Apenas três hectares foram queimados este ano dos 40 previstos pela autarquia brigantina para 2011/12
Na primeira e única queimada do ano de 2011, na área circundante à aldeia da Aveleda, foram queimados três hectares de mato através do método de fogo controlado. O objectivo foi o de salvaguardar um pequeno bosque localizado nas proximidades do calor intenso que se faz sentir no Verão nordestino e que propicia, tão frequentemente, os incêndios florestais.
“Estamos aqui a proceder a uma queimada através de fogo controlado que é uma operação que tínhamos previsto para este ano e para o próximo, no total de 40 hectares”, salientou o vice-presidente da Câmara Municipal de Bragança (CMB), Rui Caseiro. Um plano que, para ser bem sucedido, terá de, em 2012, concretizar em área ardida os restantes 37 hectares. Segundo o autarca, este ano não se realizaram mais queimadas devido às chuvas que se fizeram sentir no mês de Março. “Em princípio, não vamos queimar mais este ano, no próximo veremos, porque a nossa previsão era para termos queimado já outras zonas, durante o mês de Março, só que as condições climatéricas não o permitiram. Assim, este ano, ficaremos por aqui”, afirmou o responsável.
De acordo com o técnico de defesa da floresta contra incêndios da Autoridade Florestal Nacional (AFN), Hélder Bragada, a chuva representa sempre um grande contratempo neste género de operações, já que o terreno em causa deve ficar, pelo menos, dois a três dias sem água para o deixar suficientemente seco para se recorrer ao fogo controlado em condições ideais. Se, no ano seguinte, as condições climatéricas voltarem a não permitir a realização das queimadas, o plano de 40 hectares ficará em incumprimento por uma grande margem de diferença. “Nós estamos sempre condicionados pelo tempo que se faz sentir, a chuva representa um grande impedimento. São condições sobre as quais não temos nenhum controle”, continuou Rui Caseiro.
Estes trabalhos de prevenção, cujo fim último é a protecção das manchas florestais mais significativas do nosso território, são de grande eficácia e representam uma enorme poupança em termos de meios humanos e materiais, quando comparados com o combate real aos fogos florestais em plena época de incêndios. “O fogo controlado é uma forma muito mais simples e mais barata de prevenir potenciais fogos que possam, eventualmente, acontecer na época de incêndios”, sublinhou.
Recorde-se que, o ano passado, foi pedido às comissões de baldios e às juntas de freguesia para solicitarem à autarquia, caso assim o desejassem, queimar algumas das suas áreas. Soutelo serviu de exemplo. Para 2011/2012, a estratégia foi alterada. “Este ano, utilizámos uma estratégia de conhecimento que a comissão municipal da defesa da floresta contra incêndios tem, pois conhece o território, as suas manchas florestais e as suas especificidades próprias”, referiu o edil.
Na Aveleda, o trabalho foi coordenada pela AFN em estreita colaboração com os bombeiros, uma equipa de sapadores e a CMB.
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