Exposição de pintura “Máscaras Rituais do Douro e Trás-os-Montes” de Balbina Mendes
Muito público fez questão de comparecer e lotar o Centro Cultural de Bragança (CCB), a 1 de Dezembro, dia da inauguração da exposição de pintura e do lançamento do livro com o mesmo nome, “Máscaras Rituais do Douro e Trás-os-Montes”.
Numa exposição patente até 30 de Janeiro no CCB, Balbina Mendes demonstra, de forma artisticamente arrojada, o seu cunho pessoal numa colecção de obras que impressiona pelo talento e ousadia da sua criadora. “O artesão é o verdadeiro artista. Eu apenas faço a reinterpretação”, revela humildemente esta autêntica Mulher do Norte.
Um dos 40 quadros desta colecção, o “Mascararte”, trata-se de uma homenagem de Balbina Mendes “à grande iniciativa que a Câmara Municipal de Bragança tem tido ao promover a Bienal da Máscara.”
Natural de Miranda do Douro, a pintora transmontana decidiu retratar em tela vivências e pensamentos vindos de infância através de cultos e rituais que emanam da simbiose entre o sagrado e o profano, enraizados na tradição de máscaras e caretos do norte de Portugal. Vem daí a origem do nome da própria exposição, “Máscaras Rituais do Douro e Trás-os-Montes”, em que as máscaras nela retratadas se mostram ao povo nas “antiquíssimas festividades do solstício de Inverno ou do Carnaval.”
“No dia 26 de Dezembro, quando assisti à saída do Chocalheiro e ao percurso que ele tomava pela aldeia de Bemposta, fiquei tão fascinada! Embora já tivesse o conhecimento, a vivência e a proximidade deste mundo das máscaras, decidi pintar uma exposição só focada neste tema, dado o património riquíssimo, sobretudo, do concelho de Bragança e das suas inúmeras freguesias”, desvenda a autora a nascente da sua inspiração.
Depois de memórias de tradição, esta arquétipo de artista sentiu na vontade a época ideal de transmitir para as telas um mundo secular, intimidante, por vezes, mas sempre “provocador, garrido e mordaz”.
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