21 de julho de 2010

"O PÃO INTEIRO"

Vila Flor reafirma a sua proximidade “do mundo” após investimentos rodoviários (IC5, IP2, A4) que potencializarão o concelho

“Nós temos a memória curta! Passámos a vida a dar vivas a gente que passou o tempo a deitar-nos migalhas e, hoje, parece que estamos a esquecer o homem que, efectivamente, e de uma vez por todas, nos trouxe o pão inteiro, que são as três vias”, referiu o presidente da Câmara Municipal de Vila Flor (CMVF), Artur Pimentel, na apresentação oficial da Feira de Produtos e Sabores.
“Eu próprio lutei muito por estas estradas e estou muito agradecido, de facto, ao homem que contra tudo e contra todos arrancou com todas estas estradas ao mesmo tempo”, reiterou o edil. A importância destes investimentos (A4, IC5 e IP2), que estão a ser conduzidos em Trás-os-Montes , é tanta para o concelho que na VIII TerraFlor houve um colóquio subordinado ao tema.
“Entendemos que deveríamos consciencializar as pessoas das enormes potencialidades dos três investimentos. Principalmente, no caso de Vila Flor, onde se cruza o IC5 com o IP2. Acho que toda a região deve ter conhecimento deste facto e os produtores e a população em geral devem sentir e reflectir sobre isso”, defendeu o vice-presidente da CMVF e coordenador da Feira, Fernando Barros.
“Nós não devemos continuar a dizer que estamos longe das cidades e do mundo. Com estes investimentos estamos próximos de tudo. E, portanto, esta é uma potencialidade que nós não devemos desperdiçar”, acrescentou o responsável.
Foi sublinhada, no entanto, a ambivalência de tamanhos investimentos. “As estradas trarão prejuízos para a região se esta não estiver preparada para as receber e, se assim for, não tenho quaisquer dúvidas que elas serão mais úteis ao Porto, a Lisboa e a todo o litoral do que, propriamente, a Trás-os-Montes”, afiançou o autarca.

Vila Flor será o único concelho do distrito de Bragança onde se cruzarão o IC5 e o IP2. Um facto que a autarquia fez questão de salientar

De acordo com Fernando Barros, “uma estrada tem sempre dois sentidos. Agora, nós devemos usar aquele que nos dá mais jeito e é isso que temos que despertar nos nossos concidadãos”.
Outro alerta dado pelo vice-presidente da CMVF tem a ver com o desconhecimento da obra massiva em curso, sobretudo, no concelho de Vila Flor, onde, das vias rodoviárias que o trespassam, não se consegue descortinar ou, tão pouco, calcular a magnitude dos investimentos. “As pessoas costumam dizer-me que “na zona de Carrazeda, de Samões, é que se está a construir”, mas, só, porque é a zona visível junto à estrada. Elas não fazem ideia do que é que se está a construir aqui ou em outros concelhos como Alfândega, Mogadouro e Alijó”, argumentou o coordenador da Feira.
Outra das significativas vantagens da reformulação e criação dos eixos viários, tem funcionado, ao longo dos últimos dois anos, segundo Artur Pimentel, como “uma alavanca a suportar o desemprego que haveria”, caso as concessionárias das estradas não requeressem mão-de-obra do concelho.
O que tem impedido, de certa forma, um aumento exponencial da taxa de desemprego como, de resto, tem acontecido no país. “O concelho de Vila Flor, de há dois anos para cá, tem mantido o índice de desemprego, havendo, mesmo, uma pequena redução”, destacou a edilidade.
Outra das medidas advogadas por Artur Pimentel, passa pela criação de uma zona industrial não concelhia que cobrisse o sul do distrito, “à séria”, situada na confluência do IP2 e IC5, próximo da Vilariça, para combater o desemprego e fazer face ao futuro.

“O IP4 foi, sempre, mais benéfico para o Porto do que para Bragança”, afirmou Artur Pimentel, na esperança de que o mesmo não aconteça com a futura Auto-Estrada Transmontana

Sem comentários:

Enviar um comentário