Empenhamento da JFS na primeira arte reflecte-se no número de bandas que actuam no Dia Mundial da Música
Stone Age, Raro e Joe P, Incomum, Via Latina, Fado Vadio, Nível 6 e Olho Vivo foram apenas 7 das 14 bandas que tiveram a oportunidade de mostrar o seu valor no palco da cidade de Bragança. Por ocasião das Comemorações do Dia Mundial da Música, na última sexta-feira, o Teatro Municipal quase encheu para acolher um espectáculo que ultrapassou as três horas de duração.
Nesta 11ª edição, foi introduzida uma novidade. O já habitual anfitrião foi dispensado dos seus deveres, tendo sido trocado pelas próprias bandas que, ao terminarem a sua actuação, apresentavam a banda que se seguiria.
Um dos momentos altos da noite, que tocou a plateia, foi a homenagem feita por um dos músicos com uma canção a um professor de Educação Musical falecido recentemente. Um momento simbólico digno de registo ao qual a plateia correspondeu de pé. Perante a comunidade brigantina, amigos e familiares, os músicos do concelho, para além das respectivas introduções aos seus colegas, tiveram entre 10 a 15 minutos para surpreender um público atento e bem-disposto.
Entre a qualidade das inúmeras bandas, de sublinhar a amplitude de idades, já que, actuaram músicos dos 11 aos 68 anos, o desempenho excelente dos técnicos de som, e uma organização de bastidores “ao cronómetro”.
Certo é que, a Junta de Freguesia da Sé (JFS), devido ao trabalho que tem desenvolvido no panorama musical brigantino, tem ajudado à criação de novas bandas, motivando e divulgando o trabalho das já existentes. “Quando chegámos a esta gestão autárquica, em 1998, não havia essa preocupação e quando organizámos o primeiro evento relacionado com música, as Verbenas, havia, apenas, duas jovens bandas disponíveis. Era necessário fomentar! Hoje, não são só as 14 bandas que estiveram no Teatro, hoje, temos mais de 20 bandas... Só que, por motivos diversos, algumas não puderam actuar”, conta Paulo Xavier, o presidente da JFS, entidade organizativa do festival.
O responsável, também ele com um passado intimamente ligado à música, conhece bem as dificuldades inerentes ao meio e todo o trabalho de bastidores que se concretiza aquando de um evento com a dimensão de 14 bandas em palco.
“Não é só estar em palco, tentar fazer o seu melhor e passar uma mensagem positiva e de qualidade para o público. É, também, o convívio entre bandas e músicos nos bastidores. O antes e o depois... O ambiente... Esta é uma marca indelével deste festival”, garante, ressalvando que, a nível da voz, os nossos jovens, apesar de “alguns cantarem muito bem”, necessitam “de um toque, de uma ajuda para poderem ir a um outro patamar”.
“Motivar estes simpáticos jovens músicos”, segundo Paulo Xavier, é a palavra de ordem. Para isso, pretende desenvolver outros eventos com a música relacionados. “Pensamos em fazer uma ou outra iniciativa de maneira diferente, na Primavera, pontualmente, com meia dúzia de bandas primeiro, outras seis depois e, assim, sucessivamente”, anuncia.
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