11 de abril de 2011

"AS PESSOAS ESTÃO EM PRIMEIRO"

Populares da Torre de D. Chama manifestam-se contra o suposto encerramento dos CTT e prometem boicotar eleições

Na Torre Dona Chama, a ameaça paira no ar. Depois de encerradas algumas escolas, agora, é a vez do Posto de Correios dos CTT e o externato liceal correrem o risco de encerrarem. Quem não se mostrou nada satisfeita, foi a população daquela vila do concelho de Mirandela. Numa reunião popular levada a cabo pela junta de freguesia, os habitantes concordaram em assinar duas petições de protesto. No entanto, se tais ameaças se concretizarem, a população não hesitará boicotar as eleições legislativas a 5 de Junho.
“As petições transmitirão o sentimento das populações, para quem quer que tome conta do Governo possa dar carácter de excepção à Torre, quer nos CTT, quer na escola. Já que são as responsáveis pelo movimento e dinamismo da vila da Torre”, salientou a presidente da Junta de Freguesia da Torre Dona Chama, Paula Garcia. A edil social-democrata suspeita que a recente proposta da administração dos CTT para entregar a prestação dos correios à junta de freguesia possa ser um embuste. “É uma manobra para fechar o serviço no futuro e entregar o ónus da responsabilidade à junta”, revela.
À autarca foi lançado o apelo, por parte da população, para boicotarem as eleições de 5 de Junho. Um desafio com o qual entrou em concordância imediatamente. A responsável avisou, ainda, para a intenção da DREN em avançar para um mega-agrupamento de escolas que incluirá a Escola Secundária de Mirandela e a escola de Torre Dona Chama, sem esquecer a pretensão de encerrar o externato liceal. Um pólo que tem cerca de 400 alunos oriundos de vários concelhos do distrito de Bragança e que a autarca reitera ser um dos principais motivos de dinamização da vila
Várias dezenas de habitantes da Torre marcaram assento na reunião popular da Junta, inclusive, alguns dirigentes de vários partidos políticos. Do partido socialista, esteve Strecht Monteiro, em defesa “dos serviços essenciais da vila”, argumentando que, neste caso, em particular, não interessam as divergências políticas. Aqui, o que está em causa, “é o bem comum”, advogou.

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