Reduzidos a 10 unidades por simulação de falta, GDB viu-se sem argumentos na sua primeira derrota no campeonato
O jogo entre o Grupo Desportivo de Bragança (GDB) e o Futebol Clube Amares (FCA) começou confuso e sem um claro ascendente sobre qualquer equipa. A primeira meia hora de jogo não reuniu consenso para a melhor equipa em campo, mas, a jogar em casa, e depois das quatro jornadas em que se sagrou vitorioso, o GDB era claramente o favorito na tarde solarenga de domingo. Mas quem marcou primeiro foi mesmo o Amares, aos 39 minutos, por Borges. O defesa central efectuou um pequeno desvio, após livre directo, na sequência de uma falta cometida por Capelo, a quem foi mostrado cartão amarelo.
No decorrer do jogo, por pretensa simulação, Toni levou o seu primeiro amarelo do jogo. Toni, que seria o jogador do encontro, mas pelos piores motivos. Ainda antes de encerrar a primeira metade do encontro, aos 45 minutos, o GDB viu um golo de cabeça ser-lhe anulado por fora de jogo.
Expulsão de Toni foi o momento do jogo, pela negativa
Já na segunda parte, num lance em que corria isolado para a baliza, tendo só o guarda-redes do Amares pela frente, Toni simula a falta e cai ao chão. O juiz da partida não hesitou sequer e sacou do segundo amarelo e consequente vermelho. Depois de algumas alterações feitas ao intervalo para contrariar o score da equipa visitante, o treinador brigantino, Marcelo Alves, via agora as suas alterações tácticas irem por água abaixo, depois da expulsão do seu avançado.
Sem argumentos de peso e com apenas 10 jogadores em campo, o GDB sofreu o segundo golo que viria a matar o jogo.
Quem não se mostrou muito contente com a arbitragem foi o público brigantino presente nas bancadas, vaiando o juiz da partida e os seus fiscais de linha por diversas vezes, quer em faltas, cometidas ou não, quer nas substituições do Amares, que procurava perder ai o máximo de tempo possível.
“Foi um jogo fantástico da minha equipa contra, talvez, a melhor equipa do campeonato, que é o Bragança. Sem dúvida alguma! Nós sabíamos que íamos ter algumas dificuldades, mas o facto de eu conhecer bem a equipa beneficiou-nos, é certo. O Bragança tem muito valor e uma grande qualidade de jogo, mas sabíamos as zonas que tínhamos de explorar, chegámos a jogar aqui sem ponta de lança, por imperativos de estratégia, sabíamos que tínhamos duas zonas de passe importantes, felizmente deu certo, mas sofremos um bocado e também nos facilitou o facto do Bragança ter jogado só com 10 jogadores. Mas fomos inteligentes e tacticamente perfeitos”.
“Entrámos com posse de bola e tivemos duas situações em que podíamos ter feito o golo. Não fizemos! Sabíamos que o Amares vinha jogar cá atrás, a esperar pelo nosso erro e foi isso que aconteceu. O primeiro golo é uma falta de marcação dos nossos jogadores e o segundo já era a nossa equipa em desespero à procura do golo do empate. E quando isso não acontece, é normal começar-se a jogar mais com o coração do que com a cabeça e depois as coisas tornam-se mais difíceis.
Quanto à expulsão, uma equipa que está a jogar em casa e um ponta de lança que cai duas vezes ao chão e que leva dois amarelos, que é que eu posso dizer mais? Eu nem gosto de falar na arbitragem, mas acho que foi injusto.
Festejos do F.C. Amares no final do encontro
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