Entidade máxima do GIPS responde ao “desejo” do comandante da GNR de Bragança em integrar a coordenação daquele grupo
O Major-General (Comandante) da Unidade de Intervenção (UI) da GNR, Melo Gomes, e o Tenente-Coronel (Comandante) dos Grupos de Intervenção Protecção e Socorro (GIPS), António Paixão, estiveram no distrito de Bragança com o intuito de verificarem os Centros de Meios Aéreos (CMA). Estas passagens pela Serra da Nogueira e Serra de Bornes fazem parte de um périplo pelos 24 CMA, onde os estão aquartelados os dois Pelotões do GIPS (PIPS), cada um com 20 elementos, que integram a 7ª Companhia (CIPS) a cargo do Tenente Barbosa, num total de 46 militares.
Recorde-se que, na cerimónia do Dia da Unidade, a 24 de Fevereiro, em que se celebraram os 97 anos de instalação da GNR na cidade, o seu comandante distrital, Martins Fernandes, mostrou-se determinado em incluir sob a alçada do Comando Territorial de Bragança a 7ª CIPS, que, actualmente, obedece ao Comando Geral da GNR, sedeado em Lisboa. “A coordenação do GIPS deveria ser incluído no Comando de Bragança, para haver um melhor aproveitamento dessa força”, defendeu. Confrontado com esta intenção, agora, Melo Gomes responde: “A Guarda Nacional Republicana é um corpo militar e como tal tem uma unidade de comando. Facto é que o GIPS pertence à Unidade de Intervenção e, portanto, só pode haver aqui uma pessoa a dar ordens. O Comandante do GIPS ou o Comandante da Unidade de Intervenção”, fez questão de frisar.
No mais recente reforço de meios para combate a incêndios, foram alugados à empresa HeliBravo dois helicópteros para o Nordeste Transmontano. O primeiro, um Ecureil AS350 – B2, estacionou na Serra da Nogueira a 14 de Junho, sendo que o CMA abriu no dia seguinte. Para além do piloto, o Comandante Manuel Tavares, consegue transportar uma brigada de 5 elementos do GIPS. O segundo helicóptero, para a Serra de Bornes, só chegará no final deste mês para fazer a abertura do CMA no dia 1 de Julho. “Os helicópteros são um meio que faz muito falta, sobretudo, nesta região. Disso não tenho qualquer dúvida. Aliás, basta ver o número de saídas que se têm verificado, quase uma por dia, para se constatar a sua necessidade”, asseverou o Major-General.
Próximo helicóptero “voará” para a Serra de Bornes no final do mês com o intuito de fazer a abertura do CMA a 1 de Julho
Quanto ao desempenho do GIPS, Melo Gomes confirmou a sua excelência. “A missão primordial do GIPS é fazer a primeira intervenção e, nesse aspecto, não temos dúvidas nenhumas que tem sido feito um trabalho excepcional. Em Portugal, o ano passado, 3004 incêndios que estavam no seu início foram debelados por acção do pessoal do GIPS”, revelou.
Entenda-se por primeira intervenção os 90 minutos imediatamente após um indício de incêndio, em que é dado o sinal de alerta pela Protecção Civil, que correspondem ao arranque do GIPS para o terreno e à auto-suficiência do próprio helicóptero.
Quer o Comandante do GIPS, quer o seu superior na hierarquia militar, o Comandante da UI da GNR, depois da Serra da Nogueira, seguiram para Cova de Lua, onde serão as futuras instalações do Pelotão do GIPS de Nogueira, que é constituído por 20 elementos. Segundo fonte interna, o novo espaço permitirá um aumento exponencial da sua capacidade de intervenção no Parque Natural de Montesinho. A deslocação das altas patentes continuou para a Serra de Bornes, terminando em Baltar. Antes, Melo Gomes, já havia estado em Viseu. “Esta Unidade do GIPS pertence à Unidade de Intervenção da Guarda, da qual sou o comandante. Temos 24 Centros de Meios Aéreos de norte a sul do país e eu, naturalmente, tenho que os visitar a todos”, referiu.
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