Na noite da passagem de ano o vandalismo e a violência extrema pintaram a noite de vermelho sangue
A madrugada do dia 1 de Janeiro, em Bragança, revelou-se uma das mais violentas dos últimos tempos. Um pouco por toda a cidade, aconteceram actos fortuitos de violência e vandalismo que marcaram negativamente a noite de Ano Novo. Na PSP, foram dois os cidadãos a formalizarem queixa por agressão. O primeiro, César Alves, foi atacado por um grupo de jovens num espaço de diversão nocturna da cidade. O agredido conta a sua versão da história: “vim eu, as duas filhas, a mulher e o neto, pedi um copo, nem sequer o bebi, fui dar uma volta e fiquei no varandim a olhar para baixo, estavam ali 4 miúdas à frente e uns rapazes atrás. Só me lembro de levar um pontapé e um murro no olho e não me lembro de mais nada”. César garante que não provocou ninguém. “Só gostava de saber quem foi e pedir-lhe uma explicação”, afirma.
O segundo caso, mais grave, aconteceu nas imediações do mesmo estabelecimento. A vítima, Márcio Coutinho, teve um traumatismo craniano, vários hematomas no corpo e cabeça e um braço dilacerado. Saiu do CHNE no dia 1 de Janeiro, às 18 horas, depois de ter assinado um termo de responsabilidade. Nas palavras de Márcio, foram três as pessoas que o agrediram.
“Fui chamado de dentro da discoteca para ir ver o que é que se passava com o meu irmão e quando cheguei lá fora vi que um segurança tinha o meu irmão por baixo e estava-lhe a dar socos na cara”, revela Bruno Coutinho, irmão da vítima, e também ele, posteriormente, agredido. “Depois apareceram uma série de indivíduos de raça negra a agredirem-no igual. Com garrafas na cabeça, nas mãos, em todo lado”, continua. “o que fiz foi limitar-me a agarrar o meu irmão, a tentar tapar todos os ângulos para que não fosse agredido e a levá-las eu por ele”, conclui Bruno, de 27 anos. O caso seguirá para Tribunal.
Só nas Urgências do Centro Hospitalar do Nordeste, registaram-se cinco entradas por agressão. Relativamente ao vandalismo, na Rua do Loreto, houve três viaturas danificadas na madrugada da passagem de ano. Enquanto que, na Praça da Sé, foi a Casa do Pai Natal a ser alvo dos meliantes.
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