30 de outubro de 2010

"ACHAS QUE SABES DANÇAR?"


FACTOS

Nomeado: Bruno Silva aka Goku
Origem: Vila Nova de Gaia
Idade: 28 anos
Arte: Dança
Grupo: Spartans
Local: Discoteca Moda, Bragança

ENTREVISTA

1 @ O programa “Achas que sabes dançar”, na SIC, lançou-te para a fama. Como é que descreverias a tua participação?

R: Correu bem! Fui a Leiria fazer a primeira audição com o meu amigo João Nogueira e ambos passámos para a fase seguinte, dentro do top 100. Depois, em Lisboa, houve uma audição final durante três dias em que dançámos sem parar. Aí escolheram os 20 para passar à fase das galas. Nós dançávamos, as pessoas votavam e quem ficasse menos votado tinha que fazer um solo para o júri salvar ou não esse participante. E foi sempre assim, até ficarem os quatro finalistas: duas raparigas e dois rapazes.

2 @ Funcionava por eliminatórias, portanto. Que lugar alcançaste?

R: Fiquei no top 6. Ou seja, fui até à 8ª gala. Na última, a nona, também estivemos presentes, mas foi em coreografias de grupo.

3 @ O que é que achaste de todo o conceito do programa?

R: O conceito de todo o programa foi importado dos Estados Unidos. O nome original do formato é “So you think you can dance”, a SIC só comprou os direitos de autor. Mas foi bom para divulgar a dança em Portugal. Deu, pelo menos, para mostrar o meu estilo, o B-boying, e serviu, também, para mostrar que não são só os bailarinos da contemporânea e da clássica que sabem dançar. O pessoal do hip-hop também consegue mostrar a verdadeira dança.

4 @ O que é que entendes por B-boying?

R: O B-boying, que é o break-dance, começou no Bronx, em Nova Iorque, mais ou menos na década de 80, com as chamadas piruetas no chão. A partir daí, evoluiu muito. Actualmente, é dançado com música funk, soul-funk e hip-hop por milhões de pessoas em todo o mundo. Os países mais fortes são os Estados Unidos e a Coreia, mas depende dos tempos. Agora, os países nórdicos estão-lhe a dar e a aparecer outros como a Venezuela. O b-boying é que é o verdadeiro hip-hop, foi daí que começou tudo. B-boying, Locking, Popping. Depois, surgiu o New School. O pessoal não conseguia dançar tanto no chão e começou a fazer coreografias em pé.

5 @ A tua participação no programa abriu-te portas para outros voos?

R: A televisão abre sempre portas para quase tudo... Seja para fazeres shows ou seres mais contactado para dar aulas e ensinar às pessoas o que é o b-boying. Foi muito bom! Para mim, participar em competições no estrangeiro é, agora, mais fácil. Torna-se mais complicado porque eu tento sempre levar o pessoal do meu grupo comigo. É só uma oportunidade de conseguirmos os patrocínios certos, mas acho que vamos ser bem sucedidos. Quero levar, pelo menos, duas pessoas comigo, que é para vivermos aquilo com toda a intensidade possível. Quero partilhar a experiência e não ser só eu a vivê-la… É diferente!

6 @ O que é que fazias antes do programa?

R: Fazia e faço. Continuo a estudar Direito na Lusíada, no Porto, a dar aulas, a fazer shows, workshops e entrar em competições. Basicamente, fazia o mesmo que faço agora. Também tenho um grupo de dança, os Spartans, que formei com o João Nogueira (participante do “Achas que sabes dançar?”) em 2007. Somos 7 ou 8 e treinamos juntos. Formámos o grupo e, logo depois, a escola Spartans. Mas treinamos e competimos à parte.

7 @ Qual é que é a tua formação em dança? Onde e como é que aprendeste?

R: Eu só comecei a dançar aos 20 anos Fui aprendendo o hip-hop na rua, em vídeos, na internet, nunca tive nenhum curso intensivo de dança. Em hip-hop é assim que se inicia. Começas a ver, a tentar imitar passos e começam-te a sair movimentos. Antes, durante 15 anos, fui ginasta de alta competição. Nesse tempo, dançar era um sonho, mas não tinha vida, pois treinava muitas horas diariamente. Aos 20, decidi abandonar a ginástica e dedicar-me 100 por cento à dança. Até deixei de estudar durante cinco anos. Só, depois, é que retomei os estudos.


8 @ Como professor, achas que há muitas pessoas em Portugal a aderirem ao B-boying?

R: No norte há mais que no sul! Mas, depende da época... Muitos desistem! Não é qualquer um que se torna um verdadeiro b-boy. É difícil porque chegas a uma fase em que não consegues evoluir, só treinando muito e muito mais e, então, as pessoas desistem.

9 @ Revela-nos alguns dos teus projectos a curto – médio prazo?

R: Estamos, agora, a treinar e à procura de apoios para tentarmos ir aos Estados Unidos, eu e o meu grupo. Outubro, a Nova Iorque, e a 26 de Novembro, Los Angeles para a Freestyle Session. Na América há competições constantemente e nós, conseguindo ir, ganhamos três vezes mais experiência. Para além da minha escola Spartans, que é só de B-boying, estamos, também, com um projecto para uma outra escola de dança mais completa, com as várias vertentes: clássica, contemporânea, jazz, ballet. Não serei só eu a leccionar, haverá mais pessoas. Vamos ver como tudo corre…



29 de outubro de 2010

GIPS BEM-AQUARTELADO

Novas instalações do GIPS em Cova de Lua recuperadas pelos próprios militares estão no limiar da prontidão máxima.

Ontem (segunda-feira), visitaram Bragança o Secretário de Estado da Protecção Civil, Vasco Franco. Depois de uma reunião no Governo Civil, onde foi analisado o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF) 2010 e onde o Vasco Franco deu os “parabéns pelo excelente desempenho” a todos os envolvidos na fase Charlie (época de mais incêndios), seguiu-se uma visita às novas instalações em Cova de Lua de um dos dois pelotões da 7ª Companhia do Grupo de Intervenção, Protecção e Socorro (GIPS).
“O que é preciso realçar é que este trabalho todo, em termos de mão de obra, foi feito pelo pessoal do GIPS em muitas das folgas que dispunham, com o apoio logístico do Governo Civil”, fez questão de frisar o Major-General (Comandante) da Unidade de Intervenção (UI) da GNR, Melo Gomes. (na foto inferior)


”A importância deste quartel é óbvia! Nós queremos dar as melhores condições de trabalho e de instalações aos nossos homens e não há dúvida nenhuma de que se fez aqui um trabalho notável”, referiu ainda.
Com camaratas, sala de estar, cozinha, casas de banho, sala de comando e disponibilidade para 18 elementos, este quartel dispõe de todas as características necessárias para os militares do GIPS poderem desenvolver toda a sua actividade. Só falta arranjar certos pormenores como sejam o telhado e uma antena de comunicações.
“O facto de estarmos no Parque Natural de Montesinho traz-nos uma melhor localização, alguma segurança às localidades próximas e outras valências, como a rede TMN que será aqui implementada com internet e sistema GSM”, complementou o comandante da 7ª Companhia, o Tenente Barbosa.

HERÓI ACIDENTAL

Idoso encurralado pelo fumo de um incêndio urbano em Bragança salvo pela experiência e mãos de um ex-bombeiro

Um aquecedor a gás esteve na origem de um incêndio que dizimou por completo um espaço exíguo tido como oficina de trabalho Tudo aconteceu no Bairro da Mãe d`Água, na passada quarta-feira, pelas 16:40. “Tentava ligar o aquecedor quando ele fez aquela explosão que fazem às vezes os aquecedores a gás. Ao explodir, os jornais que estavam em frente começaram a arder e voaram para debaixo do sofá”, explicou Ramiro Augusto Nunes, na casa dos 70 anos. O “sofá antigo”, de espuma altamente inflamável e tóxica, pegou fogo de imediato e o incêndio escalonou rapidamente.
De acordo com os habitantes do bairro, o idoso não queria sair. Antes pelo contrário, queria apagar o fogo “a todo o custo”, negligenciando o risco e colocando em causa a sua própria vida. “Eu tentei apagar tudo com água, mas depois veio alguém e agarrou-me”, afirmou, ainda visivelmente abalado e confuso. “Até botámos para lá uns baldes de água”, afiançou a sua esposa. Mas sem sucesso.
Não fosse a rápida intervenção de Francisco Cruz e as consequências deste incêndio poderiam ter sido bem mais nefastas. O ex-bombeiro de Bragança retirou do meio do fumo e das chamas, não só o idoso, mas, também, duas botijas de gás. “Estava no café quando foram lá chamar. Cheguei aqui e deparei-me com uma situação cheia de fumo, o sofá a arder e o senhor Ramiro lá dentro. Entrou um colega meu, mas não conseguiu tirá-lo porque o fumo era tanto que não se via nada. Com a minha experiência, amarrei-me no chão, consegui ver o homem e puxei-o para fora. Ele já saiu quase em fase de intoxicação, a espumar-se todo”, contou Francisco. (na foto em baixo) 


Com a humildade própria que, geralmente, caracteriza os homens da paz, continua: “Não fiz mais que a minha obrigação! Só cumpri o meu dever como cidadão e como bombeiro que fui durante 20 anos”.
Segundo os moradores, os Bombeiros Voluntários de Bragança tiveram uma resposta rápida e, sem qualquer dificuldade, debelaram o incêndio. “Os bombeiros vieram logo, telefonaram daqui e eles nem 5 minutos demoraram. Eu tinha ali um extintor, mas não dava. Já telefonei para virem cá enchê-lo. Nunca imaginei que não funcionasse”, declarou o proprietário do café da sede da Mãe d`Água.
Ramiro Nunes entretia-se no seu tempo fazendo uns “arranjozitos” nas televisões que lhe iam dando os vizinhos para compor. O espaço, havia sido cedido pela autarquia, na altura do presidente Luís Mina. “Foi na altura do Mina, o presidente deu-lho dado, para explorar como barbearia”, adiantou a sua esposa.

CARTAZES DE DESTAQUE

Associação Académica do IPB “entristecida”, mais uma vez, com a falta de apoios para a Semana de Recepção ao Caloiro 2010

De 9 a 13 de Novembro, acontecerá no Pavilhão do NERBA, em Bragança, a Semana de Recepção ao Caloiro. Assim, no primeiro dia, terça-feira, como já é habitual, teremos a Benção dos Caloiros, o Desfile das Tochas e as actuações das Tunas; quarta-feira, será a Final das Mostras de Caloiros e a vez da banda Orelha Negra (Sam The Kid & dj Cruzfader...) subir ao palco; quinta-feira, Nu Soul Family, o grupo de dance, funky e pop contítuido por Virgul (Da Weasel), Dino (Expensive Soul), B@ssman e dj Alan Gul; sexta-feira, terá lugar o Desfile Tradicional dos Caloiros, seguido do Arraial Popular com Georges Canário, Rosinha e Ympério Show; no sábado, o último dia, decorrerá o Baptismo dos Caloiros, Tributo a Metallica e a banda cabeça de cartaz desta edição, os Santos e Pecadores, que não vêm a Bragança há 10 anos.
“Este é um cartaz que apresenta algumas dificuldades, pois temos uma verba muito limitada para as nossas ambições. Não é uma crítica que faço, é o demonstrar de uma tristeza, e vejo depois a Associação Académica receber, por exemplo, mil euros, durante um ano, que é uma coisa muito pequena para quem gasta 450 mil euros”, destacou o presidente da Associação Académica do Instituto Politécnico de Bragança, Rui Sousa. “O nosso objectivo era trazer uma banda internacional, mas sentimos que há falta de apoios e que não conseguimos chegar lá”, acrescentou.
Quanto a preços, a pulseira que dará direito aos dias todos terá o valor de 28 euros para estudantes e 35 euros para não estudantes. Relativamente ao bilhete diário, o preço mínimo será de 5 euros e o máximo de 11 euros. Para não estudantes, o mais barato será de 7 euros e o mais caro 13 euros.
Com um orçamento de 85 mil euros, 15 mil euros abaixo do mesmo evento que o ano passado, este é, sem dúvida, um dos melhores cartazes dos últimos anos no que diz respeito à Semana de Recepção ao Caloiro, pois traz bandas novas ou, pelo menos, bandas que não vêm a Bragança há muitos tempo.
De salientar ainda que, dois dos grupos que estarão presentes, Orelha Negra e Nu Soul Family integram o lote dos cinco finalistas ao prémio Best Portuguese Act dos MTV Europe Music Awards 2010, este ano, em Madrid.

Recepção ao Caloiro Mirandela

A Associação de Estudantes da Escola Superior de Administração, Comunicação e Turismo de Mirandela (AEESACT) organiza mais um Recepção ao Caloiro. Desta feita, as festividades iniciam a 3 de Novembro, com o Jantar do Caloiro, Mirandela Crew e Leonel Nunes. No dia seguinte, haverá o célebre Rally das Tascas, a Band`Alheira e as Tunas. A 5 de Novembro, será a vez da Guerra das Estrelas, Abaixo Cu Sistema, com o Tributo a System of a Down, e a banda de destaque, Mata Ratos. Dj Overrule e PM Priu encerrarão a noite.
O dia grande será mesmo o último, a 6 de Novembro, com outra banda pré-nomeada para os MTV Best Portuguese Act, os Easyway, que lançaram este ano um filme que corresponde ao seu terceiro álbum; mais uma banda oriunda da Áustria, de nome Roy de Roy. Não esquecer ainda, neste dia que promete, o Desfile e Baptismo do Caloiro.

21 de outubro de 2010

PRÓXIMA ESCOLA DE PAIS SERÁ EM MIRANDELA

Centro de Actividades Ocupacionais para jovens e adultos com necessidades especiais projectado para Alfândega da Fé

Celmira Macedo tem sido a grande protagonista da região no que concerne às crianças com “necessidades especiais”. A 8 de Outubro, a LEQUE, Associação Transmontana de Pais e Amigos de Crianças com Necessidades Especiais, à qual Celmira preside, diplomou os cerca de 50 formandos da Escola de Pais.nee de Bragança e Alfândega da Fé. A escola de Bragança teve lugar primeiro, de Maio de 2009 a Janeiro de 2010. A de Alfândega, por sua vez, iniciou a formação terminada no corrente mês, em Março. Mirandela deverá seguir-se em terceiro, com a abertura de uma nova escola em Novembro.
A escola assume-se como um espaço de formação, vocacionado, especialmente, para famílias de crianças com necessidades especiais. Apesar de instruir, também, qualquer pessoa interessada, nomeadamente, profissionais da área. Assente nos princípios da educação emocional e da educação para a diferença, centra-se na família procurando dotá-la de competências parentais específicas que lhe permitam lidar e compreender melhor, no dia a dia, as crianças “especiais”.
Esta iniciativa que visa formar pais “emocionalmente competentes”, insere-se num projecto mais vasto que a autarquia está a desenvolver em conjunto com a Associação LEQUE. Trata-se do projecto “Alfândega Inclusiva” e pretende responder de forma eficaz às necessidades, anseios e problemas das famílias e pessoas com necessidades especiais.
Presente na cerimónia, esteve a presidente da câmara alfandeguense, Berta Nunes. “Há, por parte da câmara, um empenho total para que este projecto avance. A Escola de Pais é só uma parte e como viram, pelo testemunho dos pais, foi de facto uma experiência para muitos inigualável. Uma experiência até que lhes deu um novo sentido ao sofrimento que é ter uma criança ou um jovem especial, diferente dos outros”, afirmou a autarca. Para além da Escola de Pais, do projecto “Alfândega Inclusiva” decorrem outras iniciativas. A destacar, o Serviço de Informação e Mediação para Pessoas com Deficiência (SIM-PD) e a Colónia de Férias para pessoas com necessidades especiais. A primeira colónia terminou agora, a 12 de Outubro, com actividades desportivas, físicas e terapêuticas e oficinas tão diversas como de Música, Dança, Teatro e Cinema, Artesanato e Expressão Plástica, entre outras. Seguem-se mais duas, de 25 a 29 de Outubro, e de 22 a 26 de Novembro.

No distrito existem cerca de 500 famílias de crianças com necessidades especiais de várias ordens

As três colónias abrangem 31 elementos repartidos por três grupos. O objectivo é o de criar um espaço de férias, diversão e lazer para pessoas com necessidades especiais resultantes de uma deficiência (NEE), com actividades diversificadas e ajustadas às suas problemáticas.
“Vamo-nos candidatar, brevemente, a um Centro de Actividades Ocupacionais para estes jovens e adultos com necessidades especiais, já que, só no concelho, existem cerca de 60 pessoas com este tipo de problemas”, adiantou Berta Nunes.
A formadora da Escola de Pais e presidente da LEQUE, Celmira Macedo, pretende percorrer todo o distrito de Bragança com a Escola de Pais. “Já temos algumas propostas para irmos avançando de concelho em concelho, mas como sou eu a formadora, tenho de ir dando algum tempo e espaço”, asseverou a impulsionadora de todos estes projectos. “Em princípio, a próxima Escola de Pais será em Mirandela. Depois, regressamos a Bragança, que temos um grupo de pais interessados, e já recebemos convites de Mogadouro, de Freixo de Espada à Cinta, e inclusive, de fora do distrito e até das ilhas”, revelou Celmira. “A minha paixão é mesmo esta área e irei continuar a trabalhar nela para sempre”, concluiu, estimando que no distrito existam cerca de 500 famílias de crianças com necessidades especiais de várias ordens.

20 de outubro de 2010

TALHAS "NÃO É UM MAR DE ROSAS"

Ex-jogadores do Grupo Desportivo e Recreativo de Talhas da época 2009/2010 acusam direcção de má gestão e de falhar pagamentos

Apesar da nova época do Campeonato Distrital da Associação de Futebol de Bragança já ter arrancado, para os ex-jogadores do Grupo Desportivo e Recreativo de Talhas de 2009/2010, a época transacta, ainda, está longe de terminar.
Em carta enviada à redacção do Jornal Nordeste, os antigos jogadores, afirmam que a Direcção assumiu, entre alguns compromissos, o de honrar todos os acordos realizados com os seus atletas.
No entanto, e de acordo com os próprios, apenas os cinco atletas que permaneceram no plantel deste ano, viram os compromissos honrados. Ao contrário dos restantes 14 que, cito, “nem sequer uma palavra de consideração tiveram direito por parte de algum elemento da referida direcção ou exterior a ela”.
Ao que se conseguiu apurar, em falta estarão prémios de jogo dos respectivos atletas. “Nesta regional nem tudo é um mar de rosas. Pormenores pequenos, que se tornam grandes, pela falta de Honra e Dignidade de algumas pessoas, para com o compromisso desportivo e o que ele representa na realidade”, é dito na carta.
O presidente da direcção do Talhas, Paulo Pires alega: “Os jogadores ainda não foram pagos na totalidade, mas já receberam os ordenados. Aquilo que ficou pendente foram os prémios de jogo. Mas nós dissemos ao jogadores que durante esta época irão ser pagos. Agora, não depende só de mim. Depende dos subsídios da Câmara”.
Segundo fonte interna do clube, o agora presidente, Paulo Pires, e um grupo de sócios “tomaram de assalto” o clube em Agosto de 2009. Sem eleições e à revelia de outros sócios e dirigentes, a nova direcção ficou à frente dos destinos do Grupo de Talhas.
“Deixámos 13.500 euros no banco e 4000 euros em stocks de bebidas e, ainda por cima, acusaram-nos de deixarmos pendente uma dívida à Associação de Futebol de Bragança de 9000 euros. Tinham dinheiro, que a pagassem. Aquilo que eles queriam era mudar o nome ao clube para fazer a dívida desaparecer”, denuncia fonte anónima.
O presidente do Talhas defende a falsidade de tal alegação: “tenho provas de que essa informação é falsa, pois tenho em minha posse o extracto bancário do dia em que assumi a presidência. Coisa que a anterior direcção nunca fez”.
No que respeita à dívida de 9 mil euros à Associação de Futebol de Bragança, Paulo Pires assegura: “Esse montante refere-se às inscrições dos jogadores que têm de ser feitas no início de cada época. Eu não assumo essa dívida que já vem desde 2004 de anteriores direcções. Eu, por acaso, este ano, ainda não paguei, mas vou fazê-lo”.

POLÍCIAS EM MINIATURA

Crianças fardadas de polícias estiveram na rua em advertência aos condutores sobre as regras básicas de prevenção rodoviária

Numa iniciativa pioneira em Bragança, a PSP “levantou o auto” aos vários pólos escolares da cidade fardando as crianças numa acção de sensibilização sobre prevenção rodoviária. No âmbito do Programa Escola Segura, vários agentes desenvolveram uma acção especial de contacto com os alunos que visou promover junto dos condutores alguns dos mais elementares comportamentos de segurança.
Diogo Afonso, do 4º ano, tinha as regras na ponta da língua e estava ansioso por transmiti-las. “Vou dizer as regras! As regras da estrada. Não falar ao telemóvel sem o sistema de mãos livres; quando se transportar meninos com menos de 12 anos ou metro e meio, usar o equipamento adequado; não beber bebidas alcoólicas antes ou (depois) da condução; usar sempre o cinto de segurança e dar prioridade aos peões nas passadeiras”, avançou Diogo com a confiança de um adulto no alto dos seus 9 anos de idade.
Estas acções aconteceram nos cinco dias úteis da semana passada. Assim, no dia 11, segunda-feira, esta mesma acção havia já decorrido no Escola do Campo Redondo. Terça-feira, foi a vez do Centro Escolar da Sé. A sensibilização continuou até final da semana. Quarta na Augusto Moreno, quinta-feira, a PSP esteve no pólo de Santa Maria e sexta-feira na Escola de Samil.
O Jornal Nordeste “apanhou” a polícia na quarta-feira, aquando da sua intervenção na Escola Augusto Moreno, mais precisamente na Avenida Humberto Delgado. Junto à paragem do autocarro, os condutores eram “estacionados” e duas crianças aproximavam-se das viaturas. Uma instruía o condutor e, no final, a outra entregava um folheto explicativo com algumas regras básicas de segurança.

Esta iniciativa serviu para instruir os condutores, mas mais, ainda, para sensibilizar as crianças

“Pretendemos, através das crianças, sensibilizar os condutores para que haja uma maior e melhor prevenção no dia-a-dia, contribuindo, dessa forma, para que não haja tantos acidentes”, informou o agente Carlos Pereira da Escola Segura. Serão as próprias crianças, de futuro, as primeiras a alertar os pais para potenciais infracções ou “pequenos descuidos” que estes possam cometer. “As crianças são o veículo ideal para chegar aos pais e aos adultos em geral. As crianças dizem-nos que, por vezes, são eles próprios a chamar a atenção dos pais quando cometem uma pequena transgressão aqui ou ali. Pai, põe o cinto, não vás a falar ao telemóvel, estás a transgredir, ou seja, são eles os primeiros a serem os polícias”, confere o agente Pereira.
Quem parece concordar com estas acções são os condutores que afirmam não se importar que lhes lembrem as regras. Natércia Vermelha, uma das condutoras “advertida”, assevera: “acho muito bem! Normalmente, venho buscar o meu filho à escola e vejo bem a velocidade a que os carros passam aqui”. “Por vezes, também faço asneiras e eles são os primeiros a avisar-me”, confessa esta mãe de dois filhos, para quem estas acções devem continuar.

 
Escola Segura

O Programa Escola Segura é assegurado por agentes policiais devidamente treinados e preparados para este tipo de acção, bem como por viaturas exclusivamente dedicadas à vigilância e protecção da população escolar. De fácil identificação pela sua cor e imagem exterior, cada veículo tem sob a sua responsabilidade um conjunto de estabelecimentos de ensino e está equipado com telemóvel e uma mala de primeiros socorros.
As escolas abrangidas pelo Programa Escola Segura beneficiam assim de uma vigilância reforçada e de uma relação directa com os agentes policias responsáveis pelo seu policiamento. Esta vigilância é assegurada através do patrulhamento em horários e percursos definidos de acordo com as necessidades específicas de cada Escola. A PSP desenvolve ainda, no contexto do Programa Escola Segura, iniciativas de contacto e esclarecimento junto dos jovens que procuram promover comportamentos de segurança.

MARÉ SOLIDÁRIA

 
AAIPB dá o exemplo e recebe voto de confiança da comunidade brigantina e escolar na 2ª edição da Maratona solidária

Depois do interregno do ano passado, a Maratona Solidária regressou na passada quarta-feira com Ricardo Vilela. O ciclista brigantino que ficou em 18º na Volta a Portugal, contratado recentemente pela recém-reconstituída Liberty Seguros, foi a presença forte de um evento onde mais de um milhar de pessoas correram por uma boa causa. A Associação Académica do Instituto Politécnico de Bragança (AAIPB), organizadora do evento, conseguiu reunir mais de meia tonelada de alimentos, sobretudo, não perecíveis. A participação para cada indivíduo teve o custo de um bem alimentar entregue no acto de inscrição.
De acordo com o presidente da AAIPB, Rui Sousa, a maratona teve dois objectivos fulcrais. Apoiar instituições de solidariedade locais e ajudar a integrar os novos estudantes na cidade e na academia. “Há pessoas que trazem arroz, açúcar, massa, batatas, leite, vários géneros alimentares. São tempos difíceis, mas a atitude dos alunos deixa-nos felizes a todos, Vejo que os novos se sentem acarinhados por Bragança, pelo Instituto e espero que se integrem bem nesta cidade e sejam bem recebidos pelos cidadãos brigantinos”, afirmou o responsável.
Quanto ao apoio institucional, manifestado pelo presidente da Câmara Municipal de Bragança (CMB) e pelo presidente do Politécnico, entre outros, ao comparecerem na Maratona, Rui Sousa mostrou-se bastante satisfeito por assim ser. “Fico feliz de os ter como parceiros e espero que colaborem sempre connosco. Sobretudo, por esta ser a primeira iniciativa que nós estamos a organizar e sentir logo o apoio deles no arranque do meu mandato. Não são só festas! Esta é uma iniciativa desportiva de cariz solidário. Conto com eles!”, afiança.


Sobre a importância deste acontecimento, o presidente do IPB, Sobrinho Teixeira, advoga: “Temos captado imensos alunos fora da região. E encontrarem aqui um clima favorável, de amizade e solidariedade, isso mostra que Bragança tem a capacidade de fazer uma praxe diferente, integradora, que esperamos que continue e se transforme numa tradição”.
“Este ano, conseguimos afirmar-nos como a quinta maior instituição politécnica a nível nacional e a maior do interior”, revela o corredor da “maratona dos veteranos”. Já que houve duas partidas, a primeira, para os corredores mais competitivos, a segunda, mais a “passo de caracol”.
Quem partiu, também, no segundo arranque, foi o presidente da autarquia Jorge Nunes, que valorizou a iniciativa levada a cabo pelos estudantes. Cerca de 8 mil numa cidade com 24 mil habitantes. “Esta corrida solidária é uma iniciativa excelente, no sentido de mobilizar os estudantes numa caminhada de confraternização, mas também de envolvimento com uma dimensão solidária que os jovens devem ter para com outros cidadãos em condições, eventualmente, mais desfavoráveis. Os jovens são, por natureza, muito solidários. E este é um pequeno, mas grande contributo”, salientou o autarca, de fato-de-treino, preparado para uma prova de esforço que soube mais a passeio.
No final da prova, Ricardo Vilela, a estudar, também ele, no Politécnico, foi homenageado com a entrega de um troféu em sinal de agradecimento. Recorde-se que, na primeira edição da Maratona Solidária, Rosa Mota foi a convidada de honra da AAIPB.

Rui Sousa no seu primeiro mandato à frente dos destinos da AAIPB

APAZIGUADA COM O TEMPO

Aldeia de Freixedelo com novo alento depois de construída estrada que a coloca de novo no mapa

“Dá jeito e muito grande jeito, não é? Em duas viagens, ganhamos uma”, afiança Ilídio Pires, sobre os cinco quilómetros de estrada feitos recentemente que fazem ligação directa a Freixedelo. “O rompimento foi feito há 10, 12 anos. Alcatroada foi há dois. Antes desta estrada nova tínhamos um caminho em terra batida. Agora, não precisamos de ir a Carocedo, fazer aquelas curvas”, continua o proprietário do único café da aldeia, a Cervejaria 2000 Freixedelo.
“Agora o que está mal é o Penacal. Precisávamos de um tapete novo, pelo menos, do nosso caminho a S. Pedro. Mas eu já não estou a pedir só para Freixedelo. O Penacal precisava todo de S. Pedro a Carocedo. Porque eu não sou daqueles que peço só para mim. Olho para toda a população”, remata o empresário, referindo-se às péssimas condições da estrada municipal de acesso a Bragança, a N217.
A 15 quilómetros de Bragança, Freixedelo é uma aldeia que não parou no tempo. Com saneamento básico, água, luz, novo acesso rodoviário e uma terra fértil, talvez por isso os seus habitantes sejam parcos nas ambições, mas não em acções.


“Aqui fazem-se muitas coisa! Temos umas festas religiosas lindas e uns santinhos muito bonitinhos”, sublinha Maria, uma habitante da aldeia, enquanto lava a sua "roupinha" à moda antiga. Com S. Vicente como padroeiro, a anexa de Grijó “faz a festa” em 4 ocasiões distintas: a Festa do S. António, a do Sagrado Coração de Jesus, a da Capela de S. Sebastião e a grande festa, a de S. Bartolomeu.
"Fazemos 3 ou 4 festas, mas a principal é a de S. Bartolomeu, a 24 de Agosto. Só a gente de cá que está fora enche a aldeia. Como é Verão, os emigrantes regressam todos. A população chega ao dobro”, garante Amador dos Santos Pires, agricultor, casado com a terra. “Esta é das aldeias que ainda tem muita gente. Tem cerca de 60, 70 habitantes”, acrescenta. De acordo com este pai de quatro filhos, “a morarem e a trabalharem em Bragança”: “a terra dá como dava antes. Só que o rendimento é menos”.

Habitantes de Freixedelo pedem um novo tapete para a N217, a estrada que dá acesso a Bragança

Ilídio concorda e vai mais longe. “A agricultura está um caos! Se formos a ver, as pessoas andam só para gastar o que têm. Dá mais prejuízo do que aumento. Semeava-se mais há 15 anos, do que se colhe hoje. Antigamente, enchiam-se os celeiros e pagavam-no a bom preço. Os adubos e o gasóleo era muito mais barato. A agricultura está toda a bater com o pé no fim”, preconiza o empresário.
Freixedelo pode guardar os seus segredos e as suas ambições, conter-se nas palavras, mas não tem forma de ocultar os seus monumentos. Para além da igreja e da capela, tem duas fontes e dois pelourinhos. Mas Celeste Rodrigues, “apanhada” com as sacas das vindimas nas mãos, destaca as uvas como o ex-libris da terra que a viu nascer. “Aqui há muito boas uvas! Bom vinho e bons bebedores. Também há muito azeite, muito trigo e muito centeio”, assevera. “Estou aqui a estender estas sacas das uvas, que é para as enxugar, para as arrecadar para a próxima vindima”, conclui. (foto inferior)

Amador dos Santos Pires a semear centeio nas suas terras

 

"UMA APOSTA GANHA!", DE NOVO

Arruada, The Postcard Brass Band e Peter Bernstein (foto superior) encerraram as hostes do 7º Festival Douro Jazz em Bragança

Terminaram os 65 concertos com 80 músicos de 5 países diferentes naquela que foi a sétima edição do Douro Jazz. Só em Bragança, na última semana, houve três espectáculos. Na quinta-feira, à semelhança do ano transacto, a “Douro Jazz marching band”, a banda residente do festival, evocou os tradicionais desfiles de dixieland com uma arruada a calcorrear o centro histórico da cidade. À noite, foi a vez dos “The Postcard Brass Band” lotarem a Caixa de Palco do Teatro Municipal. Um grupo eclético e livre de preconceitos musicais, abarcando e explorando vários tipos e estilos de linguagens, do jazz tradicional das ruas de Nova Orleães ao jazz de improvisação livre e espontânea.
No sábado, enquanto que o génio da guitarra, o norte-americano Al Di Meola, encantava em Vila Real no encerramento do Douro Jazz encerrou, em Bragança, o festival concluía-se com Santos / Melo Quartet featuring Peter Bernstein. O pianista Filipe Melo e o guitarrista Bruno Santos co-lideram este grupo que foi criado com o intuito de acompanhar lendas do jazz internacional que se desloquem ao nosso país. Nos últimos anos, o quarteto tocou com nomes como Donald Harrison, Paulinho Braga, Jesse Davis, Sheila Jordan e Martin Taylor. A colaboração frequente do grupo com o Douro Jazz resultou, este ano, num concerto com Peter Bernstein, um dos mais influentes guitarristas do jazz contemporâneo.


O primeiro concerto no Teatro, também em Caixa de Palco, foi a 2 de Outubro, com as vozes femininas do Grupo Vocal Jogo de Damas (foto). “Foi um espectáculo intimista, esgotadíssimo, a abarrotar. Onde caberiam 100 pessoas, estiveram 130, mas não poderia ter acontecido em auditório”, revela a directora do Teatro Municipal, Helena Genésio.
Quanto ao balanço final, de um evento orçado em 65 mil euros, traça um cenário positivo. “Sabemos que neste tipo de eventos, cativar novos públicos é sempre difícil. Até pela particularidade do festival. De toda a maneira, mantivemos, ou seja, não tivemos menos público do que o ano passado com o mesmo número de espectáculos (4). O que quer dizer que os objectivos estão cumpridos”, assegura.
A responsável do teatro, apesar de reconhecer que Bragança não tem público de jazz, admite que tem vindo a conquistá-lo. “Eu lembro-me da primeira vez que fizemos o Douro Jazz. O primeiro espectáculo que eu apresentei aqui tinha 20 pessoas. Eu não me esqueço disso! Vinte pessoas, há quatro anos, a ver jazz em todo o festival e eu aguentei. Eu sei que Bragança não tem público de jazz. Não tem! Naturalmente, que o esforço tem sido feito. Hoje, temos um grupo de jazz que me aguenta casas cheias em Caixa de Palco e meios auditórios, portanto, em quatro anos, ganhámos público em jazz e estamos sempre a conquistar público de jazz”, desvenda.
Nas palavras de Helena Genésio, a razão de termos tão escasso número de fiéis seguidores do jazz em Bragança, prende-se com o facto da cidade ter, também ela, “pouca gente”. “A realidade de Vila Real é incomparável com a de Bragança. Basta pensar que Vila Real tem três vezes mais população e está a uma hora do Porto. Estes são dois elementos que transformam imediatamente a realidade de uma cidade e de outra. Por exemplo, eu conheço imensa gente que vem do Porto a Vila Real ao Douro Jazz. É impensável vir alguém do Porto a Bragança para ver um espectáculo”, ultima, afirmando duas realidades distintas.

The Postcard Brass Band estiveram no Teatro de Bragança a 14 de Outubro

SK Radicals, outra das bandas do 7º Festival Internacional Douro Jazz

ACIDENTE CARICATO

Jovem saiu ileso de um acidente em que a viatura "deslizou" para uma posição, no mínimo, curiosa

Nestes dias de Outono, o perigo esconde-se sobre uma estrada molhada... Foi o que aconteceu ao jovem , na passada segunda-feira, pelas 22:20, quando ao descer a Avenida Abade de Baçal, após passar sob o viaduto da Sá Carneiro, tentou curvar à direita para a Nossa Senhora dos Aflitos. A rodar, de acordo com o próprio, a 40 ou 50 quilómetros / hora, sendo que, o estado e a posição em que ficou a viatura confirmam-no, o Ford Escort, de 1985, entrou em despiste, dada a pouca aderência ao piso molhado. A chuva que antecedeu o sinistro fez com que a viatura perdesse o controlo, acabando por subir o passeio e ficar numa posição pouco ou nada comum. A fotografia explica melhor o sucedido.
O jovem de 22 anos, nascido na Alemanha, conta, visivelmente entristecido: “Vinha do trabalho, vinha devagar, abrandei para entrar na curva e o carro começou a fugir, a patinar. Tentei dominá-lo, mas como o piso estava molhado não consegui controlá-lo”. Há sete anos na família, o veículo passou da mãe para a sua posse há cerca de ano e meio, tendo gasto, recentemente, algum dinheiro no sentido do arranjar.
A estima de Carsten pelo veículo era notória. “Este carro ardeu”, desabafa o gestor comercial da ZON, referindo-se à perda total da viatura, naquele que foi o seu primeiro acidente. Num olhar atento, e dada a violência do embate, os danos poderão ter atingido a direcção, o chassi e a carroçaria, nomeadamente, a frente empenada.

Dois dias antes, um acidente semelhante aconteceu no mesmo local

UMA AVENTURA NO MAGUSTO

As inscrições para a 17ª edição do Passeio TT Castanhas do NAC encerram a 26 de Outubro

Abriram as inscrições para o XVII PASSEIO TT “CASTANHAS 2010 MCOUTINHO”, incluído, este ano, no programa da Norcaça, Norpesca & Norcastanha. Será a 30 de Outubro, o passeio que o Nordeste Automóvel Clube (NAC) organiza há já 17 anos. Numa realização conjunta NAC e Câmara Municipal de Bragança, este evento realça a importância de um dos frutos que maior significado tem para a região transmontana, a castanha. Com esta parceria, o NAC procura, também, aumentar o número de inscritos naquele que é um dos passeios mais emblemáticos do Clube. “Estamos em crer que esta parceria com a 9ª Feira Internacional do Norte – Norcaça, Norpesca & Norcastanha, vai possibilitar a participação de alguns amantes da modalidade, pela primeira vez, em eventos desta natureza”, crê a organização.
Com o percurso escolhido e delineado, o NAC assegura que este passeio será, provavelmente, dos últimos anos, aquele que maior extensão de soutos irá atravessar. A concentração acontecerá a partir das 9 horas, junto ao NERBA, com arranque marcado para o percurso da manhã às 10:15. Depois de um breve café, em Mós, segue-se o almoço em Grijó de Parada por volta das 13 horas. Duas horas depois, a caravana TT parte de novo, atravessando localidades como Paredes, Pinela, Moredo, Santa Comba de Rossas e, por fim, Sortes, onde se fará o tradicional magusto perto das 17 horas. A chegada ao recinto do certame, onde decorrerá o jantar e a entrega das respectivas lembranças do passeio, está prevista para as 20 horas.
Apesar de ser um passeio TT, voltou-se a ter, em linha de conta, alternativas para quem não aprecie nem deseje fazer grandes demonstrações das suas habilidades de piloto ou das potencialidades da sua viatura. Também foi tido, em consideração, o facto de certos participantes do TT, principalmente, aqueles que vêm de outras localidades não tão próximas, disporem de tempo suficiente para, com calma, procederem a uma visita mais detalhada ao certame.
Resta salientar, a todos os possíveis interessados, que as inscrições encerram a 26 do corrente.





17 de outubro de 2010

FELIZES PAROQUIANOS

Quintela de Lampaças inaugura igreja remodelada num investimento superior a 90 mil euros

A eucaristia presidida pelo Bispo de Bragança-Miranda serviu de mote à inauguração da igreja da Paróquia de Nossa Senhora da Assunção de Quintela de Lampaças. Foi no sábado passado que a população da aldeia se concentrou na igreja matriz para constatar as remodelações de que foi alvo durante um período superior a seis meses numa obra orçada em cerca de 100 mil euros. Co-financiada pelo Governo Civil de Bragança, Câmara Municipal, paroquianos e amigos, a renovação da igreja foi concretizada pelos quatro elementos da Comissão Fabriqueira da Paróquia, presidida por José Rocha, padre em Quintela de Lampaças há 5 anos.
“Esta obra era extremamente necessária porque a igreja estava a cair abaixo. E, agora, está como nova, como toda a gente gostava. Está renovada!”, afirmou o sacedote, que acumula mais 12 comunidades paroquianas. Também a sua adjuvante, Adriana Martins, tesoureira da Comissão Fabriqueira, se mostrou muito satisfeita por todo o decorrer do processo e, sobretudo, pelo resultado final. “Tive um grande empenho para que esta igreja fosse restaurada e foi um sonho que eu realizei. Estou muito contente. É um dia feliz para mim!”, declarou.
No final, o bispo Montes Moreira mencionou que esta foi mais uma das muitas restaurações que se fizeram na última década a igrejas na região. “A parte interna está excelente, mantém a traça primitiva, é um antigo restaurado. Ao longo destes nove anos, já inaugurei largas dezenas de restauros”, referiu. “Também as igrejas são, praticamente, o único monumento importante, histórico e arquitectónico, que existe nas aldeias e por isso, é, também, dever dos autarcas velarem pela conservação e melhoramento do seu património. E como o património é quase todo de carácter religioso, naturalmente, as igrejas são mais beneficiadas”, continuou o prelado. “Não se trata, apenas, de cultivar o passado, a igreja é, ainda hoje e sempre, o ponto de convergência e união da comunidade e por isso o restauro das igrejas é um serviço que se presta às pessoas”, defendeu.
Aproveitando a presença de Montes Moreira na cerimónia, o Jornal Nordeste interrogou o seu entendimento acerca do projecto apresentado pela Fundação Iberdrola. Projecto esse que visa patrocinar um terço do investimento no restauro a 33 igrejas românicas, sendo que, cinco são na região. “É uma excelente ideia porque as empresas devem ter, para além da vocação económica, uma vocação social. É normal que as firmas destinem alguma percentagem dos seus lucros para beneficiarem a população. Não apenas no caso da Iberdrola, vendendo e fornecendo electricidade, mas também contribuindo para o restauro dos grandes monumentos que existem”, sustentou o prelado.

ESTÁDIO DE VINHAIS "ESTÁ PAGO!"

Em dois anos, Estádio Municipal de Vinhais é inaugurado e Laurentino Dias promete ajudar na construção do Gimnodesportivo

O Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias, foi o convidado de honra para a inauguração com pompa e circunstância do Estado Municipal do Vinhais no sábado transacto. O investimento, a rondar 1 milhão e 300 mil euros, dotou a infraestrutura pré-existente de um relvado sintético, bancadas, balneários e iluminação artificial. O presidente da Câmara Municipal, Américo Pereira, bem como o secretário de estado, fizeram questão de sublinhar que o Estádio “está pago”. Aproveitando a presença de Laurentino Dias, o autarca não deixou passar a oportunidade incólume e remeteu ao Governo um pedido para a construção de um Gimnodesportivo, dado os Invernos rigorosos que assolam a região e limitam a prática desportiva.
“Sabemos que existem problemas complicados para resolver, mas isso não significa que o país tenha de parar. É elementar que uma localidade que é sede de concelho tenha um pavilhão para que as suas crianças possam fazer desporto. É um compromisso sério para criar uma infraestrutura que é imprescindível para a saúde e formação da juventude de Vinhais”, respondeu o governante, aceitando o desafio e comprometendo-se a trabalhar em uníssono com a autarquia no sentido de concretizar a obra, se possível, num período inferior a dois anos.
Américo Pereira fez questão ainda de salientar que o novo estádio não servirá apenas o interesse de uns e de outros, mas antes o interesse de todos. Ou seja, será um espaço para todas as equipas do concelho de Vinhais e para todos os que gostem de praticar desporto, desde as equipas em formação, as escolinhas, até às camadas jovens, seniores e veteranos. “Finalmente todos aqueles que gostam de praticar desporto, desde os mais novos aos mais velhos, têm agora condições excelentes para o fazer. Era uma infraestrutura que nos fazia falta, que todos nós queríamos muito”, rematou o autarca vinhaense.


Um dia após a vitória da Selecção Nacional frente à Dinamarca por 3 – 1 no Estádio do Dragão, Laurentino Dias preferiu não comentar a liderança de Paulo Bento, mas, antes, deixar uma nota de satisfação e confiança no futuro de Portugal rumo à qualificação para o Euro – 2012. “Gostei, foi um jogo bonito e ainda bem que ganhou já que parte para o jogo de terça com confiança redobrada. Se o Paulo Bento é o seleccionador ideal? Tenho a minha opinião, mas quando aceitamos exercer as funções que eu exerço também aceitamos certas limitações e uma dessas limitações é a de responder a essa pergunta”, afirmou Laurentino Dias, jogando à defesa.
Quem jogou ao ataque, depois do descerramento da placa inaugural e dos discursos, foram os entusiasmantes benjamins, os veteranos e um jogo final entre os seniores do F.C. Vinhais e do A.D.C. Rebordelo, num empate a zero. Uns breves minutos de futebol, que serviram para abrir o apetite à meia bancada presente para o lanche convívio, seguido de uma visita às instalações. A iniciar o programa, por volta das 17:30, esteve a Banda Filarmónica de Vinhais com cerca de 25 elementos a marcar o compasso de uma tarde radiante.




16 de outubro de 2010

SARDOEIRA PINTO

"O FC PORTO É O MAIOR DO MUNDO!"

FACTOS

Nomeado: Sardoeira Pinto
Idade: 77 anos
Clube: Futebol Clube do Porto
Ofícios: Advogado, Presidente da Assembleia-Geral do F.C. Porto (desde 82) e escritor
Livro: Apitos Finais, Dourados... E algo mais!

ENTREVISTA

1 @ Explique-nos, em traços gerais, o conteúdo do último livro escrito por si: “Apitos Finais, Dourados... E algo mais!”.

R:É um livro que não é contra ninguém, mas é contra as injustiças! A certa altura, é do conhecimento do público em geral, houve uma onde de insanidade, digamos assim, através da qual se pretendeu atingir o bom nome do FCP e, em particular, do meu presidente, Jorge Nuno Pinto da Costa. Eu segui tudo isso com muita atenção, até pelas funções que eu exerço dentro do clube, e entendi que devia tomar uma posição.

2 @ Quais foram os três grandes motivos que estiveram na origem do seu livro?

R: Primeira, porque sou o sócio número 15 do FCP, vai fazer quase 75 anos; segundo, porque presido ao universo azul e branco vai para os 30 anos; e, terceiro, porque a gente do Porto, eu sou do Porto, pode tolerar más criações, pode tolerar atentados de várias ordens, não tolera é, de maneira nenhuma, injustiças e o que se queria fazer era uma injustiça.

3 @ Acha, então, que o livro foi o meio ideal para atingir o fim perfeito?

R: Claro! Felizmente, a verdade foi reposta e tudo voltou ao sítio. As más línguas calaram-se... Ninguém ganhou. Ganhou, se calhar, a civilidade do povo português que é uma coisa perfeitamente sem preço e que vai melhorando de ano para ano, no sentido da evolução que todos vamos sofrendo. Eu tinha a certeza que o livro ia ser confirmado pelas sentenças judiciais e pensei que, pessoalmente, ia ter um gozo inefável se isso acontecesse. Tive o gozo, continuo a tê-lo e estou muito satisfeito.

4 @ Este foi um processo que se arrastou no tempo. Culpabiliza a justiça portuguesa?

R: Com todos os males que a nossa justiça tem, e eu estou à vontade para dizer isto porque sou advogado há 50 anos, acabou por dar razão a quem tinha que a ter. Ninguém conhece dos grandes nomes que foram acusados um que tivesse sido condenado. Foram todos absolvidos! Mais uma razão para que uma voz, que por acaso foi a minha, que é débil, mas vai falando, se levantasse em defesa da verdade condenando aquilo que queriam que fosse uma injustiça e, sobretudo, afastando uma falsidade.

5 @ Acha, portanto, que o livro trata da reposição da verdade?

R: Sim! Porque repare, confronte as tendências uma por uma com o que diz o livro e chegará à conclusão de que, quem tem razão e o que é verdade é o que está no livro. Confirmado pelos juízes, através dos acórdãos e como sabe subiu até ao Supremo. Não é verdade aquilo que se dizia em pasquins, em alforjas de Lisboa, aquilo que se contava e dizia e fazia para desprestigiar o Futebol Clube do Porto e os seus dirigentes.

6 @ O livro foi lançado em Maio no Salão Nobre do Clube Fenianos Portuenses (junto à Câmara Municipal). Em Agosto, apresentou-o em Alfândega da Fé e em meados de Setembro na capital. Considera que o livro tenha sido um êxito?

R: Posso-lhe dizer que, felizmente, tem sido um êxito. Sei de clientes meus, do escritório, que me procuram a querer saber onde se vende o livro porque querem compra-lo e leva-lo para eu o autografar e já não o há na FNAC e em muitas livrarias. Está aí o meu editor que penso que vai fazer outra edição.

7 @ São 39 anos no dirigismo em Portugal e 28 no FCP. Pretende...

R: Correcção! São 73 anos de FCP... Desde que nasci ou quase... Agora, no dirigismo no FCP, aí sim, são 28 anos. E como dirigente, foram muitos mais. Fui presidente da Associação de Futebol do Porto, fui presidente da Assembleia-Geral da Associação de Futebol do Porto, fui presidente de várias comissões ligadas ao desporto.


8 @ Pretende permanecer ligado ao FCP durante muitos mais anos?

R: Enquanto for vivo! Aliás, também lhe quero dizer uma coisa que é importante... Sou dos poucos sócio remidos que o FCP tem. Era uma situação em que o indivíduo pagava as quotas todas de uma vez e era sócio toda a vida. O meu pai, felizmente, podia nessa altura e quando me meteu sócio pagou as quotas todas. Eu nunca paguei uma quota ao FCP. Estão pagas desde os meus seis anos de idade.

9 @ Qual é a maior recordação que tem enquanto dirigente do FC Porto?

R: A maior de todas foi ter sido eleito pela minha massa associativa em 1994, por unanimidade, Presidente Honorário do FC Porto. Tive a suprema honra de ver os meus consócios todos de pé durante mais de 5 minutos aplaudindo-me quando, por aclamação, quiseram que eu fosse, e sou, o 8º Presidente Honorário do FC Porto.

10 @ Apesar de, em 1991, ter sido nomeado Dragão de Ouro e Dirigente do Ano, esse foi o momento mais alto da sua carreira no dirigismo?

R: Foi o momento mais alto de todos porque foi a minha consagração como dirigente desportivo e como portista.

11 @ E que troféu lhe deu mais prazer conquistar?

R: Todos! Mas há um especial... A segunda Taça dos Campeões Mundiais por Clubes em Yokohama, onde eu tive a honra, com estas mãos que, um dia, a terra há-de comer, levantar alto e mostrar bem a toda gente que a Taça era do FC Porto.

12 @ Na sua opinião, qual foi o melhor treinador e o melhor jogador, até hoje, a vestirem a camisola do FC Porto?

R: Quem serve o FC Porto tem de ser bom por natureza. Quem veste a camisola do FC Porto, tem de ser óptimo por natureza.

13 @ Como é que descreveria o seu sentimento relativamente a Pinto da Costa?

R: Não lhe posso falar num amigo de 50 anos, que respeito extraordinariamente, que me respeita a mim extraordinariamente. E que, dia a dia, vive comigo o mesmo sonho. A glória cada vez maior do FC Porto.

 

MÚSICA PARA OS OUVIDOS

Empenhamento da JFS na primeira arte reflecte-se no número de bandas que actuam no Dia Mundial da Música


Stone Age, Raro e Joe P, Incomum, Via Latina, Fado Vadio, Nível 6 e Olho Vivo foram apenas 7 das 14 bandas que tiveram a oportunidade de mostrar o seu valor no palco da cidade de Bragança. Por ocasião das Comemorações do Dia Mundial da Música, na última sexta-feira, o Teatro Municipal quase encheu para acolher um espectáculo que ultrapassou as três horas de duração.
Nesta 11ª edição, foi introduzida uma novidade. O já habitual anfitrião foi dispensado dos seus deveres, tendo sido trocado pelas próprias bandas que, ao terminarem a sua actuação, apresentavam a banda que se seguiria.
Um dos momentos altos da noite, que tocou a plateia, foi a homenagem feita por um dos músicos com uma canção a um professor de Educação Musical falecido recentemente. Um momento simbólico digno de registo ao qual a plateia correspondeu de pé. Perante a comunidade brigantina, amigos e familiares, os músicos do concelho, para além das respectivas introduções aos seus colegas, tiveram entre 10 a 15 minutos para surpreender um público atento e bem-disposto.
Entre a qualidade das inúmeras bandas, de sublinhar a amplitude de idades, já que, actuaram músicos dos 11 aos 68 anos, o desempenho excelente dos técnicos de som, e uma organização de bastidores “ao cronómetro”.
Certo é que, a Junta de Freguesia da Sé (JFS), devido ao trabalho que tem desenvolvido no panorama musical brigantino, tem ajudado à criação de novas bandas, motivando e divulgando o trabalho das já existentes. “Quando chegámos a esta gestão autárquica, em 1998, não havia essa preocupação e quando organizámos o primeiro evento relacionado com música, as Verbenas, havia, apenas, duas jovens bandas disponíveis. Era necessário fomentar! Hoje, não são só as 14 bandas que estiveram no Teatro, hoje, temos mais de 20 bandas... Só que, por motivos diversos, algumas não puderam actuar”, conta Paulo Xavier, o presidente da JFS, entidade organizativa do festival.


O responsável, também ele com um passado intimamente ligado à música, conhece bem as dificuldades inerentes ao meio e todo o trabalho de bastidores que se concretiza aquando de um evento com a dimensão de 14 bandas em palco.
“Não é só estar em palco, tentar fazer o seu melhor e passar uma mensagem positiva e de qualidade para o público. É, também, o convívio entre bandas e músicos nos bastidores. O antes e o depois... O ambiente... Esta é uma marca indelével deste festival”, garante, ressalvando que, a nível da voz, os nossos jovens, apesar de “alguns cantarem muito bem”, necessitam “de um toque, de uma ajuda para poderem ir a um outro patamar”.
“Motivar estes simpáticos jovens músicos”, segundo Paulo Xavier, é a palavra de ordem. Para isso, pretende desenvolver outros eventos com a música relacionados. “Pensamos em fazer uma ou outra iniciativa de maneira diferente, na Primavera, pontualmente, com meia dúzia de bandas primeiro, outras seis depois e, assim, sucessivamente”, anuncia.