Jovem alegadamente relacionado com 18 assaltos a residências permanece em liberdade reincidindo no crime
Desde finais de Abril, que surgiu um novo padrão de criminalidade na cidade de Bragança. Trata-se de furto a residências por escalamento e houve já mais de 20 participações no Comando da PSP de Bragança. Sendo que, dessas, 18 casos foram relacionados com um suspeito identificado na terceira semana de Junho.
A partir de 25 de Junho, já aconteceram mais furtos e o mesmo indivíduo foi identificado noutros casos. A 15 do corrente mês, foi identificado, novamente, numa situação em que foi possível recuperar todo o material furtado, nomeadamente, telemóveis e um computador portátil.
No entanto, o suspeito permanece em liberdade, mesmo após ter reincidido no crime de furto. Apesar de existirem duas ou três situações em que as vítimas conseguem fazer uma identificação positiva do assaltante e outras em que foi possível recuperar o material furtado, o cenário é de resolução complexa para a polícia.
De acordo com o comandante da PSP de Bragança, Amílcar Correia, neste caso, a detenção só é possível através ou de mandado judicial emitido pelo juiz, ou da PSP em flagrante delito.
“A PSP, em flagrante delito, não o tem conseguido fazer. Tem conseguido, após a denúncia dos factos, chegar ao suspeito, encontrar indícios e provas de que é ele o autor dos crimes, tem feito chegar essas provas ao Ministério Público e está a ser dada continuidade aos processos”, relata o responsável da força policial.
O indivíduo, de sexo masculino, tem 20 e poucos anos, já trabalhou numa fábrica em Bragança. Toxicodependente, está, de momento, desempregado e sem rendimento ou quaisquer meios de subsistência.
O indivíduo, de sexo masculino, tem 20 e poucos anos, já trabalhou numa fábrica em Bragança. Toxicodependente, está, de momento, desempregado e sem rendimento ou quaisquer meios de subsistência.
O calor trouxe o crime consigo e com ele um novo fenómeno, assaltos a residências por escalamento
“Se o tivéssemos apanhado na posse dos itens furtados, provavelmente, mantê-lo-íamos detido. Aí, aportar-se-ia ao flagrante delito. Mas os artigos furtados, apesar de alguns termos conseguido recuperá-los, já não estavam em seu poder. No entanto, há a certeza de ter sido ele o autor dos furtos ao interior das residências”, afirma Amílcar Correia.
Os factos foram participados a tribunal e os inquéritos estão a decorrer, mas, sem flagrante delito, aos cidadãos, só lhes resta aguardar.
“A polícia está a fazer o seu papel, agora, temos de esperar que a justiça faça também o seu”, conclui o responsável, garantindo que: “A polícia está atenta! Não podemos é ir dormir, por exemplo, e deixar portas e janelas abertas!”
O modus operandi do alegado criminoso é o seguinte: geralmente, espera que as pessoas se deitem para que possa, então, por uma janela ou varanda, aceder ao interior das residências, roubando carteiras, computadores, dinheiro, jóias e tudo aquilo a que possa deitar a mão.
O Jornal Nordeste conseguiu falar com a proprietária de uma vivenda localizada numa avenida da cidade que foi alvo de uma tentativa de assalto. “Por volta da meia-noite e meia, estava a ver televisão e senti o vizinho do lado a chamar. Foi ele que ligou à polícia, pois avistou um indivíduo a tentar entrar pela janela da cozinha. Eu não me tinha apercebido de nada”, descreveu Rosa Rodrigues.
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