29 de julho de 2010

PRUDÊNCIA NA CONDUÇÃO

Governo Civil, PSP e GNR dão as mãos em prol da sensibilização para a segurança rodoviária

Um conjunto de acções de prevenção e sensibilização para a segurança rodoviária foi levado a cabo pelo Governo Civil e Comandos da Polícia de Segurança Pública e da Guarda Nacional Republicana do distrito de Bragança. O seu raio de actuação visou as principais saídas para o IP4, onde se incluem a Rotunda do Nerba e a Rotunda do Modelo, entre as 17:30 e as 19:30.
“A segunda quinzena é sempre a mais forte em termos de início de férias. Daí esta Campanha de Verão ter arrancado neste dia (16 de Julho), prolongando-se, obviamente, durante todo o mês de Agosto”, justificou o Governador Civil de Bragança, Jorge Gomes.
Segundo dados providenciados por este responsável do Governo, desde 1 de Janeiro, já se registaram, oficialmente, oito mortos no distrito resultantes de acidentes rodoviários.
“São números preocupantes comparativamente ao ano anterior. A importância desta acção é que é uma acção conjunta da PSP e da GNR. As pessoas têm de ver que nas forças de segurança não há divisão e zelam, em conjunto, pelo interesse e segurança do cidadão. Esta é uma forma simbólica de o demonstrar”, destacou Jorge Gomes. “Mas o mais importante é alertarmos as pessoas para as grandes causas da sinistralidade”, acrescentou.
Uma automobilista, mandada encostar pelas forças policiais, mostrou-se bastante agradada pela presença efectiva dos agentes no terreno. “Estas acções são sempre importantes para que os cidadãos sejam esclarecidos e não, apenas, punidos. É natural sentirmos alguma vigilância por parte das autoridades e este acompanhamento é pertinente, sobretudo, nesta época do ano”, respondeu Carla Araújo, de Valpaços.

“Depende do condutor a diminuição da sinistralidade”, Amílcar Correia

O comandante da PSP de Bragança, Amílcar Correira, numera os 4 factores essenciais na área da segurança rodoviária, assinalando que são, sobretudo, os factores humanos os causadores de acidentes. “Respeitem os limites de velocidade, não bebam álcool, usem o cinto de segurança e não usem o telemóvel no exercício da condução”, destaca, reafirmando a importância de uma condução defensiva.
Nas cidades pelas quais é responsável, Bragança e Mirandela, houve, desde o princípio do ano, mais de 40 vítimas em consequência de acidentes. Estes, incluem atropelamentos, despistes e colisões. Assim, os números cifram-se em 2 mortos, ambos na cidade de Mirandela, 8 feridos graves e mais de três dezenas de feridos ligeiros. De salientar que, estes últimos, aumentaram 25 por cento em relação ao ano passado.
“A PSP e a GNR têm áreas territoriais e de influência distintas, mas as suas funções são as mesmas, portanto, complementam-se, e trabalham em conjunto sempre que é necessário. Nós trocamos informações operacionais tácticas em permanência, agora, o que acontece, normalmente, é que não estamos a trabalhar no mesmo sítio”, explicou Amílcar Correia.
Quanto ao início complicado de 2010, o comandante da GNR, Martins Fernandes, afirmou: “Apesar de um maior número de acidentes, não quer dizer que, no final do ano, o conjunto não venha a reduzir”. Pesem embora as elevadas coimas, a sinistralidade continua a aumentar, em grande parte devido à dificuldade em mudar mentalidades. “Os portugueses aprenderão! Mas esta cultura defensiva e de cuidados a ter nas estradas leva muito tempo a inculcar nas pessoas”, declarou.


Portagens: sim ou não?

O Governador Civil de Bragança afirma não ter conhecimento se haverá ou não portagens na Auto-Estrada Transmontana, não querendo comentar as decisões contraditórias do Governo, nomeadamente, do Ministro das Obras Públicas, António Mendonça, que, primeiro, disse que seria portajada e, depois, disse que não. “Isso terá que perguntar ao Sr. Ministro. Sobre as portagens, ainda muita tinta irá correr... A grande notícia é que foi ontem (dia 15), finalmente, aprovada pelo Tribunal de Contas, a construção da Auto-Estrada Transmontana. Isso é o que, hoje, temos todos de festejar! O resto são, apenas, pormenores”, declara. “Ninguém quer pagar portagens, mas não podemos ser tão ingénuos ao ponto de pensarmos que se pode fazer tudo neste país sem ninguém pagar nada. Não acredito!”, conclui Jorge Gomes.

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