Receita de bilheteira da VIII Mostra de Teatro reverterá a favor das escolas participantes
Decorre de 4 a 18 de Maio, a 8ª Mostra de Teatro Escolar. O cartaz desta edição exibe quatro peças, de quatro escolas que sobem ao palco do Teatro Municipal de Bragança (TMB). Já esta quarta-feira, a Escola Superior de Educação apresenta “Nada é tão engraçado como a infelicidade”. Na sexta-feira, segue-se a E.S./3 Abade de Baçal com a peça “Os Maias”, de Eça de Queiroz. No dia 11, será a vez da E.S./3 Emídio Garcia interpretar a “Liga dos Portugueses Extraordinários”. A 18 de Maio, a Mostra encerra com “Um filho”, de Luísa Costa Gomes, em cena pela E.S./3 Miguel Torga.
O presidente da Junta de Freguesia da Sé, Paulo Xavier, destacou a relevância dos objectivos desta iniciativa e como estes estão a ser cumpridos. “O objectivo inicial sempre foi o de que as escolas abrissem os seus muros, mostrassem à população aquilo que de bom e de bem se faz dentro das próprias escolas, que até então não era visível”, começou por dizer. Na opinião do autarca, esta é a forma de “pegar numa tradição muito brigantina, que era o teatro nas escolas, e que uma vez por ano saía às ruas”, recordando que o “pontapé de saída” foi dado na Escola Paulo Quintela. “Um palco diminuto, sem grandes condições, mas foi ali que demos os primeiros passos e consolidámos, também, a mostra de teatro”, relembrou.
Paulo Xavier valorizou, ainda, o trabalho das escolas, aproveitando para agradecer à directora do TMB, Helena Genésico, e à Climasol, a primeira e única empresa a voluntariar-se para patrocinar o evento, através da oferta dos troféus entregues a cada escola.
A porta-voz da E.S./3 Abade de Baçal, Paula Romão, preferiu sublinhar a importância da actividade teatral: “é muito enriquecedora porque permite uma série de vivências aos alunos e, visto que as peças são apresentadas no teatro, esta é uma forma das escolas mostrarem à comunidade o seu trabalho”. A obra literária “Os Maias” foi adaptada, propositadamente, para esta mostra. “Decidimos que os Maias seriam uma boa opção porque havia o desafio de adaptar um romance a texto teatral. Além do mais, é uma forma dos alunos se sensibilizarem para a obra”, justificou a, também, docente de português. Paula Romão e a sua colega, Alice Pinheiro foram as responsáveis por esta adaptação, que se divide em dois actos e inclui 35 personagens. Um trabalho feito sob a forma de colagem e que respeita a estrutura da obra de Eça de Queiroz. Assim o garantiu a co-autora deste exercício de adaptação.
Este ano, o Teatro de Estudantes de Bragança não mostrará a sua arte, mas marcará presença na animação de rua e no foyer do TMB, momentos antes dos espectáculos, predispondo um público que, sabiamente, decida comparecer.
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