando, também, que os sinais da Optimus e da Vodafone são igualmente ténues. “Eu moro no cimo da aldeia e tenho que vir muitas vezes à rua para telefonar só para ter um bocado de sinal”, assegurou.
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