21 de julho de 2010

A "NOSSA" VIA DA PRATA

Conferência sobre o Caminho Português da Via da Prata visou divulgar as suas potencialidades históricas e turísticas

Decorreu no Museu Abade de Baçal uma conferência aberta a todos os interessados, onde foram debatidas formas de promover o Caminho Português da Via da Prata. “O objectivo principal é a promoção da “nossa” Via da Prata, ou seja, do Caminho de Quintanilha a Segirei”, referiu a nova directora do Museu e membro da Associação Cultural Transmontana dos Amigos dos Caminhos de S. Tiago, Ana Afonso.
“Pretendemos promover nosso troço do caminho português da Via da Prata numa perspectiva da sua valorização efectiva, quer de investigação, quer de desenvolvimento turístico. São várias as vertentes, uma mais histórica, digamos, e outra mais promocional, que se associam e se complementam”, continuou.
Em termos de logística, a responsável afirmou faltarem albergues. “Está instituído que, de 30 em 30 quilómetros, deva existir na jornada um albergue e só temos um, situado em Quintanilha. Será outro dos nossos objectivos. Em Espanha, acontece precisamente o contrário, estão muito bem equipados, têm mais associações e os caminhos estão mais divulgados”, declarou Ana Afonso.


A conferência teve um convidado de peso, o professor Alfonso Ramos, psiquiatra de profissão, mas um conhecedor imenso das histórias dos Caminhos de S. Tiago. Ele trouxe para a conferência, a perspectiva histórica dos caminhos. “O Caminho Português da Via da Prata é o primeiro caminho Jacobeu e, assim sendo, é aquele que mais devia ser valorizado historicamente, mas que não o é, pelo contrário. Os portugueses deviam dar mais valor a este facto histórico, mergulhado na extrema importância de ter sido o primeiro”, defendeu o docente espanhol.




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