24 de setembro de 2009

"CRIAR UMA NOVA CENTRALIDADE"

Criação de um complexo desportivo, livros escolares gratuitos e revitalização do centro urbano são algumas das premissas da campanha de Jorge Gomes

Situada na Avenida Sá Carneiro, mais concretamente, no Edifício Translande, foi inaugurada quinta-feira, ao final da tarde, a sede de campanha da candidatura do PS às autárquicas de Bragança, cujo lema é “Jorge Gomes, consigo”.
O candidato contou com a presença do “amigo de muitos anos”, o deputado e seu “camarada”, Mota Andrade, que iniciou as hostes preparando terreno para o cabeça de lista pelo partido socialista.
O seu programa eleitoral contempla propostas como a criação de um complexo desportivo, livros escolares gratuitos no ensino básico, revitalização do centro urbano com a passagem de alguns serviços camarários, assim como a Loja do Cidadão, para o centro da cidade, gestão eficiente dos recursos hídricos, saneamento básico extensível a todas as aldeias, captação de investimento para criação de emprego, pagamento a fornecedores no prazo máximo de 60 dias e a habitação social, “que não existe em Bragança há mais de 30 anos e é um direito constitucional”, refere o ex-vereador.
Depois do seu discurso, Jorge Gomes foi entrevistado pela comunicação Social, à qual adiantou alguns dos seus propósitos caso seja eleito presidente de Câmara. “Os nossos objectivos passam por humanizar a instituição câmara, tratar os cidadão como pessoas, ouvindo os seus problemas e não ser uma só cabeça que determine todas as decisões, queremos envolver neste tipo de organização aquilo que são os trabalhadores da câmara, cujo trabalho tem de ser reconhecido, pois será com eles que nós formaremos a nossa equipa, para melhor servir o cidadão”.

Jorge Gomes testemunha que, muitos dos trabalhadores camarários não estiveram presentes devido ao medo de represálias, “não é preocupante pois as pessoas podem exprimir a sua opinião através do voto, mas sentimos que há um ambiente de medo instalado. Connosco, esses trabalhadores terão o respeito que merecem e poderão estar, obviamente, nas campanhas eleitorais de qualquer candidato, independentemente do partido político, isto porque o presidente não se pode imiscuir nesse tipo de assuntos. Há uma falta de respeito evidente quando a entidade patronal exerce algum tipo de pressão, o que constitui uma quebra de liberdade”, sem querer adiantar muito mais sobre este assunto, apesar da insistência dos jornalistas.
O mais importante, diz o candidato socialista, “é o projecto em que estamos inseridos, aquilo que queremos para esta cidade é criar uma nova centralidade, semelhante ao centro urbano que conhecíamos e que muitos de nós se lembram. Um que funcionava como ponto de encontro. Bragança está dispersa, perdeu aquela vida nocturna interessante. Assim como não se têm desenvolvido políticas para a juventude. São os jovens a desenvolver as suas próprias iniciativas”.
Quanto aos recursos hídricos, manifesta a sua certeza no que se refere à barragem de Veiguinhas, “connosco, já estaria concluída. Essa é uma “birrice” do actual executivo. Se não pode ter 18 metros de altura, que tenha 9, o fundamental é garantir água em algumas aldeias que, ainda hoje, se vêem abastecidas pelos bombeiros”.
Quando questionado pelo Jornal Nordeste acerca das suas probabilidades de vencer um adversário tão forte como Jorge Nunes, o número um socialista termina de forma irónica, asseverando que, “são as mesmas, no entanto, quando se está no poder, muita coisa ajuda. É um homem com a sua vida já estabelecida e como reformado que é, provavelmente, quer ir viver a sua reforma e vencê-lo é uma forma de o ajudarmos a isso”.

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