Municípios mostram-se solidários para com a tragédia brasileira decretando Dia de Luto Nacional resumido no hastear da bandeira a meia adriça
Quase um milhar de mortos, 500 pessoas desaparecidas e outras 20 mil desalojadas, são os números provisórios da tragédia na região serrana do Rio de Janeiro. Numa decisão tomada por sugestão da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), várias autarquias do distrito de Bragança decretaram Dia de Luto na sexta-feira passada. A acção concretizada através do hastear da bandeira municipal a meia adriça visou, assim, em memória das muitas vítimas, demonstrar um voto de solidariedade para com o “povo irmão”, afectado pela pior catástrofe que até hoje se abateu sobre o Brasil. A título de exemplo, Macedo de Cavaleiros, Bragança e Alfândega da Fé foram, apenas, alguns dos concelhos a aderirem a esta “iniciativa nobre”, “com a mais profunda convicção”.
Em comunicado, a ANMP declarou-se profundamente chocada “com as imagens de horror da destruição indizível; incrédula perante a realidade brutal que a todos afecta; vergada perante a mágoa de tantos mortes e tamanhas perdas materiais”.
Trata-se de “reiterar o sentimento de solidariedade e comunhão de afectos para com o povo brasileiro”, anunciou a Câmara Municipal de Bragança, através do seu site.
Para lá do Atlântico, o vice-governador do Rio de Janeiro e secretário estadual de Obras, Luiz Fernando Pezão, afirmou a possibilidade de serem encontrados mais corpos durante as tarefas de limpeza onde o acesso já é possível. Sendo que existem, ainda, áreas isoladas pelas toneladas de terra, pedras e lama que deslizaram das montanhas.
E se no Rio de Janeiro a água das chuvas e a lama imperam, no Sul, a situação é caótica devido à seca que se faz sentir desde Dezembro de 2010. No Estado do Rio Grande do Sul, 12 municípios já decretaram estado de emergência e estima-se que cerca de 350 mil pessoas tenham sido afectadas pela seca.
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