Miguel Moreira e Silva foi a grande revelação entre vários artistas, abordando, de forma singular, a temática do Fantástico
Inauguraram no Centro Cultural de Bragança, no dia 8 de Julho, duas mostras de arte que estarão expostas durante, precisamente, um mês (8 de Agosto). Na primeira, que aborda o tema “Paisagens”, participam vários docentes da Escola Superior de Educação (ESE) do Instituto Politécnico de Bragança. Assim, temos obras dos “profissionais”: António Meireles (desenho), António Morais (fotografia), Carlos e Jacinta Costa (design), Cristina Magalhães (tecidos), Helena e Luís Canotilho (pintura), Jorge Morais (fotografia) e Marco Costa (pintura). De referir, ainda, que esta exposição surgiu no âmbito da comemoração dos 20 anos do Departamento de Artes Visuais da ESE e é a “1ª Colectiva” dos seus professores.
A outra exposição, subordinada ao tema “ O Sagrado e o Profano”, da autoria de Miguel Moreira e Silva, foi uma autêntica e refrescante novidade, dado tratar-se de um artista da região desconhecido para a maioria dos presentes, mas com uma obra verdadeiramente fascinante. Com cerca de 20 trabalhos expostos, este génio criador dedica-se às artes plásticas desde 1992. “Apesar dos trabalhos serem de épocas diferentes, a temática é sempre a mesma. O fantástico, o sagrado, a luta entre o bem e o mal, o dia e a noite, o branco e o preto, toda a dualidade representada com uma enorme carga dramática”, revela o artista, cuja predilecção recai sobre a escultura, apesar da pintura ser, também, um marco fundamental da sua componente artística.
“As minhas obras têm muito mais que ver com o profano do que com o sagrado. O religioso está povoado do fantástico, o dogma, a Imaculada Conceição, o Pentecostes. Eu sou católico-apostólico romano e tendo sido criado dentro da cultura judaico-cristã, é normal que me inspire em tudo isso”, desvenda Miguel Moreira e Silva.
Apesar de conceber armas e da sua ligação intrínseca às máscaras, uma que se acentuou com o seu regresso a Bragança, não consegue integrar-se num estereótipo. “Não sei se sou mais escultor-pintor ou pintor-escultor. Não sei! Não dá para fazer essa escolha”, afirma.
Miguel explicava aos convidados as diferentes abordagens da sua obra
FANTÁSTICO
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