16 de outubro de 2010

SARDOEIRA PINTO

"O FC PORTO É O MAIOR DO MUNDO!"

FACTOS

Nomeado: Sardoeira Pinto
Idade: 77 anos
Clube: Futebol Clube do Porto
Ofícios: Advogado, Presidente da Assembleia-Geral do F.C. Porto (desde 82) e escritor
Livro: Apitos Finais, Dourados... E algo mais!

ENTREVISTA

1 @ Explique-nos, em traços gerais, o conteúdo do último livro escrito por si: “Apitos Finais, Dourados... E algo mais!”.

R:É um livro que não é contra ninguém, mas é contra as injustiças! A certa altura, é do conhecimento do público em geral, houve uma onde de insanidade, digamos assim, através da qual se pretendeu atingir o bom nome do FCP e, em particular, do meu presidente, Jorge Nuno Pinto da Costa. Eu segui tudo isso com muita atenção, até pelas funções que eu exerço dentro do clube, e entendi que devia tomar uma posição.

2 @ Quais foram os três grandes motivos que estiveram na origem do seu livro?

R: Primeira, porque sou o sócio número 15 do FCP, vai fazer quase 75 anos; segundo, porque presido ao universo azul e branco vai para os 30 anos; e, terceiro, porque a gente do Porto, eu sou do Porto, pode tolerar más criações, pode tolerar atentados de várias ordens, não tolera é, de maneira nenhuma, injustiças e o que se queria fazer era uma injustiça.

3 @ Acha, então, que o livro foi o meio ideal para atingir o fim perfeito?

R: Claro! Felizmente, a verdade foi reposta e tudo voltou ao sítio. As más línguas calaram-se... Ninguém ganhou. Ganhou, se calhar, a civilidade do povo português que é uma coisa perfeitamente sem preço e que vai melhorando de ano para ano, no sentido da evolução que todos vamos sofrendo. Eu tinha a certeza que o livro ia ser confirmado pelas sentenças judiciais e pensei que, pessoalmente, ia ter um gozo inefável se isso acontecesse. Tive o gozo, continuo a tê-lo e estou muito satisfeito.

4 @ Este foi um processo que se arrastou no tempo. Culpabiliza a justiça portuguesa?

R: Com todos os males que a nossa justiça tem, e eu estou à vontade para dizer isto porque sou advogado há 50 anos, acabou por dar razão a quem tinha que a ter. Ninguém conhece dos grandes nomes que foram acusados um que tivesse sido condenado. Foram todos absolvidos! Mais uma razão para que uma voz, que por acaso foi a minha, que é débil, mas vai falando, se levantasse em defesa da verdade condenando aquilo que queriam que fosse uma injustiça e, sobretudo, afastando uma falsidade.

5 @ Acha, portanto, que o livro trata da reposição da verdade?

R: Sim! Porque repare, confronte as tendências uma por uma com o que diz o livro e chegará à conclusão de que, quem tem razão e o que é verdade é o que está no livro. Confirmado pelos juízes, através dos acórdãos e como sabe subiu até ao Supremo. Não é verdade aquilo que se dizia em pasquins, em alforjas de Lisboa, aquilo que se contava e dizia e fazia para desprestigiar o Futebol Clube do Porto e os seus dirigentes.

6 @ O livro foi lançado em Maio no Salão Nobre do Clube Fenianos Portuenses (junto à Câmara Municipal). Em Agosto, apresentou-o em Alfândega da Fé e em meados de Setembro na capital. Considera que o livro tenha sido um êxito?

R: Posso-lhe dizer que, felizmente, tem sido um êxito. Sei de clientes meus, do escritório, que me procuram a querer saber onde se vende o livro porque querem compra-lo e leva-lo para eu o autografar e já não o há na FNAC e em muitas livrarias. Está aí o meu editor que penso que vai fazer outra edição.

7 @ São 39 anos no dirigismo em Portugal e 28 no FCP. Pretende...

R: Correcção! São 73 anos de FCP... Desde que nasci ou quase... Agora, no dirigismo no FCP, aí sim, são 28 anos. E como dirigente, foram muitos mais. Fui presidente da Associação de Futebol do Porto, fui presidente da Assembleia-Geral da Associação de Futebol do Porto, fui presidente de várias comissões ligadas ao desporto.


8 @ Pretende permanecer ligado ao FCP durante muitos mais anos?

R: Enquanto for vivo! Aliás, também lhe quero dizer uma coisa que é importante... Sou dos poucos sócio remidos que o FCP tem. Era uma situação em que o indivíduo pagava as quotas todas de uma vez e era sócio toda a vida. O meu pai, felizmente, podia nessa altura e quando me meteu sócio pagou as quotas todas. Eu nunca paguei uma quota ao FCP. Estão pagas desde os meus seis anos de idade.

9 @ Qual é a maior recordação que tem enquanto dirigente do FC Porto?

R: A maior de todas foi ter sido eleito pela minha massa associativa em 1994, por unanimidade, Presidente Honorário do FC Porto. Tive a suprema honra de ver os meus consócios todos de pé durante mais de 5 minutos aplaudindo-me quando, por aclamação, quiseram que eu fosse, e sou, o 8º Presidente Honorário do FC Porto.

10 @ Apesar de, em 1991, ter sido nomeado Dragão de Ouro e Dirigente do Ano, esse foi o momento mais alto da sua carreira no dirigismo?

R: Foi o momento mais alto de todos porque foi a minha consagração como dirigente desportivo e como portista.

11 @ E que troféu lhe deu mais prazer conquistar?

R: Todos! Mas há um especial... A segunda Taça dos Campeões Mundiais por Clubes em Yokohama, onde eu tive a honra, com estas mãos que, um dia, a terra há-de comer, levantar alto e mostrar bem a toda gente que a Taça era do FC Porto.

12 @ Na sua opinião, qual foi o melhor treinador e o melhor jogador, até hoje, a vestirem a camisola do FC Porto?

R: Quem serve o FC Porto tem de ser bom por natureza. Quem veste a camisola do FC Porto, tem de ser óptimo por natureza.

13 @ Como é que descreveria o seu sentimento relativamente a Pinto da Costa?

R: Não lhe posso falar num amigo de 50 anos, que respeito extraordinariamente, que me respeita a mim extraordinariamente. E que, dia a dia, vive comigo o mesmo sonho. A glória cada vez maior do FC Porto.

 

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